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Rio de Janeiro
2019
2
EM VIRTUDE DA TERCEIRIZAÇÃO
Rio de Janeiro
2019
RESUMO
SUMÁRIO
1.1. Introdução. 2. Desenvolvimento. 2.1. Movimentos do trabalho e significados.
2.1.1. Significado de trabalho. 2.1.2. Direito do trabalho. 2.2. Movimentos de
organização do trabalho em face do processo de globalização e flexibilização. 2.2.1.
Organização do trabalho. 2.2.2. Normas garantidoras de direitos fundamentais. 2.3.
Evolução histórica da terceirização. 2.3.1. A terceirização no Brasil. 2.3.2. Natureza
jurídica da terceirização. 2.4. A súmula nº 331 do TST. 2.4.1. Atividade meio x atividade
fim. 3. Conclusão. 4. Referências.
3
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
1
CAPELLA, Juan Ramón. Fruto proibido: uma aproximação histórico-teórica ao estudo do direito e
do estado. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002. p. 13-16.
2
URIARTE, Oscar Ermida. Aplicação judicial das normas constitucionais e internacionais sobre
direitos humanos trabalhistas. In: Revista do TST, Brasília, vol. 77, n. 2, abr/jun 2011. p. 133-45.
6
3
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2009. p. 53.
4
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e
toyotismo. 3. Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013. p. 15.
5
FERRARI, Irany. História do trabalho, do direito do trabalho e da justiça do trabalho. São
Paulo: LTr, 1998. p. 14.
6
OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do trabalho. São Paulo: Bomlivro, 1987. p. 6.
7
7
OLIVEIRA. Op. Cit. p. 6.
8
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 3.
9
CARMO, Paulo Sérgio do. A ideologia do trabalho. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1993, p. 15.
10
OLIVEIRA. Op. Cit. p. 6.
11
CARMO, Paulo Sérgio do. Op. Cit. p. 15.
8
16
BIRNE. Op. Cit. p. 22.
17
MOCELIN, Daniel Gustavo. Redução da jornada de trabalho: em nome da quantidade ou da
qualidade do emprego? Disponível em: <http://www.ufrgs.br/ppgsocio/Mocelin_Simpe.pdf>. Acesso
em 02 jun. 2019. Este foi adaptação livre e incrementada do modelo apresentado pelo autor Dal
Rosso na obra DALROSSO, S. O Debate sobre a redução da Jornada de Trabalho. São Paulo:
Coleção ABET, 1998. p. 308.
10
18
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria geral do direito do
trabalho: relações individuais e coletivas do trabalho. 24 ed. Ver. Atual e ampl. São Paulo: Saraiva
2009. p.381.
19
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de direito do trabalho. 3 ed. atual. São Paulo: LTr, 2014.
p.30.
20
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21 ed. São Paulo: Editora LTr, 2003. 1
v. p.144.
21
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito do trabalho: Teoria geral e direito individual do
trabalho. Curitiba: Juruá, 2000. p.39.
22
NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf>. Acesso em 02 jun. 2019.
11
23
URIARTE, Oscar Ermida. A flexibilidade. São Paulo: LTr, 2002. p.111.
24
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. p.
10.
25
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaios sobre a afirmação e negação do trabalho.
2 ed. São Paulo: Boitempo, 2009. p. 37
12
26
PINTO, Geraldo Augusto. Op. Cit. p. 16.
27
ANTUNES. Op. Cit. 2009. p. 37.
28
SOUZA, Nair Bicalho de. Trabalhadores pobres e cidadania: a experiência da exclusão e da
rebeldia na construção civil. Uberlândia: EDUFU, 2007. p. 146.
13
classe”, que nesse sentido, corroboram para a construção do sujeito coletivo, pois
desprezado em sua dignidade no dia-a-dia do trabalho.
Como bem observado por Márcio Túlio Viana 29, a concentração do trabalho
organizado em grandes fábricas, que em períodos pretéritos era mais difusa, teve o
efeito de reunir os trabalhadores em um mesmo ambiente por necessidades das
mais variadas. Por outro lado, essa mesma reunião fez com que os mesmos se
unissem em prol de condições melhores de trabalho e assim surgiu o sindicato.
