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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO SOCIAL EC

DOSCENTE: MARCOS PATRICIO NOGUEIRA LIMA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO: OS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E


RURAIS

Victor Wagner de Costa Soares

Teresina

2023
RESUMO

Este trabalho buscou se debruçar, mediante referências bibliográficas e da “web”, sobre a


situação trabalhista no Brasil – ao menos realizando um recorte dessa conjuntura através de
alguns conceitos e de alguns acontecimentos de sua história –, analisando e partindo do contexto
de que as cláusulas dos direitos dos trabalhadores desempenham um papel essencial na
construção de uma sociedade justa e equilibrada, protegendo e garantindo os direitos dos
trabalhadores e promovendo a igualdade e a justiça social. No entanto, também se faz
importante entender que, as condições de trabalho nem sempre foram justas, resultando em um
desequilíbrio entre as diferentes categorias de trabalhadores. A legislação trabalhista brasileira,
representada pela CLT – principalmente no art. 7º –, busca criar, dessa forma, uma isonomia e
vem se atualizando para se adequar às novas formas de trabalho. No entanto, as reformas
trabalhistas do governo Temer trouxeram mudanças importantes que flexibilizaram as relações
trabalhistas, ampliaram a terceirização, introduziram novas formas de trabalho e flexibilizaram
sua jornada. Essas mudanças, através das análises realizadas, tendem a precarizar o trabalho,
aumentar a desigualdade e enfraquecer a proteção social dos trabalhadores. As relações de
trabalho no Brasil também são afetadas pelo chamado Custo Brasil, que incluem dificuldades
estruturais, burocráticas e econômicas que aumentam os custos e afetam os investimentos das
empresas. A Custo Brasil dificulta os investimentos, cria condições de trabalho instáveis e
informais, e impacta negativamente a gerenciamento de pessoas. Para promover relações
laborais sólidas, portanto, é necessário encontrar soluções para estes problemas estruturais,
burocráticos e econômicos, reduzir a carga fiscal, simplificar as leis laborais e investir em
infraestruturas de transportes eficientes. O contexto dos direitos dos trabalhadores no Brasil
está vinculado ao desenvolvimento histórico dos direitos sociais, influenciado pelo conceito de
direito natural e por documentos como a Encíclica Rerum Novarum e a Constituição de
Weimar. A constituição brasileira de 1988 marcou o processo de democratização do país ao
ampliar as proteções aos trabalhadores e incorporar direitos e garantias fundamentais. Logo, no
contexto do capitalismo, as regulamentações trabalhistas são essenciais para estabelecer a
relação entre empresas e trabalhadores e garantir padrões salariais, condições de trabalho,
representação coletiva e resolução de conflitos.

Palavras-chave: Regulamentação do direito do trabalhador; CLT – art. 7º; reforma trabalhista;


precarização do trabalho; Custo Brasil.
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2.0 REFORMA TRABALHISTA DO GOVERNO TEMER E SUAS CONSEQUÊNCIAS


PARA A REALIDADE DO MERCADO DE TRABALHO ................................................... 2

3.0 QUADRO DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS NO BRASIL NO CONTEXTO DO


CHAMADO CUSTO BRASIL ................................................................................................ 3

4.0 CONTEXTO DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES NO BRASIL NO UNIVERSO


DOS DENOMINADOS DIREITOS SOCIAIS........................................................................ 4

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 5

6.0 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 6


1.0 INTRODUÇÃO

No contexto da regulamentação do direito do trabalhador, o artigo 7º da Constituição


Federal brasileira desempenha um papel central. Este artigo estabelece uma série de direitos
que visam proteger e garantir condições dignas de trabalho, assegurando a valorização do
indivíduo no ambiente laboral.

A regulamentação do direito do trabalhador desempenha um papel fundamental na


construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. Ao estabelecer leis e normas que
protegem e garantem os direitos dos trabalhadores, essa regulamentação busca assegurar
condições dignas de trabalho, o respeito à dignidade humana e a valorização do indivíduo
enquanto parte essencial do processo produtivo.

A importância da regulamentação do direito do trabalhador está intrinsecamente ligada à


promoção da igualdade e da justiça social. Ao estabelecer diretrizes claras sobre a jornada de
trabalho, salários-mínimos, férias remuneradas, licenças maternidade e paternidade, entre
outros aspectos, a legislação trabalhista busca evitar a exploração e o abuso por parte dos
empregadores. Além disso, a regulamentação do direito do trabalhador contribui para a
estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável de um país, proporcionando um
ambiente favorável à produtividade e à eficiência nas empresas, promovendo o crescimento
econômico e a geração de empregos de qualidade.

