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CARACTERES DO D DO TRABALHO:
PRINCÍPIOS:
ESPECIFICOS
4. Princípio da proteção: impondo que o Estado, por meio de regras mínimas,
limite a autonomia de vontade das partes (empregado e empregador), com
intuito de equilibrar as relações laborais
5. Princípio da norma mais favorável ao trabalhador: Segundo esse princípio,
havendo duas ou mais normas, estatais ou não, em eventual conflito, será
aplicada aquela mais favorável ao trabalhador. Ou seja, havendo mais de
uma norma aplicável a um mesmo trabalhador, prevalecerá a que lhe for
mais favorável.
OBS: art. 620 da CLT ficou da seguinte maneira: “as condições estabelecidas em
acordo coletivo de trabalho SEMPRE prevalecerão sobre as estipuladas em
convenção coletiva de trabalho.” (BRASIL, 2019)
6. Princípio da prevalência da condição mais benéfica ao trabalhador Esse
princípio informa que toda situação mais vantajosa, mais benéfica
oferecida ao trabalhador de modo habitual (em contrato de trabalho ou
regulamento de empresa), seja por lei ou contrato, e ainda tacitamente,
prevalece e não poderá ser suprimido
7. Princípio do in dubio pro trabalhador (misero) O mencionado princípio
orienta que o aplicador da lei, quando estiver diante de norma da qual
possa se extrair mais de uma interpretação, deve optar por aquela que for
mais favorável ao trabalhador.
8. Princípio da Primazia da Realidade: No Direito do Trabalho, os fatos
prevalecem sobre as normas ou contratos escritos.
9. Princípio da Irrenunciabilidade: O mencionado princípio informa que o
direito não reconhece que o trabalhador abra mão de direitos reconhecidos
a seu favor. Portanto, a irrenunciabilidade diz respeito à impossibilidade de
que o trabalhador se prive voluntariamente de direitos que lhe são
garantidos pela legislação trabalhista.
10. Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: Esse princípio consiste
no objetivo de que as normas trabalhistas devem dar ao contrato individual
de trabalho a maior duração possível e fundamenta-se no fato de ser o
contrato de trabalho de trato sucessivo, que não se esgota com a
execução de um único e determinado ato, mas, ao contrário, perdura no
tempo, regulando obrigações que se renovam.
OBS SÚMULA Nº 212 - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA: O ônus de provar
o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de
emprego constitui presunção favorável ao empregado. (TST, 2019
11. Princípio da Intangibilidade salarial: pretende garantir ao trabalhador o
direito de perceber a contraprestação a que faz jus por seu trabalho, de
maneira estável e segura, não sujeita às oscilações inerentes ao ramo da
atividade econômica explorada ou à mera vontade do empregador.
12. Princípio da inalterabilidade contratual lesiva (in pejus): Significa que o
contrato de trabalho do empregado não pode ser modificado para pior, com
ou sem a sua anuência. ART 444 E 468 CLT
1. Pessoa Física
2. Pessoalidade - o empregado não poderá fazer-se substitui por outro
trabalhador na vigência do contrato de trabalho, salvo, excepcionalmente,
se tiver a anuência do seu empregador.
3. Não eventualidade - deve ser prestado de forma contínua
4. Onerosidade - o empregador a obrigação de pagar o salário ao empregado
pelos serviços prestados
5. Subordinação - O trabalhador presta, portanto, o serviço com dependência
ao empregador, por quem é dirigido.
Art. 7º CF/88: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social.”
A lei 5.889/73 – (importante a leitura prévia.), em seu artigo 2º, prevê que o
“Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a
dependência deste e mediante salário”. Necessário esclarecer, que prédio rústico
se trata de área urbana, onde se exerce atividade agrícola ou pecuária, nestes
casos o funcionário será um empregado rural também
A Consolidação das Leis do Trabalho será aplicada subsidiariamente, mas não por
se tratar de trabalhador urbano, e sim porque é a lei geral em matéria de relação de
emprego.
