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SUMÁRIO
Introdução ............................................................................................................. 5
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Eficácia no Tempo.............................................................................................. 26
Eficácia no Espaço ............................................................................................. 28
Referências ......................................................................................................... 32
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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CONSOLIDAÇÃO DA LEIS DO TRABALHO (CLT)
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econômica do país, que passou a investir mais na indústria e menos na agricultura.
A Constituição de 1934 garantia aos trabalhadores direitos fundamentais, como
o salário mínimo, jornadas de trabalho de oito horas, repouso semanal, férias anuais
remuneradas, liberdade sindical e uma série de normas de proteção aos
trabalhadores.
Mesmo com várias conquistas para os trabalhadores brasileiros, a garantia de
direitos trabalhistas e a formação do direito do trabalho no âmbito jurídico, a verdadeira
revolução na área dentro do território nacional ocorreu em 1943, ainda durante o
governo Vargas, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada através do decreto-lei nº
5.452/1943, foi um marco no direito do trabalho brasileiro, reunindo e sistematizando
regras e leis trabalhistas num único documento, que lida desde regras de proteção às
normas das relações jurídicas entre trabalhadores e empregadores.
A Constituição Federal de 1988 trouxe algumas mudanças nas relações de
trabalho e inseriu o trabalho como fundamento da mesma e como direito e garantia
fundamental dos cidadãos brasileiros.
Mesmo com as alterações provocadas pela Reforma Trabalhista de 2017, a
Consolidação das Leis do Trabalho ainda é o norte das relações trabalhistas e do
direito do trabalho no Brasil.
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CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DO TRABALHO
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trabalhador como integrante de uma classe, e não individualmente considerado.
A justiça social é outra característica do Direito do Trabalho, uma vez que tem
a função de tratar desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade. O
Direito do Trabalho age para corrigir a relação de desigualdade que existe entre
empresário e trabalhador e, assim, promover os fins sociais almejados pela sociedade.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Classificação
Fontes formais autônomas: são aquelas cuja formação tem por característica a
participação direta dos destinatários das regras produzidas, sem interferência do
agente externo (terceiro), ex: convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de
trabalho e o costume.
1. Constituição Federal;
2. Emendas à Constituição;
4. Decretos;
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5. Sentenças normativas e sentenças arbitrais em dissídios coletivos;
6. Convenção coletiva;
7. Acordos coletivos;
8. Costumes.
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PRINCÍPIOS NORTEADORES DO DIREITO DO TRABALHO
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Em eventual interpretação dúbia de uma norma, o intérprete deve optar por
aquela que for mais favorável ao trabalhador. Ou seja, deve o operador do Direito,
quando houver mais de um sentido da norma, interpretá-la em favor da parte mais
fraca na relação jurídica trabalhista, isto é, o empregado. O mesmo sentido é na esfera
do processo do trabalho no qual a desigualdade de fato depreende-se na defesa
processual do empregado, muitas vezes suprida pelo desnível econômico que o
mesmo não possui, consolidando, assim, o ponto importante da atividade judicial que
consiste não na elaboração do silogismo que é a sentença, mas na fixação das
premissas que irão presidir àquela.
Devido a sua semelhança com o princípio do Direito Penal, in dúbio pro reo,
tem sua aplicabilidade para o Direito Penal dividida em correntes doutrinárias:
1. Aplicável apenas para inspiração do legislador;
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rurais das relações de emprego. Ocorre que a Constituição Federal de 1988 os incluiu,
dando- lhes algumas garantias. Assim, não podem os operadores do Direito excluir
essas duas classes face ao novo ordenamento mais favorável ao operário (BRASIL,
1988; BRASIL, 1943).
Para se evitar esses abusos, nasce então o princípio em análise, o qual veda,
antes da admissão, no curso do contrato ou até após seu término, que o empregado
renuncie ou transacione seus direitos trabalhistas, seja de forma expressa ou tácita.
Traz-se aqui a ideia do direito já adquirido pelo trabalhador (art. 5º, XXXVI, CF/88),
tendo como um direito fundamental – para assegurar uma série de garantias
absorvidas com seu trabalho, férias, aviso prévio e salário mínimo – possa ser
exercido em quaisquer das condições, tendo o empregado o mister de gozá-lo nos
limites estabelecidos, pois as normas de Direito Público (como é a CLT) são cogentes,
e ninguém pode se abster de cumpri-las.
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O que importa para o Direito do Trabalho é o que ocorreu de fato e não o que
está escrito. Em um contrato de trabalho importa o que ocorre na prática mais do que
as partes pactuarem, primando-se de fato pela realidade ocorrida dentro de uma
relação de trabalho, e não o que está simplesmente escrito.
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Ressalta-se que, mesmo em um contrato com prazo determinado, ao fim do
tempo deve-se renovar o contrato ou, caso contrário, passa-se a ter uma relação com
prazo indeterminado. O ônus da prova do motivo e da data de saída do empregado
de seu emprego é do patrão.
Princípio da Alteridade
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INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
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mínimo ou patamar civilizatório, como denomina Maurício Godinho Delgado ("Curso
de Direito do Trabalho", São Paulo, LTR, 2005, p. 117).
