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I - DEFESA DO ESTADO JUNTO COM DEFESAS DAS INSTITUIÇÕES

DEMOCRÁTICAS
Data: 22/02/2022

1. OBSERVAÇÃO
- Por existir determinados fatos que atrapalham a sociedade e a estrutura do Estado, existem
instrumentos para restaurar a “normalidade”.
- Existem 2 grupos para a defesa do Estado e das Instituições democráticas de acordo com a CF/88.
> Defesa do país ou da sociedade: segurança pública e forças armadas.
> Sistema constitucional de crise: dividido em Estado de Defesa e Estado de Sítio.
IMP: algumas pessoas defendem que a intervenção militar (art.34 da C.F) seria parte do SCC, mas a
grande parte da doutrina reconhece apenas os dois grupos.

2. QUANDO USAR ESSES INSTRUMENTOS


- A defesa do Estado brasileiro se dá em algumas questões específicas.
> Contra invasão estrangeira. (art. 34 II e 137 II da C.F)
Ex: guerra contra Venezuela, Venezuela invade antes > Brasil pode usar o SCC
> Proteção da soberania nacional (art.91 CF)
Ex: caso o país não respeitar a soberania do Brasil > possível afastar a decisão daquele país
pelo SCC.
> Defesa da Pátria
- A defesa das instituições democráticas se dá na situação de equilíbrio entre os grupos de poder
(aqueles que exercem grande influência no Estado).
- Caso haja conflito entre os grupos de poder que excede as limitações constitucionais é
considerado também uma situação de crise (situação de desiquilíbrio entre os grupos de poder do
Estado).

II – DEFESA DO PAÍS OU SOCIEDADE

1. SEGURANÇA PÚBLICA
- A defesa pública fica cargo dos estados membros.
- Quem dará segurança para os cidadãos/sociedade será o Estado.
- Órgão responsável pela segurança em São Paulo: secretária de Segurança Pública.
IMP: O RG é expedido pela secretária de segurança pública, porque é a secretária responsável pela
segurança do cidadão para assegurar que aquela pessoa é a única na sociedade.

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Ex: Bolsonaro queria unificar policiais e segurança pública para todos serem da União: única ideia
boa, porém não foi para frente.

2. FORÇAS ARMADAS
- Tem como comandante supremo o chefe da união.
- Defendem o território nacional de forma geral.

III – SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISES

1. REQUISITOS PARA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISES.


- É ativado quando ocorrer uma violação à situação de normalidade constitucional.
- Só a União poderá decretar estado de sítio e de defesa, contudo precisará da autorização do
Congresso.
- Possui 2 características principais: necessidade e temporalidade.
- Violará a C.F se não possuir ambas as características.

2. NECESSIDADE
- A utilização do meio de defesa é realmente necessária.
- Não existe outro meio imediatamente mais eficaz.
Ex: Bolsonaro queria decretar estado de sítio (existe algo que causa uma comoção grave nacional
ou quando está em guerra com outro país) no dia 07 de setembro, como não tinha nenhum desses
ocorrendo. Caso fosse decretado seria contra lei, ou seja, seria um golpe.

3. TEMPORALIDADE
- Qualquer uma das medidas adotadas não pode durar para sempre. Precisa ter um prazo ou uma
previsão de término para os estados.
Ex: Se o Brasil decretar guerra contra Venezuela e decretar estado de sítio por 100 anos não será
possível, pois enquanto durar a guerra que durará o Estado de sítio.
CUR: Situações no Brasil que faltaram um dos requisitos e foram contra lei > Golpe “Estado
Novo”/1937 (Getúlio transferiu todo o poder para si, dissolveu o legislativo entre outros).

4. AÇÃO DA LEI
- Durante o Estado de exceção a legalidade ordinária é substituída pela legalidade extraordinária
(leis mudam e são adaptadas para determinada situação).
Ex: governo no estado de sítio pode determinar o direito de ir e vir da pessoa.
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ESTADO DE DEFESA
1. QUANDO SERÁ UTILIZADO
- Art.136, caput da Constituição Federal.
- Natureza regional.
- Quando tiver uma crise.
- Para preservar ou restabelecer em locais restritos e determinados a ordem pública ou a paz social.
- Essa ordem pública ou paz social deve estar ameaçada por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

2. QUEM PODE DECRETAR


- Apenas o presidente da república pode decretar, tem titularidade (art. 84 IX).
- Terá que redigir um decreto presidencial para estabelecer o estado de defesa no Brasil.
- Antes de decidir decretar ou não deve ouvir os conselheiros consultivos presidenciais, o qual é
composto pelo Conselho da República e o Conselho de defesa Nacional, mas não é necessário
seguir propriamente o que disserem.
- Depois que ouvir ambos tem que mandar o decreto redigido para o Congresso que irá decidir se o
decreto irá ser efetivado.

3. O QUE O DECRETO DEVE ESPECIFICAR


- Prazo de duração da medida
> Pode prorrogar até 30 dias (prazo máximo) por uma única vez.
> Se resolver o problema antes você extingue o decreto no próximo dia.
Ex: decretei por 15 dias, precisei prorrogar por mais 15 dias: deu 30 dias (ok)
Ex: decretei por 10 dias, não deu certo. Prorroga para o prazo máximo para dar 30 dias (+20
dias). Também não deu certo, lança outro prazo que poderá ser prorrogado uma vez e assim
em diante.
- Área que esse decreto vai atuar de forma restrita e determinada.