AVISO PRÉVIO: O empregado rural terá direito, caso dispensado sem justa causa, à
redução de um dia de trabalho por semana, conforme assim dispõe o artigo 15 da lei
estudada, enquanto o empregado urbano terá direito a redução de duas horas
diárias ou sete dias corridos.
A lei 5.889/73 aplica-se a todos os trabalhadores rurais, inclusive àqueles que não
tem relação de emprego como:
1. BOIAS-FRIAS: Trata-se do trabalhador eventual que aceita qualquer serviço,
a qualquer momento, em qualquer lugar, não tendo o vínculo com o
empregador rural.
2. MEEIROS: A meação agrária é estabelecida por meio de contrato de parceria,
onde o proprietário tem direito a 50% do que o seu parceiro produzir.
3. ARRENDATÁRIOS: O arrendamento rural ocorre quando uma determinada
pessoa se obriga, por meio de contrato, a ceder para outra o uso e gozo de
propriedade rural por tempo determinado, mediante pagamento de aluguel
mensal e exercer atividade de exploração agrícola e pecuária.
4. PARCERIA RURAL: O contrato pelo qual o indivíduo cede a outro
determinado imóvel rural, com o objetivo de nele desenvolver atividade de
exploração agropecuária, mediante participação nos lucros.
5. SAFRISTA: Considera-se safrista o empregado rural contratado para trabalhar
durante a safra a duração do seu contrato a termo (prazo determinado)
dependerá das variações estacionais da atividade agrária (art. 14 da lei).
DESCONTOS
É possível sustentar que cargo de confiança é aquele no qual o empregado ocupa uma
posição hierárquica elevada, na qual tenha poderes de agir pelo empregador nos seus atos
de representação externa.
Em que pese existam vantagens econômicas pela ocupação do cargo, há também restrições
de direitos trabalhistas, como a possibilidade de pleitear direito ao recebimento de horas
extras laboradas, uma vez que estes funcionários, são isentos de jornada de trabalho.
Permitida a reversão ao cargo efetivo daquele que exerce função de confiança por 10 (dez)
anos ou mais, sem ônus. ARTIGO 468 §2º
Por fim, pode-se dizer que o cargo de confiança é aquele existente na alta hierarquia
administrativa de uma empresa, que confere ao empregado amplos poderes de decisão,
mas que possui limitações de alguns direitos trabalhistas.
TRABALHADOR INTERMITENTE
ARTIGO 452-A
Para cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses
subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar
serviços pelo mesmo empregador.
Trabalho realizado por uma pessoa, na sua residência ou em outro local que não seja o local
de trabalho do empregador [...], independentemente de quem provê o equipamento,
materiais ou outros insumos, a não ser que esta pessoa tenha o grau de autonomia e
independência econômica para ser considerado trabalhador independente segundo as leis
nacionais. (OIT)
APRENDIZ
Proibições: a) Trabalho noturno – a partir das 22h – art.404 da CLT b) Trabalho em ambiente
insalubre – art. 405 da CLT c) Trabalho que demande emprego de força muscular superior a
20 kg se contínuo, ou 25 kg se ocasional – art. 405, §5º.
1. Jornada de 8 horas
2. Proibido horas extras
3. obedece a salários minimos e pisos
4. Prazo máximo de 2 anos
5. 14-24 anos
6. programa de aprendizagem
7. Decreto 5.598/05
MULHER
EMPREGADO DOMÉSTICO
O Trabalho doméstico é uma espécie de trabalho realizado por pessoa física em caráter
contínuo, no âmbito residencial de uma pessoa ou família, sem destinação lucrativa.
1. Mais de 2 dias na semana
2. Maior de 18 anos
3. De finalidade não lucrativa
4. Salário mínimo – mínimo nacional ou da região;
5. Jornada de trabalho – 44 horas semanais;
6. Hora extra – 50% do valor da hora normal;
7. Banco de horas – compensação de jornada;
8. Intervalo para refeição ou descanso – mesma regra do urbano (1 hora para jornadas
de 8 horas, podendo ser reduzido para 30 minutos mediante acordo por escrito entre
empregado e empregador);
9. Repouso semanal remunerado – 24 horas;
10. Feriados civis e religiosos;
11. Férias – 30 dias + 1/3 constitucional;
12. 13º salário – em duas parcelas;
13. Licença maternidade – duração de 120 dias;
14. Vale transporte – lei 7.418/85 9 Estabilidade em razão da gravidez – súmula 244, III
do TST
15. FGTS - O empregador doméstico é obrigado a recolher o FGTS de seu empregado
doméstico, equivalente a 8%.