Esse fato histórico, assim como o vasto império colonial inglês de que
dispunha, a descoberta de novas fontes de energia, espalhadas aos demais países
em meados do século XIX, configuraram o que se chamou de “Segunda Revolução
Industrial”.30
A concentração dos trabalhadores em fábricas se deu em um processo lento
e gradativo, que não é o foco principal da pesquisa, mas que será de algum modo
discutido. Conforme Edgar de Decca 31, a partir do século XVI ocorre uma
“transformação moderna do significado da própria palavra trabalho” e que passa a
ter um sentido positivo. Ele está fazendo referência aos pensadores modernos que
colocaram o trabalho como a fonte de toda propriedade e riqueza (Locke e Adam
Smith). De certo modo, ainda que no campo teórico, mas que se tornariam viáveis
por meio do poder político e jurídico estatal a partir da criação do “sujeito de direitos”.
Segundo Decca32, “a dimensão crucial dessa glorificação do trabalho
encontrou suporte definitivo no surgimento da fábrica mecanizada”, assim
contribuindo para que o capitalista alimentasse “ilusões de que a partir dela não há
limites para a produtividade humana”. Fato esse que deu ensejos à aplicação do
trabalho como uma “dimensão ilimitada da produtividade humana”, mas que acabou
encontrando resistência dos trabalhadores (greves, etc.), como de pensadores do
século XIX (materialismo histórico de Marx), que passaram a criticar as bases do
Estado moderno liberal.
Os impulsos da revolução industrial são, então, mais sentidos já em meados
do século XX e observados como de grande avanço tecnológico. Seguindo o
29
VIANA. Op. Cit. p. 24-26
30
TRINDADE, José Damião de Lima. História social dos direitos humanos. São Paulo: Peirópolis,
2002. p. 83.
31
DECCA, Edgar Salvadori de. O nascimento das fábricas. São Paulo: Basiliense, 1987. pp. 9 – 28.
32
DECCA. Idem. p. 13.
14
servidão”.
Em outras palavras, depreende-se que as relações sociais humanas
decorrentes do trabalho são fruto dessa interação entre as relações entre os
próprios humanos e suas forças produtivas. Em relação ao sentido moderno, ou até
contemporâneo, Geraldo Augusto Pinto36, ao comentar sobre a organização do
trabalho a partir das revoluções industriais, no intuito de dar ênfase ao modelo
33
DECCA. Op. Cit. p. 13.
34
FONSECA, Ricardo Marcelo. Introdução teórica à história do direito. 1ª ed. Curitiba: Juruá,
2012. p. 39
35
MAEDA, Patricia. A era dos zero direitos: trabalho decente, terceirização e contrato zero-hora.
São Paulo: LTr, 2017. p. 15.
36
PINTO. Op. Cit. p. 16.
15
Lugares para tal, como referido pelo autor acima, tem significado porque o
processo produtivo foi paulatinamente transferido para o ambiente das fábricas,
primeiro em razão do aperfeiçoamento do chamado “putting-out system”, pois este
ainda era um sistema em que o trabalhador detinha em seu poder os processos de
trabalho no ambiente doméstico, mas que dependia do capitalista para o
fornecimento da matéria-prima e intermediação com o mercado. Mais tarde, o
capitalista, deduzindo que esse sistema lhe causava prejuízos, procurou concentrar
os trabalhadores em fábricas, conforme Edgar de Decca37.
O fato é que o trabalho sempre foi uma forma de relacionamento social e
com consequências práticas. Conforme já explicitado anteriormente, explica Geraldo
Augusto Pinto38 que “o trabalho, em seu sentido amplo – como um conjunto de
atividades intelectuais e manuais, organizadas pela espécie humana e aplicadas
sobre a natureza” pareceu nunca ter deixado de ser realizado por homens e
mulheres – acrescente-se à citação, obviamente, também por crianças –, ao longo
da história, que no capitalismo moderno, pode ser representado pelo trabalho
assalariado.