4. MEDIDAS COERCITIVAS QUE PODEM SER ADOTADAS


- Restrição (não supressão)
> Direito de reunião, do sigilo de comunicação telegráfica, do sigilo de correspondência (sua
correspondência pode ser aberta).
> À garantia de prisão (só pode ser preso no Brasil em duas situações decisão do juiz ou
situação de flagrância: art. 5º, LXI, Cf – como nesse caso fala da garantia de prisão abre
outra hipótese para ser preso como quem atrapalhar o estado de defesa).
- Ocupação: tomar algo para mim ou colocar algo em determinado local
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> Uso temporário de bens e serviços públicos, em casos de calamidades pública.
> A União responde pelos danos e custos decorrentes.
Ex: quadras públicas podem viram alojamentos, escolas podem virar enfermarias, entre
outros.
- Prisão por crime contra o Estado
> Poderá a pessoa ser presa por pessoa que não autoridade judicial competente que será
chamado de “executor da medida”
> O presidente depois de assinar o decreto nomeará um executor de medida que nomeará
uma equipe de executores para detectar quem descumprir o ato.
> Deve-se fazer o exame de corpo de delito ao prender alguém.
> O juiz competente do município deverá ser imediatamente comunicado caso ocorra
alguma prisão por descumprimento.
> A análise do juiz deve ser feita em até 10 dias.
> Poderá o juiz receber no 10º dia o juiz a informação de prisão e decidir que a pessoa será
presa.
> O preso nunca poderá ficar incomunicável com seu defensor e sua família.

5. CONTROLES POLÍTICOS EXERCIDOS


- CONTROLE POLÍTICO IMEDIATO
> Art. 136, §4º e §7º
> O presidente tem o prazo máximo de 24h para mandar o decreto para o Congresso.
> O decreto irá durar até o Congresso aprovar por maioria absoluta.
> Caso não seja aprovado por todos o decreto irá cessar. O estado de defesa cessará
imediatamente (ex nunc).
> Caso o Congresso (Câmara + Senado) estiver em recesso quem convocará o Congresso
para voltar é o presidente do Senado.
> O Congresso terá o prazo de 5 dias para voltar e o prazo de 10 dias contado do seu
recebimento para apreciar o decreto.
Ex: estou em recesso e voltei no 6º dia, tenho 4 dias para apreciar. Não estou em recesso
tenho 10 dias. Se não apreciar, convocado de novo.
> O conselho nacional deverá continuar funcionando enquanto perdurar o estado de defesa.

- CONTROLE POLÍTICO CONCOMITANTE/AO MESMO TEMPO

> Art. 140


> Enquanto durar o estado de defesa cria-se uma comissão mista composta de 5
parlamentares para acompanhar/fiscalizar as medidas adotadas no estado de defesa.
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- CONTROLE POLÍTICO SUCESSÍVEL/POSTERIOR
> Todos os documentos juntados pela comissão de parlamentares serão analisados e
eventualmente poderá haver medidas que foram além do decreto.
> Encerrado o estado de defesa o presidente da República encaminhará ao Congresso
Nacional um relatório especificando e justificando (prazo, território, medidas tomadas,
atingidos e indicações das restrições aplicadas durante o estado de defesa.
> Congresso deverá comparar com os documentos dos 5 parlamentares e se bater as
informações será provado que se encerra o estado de defesa.
> Se caso detectar crime, ou seja, caso o C.N não aceitar abuso pode virar um processo
contra quem praticou o ato que poderá responder judicialmente na esfera civil,
administrativa.

6. CONTROLES JURISDICIONAIS EXERCIDOS


- CONTROLE JURISDICIONAL CONCOMITANTE
> Art. 136, § 3º
> Tudo que acontecer de ilegalidade poderá ser levado para o poder judicial.
> Qualquer lesão ou ameaça de lesão a direito durante o estado de defesa poderá ser
apreciada pelo poder judiciário.
> Controle da prisão sendo que está não excederá 10 dias, exceto se autorizada pelo poder
judiciário.
- CONTROLE JURISDICIONAL POSTERIOR
> Art. 141, caput
> Cessado o estado de defesa, os seus efeitos cessarão, mas não cessará a responsabilidade
doas atos ilícitos cometidos por executantes e agentes.
> As provas dos ilícitos cometidos serão apreciadas pelo judiciário condenando-se os
responsáveis.

ESTADO DE SÍTIO
1. QUANDO SERÁ UTILIZADO
- Comoção grave que atinge o território todo, ou seja, uma repercussão nacional.
- Estado de defesa frustrado: estado de defesa que no prazo de 60 dias não resolveu a situação
anterior.
- Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Ex: Brasil não declara guerra contra Rússia, mas Rússia envia torpedos para cá: pode declarar
estado de sítio

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> Guerra é a situação em que o país levanta armas militares contra outro país ou organismo
internacionais. Cidades brigando com outras não é guerra, pode ser revolução ou
insurreição ou conflito interno (ex: Rússia levanta arma contra a Ucrânia/OTAN).
> Um país pode declarar guerra contra minorias, povos sem territórios também é declarado
guerra.
> Guerra civil é sinônimo de conflito interno.
> É possível ter guerra e guerra civil ao mesmo tempo (ex: caso da Ucrânia).

