Você está na página 1de 6

1

ESTUDO TERCEIRIZAÇÃO DO CONTRATO,


DIRIGIDO GLOBALIZAÇÃO E FLEXIBILIDADE

Arthur Moura
Cibele Oliveira
Laís de Andrade
Marcus Vinicius RA: 112942
Susane Santos 1
Índice
Globalização.................................................................................................................................3
Globalização e terceirização.........................................................................................................3
Terceirização no Direito de Trabalho.......................................................................................4
Terceirização................................................................................................................................4
Definição..................................................................................................................................4
Aplicação..................................................................................................................................5
Considerações Finais....................................................................................................................6
Referências bibliográficas.............................................................................................................6

2
Globalização

Com sua base material na revolução informacional (também chamada de terceira


revolução tecnológica), o processo de globalização trouxe profundas alterações no
âmbito da produção, nas relações de trabalho, no comércio nacional e internacional,
nas finanças, na esfera política e em inúmeros aspectos da vida social.

Globalização e terceirização

A globalização permitiu a superação de fronteiras. “O fenômeno da globalização


marcou-se pela intensificação da comunicação humana, abrindo-se uma via, acima dos
Estados e Nações, através da qual se movimentaram a atividade econômica e, após
ela, a cultural e a política”.

Este fenômeno permite a troca de experiências e descobertas entre diferentes nações,


graças à comunicação possibilitada pela globalização, fazendo com que tudo no mundo
se integre, de modo que a maneira de viver década país não fica mais apenas nele, mas
sim externaliza-se e cada país do globo tem um pouco da mistura das outras nações. É
a transnacionalização possibilitada pela globalização.

A globalização, além de mexer com a sociedade em si, mudou o Direito. Claro,


sendo o Direito aquilo que tem como função solucionar conflitos ou tentar impedir
que eles aconteçam, por meio de suas normas jurídicas materiais e processuais, a
globalização, por óbvio, mexeu com o Direito. Foram adicionados à sociedade novos
conhecimentos, como a informática, a necessidade de preservação da natureza,
formas novas de sindicalismo, o que necessitou uma ampliação da tutela jurídica do
Direito.

O Direito do Trabalho tenta se adequar à realidade prática social, de forma que


cada vez mais deve se flexibilizar, pois o molde clássico bilateral (empregado-
empregador) não é predominante como outrora.
A terceirização é um dos motivos para essa flexibilização, pois, como tratado
anteriormente, o trabalhador terceirizado não labora para o tomador dos serviços,
mas sim para a empresa prestadora das atividades laborativas. A globalização foi
determinante neste processo de ascendência do molde terceirizante.
Já que o fenômeno da globalização como visto, trouxe uma gama de conhecimentos e
informações às pessoas e possibilitou a troca desses por meio da comunicação, as
empresas evoluíram com muito mais rapidez.

A globalização é uma causa determinante do surgimento do molde terceirizante


bastante utilizado hoje em dia, pois ninguém consegue obter todos os conhecimentos
possíveis permitidos por uma sociedade globalizada, tendo que, por conseqüência,
contratar terceiros para a melhora de sua produção.

3
Terceirização no Direito de Trabalho

Terceirização

A terceirização, assim como todos os fenômenos, tem suas causas na história. Sua
ascensão ocorre quando do surgimento e expansão da globalização. Esse fenômeno
terceirizante modifica a estrutura original do contrato de trabalho, qual seja a relação
bilateral empregado empregador, modelo este que nasceu na primeira relação de
emprego ocorrida no mundo. O modelo trilateral da terceirização permitiu inúmeros
avanços na economia e no modo de produção das empresas, facilitando seus serviços
e barateando seus custos de produção.

O produto final, por conta disto, tornou-se mais barato e acessível à população.
Dividida em terceirização lícita e ilícita, este fenômeno forma uma relação de emprego
entre a empresa terceirizante e o trabalhador terceirizado, pelo fato de que, ao laborar
para a empresa que presta serviços, o trabalhador terceirizado preenche todos os
cinco requisitos necessários à caracterização da relação de emprego, necessitando da
tutela jurídica aplicada a qualquer relação de emprego comum.