16. Seguro-desemprego - garantido aos que são dispensados sem justa causa. Esses
empregados têm direito a 3 (três) parcelas no valor de 1 (um) salário mínimo.
17. Salário família – empregado doméstico de baixa renda tem direito de receber o
salário-família, cujo valor depende da remuneração do empregado doméstico e do
número de filhos com até 14 (quatorze) anos de idade.
18. Aviso prévio – 30 dias e para cada ano de serviço para o mesmo empregador, serão
acrescidos 3 (três) dias, até o máximo de 60 (sessenta) dias, de maneira que o
tempo total de aviso prévio não exceda de 90 (noventa) dias.
19. Assinatura na CTPS
EMPREGADOR
Para os efeitos das normas do trabalho, se entende por empresa, a unidade econômica de
produção ou distribuição de bens ou serviços, e estabelecimento, a unidade técnica que
como sucursal, agência ou outra forma semelhante, seja parte integrante e contribua para a
realização dos fins da empresa.
Importante destacar, que empregador para o direito do trabalho, é sempre aquele que sofre
os riscos da atividade econômica.
Empregador é a pessoa física (individual ou coletiva) do proprietário, pois uma empresa bem
gerida pode durar anos, enquanto o proprietário pode vir a falecer ou ser sucedido.
O empresário é a pessoa que exercita profissionalmente a atividade economicamente
organizada, visando à produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado (art. 966
do CC).
PODERES DO EMPREGADOR
-> Revistas Íntimas: De acordo com o art. 373-A da CLT, é vedada a revista íntima nas
empregadas e funcionárias. O texto, por força do art. 5º, I da CF, tem aplicabilidade idêntica
aos funcionários de sexo masculino. Tema pacificado no judiciário e passível de danos
morais, pode ser consultado com mais detalhes no (RR-324500-05.2008.5.09.0195.)
-> Revista pessoal: o entendimento dos tribunais é de que as revistas pessoais, ou seja,
aquelas que tem, por exemplo, o intuito de verificar bolsas, mochilas e sacolas dos
trabalhadores são admitidas, desde que realizadas com a devida razoabilidade.
-> Verificação do e-mail do Empregado: Tratando-se do e-mail particular do empregado, a
Carta Magna é cristalina ao defender a privacidade e proibir a violação do sigilo das
comunicações e de dados (art. 5º, XII).
GRUPO ECONÔMICO
Art. 2º (...) § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra,
ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico,
serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para
a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. ”.
Para que não haja configuração de grupo econômico para fins trabalhistas é intrínseco que
não haja participação societária relevante entre os empregadores. Sobre este tema,
evidencie-se que qualquer participação societária que não seja extremamente irrelevante é
suficiente para que seja caracterizada a atuação conjunta das empresas componentes do
grupo econômico.
Súmula 129 do TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de
um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
Entre outras palavras, a partir da contratação do empregado por uma empresa integrante de
grupo econômico, este passa a ser o empregador real do empregado em decorrência da
prestação de serviços feita em prol de todas as participantes do grupo. O empregado tem
vínculo direto com empresa X, mas tratando-se de créditos trabalhistas poderá cobrá-los
indistintamente de qualquer uma das empresas do grupo. Não é necessário que as
empresas integrantes do grupo exerçam mesma atividade econômica.
SUCESSÃO TRABALHISTA
Pode-se dizer, então, que por força do Art. 448-A, as obrigações trabalhistas, inclusive as
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. Entretanto, o parágrafo único do mesmo artigo alude que: “A
empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada
fraude na transferência.”
A) Transferência do estabelecimento
B) Responsab ilidade do sucessor
C) Responsabilidade solidária