2. QUEM PODE DECRETAR


- Apenas o presidente da República pode decretar.
- Terá que redigir um decreto presidencial para estabelecer o estado de defesa no Brasil.
- Deve ouvir os conselheiros consultivos, mas não precisa fazer o que eles desejam.
- Depois que ouvir ambos tem que mandar o decreto redigido para o Congresso que irá decidir se o
decreto irá ser efetivado.
> Tem em regra o prazo nas duas primeiras hipóteses 10 dias
> Em caso de guerra tem 48h

3. O QUE O DECRETO DEVE ESPECIFICAR


- O prazo de duração da medida
> Nas duas primeiras hipóteses de decretação do estado de sítio segue-se a regra dos 30
dias prorrogáveis por mais até 30 dias quantas vezes forem necessárias.
> Na terceira hipótese (guerra) o estado de sítio durará enquanto persistir a guerra ou a
agressão armada estrangeira (ele se vincula na duração do fato).
- Normas e regras necessárias para a sua execução.
- Garantias constitucionais que serão afetadas/suspensas.
- Medidas tomadas por parte do país

4. MEDIDAS COERCITIVAS QUE PODEM SER ADOTADAS


- São mais graves que as medidas do estado de defesa.
- Obrigação de permanência ou locomoção em localidade determinada
> Utilizada para proteger as pessoas.
> Pode obrigar alguém a permanecer ou se mudar para determinado local mais seguro.
- Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns.
- Restrições quanto a direitos em especial a pronunciamentos de parlamentares.
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- Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação
de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão.
- São medidas coercitivas que só podem ser adotadas no caso de comoção ou ineficácia das
medidas:
- Suspensão da liberdade de reunião.
- Busca e apreensão em domicilio.
- Intervenção em empresas de serviços públicos.
- Requisição de bens.
IMP: Após passar o estado de sítio é possível pedir indenização pelos bens que você perdeu
durante o período.

INTERVENÇÃO FEDERAL
> Data: 08/03/2022

1. QUANDO SERÁ UTILIZADO


- Art.34: Hipótese em que a união intervém em um Estado membro.
- Para manter a integridade nacional: se estados quiserem se separar, o governo pode intervir.
- Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.
- Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
- Não garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação/Não garantir
que qualquer um dos Poderes tenha liberdade de atuação e respeito em relação as suas decisões
- Reorganizar as finanças da unidade (municípios) da Federação
> Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos (sem motivo) (nesse caso
tem que pedir dilação/aumentar o prazo)
> Deixar de repassar aos Municípios receitas tributárias fixadas na C.F, dentro dos prazos
estabelecidos em lei (ex: Se não passar uma parte do tributo do IPVA para o Estado de SP,
pode ocorrer intervenção)
- Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial – caso concreto
Ex: prefeito destinou junto com o governador verba para as vacinas, governador não comprou
mesmo se tivesse uma decisão judicial obrigando-o, pode haver a intervenção).
- Assegurar aa observância dos seguintes princípios constitucionais:
> Forma republicana, sistema representativo e regime democrático (ex: se tiver alguma
afronta do governo daquele estado)
> Violação dos direitos da pessoa humana.
> Autonomia municipal
> Prestação de contas da administração pública

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> O estado que deixa de investir o mínimo dinheiro em saúde e educação pode sofrer
intervenção.

2. QUEM PODE DECRETEAR/ FORMAS QUE INTERVENÇÃO PODE OCORRER


- Forma espontânea: depende do Presidente da República decretar a intervenção
- Forma solicitada: depende de um legislativo ou executivo solicitarem a intervenção.
- Forma requerida: depende da ordem do judiciário.
> Se por acaso um município descumprir decisão judicial também é possível a requisição da
intervenção, caso em que deverá o município ter o seu prefeito afastado e a decisão judicial
cumprida.

3. EFEITOS DA INTERVENÇÃO
- A intervenção pode ser de 2 tipos.
> Total
- Governador do estado vai ser afastado completamente até resolver o problema (a não ser
que fique impedido)
- Será nomeado um interventor e realizará a intervenção conforme as ordens do presidente
da república que o nomeou.

> Parcial
- Governador deixa de ser governador apenas da segurança pública, pode continuar sendo
de outros setores.
Ex: Quando Temer decretou a intervenção, foi uma intervenção parcial.

4. TEMPO DA INTERVENÇÃO
- Ela é temporária. Acabando a necessidade cessa a intervenção.
- É utilizada conforme necessidade.

5. QUANDO NÃO PODE OCORRER A INTERVENÇÃO


- União pode intervir diretamente no seu município? Não, exceto em caso de território Federal.
- Art. 35: Contudo o Estado não interverá no seu município, nem a União em seu município
localizados em território federal, exceto quando:
I- Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos.
II- Não forem prestadas as contas devidas na forma da lei.
III- Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal da manutenção e
desenvolvimento de ensino e de saúde.
Ex: brasil pode comprar ou ganhar territórios de outro país e essas terras podem surgir municípios

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- Município pode sofrer intervenção do estado membro desde que ele esteja no estado membro
que ele está ou caso ele esteja dentro de território federal.
- As hipóteses em intervenção em município se espelham nas hipóteses de intervenção no Estado.

