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EDUCAÇÃO
CURSO SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO
DIREITO TRABALHISTA
OS PONTOS RELEVANTES DA REFORMA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................4
2 ORIGEM DA EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL................................5
2.1 HISTÓRICO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL.......................................................5
3 A CRIAÇÃO DA CLT......................................................................................................................8
4 A REFORMA TRABALHISTA.......................................................................................................9
4.1 PONTOS RELEVANTES DA REFORMA...............................................................................10
4.1.1 Demissão por acordo mútuo.............................................................................................10
4.1.2 Multa pela falta de registro de empregado......................................................................10
4.1.3 Férias..................................................................................................................................11
4.1.4 Contrato de trabalho por tempo parcial..........................................................................11
4.1.5 Contrato de trabalho intermitente...................................................................................12
4.1.6 Trabalho remoto (Home Office).......................................................................................13
4.1.7 Horas extras.......................................................................................................................13
4.1.8 Banco de horas...................................................................................................................14
4.1.9 Indenização por danos morais..........................................................................................14
4.1.10 Contribuição sindical.......................................................................................................15
CONCLUSÃO....................................................................................................................................16
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................................................17
1 INTRODUÇÃO
Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as
instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho subordinado,
determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua
estrutura e atividade. As normas do Direito do Trabalho pertencem ao direito privado
(referentes ao contrato de trabalho) e ao direito público (referentes ao processo trabalhista).
Podemos dizer que direito trabalhista é um sistema jurídico permeado por institutos,
valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos
empregadores, empresas coligadas, tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo
de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam
à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios constitucionais,
principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é recheado de normas
destinadas aos sindicatos e associações representativas; à atenuação e forma de solução
dos conflitos individuais, coletivos e difusos, existentes entre capital e trabalho; à
estabilização da economia social à melhoria da condição social de todos os relacionados.
O presente trabalho tem como objetivo elucidar questões acerca do direito trabalhista,
tratando sobre a Lei nº 13.467/2017, conhecida como Lei da Reforma Trabalhista e
apontando seus pontos mais relevantes, para isso abordaremos os aspectos básicos da
evolução do direito do trabalho no brasil, a história da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho).
2 ORIGEM DA EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
O Brasil foi uma colônia de Portugal por muitos anos, e teve sua economia baseada, até o
final do século XIX, na agricultura e pecuária com pequeno desenvolvimento industrial.
Além disso, o trabalho recebia um viés pejorativo, pois era desenvolvido por escravos
africanos trazidos à força para trabalhar nas lavouras do país. Note-se, portanto, que o
contexto social e econômico brasileiro diverge muito em relação ao europeu, pois não
havia espaço para a união dos trabalhadores. Enquanto na Europa os trabalhadores eram
livres e lutavam pela melhoria das condições de trabalho, no Brasil a luta era constante
por sobrevivência e liberdade.
– Marco inicial: Lei Áurea (1888): Proibição da escravidão, o que amplia significati-
vamente o trabalho livre subordinado (empregado).
– Lei nº 4.682/1923 (Lei Elói Chaves): Criou Caixas de Aposentadorias e Pensões para
ferroviários e para marítimos;
No dia 1º de maio de 2021 a Consolidação das Leis do Trabalho completou 78 anos. A CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A
Consolidação foi assinada pelo então presidente no Estádio de São Januário (Club de
Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para comemorar o feito. Dois anos antes, em
1941, Getúlio havia assinado a criação da Justiça do Trabalho, no mesmo local e mesmo dia
do ano.
Dois fatores tornaram a CLT um código de vanguarda para a época em que foi instituída: a
ebulição dos movimentos sindicais dos operários na cidade de São Paulo, inspirados pelos
imigrantes anarquistas vindos da Itália, e o fato do Brasil ser, à época, um país
predominantemente agrário. De acordo com especialistas, o código foi visionário, ao
antecipar a urbanização do país.
4 A REFORMA TRABALHISTA
A princípio, foi apresentado pelo então Presidente da República o Projeto de Lei de nº 6.787
de 23/12/2016. Esse Projeto se tratava, em verdade, de uma minirreforma trabalhista, já que
propunha a alteração de poucos artigos da CLT. Em 26/04/2017, entretanto, o PL nº
6.787/2016 foi aprovado pela Câmara dos Deputados com muitas alterações (quase 100
artigos) em relação ao projeto original apresentado pelo Poder Executivo, modificando,
acrescentando ou revogando diversos artigos da CLT e de legislações esparsas como a Lei
do FGTS.