É oportuno ponderar que o período em análise é concebido sobre os ideais
liberais da revolução francesa. Jorge Luiz Souto Maior 39, após discorrer sobre as
transições ocorridas a partir do humanismo, do racionalismo e sobretudo do
iluminismo, é que se configura “a base da cultura liberal, que deu sustentação ao
poder político da burguesia e favoreceu o desenvolvimento do capitalismo como
projeto econômico e de poder da nova classe dominante, a classe burguesa”.
Conforme Souto Maior40, comentando sobre as ideias liberais, vigorava a de
que o Estado tem como “finalidade primordial” a proteção de um direito natural e
37
DECCA. Op. Cit. p. 19.
38
PINTO. Op. Cit. p. 20.
39
MAIOR, Jorge Luiz. Curso de direito do trabalho: teoria geral do trabalho. Vol. I. Parte I. São
Paulo: LTr, 2011, p. 104
40
MAIOR. Idem. p. 97.
16
divino, ou seja, a propriedade, já que “Deus cria o mundo e é seu proprietário”, como
o “homem é criado à imagem e semelhança de Deus, nada mais certo que o homem
possua assim, “uma tendência natural e divina em adquirir propriedades”, e que,
“sendo todos livres e iguais”, todos “os trabalhadores que não conseguem tornar-se
41
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: LTr., 2010, p. 82.
42
DELGADO. Op. Cit., p. 82.
43
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013, p. 21-21.
Apud MAEDA, Patricia. A era dos zero direitos: trabalho decente, terceirização e contrato zero-hora.
São Paulo: LTr, 2017. pp. 15-19.
17
44
SILVA, Laercio Lopes da. A terceirização e a precarização nas relações de trabalho: a atuação
do juiz na garantia da efetivação dos direito fundamentais nas relações assimétricas de poder: uma
interpretação crítica ao PL n. 4.330/2004. São Paulo: LTr, 2015. p. 25.
45
SILVA. Op. Cit. pp. 15-19.
46
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 03 jun.
2019.
18
presta-se a garantir aos indivíduos o mínimo existencial para que possam viver de
forma digna, bem como, na seara trabalhista, tenha sua dignidade respeitada em
todas as relações laborais.
Existe assim, numa relação fático-jurídica, um panorama acerca da
interação entre as relações de trabalho e os direitos fundamentais, envidado
exatamente no intuito de delimitar e garantir a aplicação de certos critérios em que
os operadores de direito da área devem atuar.47
Isto porque, conforme entende Delgado48, Direitos Fundamentais são
prerrogativas ou vantagens jurídicas estruturantes da existência, afirmação e
projeção da pessoa humana e de sua vida em sociedade.
Desta maneira, a relação do Direito do Trabalho com os princípios
fundamentais demonstra-se real e necessária, pois outra não pode ser a conclusão
acerca do tema, de acordo com explana Sarlet49 os direitos fundamentais são
imprescindíveis para a dignidade da pessoa.
Os direitos fundamentais devem abranger todos os direitos laborais
contemplados em sede constitucional e infraconstitucional, pois, do contrário,
predominaria a visão arcaica e simples do direito Trabalhista 50, de forma que a
flexibilização, mesmo com suas diretrizes de alteração dos direitos já garantidos por
lei, deverão ser controladas e limitadas à luz da Constituição.
Nos dizeres de Luís Roberto Barroso51:
47
BELTRAMELLI NETO. p. 65.
48
DELGADO, Maurício Godinho. Direito coletivo do trabalho. 7. ed. ver. atualiz: São Paulo. 2017. p.
657.
49
SARLET, Ingo Wolfgang. Direito fundamental ao meio ambiente de trabalho saudável. Revista do
Tribunal Superior do Trabalho, Brasília, vol. 80, no 1, jan/mar 2014, p.57.
50
BELTRAMELLI NETO. Op. Cit. p. 65.
51
BARROSO, Luiz Roberto. Fundamentos teóricos e filosóficos do novo direito constitucional
brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar, 2005. p.67.
