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FAI – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR EM GESTÃO, TECNOLOGIA E

EDUCAÇÃO
CURSO SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO

MAYCON KENO BERNARDES NORA

SANTA RITA DO SAPUCAÍ – MG


2021
FAI – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR EM GESTÃO, TECNOLOGIA E
EDUCAÇÃO
CURSO SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO

MAYCON KENO BERNARDES NORA

DIREITO TRABALHISTA
OS PONTOS RELEVANTES DA REFORMA

Trabalho apresentado à FAI, para composição de


notas do 6º período de Administração referente a
disciplina de Direito Trabalhista e Previdenciário,
orientado pela Professora Sônia Regina Barros.

SANTA RITA DO SAPUCAÍ – MG


2021
iii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................4
2 ORIGEM DA EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL................................5
2.1 HISTÓRICO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL.......................................................5
3 A CRIAÇÃO DA CLT......................................................................................................................8
4 A REFORMA TRABALHISTA.......................................................................................................9
4.1 PONTOS RELEVANTES DA REFORMA...............................................................................10
4.1.1 Demissão por acordo mútuo.............................................................................................10
4.1.2 Multa pela falta de registro de empregado......................................................................10
4.1.3 Férias..................................................................................................................................11
4.1.4 Contrato de trabalho por tempo parcial..........................................................................11
4.1.5 Contrato de trabalho intermitente...................................................................................12
4.1.6 Trabalho remoto (Home Office).......................................................................................13
4.1.7 Horas extras.......................................................................................................................13
4.1.8 Banco de horas...................................................................................................................14
4.1.9 Indenização por danos morais..........................................................................................14
4.1.10 Contribuição sindical.......................................................................................................15
CONCLUSÃO....................................................................................................................................16
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................................................17
1 INTRODUÇÃO

Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as
instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho subordinado,
determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua
estrutura e atividade. As normas do Direito do Trabalho pertencem ao direito privado
(referentes ao contrato de trabalho) e ao direito público (referentes ao processo trabalhista).

Podemos dizer que direito trabalhista é um sistema jurídico permeado por institutos,
valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos
empregadores, empresas coligadas, tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo
de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam
à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios constitucionais,
principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é recheado de normas
destinadas aos sindicatos e associações representativas; à atenuação e forma de solução
dos conflitos individuais, coletivos e difusos, existentes entre capital e trabalho; à
estabilização da economia social à melhoria da condição social de todos os relacionados.

O presente trabalho tem como objetivo elucidar questões acerca do direito trabalhista,
tratando sobre a Lei nº 13.467/2017, conhecida como Lei da Reforma Trabalhista e
apontando seus pontos mais relevantes, para isso abordaremos os aspectos básicos da
evolução do direito do trabalho no brasil, a história da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho).
2 ORIGEM DA EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL

O Brasil foi uma colônia de Portugal por muitos anos, e teve sua economia baseada, até o
final do século XIX, na agricultura e pecuária com pequeno desenvolvimento industrial.
Além disso, o trabalho recebia um viés pejorativo, pois era desenvolvido por escravos
africanos trazidos à força para trabalhar nas lavouras do país. Note-se, portanto, que o
contexto social e econômico brasileiro diverge muito em relação ao europeu, pois não
havia espaço para a união dos trabalhadores. Enquanto na Europa os trabalhadores eram
livres e lutavam pela melhoria das condições de trabalho, no Brasil a luta era constante
por sobrevivência e liberdade.

Entre o período colonial e a abolição da escravidão em 1888, poucas foram as


manifestações de normas atinentes às prestações de serviços, pois a mão de obra utilizada
era basicamente a escrava, seja inicialmente pela utilização de índios e, posteriormente,
de africanos. Ocorre que, nesse período, não há como se falar de Direito do Trabalho ou
de seu início, pois o trabalho era majoritariamente desenvolvido no âmbito rural por
escravos. Assim, a evolução histórica do direito trabalhista no país inicia-se com a
promulgação da Lei Áurea em 1888, que determina o fim da escravidão. No Brasil, desde
a abolição da escravatura, a fase embrionária da consolidação dos direitos trabalhistas
perdurou por quatro décadas.