Após a aprovação pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Reforma Trabalhista foi
enviado ao Senado Federal para apreciação e aprovação, passando a ser denominado PLC nº
38/2017. Com tramitação acelerada o Projeto em questão não contou com apoio popular,
sendo, mesmo assim, votado em regime de urgência. Com uma votação tumultuada no
Senado, em 11/07/2017, o Projeto foi aprovado com 50 votos a favor e apenas 26 contra,
recebendo sanção sem vetos pelo Presidente da República no dia 13/07/2017, com isso, foi
promulgada a Lei nº 13.467/2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
ANTES
ATUALMENTE
Mútuo acordo para rescisão do contrato de trabalho, no qual o empregado terá direito a:
ANTES
A CLT previa que a empresa que mantivesse empregado não registrado incorreria na multa
de valor igual a um salário regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor
em cada reincidência. Ainda sujeitava a empresa, nas demais infrações referentes ao registro
de empregados (admissão no emprego, duração e efetividade no trabalho, férias, acidentes e
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ATUALMENTE
A reforma mantém a ausência de registro do empregado como infração sujeita a multa, mas
altera o seu valor para R$ 3.000 por empregado não registrado, acrescido de igual valor em
cada reincidência, e explicita que essa infração constitui exceção à dupla visita (art. 627 da
CLT). Inova para estabelecer que, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno
porte, o valor final da multa aplicada será de R$ 800 por empregado não registrado.
Acrescenta, ainda, que na hipótese de não serem informados outros dados do empregado
(admissão no emprego, duração e efetividade no trabalho, férias, acidentes e demais
circunstâncias de proteção do trabalhador – art. 41, parágrafo único da CLT) o empregador
ficará sujeito a multa de R$ 600 por empregado prejudicado (art. 47 e 47-A da CLT).
4.1.3 Férias
ANTES
Fracionamento das férias era limitado a casos excepcionais, no máximo em dois períodos,
dos quais nenhum poderia ser inferior a 10 dias, não sendo permitido o fracionamento para
empregados menores de 18 ou maiores de 50 anos.
ATUALMENTE
1. Pelo menos um dos períodos de gozo de, no mínimo, 14 dias corridos, e nenhum período
inferior a cinco dias corridos.
2. Vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado. Assim sendo, se o colaborador tem seu descanso semanal no final de
semana, suas férias necessariamente precisam começar antes de quinta-feira.
ANTES
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Contratação era limitada a 25 horas semanais, não sendo permitida realização de horas
extras. Direito às férias variava de acordo com o número de horas trabalhadas e não se podia
vender parte das férias.
ATUALMENTE
2. Contratação por até 26 horas semanais, com limite de até seis horas extras ou
suplementares (pré-contratadas) semanais;
ANTES
ATUALMENTE
Este tipo de contrato de trabalho fica regulamentado. Na prática esse modelo de contrato
pode ser utilizado, por exemplo, por bares e restaurantes que podem fixar este tipo de
trabalho com garçons, cozinheiros e seguranças que atuarem nos períodos com maior
público. Outro exemplo são lojas de varejo que podem fixar contrato com vendedores para
trabalharem em datas cujo movimento do comércio é maior (Dia das Mães, Natal etc.).
1. Trabalho que intercala períodos de prestação de serviços (horas, dias ou mesmo meses) e
de inatividade;
3. Empregado deve ser convocado três dias antes do início da prestação dos serviços e terá o
prazo de 24 horas* para aceitar ou não, não podendo a recusa ser considerada como
insubordinação.
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ANTES
ATUALMENTE
O contrato deve ser por escrito e o trabalho predominantemente fora das dependências do
empregador.
2. Possível a mudança de sistema presencial para home office e vice-versa por mútuo
acordo. Ou, no caso de mudança do sistema de home office para presencial, por imposição
do empregador.
ANTES
do empregador.
ATUALMENTE
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Não será considerada hora extra quando o empregado permanecer na empresa por escolha
própria para:
1. práticas religiosas
2. descanso
3. lazer
4. estudo
5. alimentação
6. atividades de relacionamento social
7. higiene pessoal
8. troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa
ANTES
de no máximo 12 meses.
ATUALMENTE
1. Negociação por acordo individual firmado por escrito com o empregado, limitado ao
prazo máximo de seis meses para gozo (repouso) ou pagamento das horas excedentes.
Vincula a indenização ao teto do INSS, entre três e 50 vezes esse limite, a depender da
gravidade do dano.
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ANTES
ATUALMENTE
ANTES
ATUALMENTE
A contribuição sindical da empresa, dos autônomos e dos profissionais liberais também será
opcional.
Conforme o desenvolvimento deste trabalho, e com base na declaração universal dos direitos
do homem “todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que
lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana,
e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social” compreendesse que a
Consolidação das Leis do Trabalho é o diploma legal mais difundido no Brasil. Esta asserção
é correta porque não há, entre nós, quem não tenha interesse em conhecer as normas que
regulam as relações de trabalho nela previstas, já que todos somos (ou pretendemos ser) ou
empregados ou empregadores, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Diante disso, é possível
destacar que todos os objetivos deste trabalho foram concluídos com excelência.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PEREIRA, Leone; ORSI, Renata. Reta Final OAB: reforma trabalhista. São Paulo: Thomson
Reuters Brasil, 2018.