19
Estado, dos órgãos judiciários, da classe empresária ou dos próprios cidadãos como
entes integrantes da sociedade,
Os pressupostos inerentes aos princípios da dignidade da pessoa humana e
da razoabilidade devem orientar os demais princípios aplicáveis ao caso concreto,
particularmente na esfera das relações de trabalho, em que a atividade remunerada
é alçada à própria condição de existência do homem. 52
Vale frisar ensinamento pertinente de Vólia Bomfim Cassar 53 nesse sentido:
“forçoso concluir que todos os direitos trabalhistas previstos na lei são indisponíveis,
imperativos, cogentes. Somente poderão ser disponibilizados quando a própria lei
autorizar sua disponibilidade”.
Entre as hipóteses constitucionalmente previstas de flexibilização no âmbito
juslaboralista, pode-se depreender que três são os incisos especificamente dirigidos
pelo legislador constituinte afetos à matéria.
Os artigos 7°, 8°, 9°, 10° e 11° da CF54 tratam de assuntos adstritos ao
direito do trabalho como um todo, ora declarando garantias, tratando da formalização
e instituição sindical entre outros.
Já os incisos VI, XIII e XIV do artigo 7° 55, são aqueles que estabelecem os
limites constitucionais autorizadores da relativização dos direitos trabalhistas
mediante acordo prévio em negociação coletiva.
Note-se que a norma fundamental determinou as possibilidades de
relativização dos direitos sociais na esfera juslaboral e a forma em que estas
alterações legislativas e sua aplicabilidade podem ocorrer, desde que respeitado os
princípios inerentes ao trabalhador.
O Legislador elegeu a negociação coletiva como instrumento hábil a validar
e promover a flexibilização, desde que respeitando-se as garantias fundamentais do
trabalhador e sua dignidade, tornando-se o instrumento promotor da flexibilização no
Direito do Trabalho.56
Ocorre que, atualmente, o empresariado, visando “enxugar” os direitos
52
CUNICO, Dayane. Souza.; OLIVEIRA, Lourival José. de. Os limites da flexibilização no direito do
trabalho sob uma perspectiva constitucional. Revista Ciências Jurídicas. Soc. UNIPAR. Umuarama.
v. 14, n. 1, p. 23-44, jan./jun. 2011. Disponível em:
<http://revistas.unipar.br/index.php/juridica/article/viewFile/4128/2573>. Acesso em: 5 jun 2019.
53
CASSAR, Vólia Bomfim. Princípio da irrenunciabilidade e da intransacionalidade diante da
flexibilização dos direitos trabalhistas. Revista LTr. São Paulo: LTr, 2006, p.79.
54
BRASIL. Op. Cit.
55
BRASIL. Op. Cit.
56
CUNICO; OLIVEIRA. Op. Cit.
20
57
CASSAR. Op.cit. p.27.
58
BRASIL. Op. Cit.
59
MARTINS, Sergio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. – 12. ed. rev. e ampl. – São
Paulo: Atlas, 2012. p.11.
21
60
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002. p. 417.
61
CASTRO, Rubens Ferreira. A Terceirização no Direito do Trabalho. São Paulo: Malheiros, 2000.
p. 75.
62
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
p. 286.
22
quais dedicavam-se a atividade por meio de outras empresas que forneciam peças
de carros e a empresa principal realizava apenas a montagem do veículo. 63
Na década de 1940 com a elaboração da Consolidação das Leis de
Trabalho (CLT)64, a terceirização não era constituída como um fator abrangente aos
termos do trabalho contribuindo para que o legislador regulamentasse apenas duas
normas para a chamada subcontratação, sendo a primeira a empreitada e segundo
a subempreitada, conforme art. 455, e pequena empreitada pelo artigo 652,
regulamentada pelo Código Civil Brasileiro de 200265 em dispositivos legais nas
primeiras décadas da evolução no ramo jus trabalhista no Brasil.66
Sobre a falta de norma regulamentadora, MaurÌcio Godinho Delgado 67
explica que ocorre em razão de fato social da terceirização não ter grande
significado socioeconômico nos impulsos de industrialização experimentados pelo
país nas distintas décadas que se seguiram a acentuação industrializante iniciada
nos anos de 1930/40, a terceirização está presente em nossa legislação sobre forma
de trabalho temporário, caracterizada pela atividade-meio das empresas tomadoras
de serviços, sendo estes serviços nas áreas de limpeza e segurança
regulamentados pelas leis 6.019/74 e 7.102/83, respectivamente.