VII - PODER LEGISLATIVO FEDERAL


> Data: 15/03/2022.

1. CARACTERÍSTICAS
- Art.44 ao art.58 da C.F
- Copiou o modelo legislativo inglês: é bicameral.
> Bicameral: formado pela Câmera dos Deputados Federais e pelo Senado Federal.
> Congresso Nacional: Câmara dos Deputados Federais + Senado Federal.
- Casa com prato para baixo: Senado Federal (algo que protege, fechado ao povo)
- Casa com prato para cima: Deputados federais, representam o povo (recipiente para o povo
depositar suas reclamações/interesses).

DEPUTADO FEDERAL SENADO FEDERAL


Representa o povo Representa Estados e D.F
Sistema proporcional Sistema majoritário
513 deputados 81 senadores
Mandato de 4 anos Mandato de 8 anos
Renovação a cada 4 anos Renovação a cada 4 anos por 1/3 e 2/3

Idade mínima: 21 anos Idade mínima: 35 anos

CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS

1. O QUE REPRESENTAM
- Representam o interesse do povo.

2. ELEIÇÕES
- Feita através do sistema proporcional.
- Quanto mais populoso for um estado, mais deputados terá para representar as pessoas.
- Cada Estado Membro da Federação vai ter no mínimo 8 deputados federais e no máximo 70
deputados federais.
- O número total de deputados não será superior a 513 deputados.
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- Quocientes que se usam para eleição de deputados: quocientes eleitoral e partidário (n° de
cadeiras por partido – quanto mais votos, mais cadeiras para serem preenchidas).
- Se o Brasil voltar a ter territórios federais, cada território federal terá direito de eleger 4 novos
deputados federais.
- Se o território for anexado a outro estado, deixa de ter esses 4 deputados e adiciona a população
desse território no estado e aí pode aumentar o número do estado.
- Existe a possibilidade de suplência.

3. PRAZO DE MANDATO
- Prazo do mandato: 4 anos, podendo ter reeleição.

4. IDADE
- Idade mínima: 21 anos

SENADO FEDERAL
1. O QUE REPRESENTAM
- Representam o interesse do Estado.

2. ELEIÇÕES
- Feita através do sistema majoritário puro.
- Candidato que ganhar mais voto ganha.
- Números de senadores no Brasil: 3 senadores por unidade da federação. Totalizando 81
senadores. (26 estados + DF. 27x3 = 81 senadores).
- Existe a possibilidade de suplência.

3. PRAZO DE MANDATO
- Prazo de mandato 8 anos
- Embora o mandato seja de 8 anos, a renovação da casa/senado se dá a cada 4 anos (renovação
fracionada).
- Primeiros 4 anos troco 1/3 dos senadores, depois dos 4 anos eu troco 2/3 dos senadores.

4. IDADE
- Idade mínima: 35 anos

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FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR
1. OBJETIVO
- Deputados e Senadores eleitos para que trabalhem para criar leis e projetos realizando sessões.
- Legislatura: uma legislatura é equivalente a 4 anos.
- Sessão legislativa: 1 ano.
- Período legislativo: 1 semestre.

2. TIPOS DE SESSÕES
- Sessão Legislativa ordinária
> Leis ordinárias são aprovadas.
- Sessão preparatória
> Art.57, §4°, C.F
> Elege membros da mesa: existem 3 mesas, mesa da câmara, mesa do senado e mesa do
congresso (quem preside a mesa é o presidente do senado.
> Mesa da Câmara: tem mandato de 2 anos sem recondução
- Sessão legislativa extraordinária
> Art.57, §6, C.F
> Convocada em situações extraordinárias para defesa do Estado.
- Sessão unicameral
> 3°, Atos das Constituições Transitórias
> Convocada para revisão constitucional.
> Só aconteceu 1 vez no Brasil e não existe previsão para acontecer
- Sessão bicameral
> Ocorre em 2 casas.
> Irá acontecer em qualquer outra hipótese em que as duas casas se reúnam para decidir
determinada questão.
- Sessão conjunta (57, §3º, CF)
> Convocada para inaugurar a sessão legislativa, elaborar o regimento comum e regular os
serviços comuns às duas casas, receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente
da República, conhecer o veto e sobre ele deliberar.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI)


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1. OBJETIVO
- Unir provas

2. REQUISITOS FORMAIS PARA SUA CRIAÇÃO


- Requerimento de 1/3 dos membros da Casa: 171 (se for uma CPI criada pelas Câmaras dos
Deputados) e 27 (Senado Federal).
> Se for uma CPIM (Comissão parlamentar mista de inquérito): requerimento de 198.
- Prazo certo (prazo para terminar): pode haver prorrogação dentro da legislatura.
> Acabou o prazo de 4 anos e não foi resolvido a CPI não pode julgar e nem começar ação
penal. Nesse caso terá que mandar provas para o M.P para ele verificar e resolver o que
fazer.
- Fatos determinados: investigam versões conexas.
> Corrupção não é caso certo, é genérico.
IMP: ALESP investiga os governadores.
IMP: CIP investiga os prefeitos do munícipio.
Ex: A CPI investigou a verba em Manaus, pois teve verba do governo federal voltada para lá.

