Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discentes:
Adélia Remígio Dima
Alia Cristiano Rafael Dos Santos
Cileyla Ricardo Sitoe
Onésia Geraltina Eugénio Pedro
Leonilde Laura Muchongo
3
Objetivos
Geral:
Abordar acerca da relação entre direito do trabalho e o constitucional
Específico:
Conceito de direito constitucional, direito do trabalho, relação do direito de trabalho
com outros direitos.
Metodologia
O método de abordagem de nossa pesquisa, será o método histórico-dialético onde o
fator jurídico-laboral protetor (fator trabalho) versus os ligados aos determinantes
econômicos (fator capital) enfrentam-se numa ponderação de valores explicitando,
assim, as categorias do Direito Constitucional do Trabalho e Social. Desta forma, sob o
ângulo do choque de interesses entre aqueles que acreditam na promoção de direitos
humanos do trabalhador e outros que encaram o trabalhador como mera engrenagem do
sistema e não como pessoa humana e sujeito detentor de direitos, como de fato o são,
considerados, assim, pela doutrina moderna, é que iremos problematizar a temática
geradora da promoção do direito à saúde no trabalho,
4
1. Relação entre direito de trabalho e o constitucional
Tendo a constituição como nossa ¨lei maior¨, ela acaba por servir de referência a
vários ramos do Direito, inclusive do Trabalho. Essa relação de Direito Constitucional
e Direito do Trabalho pode ser vista não apenas na nossa Constituição mas também
em muitas outras como a do México, Rússia, Portugal, Alemanha e entre outras.
2.Direito de Trabalho
Direito do trabalho é o ramo jurídico que estuda as relações de trabalho.
Esse direito é composto de conjuntos de normas, princípios e outras fontes
O Direito do Trabalho é um ramo autônomo do Direito, que tem por objeto tratar das
normas e princípios que regulam as relações de trabalho.
5
Como dito anteriormente, antes mesmo da publicação da CLT, já existiam algumas leis
esparsas que regulamentavam temas específicos das relações de trabalho. Todavia, é
com a CLT que o Direito do Trabalho ganha força.
O Direito do Trabalho envolve tanto o estudo do Direito Individual quanto do Direito
Coletivo. O Direito Individual do Trabalho trata das regras, princípios e institutos
jurídicos, que regulam a relação empregatícia e as relações de trabalho especificadas.
Nesse contexto, cabe ressaltar que a relação de trabalho é gênero da qual a relação de
emprego é espécie. Assim, a relação de trabalho requer a prestação de um serviço por
pessoa física a outrem. Já a relação de emprego requer que esse serviço seja prestado
por pessoa física e com pessoalidade, mediante uma contraprestação onerosa, com
subordinação jurídica perante o empregador e de forma não eventual, ou seja, em
caráter contínuo e permanente.
O Direito Coletivo, por sua vez, trata de diversos aspetos da relação coletiva de
trabalho, como a organização sindical, a negociação coletiva e as normas coletivas
(Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva de Trabalho) dela decorrente, assim como da
representação dos trabalhadores na empresa, dos conflitos coletivos e da greve.
De todo modo, a função do Direito do Trabalho é a de garantir a dignidade do
trabalhador ao conferir a ele direitos básicos e, assim, impedir a exploração do trabalho
humano como fonte de riqueza.
6
Já Maurício Godinho Delgado o define como “complexo de princípios, regras e
institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia de trabalho e outras relações
normativamente especificadas, englobando, também, os institutos, regras e princípios
concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e tomadores de serviços, em
especial através de suas associações coletivas”.
A partir da leitura do conceito trazido por Godinho, é possível perceber que o autor
inclui na sua definição tanto o Direito Individual quanto o Direito Coletivo do Trabalho.
O jurista Sérgio Pinto Martins também adota o critério misto e conceitua o Direito do
Trabalho como “o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de
trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de
trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhes são
destinadas”.
Cabe apresentar, ainda, o conceito desenvolvido por Arnaldo Sussekind. Segundo o
autor, “Direito do Trabalho é o conjunto de princípios e normas, legais e extralegais,
que regem tanto as relações jurídicas individuais e coletivas, oriundas do contrato de
trabalho subordinado e, sob certos aspetos, da relação de trabalho profissional
autônomo, como diversas questões conexas de índole social, pertinentes ao bem-estar
do trabalhador”.
O conceito defendido por Arnaldo Sussekind se destaca dos demais por ressaltar as
normas extralegais como integrante do Direito do Trabalho. Isso se justifica porque esse
ramo do Direito tem como uma de suas fontes os costumes, desde que não sejam
contrários às normas legais (art. 8º, CLT).
As questões conexas de índoles sociais também são ressaltadas pelo autor, haja vista a
função que o Direito do Trabalho assume como garantidor de condições dignas no
próprio exercício do trabalho, assim como da remuneração devida.
Embora todos os conceitos se assemelhem.
7
Todavia, algumas características se destacam entre diversos autores, são elas:
protecionismo, intervencionismo, tendência ampliativa, imperatividade, coletivismo,
justiça social e a socialidade.