Ao longo da história, no entanto, a regulamentação trabalhista nem sempre foi igualitária,


um exemplo que pode ser dado é a existência de disparidade dessa regulamentação entre
trabalhadores urbanos e rurais, o que é problemático, como afirma Junior (2020, p. 2),
considerando a importância desse último grupo para a economia. A busca por igualdade entre
essas categorias citadas e as outras possíveis existentes é fundamental, considerando as
particularidades de cada uma.

Logo, a legislação trabalhista brasileira, representada pela Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT), busca estabelecer essa isonomia e tem passado por atualizações para adequar-
se às novas formas de trabalho e às demandas contemporâneas. As regras que regem as relações
entre trabalhadores e empregadores são fundamentais para o bom funcionamento do mercado
de trabalho, abrangendo direitos, deveres e normas de conduta.

Se faz importante entender, também, que essas regulamentações devem ser adaptáveis às
necessidades da sociedade e da economia, levando em consideração as novas tecnologias, as

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mudanças demográficas e a necessidade de mobilidade e flexibilidade. Em suma, a
regulamentação do direito do trabalhador é essencial para a construção de uma sociedade mais
justa, equilibrada e inclusiva, protegendo os direitos e a dignidade dos trabalhadores,
promovendo a igualdade de oportunidades e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
É necessário priorizar, portanto, a regulamentação do direito do trabalhador nas agendas
políticas e sociais.

2.0 REFORMA TRABALHISTA DO GOVERNO TEMER E SUAS CONSEQUÊNCIAS


PARA A REALIDADE DO MERCADO DE TRABALHO

A reforma trabalhista do governo Temer, composta pelas leis nº 13.467/2017 e nº


13.429/2017, trouxe mudanças significativas para a realidade do mercado de trabalho no Brasil.
O objetivo principal dessa reforma era flexibilizar as relações trabalhistas, proporcionando
maior liberdade aos empregadores na contratação e na definição das condições de trabalho,
enquanto buscava legalizar práticas já existentes no mercado.

Uma das principais mudanças foi a ampliação da terceirização, permitindo que as empresas
terceirizem não apenas atividades-meio, mas também atividades-fim. Isso significa que as
empresas podem contratar trabalhadores terceirizados para desempenhar funções essenciais do
seu negócio. Essa medida aumenta a precarização do trabalho, pois os terceirizados geralmente
recebem salários mais baixos, têm menos garantias trabalhistas e enfrentam maior instabilidade
no emprego.

Além disso, a reforma introduziu novas modalidades de contratação, como o trabalho


intermitente, em que o empregado é contratado para trabalhar apenas quando necessário,
recebendo apenas pelas horas efetivamente trabalhadas. Isso gera incerteza e insegurança para
os trabalhadores, que não têm uma jornada fixa nem garantia de remuneração mínima.

Outra mudança importante foi a flexibilização da jornada de trabalho, permitindo a


negociação de jornadas de até 12 horas diárias, desde que seguidas por períodos de descanso.
Isso pode levar ao aumento da carga horária de trabalho e afetar a saúde e o bem-estar dos
trabalhadores.

A reforma também trouxe alterações na representação dos trabalhadores e na negociação


coletiva, enfraquecendo os sindicatos e descentralizando as negociações. Isso favorece a

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individualização das relações de trabalho e dificulta a organização coletiva dos trabalhadores
em busca de melhores condições.

É possível, ainda, ver no trabalho de Di Benedetto (2017, p. 557 e seg.) algumas se não as
principais precarizações das relações trabalhistas com suas devidas problematizações. Dentre
elas estão citadas as relacionadas com: o regime de tempo parcial; jornada 12 por 36;
contratação de autônomo; trabalho insalubre da mulher gestante ou lactante. Dentre outras
observações já apontadas no escopo deste trabalho.

No geral, a reforma trabalhista do governo Temer teve como objetivo adaptar as leis
trabalhistas às características do capitalismo contemporâneo, fortalecendo a autorregulação do
mercado e aumentando a liberdade dos empregadores em determinar as condições de
contratação e remuneração. No entanto, essas mudanças tendem a precarizar o trabalho,
aumentar a desigualdade e enfraquecer a proteção social dos trabalhadores. A implementação
e os impactos reais da reforma ainda são objeto de debate e análise.

3.0 QUADRO DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS NO BRASIL NO CONTEXTO DO


CHAMADO CUSTO BRASIL

Em um trabalho, slide, que discorre sobre o Custo Brasil o Observatório Nacional de


Transporte e Logística (ONTL) explica que esse termo é usado para descrever o conjunto de
dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos
investimentos pelas empresas e pioram o ambiente de negócios no país e a competitividade
perante outras nações. Eles, além dessa explicação, expõem que a estimativa é de que o Custo
Brasil consome das empresas R$ 1,5 trilhão por ano, representando 22% do Produto Interno
Bruto (PIB).