Essa mudança no padrão de terceirização é chamada por Márcio
Pochmann68 de superterceirização do trabalho. “Percebe-se, portanto, que a partir
do novo ambiente econômico de liberalização comercial e financeira aprofundado
pelo Plano Real, houve importante constrangimento interno à expansão produtiva.”
Naquela oportunidade, as empresas de terceirização de mão-de-obra
apresentaram-se como mais uma possibilidade de redução de custos do trabalho.
Com esse objetivo, ganhou dimensão crescente a superterceirização. Ou seja, a
terceirização da mão-de-obra cada vez mais vinculada ao exercício de atividade-fim
nos setores de atividade e negócios da economia nacional.69
63
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 5. ed. rev., ampl. e atual. Niterói: Impetus, 2011. p.
536.
64
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452compilado.htm>. Acesso em 03 jun. 2019.
65
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em 03 jun. 2019.
66
QUEIROZ, Carlos Alberto Ramos Soares de. Manual de Terceirização. 4 ed. São Paulo, STS,
1992. p. 25
67
DELGADO. Op. Cit. p. 429.
68
POCHMANN, Márcio. Debates contemporâneos, economia social e do trabalho. 2: a
superterceirização do trabalho. São Paulo: Ltr, 2008. p.57.
69
CARELLI, Rodrigo de Lacerda. Formas atípicas de trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2010. p. 48.
23
70
PASTORE, José. Terceirização: uma realidade desamparada pela lei. Revista do Tribunal
Superior do Trabalho, Brasília, v. 74, n. 4, out./dez. 2008. p.78.
71
MARTINS, Sergio Pinto. Curso de Direito do Trabalho. 4. ed. São Paulo: Dialética, 2005. p.26.
72
MORAES, Evaristo de e MORAES, Antonio Carlos Flores de. Introdução ao Direito do Trabalho.
São Paulo: LTR, 2010. p.316.
73
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Ltr, 2003. p.430.
24
74
SENA, Adriana Goulart de. In: Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. n. 63,
Belo Horizonte, MG, Brasil, Ano 1, n. 1, 1965/2001, p.47.
75
CASTRO. Op. Cit. p.83.
76
MARTINS. Op. Cit. p.25.
77
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 331. Disponível em
<http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_301_350.html#SUM-331>.
25
82
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr, 2011, p. 426.
83
PINTO, Almir Pazzianotto. “Ele disse”. Correio Braziliense, Brasília, 9 set. 2014. p. 11.
84
BRASIL. Op. Cit.
85
PINTO. Op. Cit. 11.
86
MANNRICH. Op. Cit. p.186.
87
MANNRICH. Idem. p. 186.
88
PINTO. Op. Cit. p. 29.
27
Alguns dispositivos nos socorrem nesta tentativa de definição, ainda que por
analogia. A citar o artigo 580 da CLT, em seu parágrafo 2º90, que entende por
atividade preponderante (ou fim) a que caracterizar a unidade de produto, operação
ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam,
exclusivamente em regime de conexão funcional.91
Não existem parâmetros bem definidos do que sejam Atividade-Fim e
Atividade-Meio, muitas vezes quando levadas a juízo ambas confundem-se, ficando
a cargo do juiz defini-las.92
Carolina Pereira Marcante93 esclarece uma mudança no conceito mais
antigo de Atividade-fim, para o dos dias atuais, concorda-se que a terceirização na
atividade-fim está muito próxima da ilicitude, uma vez que, nesses casos, é dificílimo
se provar a ausência da subordinação direta. Há de se ponderar, todavia, que o
conceito de atividade-fim está relativizando. As empresas estão cada vez mais
especializadas. Hoje, é possível se afirmar que existem fabricantes das mais
variadas peças de automóveis, bem como existem companhias voltadas apenas
para a montagem de tais peças. Logo, ao se julgar sobre a licitude da terceirização
na atividade-fim, é primordial ter-se em mente a especialização do mercado e
89
MARTINS. Op. Cit. p.139.
