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1.

DIREITOS SOCIAIS

“Art. 7° Sã o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alé m


de outros que visem à melhoria de sua condiçã o social:

XXIX - açã o, quanto aos cré ditos resultantes das relaçõ es de


trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos apó s
a extinçã o do contrato de trabalho.”

Este inciso prevê as chamadas regras de PRESCRIÇAO TRABALHISTA. Como se


pode depreender do inciso, existem dois tipos de prescriçã o: uma de 2 anos e outra
de 5 anos. Importa distinguir a aplicaçã o desses prazos.
O perı́o do de 2 anos refere-se ao prazo que o trabalhador possui para
ingressar com uma açã o trabalhista reivindicando seus direitos. Esse prazo inicia
sua contagem a partir do dia em que houve a rescisã o do contrato de trabalho.
O perı́o do de 5 anos diz respeito aos anos de verbas trabalhistas vencidas a
que o empregado terá direito quando entrar com a açã o, a contar do momento em
que se entra com a açã o.

A prescriçã o de 2 anos conta-se para frente, e a de 5 anos conta-se para trá s.

Proibiçõ es

XXX – proibiçã o de diferença de salá rios, de exercı́cio de


funçõ es e de crité rio de admissã o por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil;
XXXI – proibiçã o de qualquer discriminaçã o no tocante a
salá rio e crité rios de admissã o do trabalhador portador de
de iciê ncia;
XXXII – proibiçã o de distinçã o entre trabalho manual, té cnico
e intelectual ou entre os pro issionais respectivos; Ex.:
faculdade.
XXXIII – proibiçã o de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condiçã o de aprendiz, a partir de
quatorze anos;” Ex.: menor de 17 anos trabalhar em cemité rio
– (trabalho penoso).

A Constituiçã o nos diz que é proibido o trabalho para os menores de 16 e, em


seguida, excepciona essa regra dizendo que é possı́vel, a partir dos 14, na condiçã o
de aprendiz. Ela objetivou dizer que o trabalho no Brasil se inicia aos 14 anos.

Direitos dos Trabalhadores Domé sticos


“Pará grafo ú nico. Sã o assegurados à categoria dos
trabalhadores domé sticos os direitos previstos nos incisos IV,
VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condiçõ es estabelecidas em
lei e observada a simpli icaçã o do cumprimento das
obrigaçõ es tributá rias,

Principais e acessó rias, decorrentes da relaçã o de trabalho e suas


peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
integraçã o à previdê ncia social.” (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 72,
de 2013)

Direitos Coletivos Trabalhistas

Direitos sociais coletivos sã o aqueles exercidos pelos trabalhadores,


coletivamente ou no interesse de uma coletividade, e podem ser classi icados em:

➢ direito de associaçã o pro issional ou sindical;


➢ direito de greve;
➢ direito de substituiçã o processual;
➢ direito de participaçã o;
➢ direito de representaçã o classista.

Regras de Associaçã o Pro issional ou Sindical

“Art. 8º E livre a associaçã o pro issional ou sindical, observado o seguinte:

I – A lei nã o poderá exigir autorizaçã o do Estado para a


fundaçã o de sindicato, ressalvado o registro no ó rgã o
competente, vedadas ao Poder Pú blico a interferê ncia e a
intervençã o na organizaçã o sindical;”
II – é vedada a criaçã o de mais de uma organizaçã o sindical,
em qualquer grau, representativa de categoria pro issional ou
econô mica, na mesma base territorial, que será de inida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, nã o podendo
ser inferior à á rea de um Municı́pio;”

Princı́pio da Unicidade Sindical

“IV – A assembleia geral ixará a contribuiçã o que, em se


tratando de categoria pro issional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da representaçã o
sindical respectiva, independentemente da contribuiçã o
prevista em lei;”

→ Existem duas contribuiçõ es neste inciso: uma chamada de Contribuiçã o


Confederativa e outra, de Contribuiçã o Sindical. Mas surge uma pergunta: qual das
duas é paga diretamente para o sindicato? Apesar de o nome induzir ao erro, a
contribuiçã o paga diretamente ao sindicato é a Confederativa.
→ A Contribuiçã o Confederativa é a prevista neste inciso, ixada pela
assembleia geral, descontada em folha para custear o sistema confederativo. Esta é
aquela paga à s organizaçõ es sindicais e é facultativa (só é obrigada aos iliados aos
sindicatos).
→ A Contribuiçã o Sindical, que é a contribuiçã o prevista em lei.

Liberdade de Associaçã o

V – ningué m será obrigado a iliar-se ou a manter-se iliado a


sindicato;
VI – é obrigató ria a participaçã o dos sindicatos nas
negociaçõ es coletivas de trabalho;
VII – o aposentado iliado tem direito a votar e ser votado nas
organizaçõ es sindicais;” Estabilidade Sindical
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro da candidatura a cargo de direçã o ou
representaçã o sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um
ano apó s o inal do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

A estabilidade sindical constitui norma de proteçã o aos dirigentes sindicais. Ela


possui grande utilidade ao evitar o cometimento de arbitrariedades por parte das
empresas, em retaliaçã o aos representantes dos empregados.

Direito de Substituiçã o Processual

III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses


coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questõ es
judiciais ou administrativas.”

Direito de Greve

“Art. 9º E assegurado o direito de greve, competindo aos


trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê -lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º – A lei de inirá os serviços ou atividades essenciais e
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiá veis da
comunidade
§ 2º – Os abusos cometidos sujeitam os responsá veis à s penas
da lei.”

O direito de greve é um direito fundamental de todo trabalhador. Entretanto,


no Brasil, há uma lei especı́ ica regulamentando-o, somente aos trabalhadores da
iniciativa privada, que é a Lei 7.783/89. Assim, é importante lembrar, no momento
da prova, que por nã o haver uma lei garantindo os serviços essenciais que devam
ser prestados enquanto durar a greve dos servidores pú blicos, entende o STF, que
esses servidores deverã o fazer greve nos termos da lei da iniciativa privada.
Direito de Participaçã o

Art. 10. E assegurada a participaçã o dos trabalhadores e


empregadores nos colegiados dos ó rgã os pú blicos em que
seus interesses pro issionais ou previdenciá rios sejam objeto
de discussã o e deliberaçã o.”

Direito de Representaçã o Classista

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é


assegurada a eleiçã o de um representante destes com a
inalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.”

2. EXERCÍCIOS

01. Em relaçã o aos princı́pios fundamentais e aos direitos e garantias


fundamentais estabelecidos na Constituiçã o Federal de 1988 (CF), julgue os itens
que se seguem. A criaçã o de sindicatos depende de autorizaçã o pré via do Estado, já
que na CF é prevista a regra da liberdade sindical condicionada.

Certo ( ) Errado ( )

02. Ainda com base no que determina a CF, julgue os itens a seguir. O servidor
pú blico civil tem direito à livre associaçã o sindical.

Certo ( ) Errado ( )

03. Ao trabalhador domé stico sã o garantidos todos os direitos previstos no art.
7.º da CF.

Certo ( ) Errado ( )

04. Acerca dos direitos dos trabalhadores, sobretudo os considerados na


Constituiçã o Federal de 1988, julgue o seguinte item. A licença à gestante tem a
duraçã o de cento e vinte dias, sem prejuı́zo do salá rio e do emprego pelo perı́o do
desde a con irmaçã o da gravidez até cinco meses apó s o parto.

Certo ( ) Errado ( )

3. GABARITO

01 - Errado
02 - Certo
03 - Certo
04 - Errado

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