2.1 HISTÓRICO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL

Manifestações incipientes ou esparsas (1888 a 1930): ausência de efetiva organização


dos trabalhadores e edição de leis esparsas com pouca intervenção estatal. Surgimento
das primeiras greves.

– Marco inicial: Lei Áurea (1888): Proibição da escravidão, o que amplia significati-
vamente o trabalho livre subordinado (empregado).

– Decreto Legislativo nº 1.150/1904: pagamento de dívidas de trabalhadores rurais;

– Decreto Legislativo nº 1.637/1907: criação de sindicatos profissionais e sociedades


cooperativas;

– Lei nº 3.724/1919: legislação acidentária de trabalho;


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– Lei nº 4.682/1923 (Lei Elói Chaves): Criou Caixas de Aposentadorias e Pensões para
ferroviários e para marítimos;

– Lei nº 4.982/1925: férias de 15 dias anuais para empregados em estabelecimentos


comerciais, industriais e bancários;

– Código de Menores: idade mínima de 12 anos para o trabalho com a proibição do


trabalho noturno e minas.

Institucionalização do Direito do Trabalho no país (1930-1945): intensa atividade


administrativa e legislativa do Estado com intervencionismo. Elaboração de políticas em
6 direções:

a) Administração Federal: Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio


(Decreto nº 19.443/1930) e do Departamento Nacional do Trabalho (Decreto nº 19.671-
A/1931).

b) Área sindical: intervenção e controle estatal dos sindicatos:

– Decreto nº 19.770/1931: criou-se o sindicato oficial único e submetido ao


reconhecimento do Estado

– Decreto nº 1.402/1939: inviabilizaram a criação de sindicatos que não o sindicato


oficial.

c) Solução judicial de conflitos trabalhistas: Criação de Comissões Mistas de


Conciliação e Julgamento, em 1932. A Constituição de 1937 referiu-se à Justiça do
Trabalho, que veio a ser regulamentada por um Decreto-lei nº 1.237/1939, sendo
instalada e passando a funcionar em 1º de maio de 1941.

d) Área previdenciária: dotado de cunho corporativista. O primeiro órgão


previdenciário desse modelo foi o Instituo de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos
(IAPM).

e) Legislação profissional e protetiva: Foi na década de 30 que teve início a edição de


leis esparsas voltadas à proteção do trabalhador:

– Trabalho da mulher (Decreto nº 21.471/1932);


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– Limitação da jornada de trabalho aos comerciários (Decreto nº 21.186/1932);

– Estabelecimento de férias para os bancários (Decreto nº 23.103/1933).

f) Política oficial do corporativismo: Lei de Nacionalização do Trabalho, como


primeiro marco dessas ações, restringindo o trabalho de estrangeiros e o incentivo ao
sindicalismo oficial com repressão estatal a organizações autônomas de trabalhadores.

Manutenção do modelo corporativista (1945 a 1988): manutenção das restrições


corporativas como sindicato único e intervenção estatal nas entidades sindicais.

– Lei nº 5.859/172: Lei do Trabalho Doméstico

– Lei nº 5.889/1973: Lei do Trabalho Rural

Transição democrática do Direito do Trabalho brasileiro (1988 até os dias atuais):


Com a promulgação da CF/88, há a manutenção dos direitos trabalhista com a previsão
de liberdade sindical, ainda que mantida a unicidade sindical (sindicato único).

– Reforma Trabalhista: maior e mais profunda alteração do Direito do Trabalho desde


1943: flexibilização das normas trabalhistas.
3 A CRIAÇÃO DA CLT

No dia 1º de maio de 2021 a Consolidação das Leis do Trabalho completou 78 anos. A CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A
Consolidação foi assinada pelo então presidente no Estádio de São Januário (Club de
Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para comemorar o feito. Dois anos antes, em
1941, Getúlio havia assinado a criação da Justiça do Trabalho, no mesmo local e mesmo dia
do ano.

A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil e foi um


marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira. Seu
objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho, nela
previstas. Ela surgiu como uma necessidade constitucional, após a criação da Justiça do
Trabalho.

Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do trabalho, Alexandre


Marcondes Filho, trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma
consolidação das leis do trabalho. A intenção inicial foi criar a Consolidação das Leis do
Trabalho e da Previdência Social.