Diante dessa perspectiva e dos demais aprofundamentos sobre o Custo Brasil presentes no
restante do trabalho, é possível afirmar que as relações trabalhistas no Brasil são amplamente
afetadas pelo Custo Brasil. E que esses obstáculos, já citados, enfrentados pelas empresas do
país têm um impacto direto nas condições de trabalho e nas interações entre empregadores e
empregados.

Uma das principais consequências do Custo Brasil nas relações trabalhistas é a dificuldade
das empresas em investir e competir no mercado. As altas cargas tributárias e a complexidade
do sistema tributário sobrecarregam financeiramente as empresas, reduzindo sua capacidade de
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investimento em infraestrutura, tecnologia e recursos humanos. Como resultado, podem ocorrer
condições de trabalho precárias, falta de capacitação adequada e baixa produtividade.

Além disso, o ambiente burocrático complexo e a falta de eficiência nos processos


administrativos também afetam as relações trabalhistas. O excesso de regulamentações,
trâmites demorados e falta de clareza nas leis trabalhistas geram incertezas e dificuldades para
as empresas, afetando a gestão de pessoal e a implementação de práticas adequadas de recursos
humanos.

Outro ponto relevante é a infraestrutura de transportes precária. A falta de investimentos e


a ineficiência nos sistemas de transporte impactam o deslocamento dos trabalhadores até o local
de trabalho, resultando em atrasos, aumento do tempo de deslocamento e problemas de
segurança. Isso afeta diretamente a pontualidade, a qualidade de vida e o bem-estar dos
trabalhadores, gerando insatisfação e impactando negativamente a produtividade.

Adicionalmente, o Custo Brasil contribui para a informalidade no mercado de trabalho.


Devido às dificuldades enfrentadas pelas empresas, algumas optam por contratar trabalhadores
de forma irregular, evitando encargos trabalhistas e reduzindo custos. Essa prática afeta
negativamente os direitos trabalhistas, a estabilidade no emprego e a segurança social dos
trabalhadores, resultando em condições precárias de trabalho e desigualdades no ambiente
laboral.

Um exemplo notável de como o Custo Brasil e seus possíveis impactos podem afetar
diretamente os trabalhadores é com relação aos encargos sociais – ou seja, custos adicionais
que uma empresa deve arcar ao empregar trabalhadores, como FGTS e etc. – que já foram
postos como opção de redução de valores para essas mesmas empresas (passariam a reduzir os
gastos, direitos, com seus trabalhadores). Felizmente, viu-se que essa opção não reduziria de
forma significativa os custos das empresas e, desta forma, o Custo Brasil.

Conclusão semelhante consta de documento do Banco Mundial, que tratava da


evolução do chamado “Custo Brasil” nos anos 1990. Para os analistas do Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), uma eventual redução
dos encargos sociais “teria efeitos muito modestos sobre o custo das empresas”. De
acordo com os cálculos, na hipótese de redução de 50% dos encargos sociais que não
são revertidos diretamente para o trabalhador, “haveria redução de apenas 2% a 5 %
no custo total das empresas”. Em contrapartida, “uma reforma no sistema de encargos
sociais teria conseqüências significativamente negativas para a política fiscal do
governo”. (DIEESE, 2007, p. 63)

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É evidente que o Custo Brasil afeta as relações trabalhistas no Brasil, criando um contexto
desafiador para as empresas e os trabalhadores. Para promover relações trabalhistas mais
saudáveis e equilibradas, é necessário buscar soluções para as dificuldades estruturais,
burocráticas e econômicas. Isso implica em reduzir o peso dos encargos tributários, simplificar
a legislação trabalhista, investir em infraestrutura de transporte eficiente e promover um
ambiente de negócios mais favorável. Somente assim será possível mitigar os impactos
negativos do Custo Brasil nas relações de trabalho e impulsionar o desenvolvimento sustentável
do país.

4.0 CONTEXTO DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES NO BRASIL NO


UNIVERSO DOS DENOMINADOS DIREITOS SOCIAIS

O contexto dos direitos dos trabalhadores no Brasil, no universo dos denominados direitos
sociais, tem suas raízes nas concepções de direitos naturais e jusnaturalismo (Bertoncello e
Santos, 2017, p. 53), que remontam à Idade Antiga e evoluíram ao longo da história. No início
do século XX, houve uma preocupação crescente com as questões sociais, refletida em
documentos como a encíclica Rerum Novarum de 1891, a Constituição Mexicana de 1917 e a
Constituição de Weimar de 1919, que influenciaram a Constituição da República dos Estados
Unidos do Brasil de 1934. (Bertoncello e Santos, 2017, p. 55).

A Constituição Mexicana foi um marco normativo importante, garantindo direitos


individuais com ênfase nas questões trabalhistas e na efetivação da educação. A Constituição
de Weimar, por sua vez, estabeleceu diferentes níveis de direitos fundamentais, sociais e
econômicos, incluindo o direito ao trabalho, a proteção ao trabalho, o direito à assistência social
e o direito de sindicalização.

