Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rita Tourinho
Doutoranda em direito pela UFBA. Mestre em direito público pela UFPE. Coordenadora
das Promotorias de Defesa da Moralidade Administrativa e do Patrimônio Público do
Estado da Bahia. Professora Assistente da UFBA. ORCID:
[orcid.org/0000-0002-0682-601X_]. ritaatourinho@gmail.com
1. Introdução
1
Conforme afirma Karl Marx , o processo de trabalho é uma atividade orientada a um
fim: a produção de valores de uso. Assim, da mesma forma que o sabor do trigo não nos
diz nada sobre quem o plantou, o processo de trabalho também não nos revela sob que
condições ele se realiza, se sob açoito brutal do feitor de escravos ou sob o olhar ansioso
do capitalista.
No que concerne à relação de emprego, para sua caracterização, são elencados cinco
elementos fático-jurídicos, quais sejam: trabalho realizado por pessoa física, a
pessoalidade (relação intuitu personae), a não eventualidade (a ideia da continuidade na
3
relação trabalhista), a onerosidade e a subordinação . Nesta perspectiva, o art. 3º da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (LGL\1943\5), estabelece que “considera-se
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
4
empregador, sob a dependência deste e mediante salário” .
Tal situação agrava-se quando a prática ocorre no âmbito da Administração Pública. Com
efeito, o Poder Público frequentemente firma contratos de gestão com entidades sem
fins lucrativos para prestação de serviços de saúde, fundamentados na Lei 9.876/98.
Essas entidades, por sua vez, se utilizam de profissionais instituídos como pessoas
jurídicas para a execução do contrato. Ocorre que alguns entes federados vêm
formalizando processos de credenciamento de pessoas jurídicas para prestação de
serviços médicos na rede própria, ou seja, administrada diretamente pelo Estado, que se
revelam como médicos ou outros profissionais de saúde, transformados em pessoa
jurídica para atuação, o que agrava a ilegalidade.
O modelo de flexibilização apareceu pela primeira vez na segunda metade dos anos
1970 nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, se espalhando pela Europa. O conceito de
“flexibilização” parecia particularmente adequado para reduzir os custos de produção e
de trabalho e para recuperar a perda nas margens de lucro do início da chamada crise
7
dos anos 1970 .
Segundo informa a ONU News, relatório lançado no ano de 2016 pela Organização
Internacional do Trabalho aponta o aumento global nos chamados “empregos atípicos”,
que englobam trabalhos temporários, subcontratos e autônomos. Entre as
recomendações expedidas, está a implementação de políticas que garantam a igualdade
11
de tratamento para todos os trabalhadores . Acrescenta-se que o Diretor do escritório
da OIT em Nova York, Vinícius Pinheiro, ao se manifestar sobre a situação dos empregos
atípicos no Brasil, afirmou que se observa a demissão de empregados para substituição
por pessoas jurídicas, principalmente nos setores de serviços e tecnologia,
prioritariamente por razões fiscais.
12
Eloisa Betti aduz que diversos estudos e inquéritos mostraram quantos trabalhadores
foram forçados a se tornarem “colaboradores”, formalmente trabalhadores autônomos,
para conseguir o trabalho, mesmo que eles frequentemente trabalhem como
empregados ou não tenham nenhum poder sobre suas condições de trabalho. Nessa
perspectiva, tem-se o fenômeno da “pejotização”, caracterizada como fuga à relação de
emprego, que vem se acentuando no país.
Aponta-se como marco normativo desse modelo o art. 129, da Lei 11.196/05
(LGL\2005\2739) – embora de incidência restrita aos âmbitos fiscal e previdenciária –,
que trata da prestação do trabalho intelectual por pessoa jurídica. Porém, tal dispositivo
remete ao art. 50 do Código Civil (LGL\2002\400), que aborda a desconsideração da
pessoa jurídica quando essa é utilizada com desvio de finalidade. Por outro lado, deve-se
considerar o parágrafo único do art. 3º da CLT (LGL\1943\5), que torna inadmissíveis
quaisquer diferenciações ou discriminações no tocante à espécie de emprego e à
condição do trabalhador, inclusive as relacionadas aos trabalhos intelectuais, desde que
constatada a configuração de relação de emprego, ante o preenchimento dos seus cinco
requisitos elementares, já expostos neste trabalho.
Assim, são inúmeras as decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, constatando fraude
na constituição de pessoas jurídicas, com o intuito de encobrir verdadeiras relações de
empregos, a exemplo:
No entanto, o § 1º, do art. 4º-A, da Lei 6.019/74 (LGL\1974\8) afirma que a empresa
prestadora de serviço dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores. Logo, se o
serviço for prestado com subordinação direta ao contratante, poderá caracterizar fraude.