3. PODERES DA CPI
- Determinar a quebra de sigilo bancário (solicitar extratos bancários da pessoa), fiscal (pega o
extrato de todos os impostos – pode pedir para a receita estadual/municipal) e telefônico
> Interceptação telefônica é diferente de quebra de sigilo. Interceptação é quando 3° pessoa
acessa o conteúdo da comunicação e normalmente sem a ciência dos interlocutores.
> Quebra de sigilo é verificar todos os números que teve acesso.
> Não inclui sigilo de dados (Facebook, whatsapp)
> A única pessoa que pode determinar a interceptação telefônica é o juiz e mesmo assim
somente em processo/instrução processual penal. Questões cíveis não pode.
Ex: Deputado desconfia que um dos investigados está cometendo crimes e gostaria que
houvesse interceptação telefônica. O que poderia fazer: pedir ao judiciário que houvesse a
investigação telefônica e aí solicitar a CPI que elas sejam utilizadas.
- Fazer a intimação de autoridades, testemunhas e indiciados
> Na CPI são ouvidas o investigado e alguém que presenciou o fato que pode ser intimado
na qualidade de testemunha.
> Testemunhas tem dois deveres: falar e falar a verdade. Se ela se calar/mentir pode ser
presa.

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> Quem for chamado como investigado tem direito a responder em silencio: isso decorre de
um princípio do processo penal – Nemo tenetur “não auto incriminação”).
Ex: Testemunha ficou em silencio – Habbeas Corpus? Pode impetrar ele preventivamente, o
judiciário conceder a ordem, será expedido um documento chamado “salvo conduto” e
quando alguém perguntar algo é só mostrar o documento e falar que não pode responder.
> Pode então resguardar-se em silêncio o investigado e a testemunha que tenha o
documento de “Salvo conduto” preventivo caso ocorra prisão.
- Produção de provas lícitas
> Teoria da árvore envenenada: PM olha mensagens no WPP de uma pessoa sem sua
autorização, tira print das mensagens que contém conteúdo incriminador (exemplo)
- Prisão em flagrante: art.5°, inc LXI,CF
- Medidas cautelares: busca a apreensão desde que não seja domiciliar e busca pessoal pode ser do
escritório do investigado, de algum lugar público.
> Busca e apreensão pessoal e domiciliar só pode ser feita por um juiz.

4. LIMITES DA CPI
- Não tem poder geral de cautela.
> Não tem poder de escolher meios para fazer valer sua decisão.
- Não pode proibir ou restringir assistência jurídica das testemunhas e investigados.
> Caso estiverem atrapalhando pode tomar medidas para fazer ele não atrapalhar (como
censurar a palavra).
- Não pode determinar invasão domiciliar.
- Não pode determinar interceptação telefônica.
- Quebra do sigilo judicial.
> Quando tem segredo de justiça somente as partes, juiz, advogados, ministério público e
defensoria pública podem ter acesso.
- Não pode praticar atos jurisdicionais
> Não profere sentença, decisão interlocutória ou despacho. Apenas o juiz profere esses
atos.
- Não pode intimar ou conduzir coercitivamente o indígena.
> Índio “não faz parte” da nossa sociedade.
> Isso acontece por haver proteção constitucional ao indígena.
- Não pode ajuizar ação penal
> Apenas o Ministério Público pode ajuizar ação penal.

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ESTATUTOS DOS CONGRESSITAS – IMUNIDADES PARLAMENTARES
> Data: 22/03/2022

1. POR QUE OCORRE


- A função que essas pessoas exercem é tão importante que alguns fatos da vida pessoal ficam
suspensos, ou seja, aguardam que se termine a função ou mandato.
2. IMUNIDADE MATERIAL
- Art. 53, caput.
- Deputados e Senadores são invioláveis por sua opinião, palavras e votos no seu exercício da
função.
- “In officio, propter officium”: Tem início a partir posse e tem o fim com o término do mandato (via
de regra).
3. IMUNIDADES PROCESSUAIS/FORMAIS
- Não se iniciam com a posse, começa com a diplomacão
1- Em relação a impossibilidade de prisão
> Regra geral: deputados e senadores não serão presos.
> Exceção: quando houver prisão extraordinária na hipótese de flagrância de crime
inafiançável e por sentença judicial transitada em julgado.
> A prisão que se inicia é uma prisão legislativa: uma vez que o senador ou o deputado
sejam preso, mesmo em situação de flagrante, se comunica a casa que ele pertence para
que a casa determine se ele continua preso ou se ele vai ser posto em liberdade enquanto
durar o mandato. Isso suspende a prescrição.
> Desde a prisão até a deliberação da casa ele é preso legislativo, se a casa decide que ele
continuará preso ele será um preso do judiciário.
2- Processo criminal
> Regra geral: deputados e senadores não serão processados (sustação/suspensão da ação
penal) por crime cometido depois da diplomação.
> A ação penal pode ser suspensa até o término do mandato se foi cometido depois da
diplomação, se for antes da diplomação a ação penal continua.

PRERROGATIVA DE FORO

1. PRERROGATIVAS DE FORO - FORO PRIVILEGIADO NO STF


- Prática de infrações penais comuns: crimes comuns, contravenções penais e crimes eleitorais.