No Brasil, os direitos civis e políticos foram estabelecidos inicialmente pela Constituição


da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891, embora tenham sido direcionados apenas
a uma parcela da sociedade da época. Os direitos sociais surgiram pela primeira vez com a
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934, influenciada pela
Constituição de Weimar. No entanto, foi a Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 que marcou o processo de democratização do país, consolidando os direitos e garantias
fundamentais e ampliando a proteção aos trabalhadores.

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A regulação do trabalho no contexto capitalista é essencial para estabelecer as relações
entre empresas e trabalhadores, abrangendo normas de remuneração, condições de trabalho,
representação coletiva e resolução de conflitos. A regulação pública das relações de trabalho
está relacionada à constituição de direitos do trabalho, diferenciando-os dos direitos individuais.
No início da industrialização, as relações de trabalho eram baseadas em contratos de aluguel de
serviços, mas, devido à força dos movimentos operários, a legislação passou a reconhecer
direitos sociais e a defesa da organização coletiva dos trabalhadores.

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) criou um sistema ambíguo (Amorim
et al., 2009, p. 92), reconhecendo e regulamentando os direitos sociais do trabalho, mas também
inibindo as lutas trabalhistas e sindicais. A influência corporativista na legislação trabalhista
brasileira resultou na proibição de greves, controle estatal dos sindicatos e restrições à
negociação coletiva. A Constituição de 1988 – art. 7 – trouxe avanços na proteção aos
trabalhadores (Marques e Sturza, 2017, p. 110), incluindo a consolidação do direito ao trabalho
como um direito social fundamental e a instituição do seguro-desemprego.

Os direitos dos trabalhadores no Brasil, inseridos no universo dos direitos sociais, buscam
garantir a proteção e a promoção de condições dignas de vida para todos os cidadãos. A
Constituição Federal de 1988 estabelece o trabalho como um direito social fundamental.

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A regulamentação do direito do trabalhador, com a formulação do art. 7º da constituição


federal, desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e
equilibrada. Ao longo deste trabalho, pudemos compreender a importância da regulamentação
do direito do trabalhador na promoção da igualdade, justiça social e no desenvolvimento
sustentável de um país.

A legislação trabalhista brasileira, representada pela Consolidação das Leis do Trabalho


(CLT), busca estabelecer diretrizes claras que protegem os direitos dos trabalhadores,
garantindo condições dignas de trabalho e a valorização do indivíduo. No entanto, é importante
destacar que ao longo da história, nem sempre a regulamentação trabalhista foi igualitária,
havendo disparidades entre diferentes categorias de trabalhadores. A busca por igualdade entre
essas categorias é fundamental para assegurar a justiça social.

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Analisamos também as consequências da reforma trabalhista do governo Temer, que trouxe
mudanças significativas para o mercado de trabalho no Brasil. Essa reforma buscou flexibilizar
as relações trabalhistas, proporcionando maior liberdade aos empregadores, mas acabou
aumentando a precarização do trabalho, reduzindo direitos e gerando insegurança para os
trabalhadores. A implementação e os impactos reais dessa reforma ainda são objeto de debate
e análise.

Além disso, discutimos o contexto das relações trabalhistas no Brasil no universo dos
chamados direitos sociais. Os direitos dos trabalhadores têm suas raízes nas concepções de
direitos naturais e jusnaturalismo, evoluindo ao longo da história com a preocupação crescente
com as questões sociais. A Constituição de 1988 foi um marco importante na ampliação dos
direitos e garantias fundamentais, consolidando a proteção aos trabalhadores.

Por fim, abordamos o contexto do Custo Brasil e seu impacto nas relações trabalhistas.
Esse conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas afeta as empresas e
compromete o ambiente de negócios, resultando em condições de trabalho precárias, falta de
investimentos e informalidade no mercado de trabalho. Para promover relações trabalhistas
mais saudáveis e equilibradas, é necessário buscar soluções para as dificuldades enfrentadas,
como a redução do peso dos encargos tributários e a simplificação da legislação trabalhista.

Em suma, a regulamentação do direito do trabalhador é essencial para a construção de uma


sociedade mais justa, equilibrada e inclusiva. Proteger os direitos e a dignidade dos
trabalhadores, promover a igualdade de oportunidades e garantir condições de trabalho
adequadas são pilares para o desenvolvimento sustentável de um país. É fundamental que a
regulamentação do direito do trabalhador seja uma prioridade nas agendas políticas e sociais,
visando sempre o bem-estar e a valorização dos trabalhadores.

6.0 REFERÊNCIAS

AMORIM, R.; GALIZA, M.; GONZALEZ, R.; PARREIRAS, L.; VAZ, F. Regulação das
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