Por outro lado, exige-se que a empresa contratada conte com empregados próprios para
a realização das atividades e não que estas sejam realizadas diretamente pelos “sócios”
da empresa, o que se conclui do quanto disposto no art. 4º-C do referido diploma legal.
Não se pode dispensar também a capacidade econômica da empresa, que deve ser
19
compatível com os compromissos da execução de cada contrato .
Vê-se que a “pejotização” esbarra nas características supra expostas, uma vez que as
atividades contratadas são realizadas pelos sócios da “pejota”, que não dispõe de
capacidade econômica com relação de subordinação com o tomador do serviço.
Note-se, ainda, que, de acordo com art. 9º da CLT (LGL\1943\5), consideram-se nulos
todos os atos praticados com o propósito de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação
da lei.
Quanto ao art. 442-B da CLT (LGL\1943\5), também introduzido pela Lei 13.467/17
(LGL\2017\5978), afirma que a contratação do autônomo, com ou sem exclusividade, de
forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado, uma vez cumpridas por
aquele todas as formalidades legais. No trabalho autônomo o trabalhador é responsável
pela organização dos fatores de produção para alcance do resultado, assumindo os riscos
decorrentes de tal organização. Diferente é o trabalho subordinado, que constitui um dos
fatores de produção organizado pelo empresário, que assume os riscos da atividade
21
econômica e se apropria dos seus resultados .
O disposto no artigo referido deve ser analisado em consonância com o art. 442, caput,
segundo o qual “o contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso,
correspondente à relação de emprego”. Logo, o aspecto formal do vínculo não pode ser
desvinculado do seu aspecto material, significando que, caso o trabalhador autônomo
preste serviço na forma constante dos arts. 2º e 3º, com subordinação, estará
caracterizada a relação de emprego.
22
remuneração fixa por horas trabalhadas .
O que se observa com uma certa frequência são iniciativas oriundas dos tomadores de
serviços, que estimulam ingressos de pessoas físicas no quadro societário de pessoas
jurídicas por eles determinadas, para que possam, a partir daí, utilizar a força do
trabalho, desprovida de obrigações trabalhistas.
Diversas circunstâncias podem ser agregadas com o propósito de demonstrar que tais
“pejotas” não são verdadeiras empresas, entre as quais destaca-se a não contribuição
com qualquer estrutura na unidade de saúde em que prestam serviços. Nestes casos, os
profissionais simplesmente vendem a sua força de trabalho.
29
Segundo Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho , as atividades de
atendimento hospitalar aparecem como setor econômico com maior número de
notificações de acidentes de trabalho. O percentual de 12% contabilizado no período de
2012-2018 corresponde ao total de 9.741 notificações. A “pejotização” nesse setor torna
a situação ainda mais grave, uma vez que o adoecimento de tais profissionais não se faz
acompanhar de afastamento remunerado. Aliás, uma vez afastados, ainda têm que
providenciar substituto para cobertura do plantão.
fundamental, entre aqueles estabelecidos no seu art. 6º. Em seguida, no título destinado
à ordem social, o art. 196 reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
O art. 199, por sua vez, trata da participação, de forma complementar, das instituições
privadas no Sistema Único de Saúde. Logo, a atuação do poder público pode ser
viabilizada por intervenção direta ou indireta, no segundo caso utilizando-se dos seus
instrumentais jurídicos para induzir que particulares executem atividades por meio da
regulação, com coercitividade, ou por intermédio do fomento, pelo uso de incentivos ou
31
estímulos a comportamentos voluntários .
Para que o ente federado preste diretamente o serviço de saúde, sujeito ao regime
jurídico de direito público, deverá constituir quadro próprio de pessoal, selecionado por
meio de concurso público, com fulcro no inciso II do art. 37 da CF (LGL\1988\3). Assim,
são criados cargos públicos nas diversas carreiras relacionadas aos serviços de saúde,
por meio de lei de iniciativa do ente interessado, com a consequente realização do
certame concursal, de provas ou provas e títulos. Os ocupantes de tais cargos
sujeitar-se-ão às normas constantes do Estatuto do Servidor Público correspondente.
Caso o recrutamento seja efetivado por pessoa jurídica integrante da Administração
Pública indireta, dotada de personalidade jurídica de direito privado, os selecionados
serão regidos pela CLT (LGL\1943\5). Esta última situação, ocorre, por exemplo, com as
fundações estatais, estabelecidas com fundamento no inciso XIX, do art. 37, da
Constituição Federal. No Estado da Bahia, bem como no Estado de Sergipe, foram
criadas fundações estatais voltadas à prestação de serviços de saúde. No caso da Bahia,
a fundação estatal atua na prestação de serviços relacionados ao Programa Saúde da
32
Família .
norma legal sobre a matéria. A Lei Federal 8.745/93 (LGL\1993\73), além dos requisitos
antes abordados, que devem ser adotados por leis estaduais e municipais para se
adequar ao dispositivo constitucional, estabelece ainda a exigência de processo seletivo
simplificado para o recrutamento, como forma de garantir o princípio constitucional da
impessoalidade. Quanto à natureza jurídica funcional dos contratados temporários, o
Superior Tribunal de Justiça já teve oportunidade de decidir, em processo de conflito de
competência, que esse tipo de contratação “não revela qualquer vínculo trabalhista
35
disciplinado pela CLT (LGL\1943\5)” .
