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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Contratação Por Tempo Determinado .............................................................................................................2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Neste caso, temos uma norma de eficácia limitada, pois a Constituição não regulamenta, apenas
prevê que uma lei vai regulamentar. Na contratação por tempo determinado, o contratado não ocupa
cargo público nem possui vínculo trabalhista. Ele exercerá função pública de caráter temporário.
Essa contratação tem que ser embasada em excepcional interesse público, questão emergencial. Em
regra, faz-se o Processo Seletivo Simplificado, podendo ser feito por meio de provas, entrevista ou até
mesmo entrega de currículo. Esse processo simplificado não pode ser confundido com o concurso
público.
O seu contrato com a Administração Pública é regido por norma específica de regime especial
que, no caso da esfera federal, será a Lei 8.745/93. A referida lei traz várias hipóteses de contratação
temporária para atender a essa necessidade excepcional.
→ Segundo este dispositivo, foram garantidos os seguintes direitos sociais aos servidores públicos:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
de trabalho;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
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XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo
de sexo, idade, cor ou estado civil.
A experiência de ler os incisos destinados aos servidores públicos é muito importante para que
você obtenha êxito em sua prova. O fato de outros direitos trabalhistas do artigo 7º não terem sido
previstos no artigo 39 não significa que tais direitos não sejam concedidos aos servidores públicos.
Ocorre que alguns direitos trabalhistas conferidos aos servidores públicos estão disciplinados em
outros lugares na própria constituição ou em leis esparsas. A título de exemplo, é possível citar o
direito à aposentadoria que, apesar de não ter sido referido no artigo 39, § 3º, encontra-se previsto
expressamente no artigo 40 da Constituição Federal.
O parágrafo 3º, que contém parte dos direitos do servidor público, é uma boa oportunidade de
questão de prova! Memorize-o!
Liberdade de associação sindical
→ A Constituição Federal garante aos servidores públicos o direito à associação sindical:
Art. 37, VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
→ A Constituição concede ao servidor público civil o direito à associação sindical. Dessa forma, a
livre associação profissional ou sindical não é garantida aos militares, em razão da peculiaridade
do seu regime jurídico, cuja vedação está prevista na própria Constituição Federal:
Art. 142, IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
→ Segundo a doutrina, trata-se de uma norma autoaplicável, a qual não depende de regulamentação
para ser exercida, pois o servidor pode prontamente usufruir desse direito. Sua previsão decorre
do artigo 8º da Constituição, o qual prevê o citado direito a todos os trabalhadores:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
Direito de greve
Segundo o artigo 37, VII:
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
O direito de greve previsto na Constituição Federal aos servidores públicos condiciona o seu
exercício a uma norma regulamentadora, por isso é uma norma de eficácia limitada. Como até o
presente momento a necessária lei não foi publicada, o Supremo Tribunal Federal adotou a Teoria
Concretista Geral. A partir da análise do Mandado de Injunção, fez com que o direito de greve tivesse
efetividade e conferiu efeito erga omnes à decisão, ou seja, os seus efeitos atingem todos os servidores
públicos, até mesmo aquele que não tenha ingressado com ação judicial para exercer seu direito de
greve. A partir disso, segundo o STF, os servidores públicos de todo o país poderão se utilizar do seu
direito de greve, nos termos da Lei 7.783/89, a qual regulamenta o direito de greve dos trabalhado-
res da iniciativa privada.
Ressalte-se que o direito de greve, juntamente com o de associação sindical, não se aplica aos
militares, pelos mesmos motivos já apresentados ao analisarmos o direito de liberdade de associação
sindical.
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TÓPICO ESQUEMATIZADO
→ Além destas hipóteses, a Constituição Federal também previu a acumulação lícita em outros
casos, observemos:
→ Magistrado + Magistério – é permitida a acumulação de um cargo de juiz com um de professor:
Art. 95. Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
Atenção: Este dispositivo se aplica a toda Administração Pública, em todos os Poderes, de todos
os entes federativos.
TÓPICO ESQUEMATIZADO
Estabilidade
→ Um dos maiores desejos de quem faz concurso público é alcançar a Estabilidade. Essa é a garantia
que permite aos titulares de cargo público, ou seja, ao servidor público. Essa garantia faz com
que o servidor tenha certa tranquilidade para usufruir do seu cargo com maior tranquilidade,
o servidor passa exercer suas atividades sem a preocupação de perder seu cargo por qualquer
simples motivo. Veja o que diz a Constituição Federal:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho
por comissão instituída para essa finalidade.