O juiz deve, antes de aplicar a lei, interpretá-la e buscar o seu sentido e alcance.
A interpretação da lei é sempre sociológica e teleológica e pode resultar na ampliação
da norma (artigos 5º e 6º da CF 1988 — direitos fundamentais), na sua restrição ou
na declaração de validade ou não do seu conteúdo por meio do controle difuso.
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Isto porque, como mostra a prática forense diária, "o Direito não é exatamente aquilo
que está na lei, mas o que o juiz diz no caso concreto". É o magistrado quem dará a
palavra final, sendo apenas provisória a interpretação dada pelos outros agentes do
processo (o Ministério Público, o advogado etc.). Assim, para que o Direito do
Trabalho seja efetivo e cumpra o seu papel de inclusão social dos trabalhadores, é
preciso que o juiz esteja familiarizado com os problemas que envolvem o direito
laboral, pois é ele um verdadeiro "médico das feridas sociais" (MELO, 2022), que são
muitas e crescem a cada dia no nosso país.
Interpretação
a) Métodos de interpretação:
Gramatical/ literal;
Histórica;
b) Tipologia da interpretação:
Integração
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Requisitos:
Aplicação
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(desenvolvimento do contrato), em regra.
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CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO
Sua importância está no fato de fazer com que as regras que regulam o trabalho
surjam como um reflexo das necessidades do grupo social (empresa e sindicato), além
de ser um modo de socializar o processo legislativo de criação das leis, tornando-as
mais justas, válidas e eficazes. A Convenção ou Acordo Coletivo representa um dos
canais de comunicação do Direito Coletivo.
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Deverá haver um edital e uma assembleia promovida pelo sindicato com os
empregados. A ata de assembleia e os termos do Acordo deverão ser depositados na
Delegacia do Trabalho.
Cláusulas normativas.
Efeito e Prazo
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jornadas superiores a seis horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
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individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses
instrumentos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
Mas, se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, deverá estar
prevista a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de
vigência do instrumento coletivo.
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Caberá ao auditor fiscal do trabalho apenas comunicar o fato a chefia imediata.
Eficácia no Tempo
■ vigência para o futuro, sem prazo determinado, com duração até que sejam
modificadas ou revogadas por outra norma (art. 2º, LINDB). As leis trabalhistas
normalmente têm vigência para o futuro, não contendo prazo determinado de vigência.
OBS.: isso não ocorre com as normas coletivas (convenção coletiva, acordo coletivo
e sentença normativa), que, por suas próprias características, têm vigência
temporária.
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apoiam todos os contratos de trabalho. Importante ressaltar, porém, que a
imediatidade das leis trabalhistas não significa retroatividade.
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direitos adquiridos durante sua vigência permanecerão. Direito adquirido é aquele que
já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular, que
dele não pode ser privado pela vontade de terceiros (art. 6º, § 2º, LINDB).
Eficácia no Espaço
Princípio da territorialidade:
Relação de trabalho é qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa
natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma
contraprestação.
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Operador Portuário (representante do armador no porto) e o Trabalhador Portuário
Avulso (estivadores, conferentes, vigias portuários, arrumadores, trabalhadores de
bloco etc.). Embora mantenha relação de trabalho no porto organizado, não mantém
vínculo de emprego com o OGMO ou mesmo com o armador ou o Operador Portuário.
O Art. 7º, inciso XXXIV, da CF/1988 assegurou igualdade de direitos entre o
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. A
competência material é da justiça do trabalho para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o OGMO.
2. Pessoalidade;
3. Não-eventualidade;
4. Onerosidade;
5. Subordinação
6. Alteridade.
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Trabalho por pessoa física: Para existir relação de emprego, o serviço
deverá sempre ser prestado por pessoa física, não podendo ser pessoa jurídica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.
No atual momento que muito se discute o direito do trabalho e a crise que esse
segmento do ordenamento jurídico vem atravessado frente a realidade econômica, a
reforma legislativa representa insegurança jurídica.
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REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2005.
BRITO FILHO, José Cláudio Monteiro de. Direito sindical. São Paulo: LTr, 2000.
COELHO, Fábio Ulhôa. Manual de direito comercial. 14ª ed. São Paulo: Saraiva,
2003.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado. 24ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 2ª ed. São Paulo: LTR,
2003.
DONATO, Messias Pereira. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Saraiva, 1979.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao estudo do direito. 17ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1995.
LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de direito do trabalho. 10ª ed. São
Paulo: LTR, 2004.
MAGANO, Octavio Bueno. Manual de direito do trabalho. Parte geral. 4ª ed. São
Paulo: LTR, 1991.
MALUF, Sahid. Teoria geral do estado. 26ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
MARTINS, Sergio Pinto. Curso de direito do trabalho. 4ª ed. São Paulo: Dialética,
2005. p. 13.
MORAES FILHO, Evaristo de. e MORAES, Antonio Carlos Flores de. Introdução ao
direito do trabalho. 7ª ed. São Paulo: LTR, 1995.
NASCIMENTO, Mamauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 15ª ed. São Paulo:
Saraiva, 1998.
SCHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho. LTr Editora Ltda., 2018.
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