É importante frisar que a situação de excepcionalidade não pode ser fruto de uma
omissão administrativa. Nesse Sentido, Celso Ribeiro Bastos, comentando o mencionado
dispositivo constitucional, afirma que
“[...] seria importante que a futura lei também deixasse certo que situação de
excepcionalidade resulta de circunstâncias imprevisíveis pela Administração. Em outras
palavras, é necessário que não tenha ela mesma, pela sua inércia, dado azo ao
36
surgimento, por exemplo, de uma hipótese de urgência.”
O cenário pandêmico mundial vivenciado com a Covid-19, exigindo dos governos ações
compatíveis com a gravidade da situação, justifica a realização de contratações
temporárias de profissionais do setor de saúde para atuação no enfrentamento da
doença. Saliente-se que o § 1º, do art. 3º da Lei 9.745/93, com redação dada pela Lei
12.314/10 (LGL\2010\1567), determina que as contratações para atender as
emergências em saúde pública prescindem de processo seletivo. Logo, a contratação
temporária de profissionais de saúde em situação de excepcionalidade é tolerada pelo
regime constitucional pátrio, embora não seja o caminho mais trilhado na atualidade.
De acordo com a Lei 9.637/98 (LGL\1998\93), são áreas de atuação das organizações
sociais o ensino, a cultura, a pesquisa científica, a saúde, o meio ambiente e o
desenvolvimento tecnológico. Este modelo foi criado com o propósito de absorver
serviços não exclusivos do Estado, como ocorre com os serviços de saúde. Atualmente,
diversos hospitais públicos são geridos por organizações sociais, por meio de
formalização de tais contratos. Para enfrentamento da pandemia do coronavírus foram
criados hospitais de campanha, muitos dos quais com gestão transferida às organizações
40
sociais, via “contratos de gestão emergenciais” . Saliente-se que o Supremo Tribunal
Federal, em sessão plenária do julgamento da ADI 1.923, em 15.04.2015, que
questionou pontos controversos na Lei 9.637/98 (LGL\1998\93), decidiu pela
constitucionalidade da transferência para as OS’s das atividades relacionadas com o
art. 1º da Lei.
Existe um mito criado na esfera pública, segundo o qual a estabilidade no serviço público
mostra-se incompatível com o princípio da eficiência.
julgado” (inciso I, do § 1º, do art. 41), “processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa” (inciso II) ou, por fim, “mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa”
(inciso III do art. 41). São requisitos para aquisição da estabilidade: a aprovação em
concurso público, a nomeação para cargo de provimento efetivo e cumprimento de três
anos de efetivo exercício.
Recurso constantemente utilizado por entes federativos no nosso País para solucionar
problemas relacionados à execução dos serviços de saúde é a terceirização de mão de
obra.
Segundo determina o art. 3º, IV, da nova normativa, não serão objeto de execução
indireta na Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, os serviços
“que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão
ou da entidade, exceto disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo
Página 11
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
Para realizar a contratação direta de tais pessoas jurídicas, muitos entes administrativos
utilizam o procedimento de credenciamento. Segundo o Tribunal de Contas da União, o
credenciamento, em linhas gerais, permite que o poder público firme contratação com
Página 12
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
Tal modelo, hoje constante da Lei 14.133/21 (LGL\2021\4412), é tratado pela legislação
como hipótese de inexigibilidade de licitação (art. 74, IV) e como procedimento auxiliar
(art. 78). Por meio dessa figura jurídica, o Estado não pretende contratar com um único
fornecedor, mas sim estabelecer vínculo com todo aquele que se disponha a prestar a
atividade, objeto do edital. Na prestação de serviços de saúde, encontra respaldo legal o
credenciamento de hospitais para fornecimento de serviços do Sistema Único de Saúde.
50
Nesta situação, quem escolhe quem presta o serviço é o usuário do sistema .
A ilegalidade é acentuada quando se verifica que tal modelo também possui como
objetivo a burla à Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que, na prática, muitas vezes
as despesas realizadas com a contratação das “pejotas” não são computadas como
51
“despesas de pessoal” e sim como “prestação de serviços”, violando o art. 20 da Lei
Complementar 101/2020, que fixa os limites aos gastos de pessoal. Saliente-se que o
referido diploma legal, atento à realidade brasileira, determinou no art. 18, § 1º, da Lei,
que os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à
substituição de servidores e empregados públicos devem ser contabilizados como “outras
despesas de pessoal”, acrescentando o art. 64 que o quanto fixado no art. 18, § 1º,
aplica-se exclusivamente para fins de cálculo do limite de despesa total com pessoal,
independentemente da validade do contrato.
