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1.

TEORIA

1.1. ESTADO DE SITIO

E uma medida provisó ria de proteçã o ao Estado quando ele se encontrar,


parcial ou totalmente, sobre ameaça de guerra ou calamidade pú blica. O Presidente
da Repú blica é quem, depois de ouvido o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho
da República, pode decretar estado de sı́tio se o Congresso Nacional autorizar o
decreto.
O estado de sı́tio é decretado quando o estado de defesa nã o resolve o
problema, assim atingindo todo o paı́s, ou em casos de guerra.

Art. 137. O Presidente da Repú blica pode, ouvidos o Conselho


da Repú blica e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao
Congresso Nacional autorizaçã o para decretar o estado de
sı́tio nos casos de:
I – Comoçã o grave de repercussã o nacional ou ocorrê ncia de
fatos que comprovem a ine icá cia de medida tomada durante
o estado de defesa;
II – declaraçã o de estado de guerra ou resposta à agressã o
armada estrangeira.
Pará grafo ú nico. O Presidente da Repú blica, ao solicitar
autorizaçã o para decretar o estado de sı́tio ou sua
prorrogaçã o, relatará os motivos determinantes do pedido,
devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Art. 138. O decreto do estado de sı́tio indicará sua duraçã o, as


normas necessá rias à sua execuçã o e à s garantias
constitucionais que icarã o suspensas, e, depois de publicado,
o Presidente da Repú blica designará o executor das medidas
especı́ icas e das á reas abrangidas.
§ 1° - O estado de sı́tio, no caso do art. 137, I, nã o poderá ser
decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada
vez, por prazo superior, no inciso II, poderá ser decretado por
todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressã o armada
estrangeira.
§ 2° - Solicitada autorizaçã o para decretar o estado de sı́tio
durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o
Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a im
de apreciar o ato.
§ 3° - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento
até o té rmino das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigê ncia do estado de sı́tio decretado com fundamento no art.
137, I, só poderã o ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I – obrigaçã o de permanê ncia em localidade determinada.


II – detençã o em edifı́cio nã o destinado a acusados ou
condenados por crimes comuns;
III – restriçõ es relativas à inviolabilidade da correspondê ncia,
ao sigilo das comunicaçõ es, à prestaçã o de informaçõ es e à
liberdade de imprensa, radiodifusã o e televisã o, na forma da
lei;
IV – suspensã o da liberdade de reuniã o;
V – busca e apreensã o em domicı́lio;
VI – intervençã o nas empresas de serviços pú blicos;
VII – requisiçã o de bens
Pará grafo ú nico. Nã o se inclui nas restriçõ es do inciso III a
difusã o de pronunciamento de parlamentares efetuados em
suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva
Mesa.

Motivos para decretar o Estado de Sı́tio

➢ Comoçã o grave de repercussã o nacional;


Ine icá cia da medida tomada durante o estado de defesa;
Declaraçã o de estado de guerra ou resposta à agressã o armada estrangeira.
➢ De acordo com o art. 139 CF/88 no estado de sı́tio decretado por comoçã o grave
ou ine icá cia do estado de defesa as consequê ncias serã o as seguintes:
Obrigaçã o de permanê ncia em localidade determinada;
Detençã o em edifı́cio nã o destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
Restriçõ es relativas à inviolabilidade de correspondê ncia, ao sigilo de comunicaçõ es,
à prestaçã o de informaçõ es e à liberdade de imprensa, radiodifusã o e televisã o;
Suspensã o da liberdade de reuniã o;
Busca e apreensã o em domicı́lio;
Intervençã o nas empresas de serviços pú blicos;
Requisiçã o de bens.

Forças Armadas

De acordo com a Constituiçã o Federal, art. 142, as Forças Armadas sã o


constituı́das pela Marinha, pelo Exé rcito e pela Aeroná utica. Instituiçõ es
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da Repú blica, e destinam-se:

1. A defesa da Pá tria;


2. A garantia dos poderes constitucionais;
3. Por iniciativa de qualquer dos Poderes, da lei e da ordem.

Art. 142. As Forças Armadas, constituı́das pela Marinha, pelo Exé rcito e pela
Aeroná utica, sã o instituiçõ es nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob autoridade suprema do Presidente da
Repú blica, e destinam-se à defesa da Pá tria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

§ 1° Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na


organizaçã o, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2° Nã o caberá habeas corpus em relaçã o a puniçõ es disciplinares militares.
§ 3° Os membros das Forças Armadas sã o denominados militares, aplicando-se lhes,
alé m das que vierem a ser ixadas em lei, as seguintes disposiçõ es;

I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, sã o conferidas


pelo Presidente da Repú blica e asseguradas em plenitude aos o iciais da ativa, da
reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os tı́tulos e postos militares e,
juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego pú blico civil
permanente, ressalvada a hipó tese prevista no art. 37, inciso XVI, alı́nea “c”, será
transferido para a reserva, nos termos da lei;
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou
funçã o pú blica civil temporá ria, nã o eletiva, ainda que da administraçã o indireta,
ressalvada a hipó tese prevista no art. 37, inciso XVI, alı́nea “c”, icará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá , enquanto permanecer nessa situaçã o, ser
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para
aquela promoçã o e transferê ncia para a reserva, sendo depois de dois anos de
afastamento, contı́nuos ou nã o, transferido para a reserva, nos termos da lei;
IV – ao militar sã o proibidas a sindicalizaçã o e a greve;
V – o militar, enquanto em serviço ativo, nã o pode estar iliado a partidos polı́ticos;
VI – o o icial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do o icialato ou
com ele incompatı́vel, por decisã o de tribunal militar de cará ter permanente, em
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII – o o icial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade
superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior;
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7°, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e
XXV, e no art. 37 incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com
prevalê ncia da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alı́nea “c”;
IX – Revogado pela Emenda Constitucional n° 41, de 19.12.2003
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a
estabilidade e outras condiçõ es de transferê ncia do militar para a inatividade, os
direitos, os deveres, a remuneraçã o, as prerrogativas e outras situaçõ es especiais
dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
Art. 143. O serviço militar é obrigató rio nos termos da lei.

§ 1° As Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos


que, em tempo de paz, alistados, alegarem imperativo de consciê ncia, sujeitos,
poré m, a outros encargos que a lei lhes atribuir. Entendendo-se como tal o
decorrente de crença religiosa e de convicçã o ilosó ica ou polı́tica, para se
eximirem de atividades de cará ter essencialmente militar.
§ 2° As mulheres e os eclesiá sticos icam isentos do serviço militar obrigató rio

2. EXERCÍCIOS

1. De acordo com a Constituiçã o da Repú blica de 1988, o Estado de Sı́tio é


medida de exceçã o decretada quando:

a) for declarada situaçã o de emergê ncia decorrente de catá strofe nacional


b) reconhecida pelo exé rcito nacional a impossibilidade de atuaçã o
c) houver declaraçã o de estado de guerra ou resposta à agressã o armada
estrangeira
d) houver con lito entre duas ou mais unidades da Federaçã o
e) comprovada a falta de efetivo militar para o policiamento ostensivo.

2. No caso de pedido de autorizaçã o para a decretaçã o de estado de sı́tio, a


convocaçã o extraordiná ria do Congresso Nacional far-se-á pelo:

a) Ministro das Forças Armadas


b) Presidente da Câ mara dos Deputados
c) Presidente do Senado Federal
d) Ministro Chefe da Casa Civil
e) Ministro da Justiça

3. GABARITO

01 - C
02 - C

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