Nesse sentido, o protecionismo talvez seja a característica mais marcante do Direito do
Trabalho, na medida em que ele tem por função tutelar o trabalhador, protegendo-o do
detentor do poder econômico. Isso porque, em uma relação de trabalho, o empregado é
hipossuficiente em relação ao empregador, estando em posição de subordinação.
Essa tutela é conferida por meio de normas estatais que restringem a autonomia patronal
na estipulação das regras do contrato de trabalho e confere ao sindicato o poder de
reivindicação.
Assim, o intervencionismo é justamente a intervenção feita pelo Estado nas relações
entre empregado e empregador.
A imperatividade, por sua vez, é entendida como a obrigatoriedade de observância da
norma imposta pelo Estado e da norma celebrada com a organização sindical. Isso
significa que as normas de direito do trabalho são imperativas, ou seja, devem ser
cumpridas pelas partes envolvidas.
Assim, embora as normas trabalhistas sejam flexíveis, os empregadores estão obrigados
a respeitarem as disposições mínimas. Um exemplo disso é a que a CLT garante o
pagamento de uma hora extra de, pelo menos, 50% superior ao valor da hora normal. O
empregador, portanto, não pode se furtar de pagar esse mínimo (salvo celebração de
acordo de compensação de horas), ainda que possa pagar um percentual superior.
Já a característica de coletivismo do direito do trabalho se refere à ideia do trabalhador
como integrante de uma classe, e não individualmente considerado.
A justiça social é outra característica do Direito do Trabalho, uma vez que tem a função
de tratar desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade. O Direito do
Trabalho age para corrigir a relação de desigualdade que existe entre empresário e
trabalhador e, assim, promover os fins sociais almejados pela sociedade.
Já a tendência ampliativa se justifica por ser o Direito do Trabalho um ramo do Direito
ainda em formação. Em razão disso, ele tende a incluir nas suas regulamentações um
número cada vez maior de relações laborais.
Esse movimento de ampliação de seu conteúdo, inclusive, pode ser observado desde o
momento de sua concepção como ramo autônomo, quando o trabalho temporário e o
avulso ainda não eram regulamentados.
8
Por fim, o Direito do Trabalho também se caracteriza por sua socialidade ou
humanização, que nada mais é do que a prevalência dos interesses sociais sobre os
individuais. Trata-se de uma clara tentativa de mitigação da concepção individualista
que impera no Direito.
A previsão do artigo 8º da CLT de que nenhum interesse individual ou interesse de
classe pode prevalecer sobre o interesse público é uma ratificação da socialidade no
Direito do Trabalho.
9
7. Direito de Trabalho e o Direito Civil
Muitos aspetos do Direito do Trabalho podem ser vistos no Direito Civil, alguns deles
já podem ser encontrados nas obrigações, adiante, com mais destaque está o capítulo
da prestação de serviços, que é como o contrato de trabalho teve origem. Este capítulo
estipula que a prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou à lei
especial, reger-se-á pelas disposições dele7(em regra geral a prestação de serviço
constitui em contrato de trabalho).
10
Mas essa relação é realmente realçada quando se trata do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço
Conclusão
Direito do Trabalho tem como principal meta nivelar a relação empregado e
empregador, com foco na busca pela dignidade humana, a valorização e a proteção da
parte mais fraca da relação jurídica, usando para isso seus fundamentos, princípios, a
sua legislação específica e até mesmo o direito comum para alcançar seus objetivos.
Estas disposições, que violam o princípio da proteção, da condição mais benéfica do
trabalhador e da vedação do retrocesso social, são muito mais 16 prejudiciais aos
trabalhadores do que o regramento anterior, isso ocorre porque busca-se flexibilizar e
negociar, o que é inegociável - a saúde, a segurança, o bem estar e estabilidade
financeira laboral - que são pilares do trabalho sustentável no Brasil, e que são
conquistas democráticas para o exercício do pleno emprego nos contratos de trabalho.
Com o enfraquecimento do sistema sindical e respetivo fim do imposto que eram
direcionados pelo governo às categorias para sustentação de sua base e estrutura
sindical, poderão surgir a criação dos acordos individuais repletos de vícios, pressões e
constrangimentos suportados pelo trabalhador, porque, como vimos, ao longo do
trabalho, o trabalhador não possui condições de negociar diretamente com seu
empregador
11
Referencias bibliográficas:
SAVAIRA, Editora, Vade Mecum Saraiva 2014 – 1o Semestre, 17a Ed. São Paulo,
Saraiva, 2014.
BASILE, César Reinaldo Offa, Direito do Trabalho: Teoria Geral a Segurança e
Saúde, 5a Ed. São Paulo, Saraiva, 2012.
RESENDE, Ricardo, Direito do Trabalho Esquematizado, 4a Ed. São Paulo,
Método, 2014.
SOBRAL PINTO, Cristiano Vieira, Direito Civil Sistematizado, 5a Ed. São Paulo,
Método, 2014.
MASSON, Nathalia. Manual de direito constitucional. 5.ed. São Paulo: Jus Podivm,
2017. MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
ORSSI, Renata. Reforma trabalhista. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.
SIQUEIRA, James Augusto. A relação contratual entre as empresas a partir d
12