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- Regra da atualidade do mandato: só existe a prerrogativa de foro enquanto houver a função, a
partir do momento que perde a função não existe a prerrogativa de foro. Perdeu o mandato vai
para a Justiça comum.
- No passado existia sumular que diziam que mesmo que terminasse o mandato se o processo
tivesse iniciado no STF lá se manteria. Isso faria “lotar” de processos no STF, pois vários deputados
ou senadores não conseguem se reeleger, na justiça comum serão tratados depois como igual.
- Tudo isso se justifica em razão da função que exercem.

2. OUTRAS GARANTIAS
- Sigilo de fontes (art.53, §6, C.F)
- Incorporação às Forças Armadas (art.53, §7, C.F)
> A incorporação de militares dependerá da aprovação da casa respectiva.
> Não poderá exercer as duas funções ao mesmo tempo.
> Ser deputado/senador é dever civil, militar tem que pedir autorização para entrar na
função parlamentar ou para voltar para área militar.
- Suspensão das imunidades durante a vigência de estado de sítio
> As imunidades subsistirão durante o estado de sítio, se afrontarem s medidas pode haver a
votação de 2/3 da casa para suspender as imunidades
> Não pode renunciar as prerrogativas, pois não é do indivíduo e sim da função.
> Suplentes não possuem imunidades.

3. PERDA DO MANDATO
1- Cassação
> Hipóteses subjetivas (I e II)
> Infrigir qualquer proibição do art.56
> O objeto de defesa do candidato será plenamente amplo nas hipóteses subjetivas.
2- Extinção:
> Hipóteses objetivas (III, IV, V)
> Objeto de defesa é mais restrito, objetivo.
> Não ter direitos políticos não se confundem a não estar filiado a um partido político.
> Qualquer restrição aos direitos políticos cancela o mandato popular.

VIII - PODER LEGISLATIVO ESTADUAL

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1. CARACTERÍSTICAS
- Art. 27, C. F
- Unicameralismo: só existe uma casa legislativa no estado.
> Os estados membros têm as assembleias legislativas.
> Deputados Federais tem Câmara legislativa
- Estatuto dos parlamentares.
- Salário: até 75% do salário dos deputados federais
2. DEPUTADOS ESTADUAIS
- Se o n° de Deputados federais for até 12 deputados federais multiplicamos por 3 e dará o ne de
estaduais.
- Se o n° de deputados federais for maior que 12, pega o número de deputados federais e soma 24
e dará o n° de deputados estaduais.

IX – PODER LEGISLATIVO DISTRITAL

1. CARACTERÍSTICAS
- Unicameral.
- Número de deputados distritais.
- Estatuto dos parlamentares.
- Subsídio (art. 27, §2 C.F): Câmara Legislativa.

X – PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL

1. CARACTERÍSTICAS
- Unicameralismo.
- Número de vereadores.
- Estatuto dos parlamentares (art.29, VIII e IX, C.F)
- Subsídio (art.29, VI e VII, C.F)
2. CÂMARAS MUNICIPAIS
- Só tem imunidade material dentro do município onde exerce a sua vereância.

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XI – PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO

1. FASE DO PROCESSO
- Iniciativa: poder legislativo (deputado, senador)
- Casa legislativa rejeita: processo arquivado.
- Casa legislativa aprova vai para a Casa Revisora. Uma vez aprovada pelo Congresso Nacional vai
para o Presidente que pode dar um veto parcial ou total.
> Veto parcial: muda o sentido
> Veto total:
> Veto político: conveniência/oportunidade.
> Veto jurídico: legalidade e constitucionalidade.
> Sanção expressa:
> Sanção tácita:

2. PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS


- E.C
- P.C
- PEC: proposta de emenda à Constituição.
> Limites cláusula pétria.
> art. 60 C.F
> iniciativa PEC: maior que ½ AL’s, 1/3 deputados ou senadores, PR.

3. CONGRESSO NACIONAL
- Tem por tarefa a elaboração de leis, conforme o art.59 da C.F/88.

4. LEI ORDINÁRIA (MAIOR)


- Além da lei ordinária, existem outros processos legislativos que são chamados de especiais, a
exemplo: M.P, lei delegada, resoluções.
- Um projeto de lei ordinária pode tramitar em regime de urgência (tem prazo para término)
- Só as leis que tramitam em regime de urgência têm prazo para terminar. Projetos legislativos
especiais.

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XII – MEDIDAS PROVIÓRIAS

- As M.P só podem ser decretadas/editadas pelo Presidente da República em caso de relevância e


