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O Direito do Trabalho como é o ramo da Ciência do Direito composto pelo conjunto de normas
que regulam, no âmbito individual e colectivo, a relação de trabalho subordinado, que
determinam seus sujeitos (empregado e empregador) e que estruturam as organizações
destinadas à protecção do trabalhador, O fundamento do Direito do Trabalho é a protecção do
trabalhador, parte economicamente mais fraca da relação jurídica (ROMAR, 2018, p. 36).
O grande objectivo legitimar a relação entre empregados e empregadores, de forma jurídica, por
meio de contractos e regras estabelecidas.
O direito do trabalho conta com suas próprias características. Portanto, possui normas e
princípios que o diferenciam de outros ramos. Algumas delas se destacam, como:
Proteccionismo;
Intervencionismo;
Tendência ampliativa;
Imperatividade;
Colectivismo;
Justiça social;
Socialidade.
Dentre todas essas características, o proteccionismo seja, talvez, a mais marcante. Afinal, ele tem
a função de tutelar o trabalhador, resguardando-o do poder económico. Isso porque em uma
relação trabalhista o colaborador é Hipos suficiente, ou seja, está em condição de subordinado.
A Imperatividade é vista como a obrigatoriedade de observância da norma por parte do Estado.
Além disso, o sindicato também precisa dessa observância. Portanto, as normas do direito do
trabalho são imperativas, devendo ser cumpridas pelas partes envolvidas.
A justiça social tem a função de tratar as desigualdades que acontecem no meio trabalhista,
agindo para corrigir essa falha.
A tendência ampliativa está em formação. Portanto, ela tende a incluir nas regulamentações um
número cada vez maior para melhorar as relações trabalhistas.
O direito do trabalho se caracteriza por sua sociabilidade ou, melhor dizendo, humanização.
Dessa forma, ele nada mais é do que a prevalência dos interesses sociais sobre o indivíduo.
O Direito Trabalhista ou Direito do Trabalho é um dos ramos do Direito mais importante para
nossa sociedade como um todo. Ele protege e garante que os direitos do trabalhador sejam
devidamente cumpridos, assim como também equilibra as relações trabalhador-empregador,
deixando o cenário mais justo.
Direito do Trabalho é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho e também pela
Constituição da Republica.
Essas leis trabalhistas são importantes para assegurar a integridade, segurança e boas condições
ao trabalhador durante a execução do ofício. O trabalhador oferece seu tempo, sua força
enquanto o empregador lhe retribui com dinheiro e boas condições para trabalhar.
- Direito Autónomo
Do ponto de vista jurídico, a fonte indica o modo, as formas e os meios pelos quais o direito se
revela.
Fontes Materiais (fato social) – São os valores morais, éticos, políticos, econômicos, religiosos
existentes na sociedade, em um determinado momento, e que levam ao surgimento das normas.
Ex.: manifestações, acontecimentos sociais, como greves, passeatas, pressões políticas.
Fontes Formais – São os instrumentos, meios pelos quais a norma jurídica se expressa, não sendo
necessariamente escrita, podendo decorrer de uma lei ou costume. Se subdividem em autônomas
e heterônomas.
Fontes Formais Autônomas - decorrem da pactuação entre as partes, ou seja, as próprias partes
que vão sofrer a incidência da norma participam da sua elaboração. Não há interferência do
Estado. Ex.: Acordos Coletivos, Convenções Coletivas, Costumes, Regulamentos de Empresas,
Contrato de Trabalho.
Fontes Formais Heterônomas - decorrem de um terceiro, diferente das partes que vão sofrer a sua
incidência, em regra, esse terceiro é o Estado.
Hierarquias das Fontes Formais: No direito do trabalho aplica-se a hierarquia das normas, ou
seja, prevalece a norma mais favorável ao empregado.
Sabemos que os trabalhadores são as partes mais frágeis dos contratos de trabalho e é graças aos
princípios e direitos conquistados até aqui que são asseguradas garantias para esses indivíduos
em suas relações trabalhistas.
Os princípios e normas dentro do Direito de Trabalho existem por uma simples razão: não existe
isonomia nos contratos de trabalho, isto é, não existe igualdade entre as duas partes do contrato,
por isso, o empregado precisa estar protegido contra situações abusivas praticadas por
empregadores.
Por princípio entende-se que são normas básicas e indispensáveis, ligadas ao início de algo, ou
seja, são eles que inspiram e orientam os legisladores e aplicadores do Direito. Sendo assim, eles
têm as principais funções práticas:
Instrutiva: quando a função é nortear o legislador para que se proponha leis que estejam
em acordo com os valores defendidos pelos princípios;
Interpretativa: que é a função de auxiliar os aplicadores do Direito e a magistratura no
momento de tomar decisões em relação aos processos da Justiça do Trabalho,
direccionando a interpretação das normas para melhores aplicações;
Normativa: em que elas servem para preencher supostas lacunas em situações não
dispostas em lei. Nesses casos, o princípio pode dar base para as decisões do Judiciário.
