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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Legislação Trabalhista do Brasil se formou sob influência das mudanças diante de vários
grupos sindicalista e políticos, a partir desse contexto formou-se e desenvolveu-se leis consolidadas
e atualizadas de acordo com as características trabalhistas individuais e coletiva de trabalho.
É a legislação que reúne as principais normas trabalhista em aspectos gerais e especiais e
regula, as relações trabalhista. Conforme Bastos (2020):
fonte de um direito social assim considerado desde 1988- carrega em si muito da história
dos movimentos sociais e também muitos princípios através dos quais deve ser interpretada
e aplicada.
A Reforma Trabalhista operada pela entrada em vigor da Lei n.º 13.467/2017, buscou
atender a uma demanda premente no sentido de aperfeiçoar e adaptar os preceitos da legislação
trabalhista aos avanços da sociedade. Não se mostrava razoável, diante da própria evolução do
Estado Democrático de Direito, que as relações de emprego se mantivessem sob a égide de uma
legislação claramente defasada.
Nas palavras de Chahad (2017), “de fato, não era mais possível conviver com uma
legislação datada de 1943. O Brasil daquela época era rural e iniciante em sua industrialização,
condições nada assemelhadas ao Brasil de 2017”. Dentre as alterações sofridas podemos destacar:
horas de fato trabalhadas.Também será possível negociar salários por hora ou por
dia, em vez de pagamentos mensais.
Trabalho intermitente: Trata-se de uma modalidade em que o empregado pode ser
contratado para realizar uma atividade sem que haja uma jornada especifica. A
remuneração será apenas pelos períodos em que foram prestados os serviços. Nesse
regime os pagamentos dos demais direitos do trabalhador são assegurados.
Férias: As férias agora poderão ser usufruídas em até 3 períodos, desde que haja
concordância do empregado. Um desses períodos não poderá ser inferior a 14 dias, e
os demais inferiores a 5 dias corridos cada um. A nova lei proíbe que as férias sejam
dois dias antes ou depois do repouso remunerado, ou feriado. A maleabilidade na
concessão das férias deve agradar ambas as partes, pois irá ajudar no cronograma de
atividades da empresa. Essa regulamentação é importante pois dará uma maior
segurança jurídica ao empreendedor na hora de montar o seu negócio que opere de
maneira mais complacente.
Home Office: A atividade realizada fora do local de trabalho foi regulamentada com
a reforma, trabalhador e empregador deverão formalizar um contrato, especificando
as necessidades do empregador, período do trabalho remoto deve ser o mesmo
período que o trabalho nas dependências da empresa, despesas relacionadas com
água, luz, internet entre outras, deverão ser acordadas entre as partes. Do ponto de
vista do pequeno empresário, os custos com aluguel e outras contas fixas poderão ser
reduzidos, pois será possível praticar rodízio de empregados na sede da empresa.
Terceirização: Essa modalidade ainda que polêmica, possibilita ao empreendedor
terceirizar todas as atividades do seu negócio, tornando a relação entre empregado e
empregador mais transigente. Mas, o empreendedor deverá tomar alguns cuidados.
Não poderão ser contratados como sócios empregados que tenham sido demitidos no
período menor que 18 meses. O trabalhador deverá ser assegurado nas mesmas
condições aos empregados da empresa prestadora de serviços, desde que essas
atividades sejam executadas nas dependências da tomadora.
FONTE: Fonte: Lei Complementar 123 de 14/12/2006, atualizada pela Lei Complementar 139 de 10/11/2011.
Conforme Torres (2021) “o rendimento bruto anual de sua empresa é importante justamente
para decidir entre os regimes tributários disponíveis e qual deles melhor se aplicará à sua ME – o
Simples Nacional, o Lucro Real ou o Lucro Presumido”. Consideram-se microempresas ou
empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário.
Outra característica que é importante ressaltar é em consideração ao numero de funcionários
que sua empresa contempla.
Fonte: SEBRAE-NA/ Dieese. Anuário do trabalho na micro e pequena empresa 2013, p. 17.
Saber a quantidade de funcionários que a sua empresa irá precisar é crucial para identificar a
modalidade empresarial que se aplica a ela (MEI, ME OU EPP). Isso acontece porque as regras
trabalhistas podem variar de acordo com o tipo de empresa. Se o segmento for comércio e serviços
a quantidade de funcionários de uma microempresa pode ser até 9 empregados, diferente do
segmento da indústria que pode ter até 19 empregados.
A Reforma Trabalhista ainda que gere duvidas acerca de suas reais contribuições para as
empresas e seus colaboradores, pode ser entendida como um ponto positivo no que diz respeito ao
avanço na gestão empresarial e na gestão de pessoas, proporcionando meios que até pouco tempo
atrás não eram regulamentados, resguardando assim as organizações juridicamente.