Em novembro de 1942, foi apresentado o anteprojeto da CLT, publicado posteriormente no


Diário Oficial, para receber sugestões. Após estudar o projeto, Getúlio Vargas deu-o aos
coautores, nomeando-os para examinar as sugestões e redigir o projeto final, assinado em 1º
de maio de 1943.

Dois fatores tornaram a CLT um código de vanguarda para a época em que foi instituída: a
ebulição dos movimentos sindicais dos operários na cidade de São Paulo, inspirados pelos
imigrantes anarquistas vindos da Itália, e o fato do Brasil ser, à época, um país
predominantemente agrário. De acordo com especialistas, o código foi visionário, ao
antecipar a urbanização do país.
4 A REFORMA TRABALHISTA

Diante da importância do tema que proporcionou a maior e mais profunda alteração da


legislação desde a criação da CLT em 1943, decidiu-se por trazer um novo capítulo sobre a
Reforma Trabalhista, Lei nº 13.467/2017.

A princípio, foi apresentado pelo então Presidente da República o Projeto de Lei de nº 6.787
de 23/12/2016. Esse Projeto se tratava, em verdade, de uma minirreforma trabalhista, já que
propunha a alteração de poucos artigos da CLT. Em 26/04/2017, entretanto, o PL nº
6.787/2016 foi aprovado pela Câmara dos Deputados com muitas alterações (quase 100
artigos) em relação ao projeto original apresentado pelo Poder Executivo, modificando,
acrescentando ou revogando diversos artigos da CLT e de legislações esparsas como a Lei
do FGTS.

Após a aprovação pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Reforma Trabalhista foi
enviado ao Senado Federal para apreciação e aprovação, passando a ser denominado PLC nº
38/2017. Com tramitação acelerada o Projeto em questão não contou com apoio popular,
sendo, mesmo assim, votado em regime de urgência. Com uma votação tumultuada no
Senado, em 11/07/2017, o Projeto foi aprovado com 50 votos a favor e apenas 26 contra,
recebendo sanção sem vetos pelo Presidente da República no dia 13/07/2017, com isso, foi
promulgada a Lei nº 13.467/2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Passados 4 dias da nova lei em plena vigência, na véspera do feriado da Proclamação da


República, surge a MP 808/2017, numa edição extra do Diário Oficial da União, com
diversas alterações no texto da Reforma Trabalhista. Após a sua edição, a Medida
Provisória entrou em vigor e passou a ser aplicada imediatamente com força de lei. No
entanto, sua vigência tem limitação temporal e depende da conversão em lei pelo Congresso
Nacional no prazo de 60 dias, prorrogáveis por igual período, para não perder eficácia. Os
deputados e senadores tinham até o dia 23/04/2018 para votar a MP nº 808/2017, o que não
ocorreu. Dessa forma, a MP nº 808/2017 perdeu vigência e a Reforma passou a valer nos
extados termos aprovados pelo Congresso Nacional na Lei nº 13.467/2017.
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4.1 PONTOS RELEVANTES DA REFORMA

A Lei nº 13.467/2017, conhecida como Lei da Reforma Trabalhista, apresentou inúmeras


alterações nas relações de trabalho, bem como regulamentou temas de extrema relevância.
Trata-se de um instrumento que representa um avanço para a modernização trabalhista no
Brasil, ainda que sujeito a aperfeiçoamentos. Essas mudanças ocorreram com a intenção de
facilitar a relação entre os colaboradores e as empresas, a seguir, será apresentado as
principais modificações promovidas pela Lei, bem como outros aspectos previstos na
Medida Provisória nº 808, de 14 de novembro de 2017.

4.1.1 Demissão por acordo mútuo

ANTES

Inexistência de previsão legal.

ATUALMENTE

Mútuo acordo para rescisão do contrato de trabalho, no qual o empregado terá direito a:

1. 50% do aviso prévio

2. 20% de multa sobre o saldo do FGTS

3. Levantar 80% do saldo do FGTS

4. Demais verbas trabalhistas (13º, férias etc)

5. Sem direito ao seguro-desemprego

4.1.2 Multa pela falta de registro de empregado

ANTES

A CLT previa que a empresa que mantivesse empregado não registrado incorreria na multa
de valor igual a um salário regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor
em cada reincidência. Ainda sujeitava a empresa, nas demais infrações referentes ao registro
de empregados (admissão no emprego, duração e efetividade no trabalho, férias, acidentes e
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demais circunstâncias de proteção do trabalhador), à multa de valor igual à metade do


salário mínimo regional, a qual seria aplicada em dobro, no caso de reincidência.