90
BRASIL. Op. Cit.
91
SCHAPIRO, Mario Gomes. Repensando a relação entre estado, direito e desenvolvimento: os
limites do paradigma do rule of law e as alternativas intitucionais. Revista de Direito GV n. 6: São
Paulo, 2016.
92
ABDALA, Vantuil. Terceirização: atividade-fim e atividade-meio – responsabilidade subsidiária do
tomador de serviços. Revista LTr, 2016, p.128.
93
MARCANTE, Carolina Pereira. A responsabilidade subsidiária do Estado pelos encargos
trabalhistas decorrentes da contratação de serviços terceirizados. Teresina, 2014. Disponível
em: <http://www.sindetur.com.br/circular06_012.htm>. Acesso em: 02.jun.2019.
28
94
VALLE, Regina do. EJNISMAN, Marcela. GÔMARA, Marcelo. Aspectos Trabalhistas da
Terceirização. São Paulo, 2015. Disponível em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/terceirizacao.htm>.Acesso em: 03.jun.2019.
95
DELGADO. Op. Cit. p. 440.
96
VALLE. Op. Cit. p. 441.
97
SCHAPIRO. Op. Cit.
29
98
BRASIL. Op. Cit.
99
CASSAR, Vólia Bomfim; BORGES, Leonardo Dias. Comentários à Reforma Trabalhista – Lei
13.467, de 13 de Julho de 2017. São Paulo: Método, 2017. p.102.
100
DRUCK, Graça; BORGES, Ângela. Terceirização: balanço de uma década. Disponível em
<https://portalseer.ufba.br/index.php/crh/article/view/18604>. Acesso em 05.jun.2019.
101
BRASIL. Op. Cit.
30
102
BOAVENTURA, José. Experiências com a terceirização. In: DRUCK, Graça; FRANCO, Tânia
(org.). A perda da razão social do trabalho: terceirização e precarização. São Paulo: Boitempo, 2007.
p. 201.
103
BRASIL. Op. Cit.
104
BRASIL. Op. Cit.
105
BRASIL. Idem.
31
face de qualquer das empresas, sem correr o risco de sua ação ser julgada
improcedente.
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr,
2009.
CARELLI, Rodrigo de Lacerda. Formas atípicas de trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr,
2010.
34
CARMO, Paulo Sérgio do. A ideologia do trabalho. 4. ed. São Paulo: Moderna,
1993.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 5. ed. rev., ampl. e atual. Niterói:
Impetus, 2011.
DECCA, Edgar Salvadori de. O nascimento das fábricas. São Paulo: Basiliense,
1987.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo:
LTr, 2011.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Ltr,
2003.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: LTr.,
2010.
DELGADO, Maurício Godinho. Direito coletivo do trabalho. 7. ed. ver. atualiz: São
Paulo. 2017.
MAEDA, Patricia. A era dos zero direitos: trabalho decente, terceirização e contrato
zero-hora. São Paulo: LTr, 2017.
MAIOR, Jorge Luiz. Curso de direito do trabalho: teoria geral do trabalho. Vol. I.
Parte I. São Paulo: LTr, 2011.
MARTINS, Sergio Pinto. Curso de Direito do Trabalho. 4. ed. São Paulo: Dialética,
2005.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013,
p. 21-21. Apud MAEDA, Patricia. A era dos zero direitos: trabalho decente,
terceirização e contrato zero-hora. São Paulo: LTr, 2017.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do trabalho. São Paulo: Bomlivro, 1987.
36
PINTO, Almir Pazzianotto. “Ele disse”. Correio Braziliense, Brasília, 9 set. 2014.
QUEIROZ, Carlos Alberto Ramos Soares de. Manual de Terceirização. 4 ed. São
Paulo, STS, 1992.
TRINDADE, José Damião de Lima. História social dos direitos humanos. São
Paulo: Peirópolis, 2002.
VIANNA, Segadas [et al.]. Instituições de Direito do Trabalho. 13. Ed. São Paulo:
LTr, 1993.