urgência.
- Presidente da República pode editar medida Provisória.
- Se for prevista na Constituição do estado é possível o governador do Estado criar medida
provisória.
- Uma lei orgânica municipal pode fazer uma medida provisória caso houver previsão na M.P
- É somente o Presidente da República quem edita MP federal, que tem efeito de lei, e deve ser
enviada ao Congresso Nacional.
- Se o assunto for relevante e merece continuidade o Congresso irá converte-la em lei ordinária,
caso não for ela deixará de existir.
- É vedada a edição de Medida Provisória a questões relativas a nacionalidade, cidadania, direitos
políticos, partidos políticos, direito eleitoral, direito penal, processual penal e civil, organização do
Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e as garantias de seus membros, orçamentos e
créditos adicionais e créditos que já foram aprovados pelo Congresso Nacional, não pode legislar
matéria reservadas à leis complementares.
- No caso de aumento de tributo ou criação de tributo, somente produzirá efeito tal determinação
no ano seguinte no caso de conversão até o último dia da edição da MP (art.62, §2 C.F)
- M.P tem que ser convertida em lei em 60 dias, se não vai duplicar por uma única vez pelo prazo de
60 dias até que não esteja termina a votação da sua aprovação ou não. Então o prazo máximo de
uma medida provisória é de 120 dias caso não seja convertida em lei.
- Se o CN decide converter a MP em lei e já está em andamento o projeto de lei, considera-se a MP
vigente (ultra ativa) até a sanção ou veto do projeto de lei aprovado.
- A MP não convertida em lei poderá ter efeitos ex-tunc ou ex-nunc dependendo-se da situação
concreta, ou seja, evita-se o prejuízo ao cidadão em caso de emergência ou de necessidade.
- Se, porventura, o CN não converter a MP em lei, a MP irá expirar: desde a sua edição (ex tunc).
Para evitar situações injustas e regular as relações jurídicas que foram criadas durante a vigência da
MP. (§3)
- A publicação da MP inicia a contagem do prazo (DOU – Diário Oficial da união).
- O Congresso Nacional logo quando chegar a MP, analisará a sua constitucionalidade. No caso de
inconstitucionalidade a MP será devolvida ao Presidente da República.
- Se a MP não for apreciada em até 45 dias depois da publicação no diário oficial, será trancada a
pauta em cada uma das casas do Congresso Nacional, até que se ultime/termine a análise.
- As MP’s são apreciadas inicialmente nas Câmaras dos Deputados. Cada uma das casas do
Congresso fará um parecer sobre a MP antes da sua apreciação. O parecer analisará a
constitucionalidade ou inconstitucionalidade do MP.

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- As medidas provisórias não podem ser reeditadas na mesma seção legislativa caso outra de
mesmo conteúdo tenha sido rejeitada ou tenha tido o prazo expirado.

PODER JUDICIÁRIO
> Data: 10/05/2022

HISTÓRICO
- Montesquieu.
- Teoria da tripartição de poderes: legislativo, executivo e judiciário.
- Criado na primeira Constituição Republicana de 1891.
CONCEITO
- Jurisdição: dizer o direito (juris + dictio).
- Os juízes aplicam a lei
- O poder judiciário tem a função de dizer/aplicar o direito/as leis no nosso país.
- Embora existam juízos especializados em determinadas matérias/assuntos não significa que os
juízes não tenham jurisdição, eles apenas possuem uma divisão de competência (área) na sua
atuação (juiz federal, estadual, trabalho...)
- A divisão da jurisdição cria competências (áreas). Existe juiz que julga só matéria criminal, penal...
FUNÇÃO TÍPICA/COMUM
- Função de julgador.
- Profere sentenças, decisões interlocutórias; profere despachos; julga.
FUNÇÃO ATÍPICA/INCOMUM
- Função de legislador.
> Desembargadores: juízes que progrediram na carreira ou vieram pelo quinto
constitucional e atuam no Tribunal de Justiça (1/5 dos membros vai ser composto por
advogados ou membros públicos de carreira, governador do estado faz a indicação).
> Regra que organiza o tribunal é o regimento interno/lei de funcionamento do
tribunal.
> Quem faz tal lei são os próprios desembargadores, então como eles quem fazem as
leis eles podem então legislar. Lembrando que a lei é só uma regra de regimento
interno, não sendo ampla para toda a sociedade.
> Súmula Vinculante: é uma decisão criada pelo STF que todos os juízes e o poder executivo
devem seguir, por ser quase uma lei a possibilidade que o judiciário tem de editar as
mesmas faz que seja uma função legislativa.
> LOJ (Lei de organização judiciária): cada estado do Brasil tem um poder judiciário/tribunal
estadual e essa lei organiza como será a estrutura do judiciário nos Estados, as divisões de

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especialidades. Ela é feita com a iniciativa/quem faz o texto da lei do poder judiciário, quem
aprova é a assembleia legislativa de cada estado.
- Função de administrador: quem administra a magistratura é o juiz, ele se auto estrutura,
autogoverno da magistratura (concursos, funções do fórum).
> Os outros poderes não podem administrar, pois de acordo com o artigo 2° da C.F os
poderes são independentes entre si.
ÓRGÃOS DO JUDICIÁRIO
- Artigo 92.
- Supremo Tribunal Federal:
- Conselho Nacional de Justiça: órgão que fiscaliza o poder judiciário, ele é um órgão que está ao
lado da estrutura do poder judiciário.
- Superior Tribunal de Justiça:
- Tribunal Regional Federal + Juiz Federais (atuam subordinados ao TRF)
- Tribunais Trabalhistas + Juiz do Trabalho (atuam subordinados ao TT)
- Tribunais Eleitorais + Juiz Eleitoral (no Brasil os juízes eleitorais em sua maioria são temporários,
quando está em época de eleição os juízes acumulam uma nova função que é a eleitoral, só existem
juízes eleitorais permanentes nos tribunais eleitorais).
- Tribunais Militares + Juiz Militar (existe um tribunal maior que é o STM, cada estado da federação
escolhe o seu, só alguns estados que tem). Julga os crimes cometidos por militares. O julgamento
de um militar é colegiado por um juiz togado + 2 oficiais.
- Tribunais + Juizes dos Estados e dos Distritos federais:
- Juizados especiais estaduais: 40 salários mínimos
- Juízes de paz: casamento
- Juizado federal: até 60 salários mínimos.
- JECRIM - juizado especial criminal: crimes simples.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

FUNÇÕES
- Fiscaliza o poder judiciário e seus membros.
COMPOSIÇÃO
- Possui 15 conselheiros.
> 9 Juízes, obrigatoriamente 1 do STF e 1 do STJ.
> 7 escolhidos aleatoriamente do poder judiciário.