A população, mais uma vez, torna-se a maior vítima das ilegalidades e intemperanças da
gestão pública. A situação posta requer análise acurada e providências imediatas dos
órgãos de controle. O “efeito dominó” da “pejotização” alcança os usuários do SUS, que
também sofrem com a precariedade dos vínculos estabelecidos por meio desse modelo,
pela ausência ou troca de profissionais, que os impedem de criar relação de segurança
Página 13
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
8. Considerações finais
A “pejotização” vem sendo utilizada nos últimos anos, principalmente na área de saúde,
com destaque para os profissionais médicos, considerando uma crescente tendência dos
estabelecimentos de saúde a exigir que o médico faça uma inscrição de CNPJ para que
seja contratado, ou seja, trabalhadores contratados na condição de pessoa jurídica, para
exercer atividades idênticas àquelas desempenhadas pelos empregados contratados pelo
regime da CLT (LGL\1943\5) no mesmo estabelecimento.
Tal modelo traz grande insegurança para os profissionais que, na posição de “sócios” de
pessoas jurídicas, laboram sem garantia de direitos trabalhistas e previdenciários, tendo
que arcar com as despesas provenientes da pessoa jurídica, como o contador, o
pagamento de impostos e contribuições de abertura, manutenção e encerramento da
firma, além de assumir os riscos de um negócio que não tem razão de existir.
9. Referências
BETTI, Eloisa. Gênero e trabalho precário em uma perspectiva histórica. Disponível em:
[outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2017/11/03_Betti_2017.pdf].
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A Nova Razão do Mundo: ensaio sobre a sociedade
neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2014.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
MÂNICA, Fernando Borges. O Setor Privado nos Serviços Públicos de Saúde. Belo
Horizonte: Fórum, 2010.
MARQUES NETO, Floriano de Azevedo. Concessão de serviço público sem ônus para o
usuário. In: WAGNER, Júnior. Direito Público: estudos em homenagem ao professor
Adilson Abreu Dallari. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política – Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013.
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. Trad. Wagner Giglio. São
Paulo: LTr, 2000.
SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. São Paulo: Malheiros.
2003.
1 .MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política – Livro 1. São Paulo: Boitempo,
2013. p. 292.
2 .DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
p. 295.
3 .DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
p. 297 a 306.
4 .Decreto-lei 5.452/1943.
6 .Termo criado por Henry Ford, em 1914, refere-se aos sistemas de produção em
massa e gestão. Trata-se de uma forma de racionalização da produção capitalista
baseada em inovações técnicas, visando à produção em massa, utilizando-se das linhas
de montagem e semi-automatizações.
10 .ABÍLIO, Ludmila Costhek. Sem maquiagem. São Paulo: Boitempo, 2014. p. 78.
11 .UN. OIT quer melhorar qualidade de empregos atípicos. ONU News: Perspectiva
Global Reportagens Humanas. 14 de novembro de 2016. Disponível em:
[news.un.org/pt/audio/2016/11/1189931]. Acesso em: 19.04.2021, às 13:25 horas.
Página 16
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
15 .DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
p. 502 a 503.
16 .DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
p. 503.
18 .“Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com
empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive
sua atividade principal.”
Página 17
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
30 .MÂNICA, Fernando Borges. O Setor Privado nos Serviços Públicos de Saúde. Belo
Horizonte: Fórum, 2010. p. 13.
33 .DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; MOTTA, Fabrício; FERRAZ, Luciano do Araújo.
Servidores públicos na Constituição de 1988. São Paulo: Atlas, 2011. p. 72.
34 .Segundo José Afonso da Silva, norma de eficácia limitada é aquela que possui “[...]
aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre
interesses, após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade” (Cf.
SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. São Paulo: Malheiros.
2003. p. 139).
35 .Agr. Regim. No Conf. Compet. 38.459-CE, 3ª Seção, Rel. Min. José Arnaldo da
Fonseca, j. em 22.10.2003.
Página 18
A “pejotização” como precarização do vínculo trabalhista
e sua indevida utilização pela Administração Pública na
prestação dos serviços de saúde
38 .MARQUES NETO, Floriano de Azevedo. Concessão de serviço público sem ônus para
o usuário. WAGNER, Júnior. Direito Público: estudos em homenagem ao professor
Adilson Abreu Dallari. Belo Horizonte: Del Rey, 2004. p. 337.
47 .“É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas
jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas,
mantida a responsabilidade subsidiária da empresa contratante.”
Página 20