ATUALMENTE

A reforma mantém a ausência de registro do empregado como infração sujeita a multa, mas
altera o seu valor para R$ 3.000 por empregado não registrado, acrescido de igual valor em
cada reincidência, e explicita que essa infração constitui exceção à dupla visita (art. 627 da
CLT). Inova para estabelecer que, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno
porte, o valor final da multa aplicada será de R$ 800 por empregado não registrado.

Acrescenta, ainda, que na hipótese de não serem informados outros dados do empregado
(admissão no emprego, duração e efetividade no trabalho, férias, acidentes e demais
circunstâncias de proteção do trabalhador – art. 41, parágrafo único da CLT) o empregador
ficará sujeito a multa de R$ 600 por empregado prejudicado (art. 47 e 47-A da CLT).

4.1.3 Férias

ANTES

Fracionamento das férias era limitado a casos excepcionais, no máximo em dois períodos,
dos quais nenhum poderia ser inferior a 10 dias, não sendo permitido o fracionamento para
empregados menores de 18 ou maiores de 50 anos.

ATUALMENTE

Férias poderão ser fracionadas em até três períodos.

1. Pelo menos um dos períodos de gozo de, no mínimo, 14 dias corridos, e nenhum período
inferior a cinco dias corridos.

2. Vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado. Assim sendo, se o colaborador tem seu descanso semanal no final de
semana, suas férias necessariamente precisam começar antes de quinta-feira.

4.1.4 Contrato de trabalho por tempo parcial

ANTES
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Contratação era limitada a 25 horas semanais, não sendo permitida realização de horas
extras. Direito às férias variava de acordo com o número de horas trabalhadas e não se podia
vender parte das férias.

ATUALMENTE

1. Contratação por até 30 horas semanais, sendo proibido o trabalho extraordinário;

2. Contratação por até 26 horas semanais, com limite de até seis horas extras ou
suplementares (pré-contratadas) semanais;

3. Férias em iguais condições ao trabalho em tempo integral, com possibilidade de “venda”


de até 1/3 do período de gozo das férias.

4.1.5 Contrato de trabalho intermitente

ANTES

Não havia previsão legal.

ATUALMENTE

Este tipo de contrato de trabalho fica regulamentado. Na prática esse modelo de contrato
pode ser utilizado, por exemplo, por bares e restaurantes que podem fixar este tipo de
trabalho com garçons, cozinheiros e seguranças que atuarem nos períodos com maior
público. Outro exemplo são lojas de varejo que podem fixar contrato com vendedores para
trabalharem em datas cujo movimento do comércio é maior (Dia das Mães, Natal etc.).

Suas principais características são:

1. Trabalho que intercala períodos de prestação de serviços (horas, dias ou mesmo meses) e
de inatividade;

2. Empregado pode prestar serviços para vários empregadores;

3. Empregado deve ser convocado três dias antes do início da prestação dos serviços e terá o
prazo de 24 horas* para aceitar ou não, não podendo a recusa ser considerada como
insubordinação.
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4. No período trabalhado serão aplicáveis as mesmas regras trabalhistas de qualquer


contrato de trabalho, inclusive quanto ao valor da hora de trabalho a ser paga, que deverá
ser igual à dos demais trabalhadores;

5. No término da prestação dos serviços, o empregado deverá receber as verbas rescisórias


proporcionais ao período trabalhado;

6. Nenhum pagamento é devido no período de inatividade.

4.1.6 Trabalho remoto (Home Office)

ANTES

Não havia previsão legal.

ATUALMENTE

O contrato deve ser por escrito e o trabalho predominantemente fora das dependências do
empregador.

1. Responsabilidade pelo fornecimento e manutenção de equipamentos de TI e pelo


reembolso de despesas feitas pelo empregado a ser definida no contrato escrito.

2. Possível a mudança de sistema presencial para home office e vice-versa por mútuo
acordo. Ou, no caso de mudança do sistema de home office para presencial, por imposição
do empregador.