(DOMINGUES, 2018)
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3. METODOLOGIA
Para a formulação desse trabalho, foi usada a pesquisa qualitativa, já que temos como
objetivo analisar os impactos da reforma trabalhista na gestão das microempresas, sobe a visão de
microempresários.
Pode-se dizer que a pesquisa tem ainda cunho exploratório, pois segundo Tumelero (2019),
visa proporcionar um maior entendimento do assunto em estudo, tendo como visão a possibilidade
de elaboração de hipóteses. Seu objetivo fica bem claro no seu conceito, que é explorar, esta se dá
por meio de levantamentos bibliográficos e ainda por entrevistas com pessoas que tiveram
experiências com o problema estudado.
Para a formulação da fundamentação teórica foi usado como base artigos científicos, textos,
livros, que serviram de suporte para a estrutura da temática apresentada, visto que o tema proposto é
um assunto aparentemente novo ainda, se faz necessário a abordagem de temas que levem a uma
melhor compreensão do tema exposto, como pequenas revisões acerca da história trabalhista
brasileira.
Para o levantamento dos dados foi realizado um formulário online e enviado para
microempresas de regiões distintas para serem feitas analises a respeito do conhecimento e
implicação das mudanças ocorridas pela Reforma Trabalhista no cotidiano das empresas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Para a realização dos estudos, foram realizadas pesquisas com 6 microempresários. Foi
aplicado a eles um formulário online de 11 questões a respeito dos impactos da reforma trabalhistas
na gestão de suas microempresas. Vale salientar que a aplicação desse formulário se deu no mês de
abril de 2021.
Em relação as características dos microempresários, metade eram homens e metade eram
mulheres, com idades entre 31 e 67 anos, com formação superior e pós-graduados. Em relação as
microempresas, estas possuiem atividades econômicas diversas, se enquadrando nos ramos de
comercio, serviços e indústria com tempos de existência que variam de 8 a 25 anos, e com o quadro
de funcionários de 1 a 2000 colaboradores.
Analisando as respostas do formulário, foi observado que muitos dos microempresários
possuem conhecimentos básicos a respeito da reforma trabalhista, nota-se nesse sentido que a busca
de informações precisa ser necessário para uma boa gestão de suas organizações.
Quanto as alterações ocasionadas pela reforma notou-se que pouco foram as mudanças
percebidas pelas instituições. Em relação a serem favoráveis ou não a essas mudanças, boa parte se
posicionam como favoráveis. Dentre as mudanças, as que tiveram maiores aceitações foram a
terceirização, a jornada de trabalho e o home office.
Quando questionados sobre como essas mudanças contribuem para a gestão das
microempresas, a maior parte citou como ponto positivo a flexibilização das negociações entre
patrões e empregados, essa forma garante a possibilidade abertura de mais vagas e geração de
empregos no ponto de vista deles.
Podemos destacar com tudo isso que por ser um assunto novo ainda, não foram observadas
reais mudanças que possam ser citadas como impactadoras na vida das organizações e que falta da
parte do microempresárias um pouco de conhecimento a respeito da legislação trabalhista e da
reforma, essa falta de informação pode ser um ponto crucial na gestão de suas empresas, pois
conhecer a fundo o tema gera consequentimento uma melhor relação entre empregados e
empregadores, proporcionando assim uma melhor gestão das pessoas e da própria entidade.
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REFERÊNCIAS
BASTOS, Athena. CLT Atualizada e Comentada: tudo sobre as Leis Trabalhistas no Brasil.
SAJ ADV, 3 mar. 2020. Disponível em: https://blog.sajadv.com.br/clt/. Acesso em: 4 jun. 2021.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. – 10 ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
MICROEMPRESA (ME): O que é, quais os limites e as vantagens. [S. l.]: Egestor, 31 mar. 2020.
Disponível em: https://blog.egestor.com.br/microempresa/. Acesso em: 6 maio 2021.
OS BENEFÍCIOS da reforma trabalhista para microempresas. [S. l.]: ZMB Advogados, 2020.
Disponível em: http://zmb.adv.br/os-beneficios-da-reforma-trabalhista-para-microempresas. Acesso
em: 6 maio 2021.
TORRES, Vitor. O que é uma microempresa? É a melhor escolha?. Blog da Contabilizei, 30 abr.
2021. Disponível em: https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/o-que-e-microempresa-
e-qual-a-diferenca-com-outros-tipos/. Acesso em: 8 jun. 2021.
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VEIGA, Aloysio Correa da. Reforma Trabalhista e Trabalho Intermitente. 2019. Artigo
disponível em:
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/150672/2019_veiga_aloysio_reforma_tra
balhista.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 01 de junho de 2021.