1. A interpretação e aplicação das normas da presente lei obedece, entre outros, ao princípio do
direito ao trabalho, da estabilidade no emprego e no posto de trabalho, da alteração das
circunstâncias e da não discriminação em razão da orientação sexual, raça ou de se ser portador
de HIV/SIDA.
2. Sempre que entre uma norma da presente lei ou de outros diplomas que regulam as relações de
trabalho houver uma contradição, prevalece o conteúdo que resultar da interpretação conforme
com os princípios aqui definidos.
3. A violação culposa de qualquer princípio definido na presente lei torna nulo e de nenhum
efeito o acto jurídico praticado nessas circunstâncias, sem prejuízo da responsabilidade civil e
criminal do infractor.
Princípio da Protecção
Como já citamos, a relação formada por empregado e empregador é desigual, afinal, um está
necessariamente subordinado ao outro. Sendo assim, o Direito do Trabalho busca sanar essa
desigualdade ao fornecer garantias ao trabalhador.
É nisso que se baseia o Princípio da Protecção, na protecção jurídica para aquele que está em
posição de inferioridade económica e, para sua aplicação, ela se divide em três subprincípios:
É claro que esse princípio não se aplica no campo probatório, afinal, as provas são os grandes
trunfos para a resolução e aplicação dos direitos.
No Direito Trabalhista, mesmo que existam leis específicas sobre o assunto em questão, se outra
norma for mais vantajosa, ela deve ser aplicada.
Subsecção II Protecção da dignidade do trabalhador Artigo 5 (Direito à privacidade)
2. A utilização dos ficheiros e dos acessos informáticos relativos aos dados pessoais do candidato
a emprego ou trabalhador ficam sujeitos à legislação específica.
2. O médico responsável pelos testes ou exames médicos não pode comunicar ao empregador
qualquer outra informação senão a que disser respeito à capacidade ou falta desta para o trabalho.
1. O Estado garante a protecção aos pais ou tutores no exercício da sua função social de
manutenção, educação e cuidados de saúde dos filhos, sem prejuízo da sua realização
profissional.
2. São garantidos à mãe trabalhadora, ao pai ou tutor, direitos especiais relacionados com a
maternidade, a paternidade e o cuidado dos filhos na sua infância.
3. O exercício dos direitos previstos nesta subsecção pela trabalhadora grávida, puérpera ou
lactente, depende da informação do respectivo estado ao empregador, podendo este solicitar os
meios comprovativos do mesmo.
c) Interromper o trabalho diário para aleitação da criança, em dois períodos de meia hora, ou
num só período de uma hora, em caso de horário de trabalho contínuo, num e noutro caso sem
perda de remuneração, até ao máximo de um ano;
d) Não ser despedida, sem justa causa, durante a gravidez e até um ano após o parto.
2. É proibido ao empregador ocupar mulheres em trabalhos que sejam prejudiciais à sua saúde ou
à sua função reprodutora.
3. A mulher trabalhadora deve ser respeitada e qualquer acto contra a sua dignidade é punido por
lei.
4. Os trabalhadores que no local de trabalho praticarem actos que atentem contra a dignidade de
uma mulher trabalhadora serão sujeitos a procedimento disciplinar.
5. É vedado ao empregador despedir, aplicar sanções ou por qualquer forma prejudicar a mulher
trabalhadora por motivo de alegada discriminação ou de exclusão.
6. São consideradas faltas justificadas, não determinando a perda de quaisquer direitos, salvo
quanto à remuneração, as ausências ao trabalho da trabalhadora, até 30 dias por ano, para prestar
assistência a filhos menores, em caso de doença ou acidente.
1. A trabalhadora tem direito, além das férias normais, a uma licença por maternidade de
sessenta dias consecutivos, a qual pode ter início 20 dias antes da data provável do parto,
podendo o seu gozo ser consecutivo.
2. A licença de sessenta dias, referida no número anterior, aplica-se também aos casos de parto a
termo ou prematuro, independentemente de ter sido um nado vivo ou um nado morto.
3. Nas situações de risco clínico para a trabalhadora ou para o nascituro, impeditivo do exercício
da actividade, a trabalhadora goza do direito a licença, anterior ao parto, pelo período de tempo
necessário para prevenir o risco, fixado por prescrição médica, sem prejuízo da licença por
maternidade, prevista no n.º 1 deste preceito.
5. O pai tem direito a uma licença por paternidade de 1 dia, de 2 em 2 anos, que deve ser gozada
no dia imediatamente a seguir ao nascimento do filho.
6. O trabalhador que pretenda gozar a licença por paternidade deve informar, por escrito, ao
empregador, prévia ou posteriormente ao nascimento do filho.