Você está na página 1de 9

Direito do Trabalho

1
Sujeitos da relação de trabalho
1.1 Trabalhador:

—Empregado X Trabalhador

“Toda relação de emprego é de trabalho, mas


nem toda relação de trabalho é de emprego.”

Conclusão: Empregado é aquele que presta serviço


mediante 5 requisitos, já o trabalhador presta serviço
sem um ou mais dos 5 requisitos.
Conceito de Empregado
Artigo 3˚ da CLT: Considera-se empregado toda
pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
Combinado com:

Artigo 2˚ da CLT: Prestação pessoal de serviço


Espécies de trabalhador e empregado
Trabalhador autônomo (lei 8212/91, art. 12, V, alínea h):
É pessoa física que exerce por conta própria atividade
econômica, ou seja, é aquele que assume os riscos de sua
atividade.

Atenção: Não é empregado, pois não tem subordinação

Exemplo: médico, advogado, arquiteto, contador e etc.

Palavras chave: Assume o risco e Sem subordinação.


—Reforma Trabalhista:

Art. 442-B.  A contratação do autônomo,


cumpridas por este todas as formalidades
legais, com ou sem exclusividade, de
forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista no
art. 3 desta Consolidação.

Problema: a exclusividade = a
subordinação econômica?
5
Gerente ou Cargo de Confiança
Histórico: O gerente não tem direito a jornada fixa, por isso
não recebe hora extra.

Conceito: Só é gerente se tiver três requisitos

(1) Definido pelo empregador:

cuidado: O fato de ser advogado não gera presunção de


cargo de confiança. (S 102-V)

(2) Ter poderes do empregador: ter subordinados.


(3) Perceber pelo menos 40% de gratificação.
Questão 1: Pode retirar o cargo?
Sim, a qualquer tempo ou motivo. Não gera alteração ilícita do
contrato de trabalho (art. 468, parágrafo primeiro)

Questão 2: E a gratificação tem de continuar?

De acordo com o art. 468, parágrafo segundo NÃO continua


pagando, mesmo que:

1) Retirado sem justo motivo;

2) Estando a um longo tempo no cargo;


Limites do Poder Judiciário Trabalhista
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o
caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros
princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito
do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de
classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo


Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do
Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos
nem criar obrigações que não estejam previstas em lei”.
Restringem a atividade interpretativa dos magistrados do
trabalho, reduzindo-a, praticamente, à velha e conhecida
condição do “juiz boca da lei” do Estado Liberal,
incompatível, portanto, com o paradigma do Estado
Democrático de Direito.

O magistrado não pode ficar aprisionado à aplicação literal


da lei!

Exemplo: uma empregadora que não permite que a


empregada se ausente do trabalho em dias e horários para
acompanhar seu filho acometido de Síndrome de Down às
atividades terapêuticas indispensáveis ao seu
desenvolvimento.

Você também pode gostar