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> 2 membros do Ministério Público. Geralmente são procuradores gerais.
> 2 advogados escolhidos pelo Conselho Federal da OAB.
> 2 cidadãos (um escolhido pela Câmara)
OUVIDORIAS DO CNJ
- Servem para fazer a fiscalização do CNJ.
> Normalmente é física em alguns estados.
> Juiz destratou, está tratando mal ou reticências. Deve ter fundamentação jurídica.
- Corregedoria do Tribunal: cada tribunal tem seu órgão disciplinar.
> Em relação ao advogado chama o presidente da OAB, em relação ao juiz traz os
corregedores/desembargadores juntamente com o presidente da OAB.

ESCOLAS DAS MAGISTRATURAS


- Organizações dentro do poder judiciário para que você dê cursos e informações para quem
trabalha no judiciário e estagiários.
- ESM: Escola superior da Magistratura.
* Não é a mesma coisa que o cursinho que promotores e juízes fazem para aprender a função
depois que passam no concurso. Eles também precisam fazer um estágio probatório.
AUTOGOVERNO DA MAGISTRATURA
- Significa capacidade de gestão própria, seja administrativa, seja financeira.
- Eleger órgãos diretivos, elaborar regimentos internos, organizar secretarias e serviços auxiliares,
prover cargos de juiz de carreiras, propor criação de novas varas, prover cargos auxiliares, conceder
licenças, férias e afastamentos...
- Autonomia financeira: elaboração de proposta orçamentarias (art.99 C.F) e gestão das dotações
pelos tribunais. Judiciário faz uma proposta orçamentaria, manda para o legislativo, que aprova
dentro da lei das diretrizes orçamentarias. Uma vez o executivo está autorizado a entregar o
dinheiro para o judiciário. O executivo tem a chave pública do dinheiro, porém precisa da
autorização do legislativo.
> Juízes estaduais são pagos pelo Estado, restante dos juizados pela União.
> O judiciário pode fazer a proposta orçamentária, que será encaminhada ao legislativo. Tal
proposta, uma vez aprovada, autoriza o executivo a repassar os recursos ao judiciário. Quem
paga as contas então do judiciário é o dinheiro público.
* Quando acaba o recurso ou dinheiro é pedido um crédito suplementar para o executivo.

GARANTIAS DOS JUÍZES E PROMOTORES


VITALICIEDADE

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- O juiz após a posse será substituto por dois anos, até que ocorra o vitaliciamento ou a exoneração.
- Uma vez vitalício só perderá a função por sentença judicial transitada em julgado.
* Fases para ser juiz: prova objetiva, discursiva, títulos, psicotécnica, oral, entrevista.
- Não se confunde com a estabilidade do funcionário público.
- Não impede a aposentadoria compulsória do juiz (em caso de interesse público em que não tem
hipótese que o juiz participou de determinado ato ilícito, mas que existe uma suspeita ou um receio
aposenta aquele juiz), ou aos 70 anos, por invalidez comprovada ou a colocação em disponibilidade
por decisão do tribunal.
INAMOVIBILIDADE
- Após o vitaliciamento o juiz se torna inamovível, ou seja, não pode ser removido sem o seu
consentimento, restando uma única hipótese de remoção compulsória: interesse público
votado/reconhecido por maioria absoluta do Tribunal a que o juiz está vinculado ou do Conselho
Nacional de Justiça.
- Pode ficar no lugar que tomou posse até quando quiser, contudo, pode há vaga ficar em
disponibilidade caso ocorra a votação pública ou CNJ.
- Isso não é a exoneração do cargo, só a mudança do juiz contra sua vontade de lugar.
IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS
- Regra geral: vencimentos do juiz não podem ser diminuídos.
- Contudo, não impede a incidência de tributos nos vencimentos do magistrado (art.150, II; art. 153,
III).
- A única hipótese em que o salário pode diminuir é um novo plano econômico, como o real ser
substituído por outra moeda.

IMPEDIMENTOS DOS MAGISTRADOS

1. VEDAÇÕES (art. 95 C.F)


- É vedado exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério, ou seja, pode ter também a
função de professor dando aulas em faculdades/cursinhos/mestrados.
> Importante avisar a corregedoria.
> Necessário ter uma carga horária compatível com o cargo, sendo que normalmente o
máximo que se autoriza de carga docente é 20h.
> Não pode ter empresa, franquias, ter função de administrador em S.A.
- Não pode receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo. Aquele valor
que recebe se reverte ao Estado e não ao juiz.
> Caso receber torna-se um caso de impedimento.

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- Não pode dedicar-se à atividade político-partidária.
> Não pode exprimir opinião política, filiar-se.
- Não pode receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
> Precisam manter a imparcialidade.
- Não podem exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
> Tem que esperar para advogar.
> Loman: lei orgânica da magistratura estadual.

LEIS DELEGADAS: PRÓXIMA AULA

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