3. Comparecimento às dependências do empregador não descaracteriza o regime de


teletrabalho. Empregados em home office não têm direito a horas extras.

4.1.7 Horas extras

ANTES

Devidas horas extras pelo tempo que o empregado permanecia à disposição

do empregador.

ATUALMENTE
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Não será considerada hora extra quando o empregado permanecer na empresa por escolha
própria para:

1. práticas religiosas
2. descanso
3. lazer
4. estudo
5. alimentação
6. atividades de relacionamento social
7. higiene pessoal
8. troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa

4.1.8 Banco de horas

ANTES

Obrigatória negociação com o sindicato, limitado o acordo a um período

de no máximo 12 meses.

ATUALMENTE

1. Negociação por acordo individual firmado por escrito com o empregado, limitado ao
prazo máximo de seis meses para gozo (repouso) ou pagamento das horas excedentes.

2. Negociação com sindicato permanece quando o período de vigência do banco de horas


for entre sete e 12 meses.

3. Horas extras habituais não descaracterizam o banco de horas.

4. Devido apenas o adicional quando a compensação não atender às exigências legais e


desde que não ultrapassada a duração máxima semanal.
4.1.9 Indenização por danos morais

Vincula a indenização ao teto do INSS, entre três e 50 vezes esse limite, a depender da
gravidade do dano.
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Danos extrapatrimoniais - parâmetros de sentença

ANTES

Não havia previsão legal de condenação do reclamante (empregado) a honorários de


sucumbência ou a indenização ao empregador.

ATUALMENTE

Será facultado ao juiz da causa fixar condenação ao reclamante, na proporcionalidade do


pedido que não puder ser comprovado por ele, ou se o pedido for de natureza falsa ou
fraudulenta.

4.1.10 Contribuição sindical

ANTES

A contribuição sindical era obrigatória e equivalente a um dia de salário por ano.

ATUALMENTE

A contribuição sindical da empresa, dos autônomos e dos profissionais liberais também será
opcional.

Já as contribuições sindicais dos empregados passarão a ser voluntárias, mediante


autorização expressa do empregado.
CONCLUSÃO

Tendo conhecimento do trabalho desenvolvido, conclui-se que os conhecimentos obtidos


serviram para melhor esclarecimento do ramo jurídico trabalhista que vem, ao longo da
história, atuando em prol do aperfeiçoamento da condição humana no mercado de trabalho da
sociedade capitalista. Através da relação de emprego formal, confere aos indivíduos não
somente uma das formas de se conectarem dignamente ao sistema produtivo, mas também
lhes confere afirmação social e poder. Por tudo isso, podemos entender que o Direito do
trabalho instrumentaliza a afirmação da Democracia no Estado Democrático de Direito.

Conforme o desenvolvimento deste trabalho, e com base na declaração universal dos direitos
do homem “todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que
lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana,
e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social” compreendesse que a
Consolidação das Leis do Trabalho é o diploma legal mais difundido no Brasil. Esta asserção
é correta porque não há, entre nós, quem não tenha interesse em conhecer as normas que
regulam as relações de trabalho nela previstas, já que todos somos (ou pretendemos ser) ou
empregados ou empregadores, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Diante disso, é possível
destacar que todos os objetivos deste trabalho foram concluídos com excelência.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PEREIRA, Leone; ORSI, Renata. Reta Final OAB: reforma trabalhista. São Paulo: Thomson
Reuters Brasil, 2018.

CORREIA, Henrique. Resumo de Direito do Trabalho. São Paulo: JusPodivm, 2018.

FILHO, M. Evaristo; MORAES, F. C. Antonio. Introdução ao Direito do Trabalho. São


Paulo: LTr Editora, 2014.

VICENTE, Paulo; MARCELO, Alexandrino. Manual de direito do trabalho. Rio de


Janeiro: Método, 2014.
HISTÓRIA: CRIAÇÃO DA CLT. Disponível
em:<https://trt24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt/>. Acesso em:
29 Ago 2021.

A REFORMA TRABALHISTA E SEUS IMPACTOS PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS.


Disponível em:<https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RJ/Anexos/
Cartilha%20Reforma%20Trabalhista.pdf />. Acesso em: 5 Set 2021.

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