O primeiro ponto relevante é que a estabilidade se adquire após três anos de efetivo exercício.
Só adquire estabilidade quem ocupa um cargo público de provimento efetivo, após a aprovação em
concurso público. Esta garantia não se estende aos titulares de emprego público nem aos que ocupam
cargos em comissão de livre nomeação e exoneração.
Não confunda a estabilidade com estágio probatório. Este é o período de avaliação inicial, dentro
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do novo cargo, a que o servidor concursado se sujeita antes de adquirir sua estabilidade. A Constitui-
ção não falou nada de estágio probatório, mas para os servidores públicos federais, aplica-se o prazo
previsto na Lei 8.112/90. Aqui, temos um problema. O referido estatuto dos servidores públicos
federais prevê o prazo de 24 meses para o estágio probatório. Contudo, tem prevalecido na doutrina
e na jurisprudência o entendimento de que não tem como se dissociar o prazo do estágio probató-
rio da aquisição da estabilidade, de forma que até o próprio STF e o STJ reconhecem que o prazo
do estágio probatório foi revogado tacitamente pela EC 19/98, que alterou o prazo de aquisição da
estabilidade para 3 anos. Reforça este entendimento o fato de que a Advocacia Geral da União já
emitiu parecer vinculante, determinando a aplicação do prazo de 3 anos para o estágio probatório
em todo o Poder Executivo Federal, o que de fato acontece. Desta forma, para sua prova, o prazo do
estágio probatório é de 3 anos.
Segundo o texto constitucional, é condição para a aquisição da estabilidade a avaliação especial
de desempenho, aplicada por comissão instituída para essa finalidade.
→ O servidor estável só perderá o cargo nas hipóteses previstas na Constituição, as quais são:
˃ Sentença judicial transitada em julgado.
˃ Procedimento Administrativo Disciplinar.
˃ Insuficiência de desempenho comprovada na Avaliação Periódica.
˃ Excesso de despesas com pessoal nos termos do artigo 169, § 3º.
Servidores Em Exercício De Mandato Eletivo
→ Para os servidores públicos que estão no exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes
regras:
Art. 38. Ao servidor público da Administração Direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo com-
patibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados
como se no exercício estivesse.
→ Em suma:
˃ MADATO ELETIVO FEDERAL, ESTADUAL OU DISTRITAL – afasta-se o cargo, emprego
ou função;
˃ MANDATO ELETIVO MUNICIPAL –
» Prefeito: afasta-se do cargo, mas pode optar pela remuneração;
» Vereador: havendo compatibilidade de horário, pode exercer os dois cargos e cumular as duas
remunerações, respeitando os limites legais. Não havendo compatibilidade de horário, deverá
afastar-se do cargo, podendo optar pela remuneração de um dos dois.
Havendo o afastamento, a Constituição determinou, ainda, que este período seja contabilizado
como tempo de serviço, gerando todos seus efeitos legais, com exceção da promoção de merecimento,
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EXERCÍCIOS
01. A Constituição Federal não estende aos servidores públicos o salário-família e o FGTS, mas
lhes assegura outros direitos garantidos aos trabalhadores celetistas, como o adicional de in-
salubridade e a assistência gratuita, em creches e pré-escolas, aos filhos e dependentes com até
cinco anos de idade.
Certo ( ) Errado ( )
02. De acordo com as normas constitucionais, se houver compatibilidade de horários, é possível
a acumulação de dois cargos técnicos de natureza administrativa. Em face dessa permissão
constitucional, um servidor poderia, por exemplo, exercer o cargo de técnico administrativo
na ANCINE e em outro órgão público federal.
Certo ( ) Errado ( )
03. É admissível, nos termos da lei, a contratação por tempo determinado, desde que exclusiva-
mente para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.
Certo ( ) Errado ( )
04. Ana, regularmente aprovada em concurso público, foi nomeada para cargo efetivo. Neste caso,
de acordo com a Constituição Federal brasileira, Ana adquirirá a estabilidade, dentre outros
requisitos, somente após o efetivo exercício por:
Certo ( ) Errado ( )
a) Dois anos;
b) Um ano;
c) Seis meses;
d) Três anos;
e) Dezoito meses.
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GABARITO
01 – ERRADO
02 – ERRADO
03 – CERTO
04 – D
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