ARTHUR LUIZ SILVA LOPES BIANCA MARINHO ANDRADE DIONISIO DE JESUS DA SILVA GABRIEL RODRIGUES NATHAN DE JESUS ROCHA YAN LOPES
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO TRABALHO
SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA
2023 ANTHONY OLIVER FERREIRA CONCEIÇÃO ARTHUR LUIZ SILVA LOPES BIANCA MARINHO ANDRADE DIONISIO DE JESUS DA SILVA GABRIEL RODRIGUES NATHAN DE JESUS ROCHA DE ALMEIDA YAN LOPES
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO TRABALHO
Atividade Avaliativa relacionada aos
Princípios Gerais do Direito do Trabalho, ministrada pela disciplina de Direto do Trabalho, apresentado ao curso de Direito da faculdade Anhanguera, como parte dos requisitos para o bacharelado de Direito.
Orientador: Breno Souza Dantas
SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA
2023 INTRODUÇÃO
O documento em questão, entregue em razão do cumprimento dos requisitos para o
curso de bacharelado em direito, apresenta informações, dados de pesquisa e artigos de lei que explicam e colocam em fatos cotidianos o conceito dos princípios gerais do direito do trabalho. Os princípios do Direito do Trabalho constituem o fundamento do ordenamento jurídico do trabalho, sendo assim, não pode haver contradição entre eles e os preceitos legais. O direito considera que não existe isonomia no contrato de trabalho, sendo o empregado o lado mais frágil da relação, esses princípios foram criados com o intuito de legitimar as relações trabalhista, e ser uma égide ao trabalhador em relação as normas que a empresa deve seguir durante o vínculo empregatício. Os princípios que tentam equilibrar essa relação são:
Princípio da Proteção: observando que existe uma hipossuficiência entre patrão e
funcionário, este princípio responde ao objetivo de estabelecer um amparo preferencial a uma das partes, o trabalhador. Enquanto no direito comum existe uma constante preocupação em assegurar a igualdade jurídica entre os contratantes, no Direito do Trabalho a prioridade parece ser a de proteger uma das partes com o objetivo de alcançar-se uma igualdade substancial e verdadeira entre as partes. Para a aplicação desde princípio, ele se divide em três: In dubio pro misero – Quando uma única norma for suscetível a mais de uma interpretação, a mais benéfica ao operário, deve ser executada. Norma mais favorável – Quando mais de uma norma se dispõe a uma mesma questão, devendo ser aplicada a mais favorável ao empregado. Condição mais benéfica – De acordo com a Súmula nº 51 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), se um novo regulamento for inserido nas cláusulas do trabalho, estas só serão válidas para os novos empregados, salvo, se o próprio operário entender que a nova norma é mais benéfica para si.
Princípio da Primazia da Realidade: A primazia da realidade se conceitua de que
em uma relação de trabalho o que realmente tem importância são os fatos que realmente ocorrem, mesmo que assim exista algum documento formal que diga o contrário da realidade. Então, considera-se mais a realidade, do que o existente em contrato formal. O princípio tem três funções: Informadora: fonte de inspiração ao legislador e de fundamento para jornadas jurídicas. Normativa: É a fonte supletiva, nas lacunas ou nas omissões da lei. Interpretativa: Utiliza-se o critério orientador pra os intérpretes e aplicadores da lei. Exemplo: o empregador realiza o pagamento ao empregado um valor que é diferente do que está registrado na cadeira de trabalho. Observa-se, no artigo 442 da consolidação das leis do trabalho que a incidência da primazia da realidade: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego." A aplicação da justiça visando esse princípio funciona em uma de suas maneiras analisando a relação entre trabalhador informal e empregado e a considere sem mesmo ele ter registro em sua carteira de trabalho, por alegação e fraude. O supremo tribunal reconheceu em 2020 com base na primazia da realidade que se mascarar as relações de emprego para evitar possíveis devidos trabalhistas, é um ato de total nulidade e não possui nenhum efeito jurídico. A primazia da realidade, apesar da documentação sobre insalubridade dizer que o empregado não tinha exposições a nenhum agente nocivo, ou emitir sobre essa exposição, não realiza o seu afastamento definitivo a possibilidade de reconhecer um adicional.
Princípio da Continuidade: Neste princípio prevê-se o vínculo trabalhista entre
empregador e empregado, permaneça. Ele visa a preservação do emprego. A jurisprudência 212 do TST é um modelo de jurisprudência relativa ao princípio da perenidade na relação de trabalho. O princípio da continuidade, com exceção dos contratos por prazo determinado, ocorrerá nos casos previstos em lei. A regra é que os contratos são por tempo indefinido. O artigo 448 da CLT também é importante para o princípio em estudo, segundo o qual o contrato de trabalho permanece válido mesmo que tenha mudança de titularidade da empresa (sucessão patronal). De acordo com a CLT, Art. 448: a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Segundo o jurista e ministro Maurício Godinho, existe três repercussões favoráveis ao empregado que a permanência do contrato de trabalho gera: Tendências elevação dos direitos trabalhistas – Quanto mais tempo durar o contrato, maiores serão os benefícios ao empregado, exemplos, o aumento de salário, ganho de anuênios (valor adicional aplicado diretamente ao contracheque do funcionário a cada ano prestado), progressão no quadro da empresa etc. Investimentos Educacionais e Profissionais – Os empregadores tendem a investir mais na educação e aperfeiçoamento dos funcionários que permanecem mais tempo na companhia, ou seja, assinam contratos mais longos. Afirmação social individual – A maioria das pessoas vive de salários, os trabalhadores com contratos de serviço de grande duração têm maior probabilidade de receber afirmação social, em comparação com contratos de curto prazo, trabalhadores temporários, desempregados, etc., que estão fragilizados e sem aptidão financeira para manter a si mesmo.
Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos: se mostra fortemente autoexplicativo,
tendo em vista de que o princípio consiste na impossibilidade da renúncia de direitos dos quais são considerados básicos pelo TRT, sendo criado assim este princípio para que haja uma proteção aos direitos e benefícios do empregado, esse princípio dispõe que o empregado se encontra impossibilitado de renunciar de direitos como férias, depósitos do FGTS e décimo terceiro salário, podendo evitar que aconteça uma possível coação por parte do empregador forçando o empregado a desistir de seus direitos. Um fato muito importante de se ressaltar é a súmula 276 TST, deixando permitido ao empregado renunciar os dias de aviso prévio desde que comprove que essa renúncia está sendo feita com a necessidade de se apresentar a um novo emprego
Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva: resultado que não pode haver
alterações no contrato de trabalho, desde que não prejudique o empregado nem de forma direta ou indiretamente, previsto no Art. 468 do Decreto da Lei n.º 5.452, e ainda assim deve haver o consentimento do empregado nas suas alterações isso sobre pena de nubilidade para o empregador. E então, para que uma alteração no contrato de trabalho seja realizada ela tem que ser: bilateral e que não prejudique o empregado nem de forma direta, nem indireta, mas sabermos que sempre termos exceções, um exemplo disso é quando o empregador altera o horário de trabalho do trabalhador, ele não precisa ser bilateral, porém ele não pode ser prejudicial ao funcionário. Mesmo ele alterando sem o consentimento mútuo, o empregado deve ser avisado de suas alterações para não ser prejudicado e também ele não pode em nem uma circunstância aumentar a carga horaria de seus funcionários, vendo que de qualquer forma alterações no contrato que prejudique o funcionário terão que pagar sobre pena de nulidade.
Princípio da Intangibilidade Salarial: antes de tudo, devemos entender o conceito
do princípio da intangibilidade salarial e o que busca. O princípio em si, busca proteger o trabalhador através do seu salário, pois o salário, que em tese, assegura as necessidades básicas do empregado. De acordo com a CRFB, Art. 7°, inciso IV “Salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. Como previsto em lei, a necessidade do salário é de extrema importância para o trabalhador. Dentro da CLT, (Consolidação das Leis do Trabalho), graças ao princípio da intangibilidade salarial, esse salário recebe uma proteção sobre as seguintes causas: resguardo sob questão do piso salarial, mudanças que podem ocasionar um possível prejuízo ao empregado, e a questão de descontos indevidos ou uma redução do salário. Em questão de descontos indevidos, de acordo com a CLT, Art. 462° “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários dos empregados, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos da lei ou contrato coletivo.” Porém existem exceções previstas nos incisos do mesmo artigo. As exceções são em casos previstos em leis como a contribuição previdenciária, adiantamento salarial, contribuição sindical, imposto de renda, descontos autorizados pelo empregado ou por ação judicial. Pode ser descontado, por dano causado pelo empregado ou vale refeição, transporte, plano odontológico ou saúde. Os danos causados pelo empregado são descontados em seu salário. Existem dois tipos de dano, o decorrente de dolo e o decorrente de culpa. O dano decorrente de dolo, que for comprovado, o empregado deve receber um desconto do seu salário. O dolo é quando o sujeito tem a intenção de causar algum prejuízo. Já o dano decorrente de culpa é dividido em três, imprudência, negligência e imperícia. A imprudência é quando o autor tem a atitude sem nenhum cuidado. A negligência é quando o funcionário não age de forma prevista, como de costume no trabalho. Já a imperícia, é quando o agente não tem conhecimento para exercer a função. Princípio da Razoabilidade: vem abordando que os seres humanos em suas relações trabalhistas devem proceder conforme a razão. Temos como exemplo o respeito com a pessoa humana desde o pré-contrato Portanto, “não haveria como estudar o contrato de trabalho se não fosse pela liberdade de contratação e autonomia de vontade das partes” (MARQUES, 2002, p. 27). O empregador utiliza do princípio da liberdade para escolher o seu empregado e ambos deve estar de acordo com a contratação vindo assim ao empregado dispor sua energia. Tratando se da relação empregado empregador analisando o contrato que no direito laboral nasce com a ideia de desigualdade com a situação de desprovimento do empregado. Tal situação analisada referente aos processos onde o empregado tem um tratamento especial por parte da legislação sendo assim favorecido para tentar equiparar com a diferença economia entre o empregador tentando assim equilibrar essa relação desigual. Vale ressaltar que tal desigualdade não fere os princípios da igualdade e da pessoa humana tendo em vista que ambos devem estar de acordo com o contrato, ou seja, cada um realiza as suas obrigações, o empregado vende a sua força de trabalho e o empregador direciona e paga o salário e os encargos como: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),13° Salário, Férias Remuneradas, Assistência Médica, Vale Transporte, Seguro Desemprego e Licença Maternidade. O empregador tem poder de direção o que em tempo algum deve ser exagerando, se não será considerado abuso de poder. Portanto o princípio da razoabilidade e de suma importância para o direito do trabalho visando sempre a manutenção da razão entre as partes. Referências Bibliográficas
Américo Plá Rodriguez, and Wagner D. Giglio. Principios de Direito Do
Trabalho. 2000.
Fontes, Princípios E Relação de Emprego - Direito Do Trabalho - Prof. Thiago
Moraes.
Marina Marques prof. “Princípio Da Inalterabilidade Contratual Lesiva.”
YouTube, 5 May 2022, www.youtube.com/watch?v=fI8EDljtpaY&t.
Advise. “Princípios Do Direito Do Trabalho: Conheça as Funções Práticas.”