O trabalho temporário também é uma forma de terceirização, necessitando de tutela


jurídica específica. A responsabilidade pelo pagamento das verbas trabalhistas do
trabalhador terceirizado pode ocorrer pelo ente público ou privado, sendo que, em
geral, o tomador dos serviços terá responsabilidade solidária, caso for decretada a
falência da empresa prestadora dos serviços. Ademais, as conseqüências da
terceirização são, principalmente, a garantia, ao menos em tese, de um trabalho bem
feito, já que a empresa prestadora dos serviços é especializada naquele ramo, além do
barateamento da produção. De forma danosa ao trabalhador há a conseqüência do
tratamento antisonômico dado a estes obreiros se comparado aos trabalhadores
“comuns”.

Definição

“Uma filosofia de gestão em que se procura direcionar toda a atenção e o


conhecimento da empresa para o produto ou negócio que se constitui na sua atividade
principal. Tornando-a cada vez mais consolidada no seu ramo específico, e
terceirizando tudo aquilo que não contribua diretamente com a razão de ser da
organização. Definindo-a também como sendo a formação de uma associação entre
uma companhia principal e uma “terceira” empresa. Permitindo a delegação de
atividades ou processos, que embora sejam importantes, podem ser realizados de
forma mais eficiente por empresas especializadas”.

Saratt et al (2000) ressalta que a terceirização é uma ferramenta de administração,


utilizada como filosofia empresarial, que consiste na compra reiterada de serviços
especializados e que permite à empresa tomadora concentrar energia em sua principal
vocação. Uma outra definição do termo pode ser encontrada em Bonfiglioli (2006),
que define terceirização como uma prática moderna de gestão e um processo legítimo

4
de parceria entre empresas. Onde o prestador e o tomador de bens e serviços
interagem para melhorar a competitividade do tomador permitindo que este, cada vez
mais, se concentre na sua estratégia empresarial.

Princípios do Direito do Trabalho e a Terceirização

O Direito do Trabalho tenta se adequar à realidade prática social, de forma que cada
vez mais deve se flexibilizar, pois o molde clássico bilateral (empregado-empregador)
não é predominante como outrora.

No plano infraconstitucional as formas de flexibilização são muitas, mas as que


chamam mais a atenção é a súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, que regulou
o instituto da terceirização, que é uma contratação de trabalhadores através de uma
empresa interposta e a lei 6.019, de 1974, que tratou do Trabalho Temporário, (uma
forma de terceirização), que consiste em colocar trabalhadores à disposição de outras
empresas, temporariamente, objetivando atender a necessidade transitória de
substituição de seu pessoal. 

A política flexibilizadora das normas trabalhistas se deu para atender às determinações


de um processo globalizador que prometeu prosperidade econômica e a abertura de
diversos postos de trabalho com diminuição dos encargos trabalhistas.

A rigidez das normas trabalhistas vem sendo minimizadas. A maior parte da doutrina,
no entanto, alerta para que, ao se flexibilizar as normas, sejam respeitados os direitos
mínimos do trabalhador e que as negociações coletivas se façam mais presentes.

Aplicação

A terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da organização, definidas como


"atividade-meio", ou seja, aquelas em que não há participação direta dos empregados
terceirizados na formação do produto ou serviço final. Como exemplos: terceirização
da segurança (em empresas cujo objeto social não seja serviços de segurança),
contabilidade (exceto para organizações contábeis) e limpeza.

Para identificar as áreas que podem ser terceirizadas deve-se analisar criteriosamente
o contrato social das empresas e definir acertadamente a atividade-fim.
A CLT, no art. 581, § 2º dispõe que se entende por atividade-fim a que caracterizar a
unidade do produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais
atividades convirjam exclusivamente em regime de conexão funcional.

É ilegal a terceirização ligada diretamente ao produto ou serviço final, ou seja, a


atividade-fim. Excetuando-se a atividade-fim, todas as demais podem ser legalmente
terceirizadas.
A atividade-fim é a constante no contrato social da empresa, pela qual foi organizada.
As demais funções que nada têm em comum com a atividade-fim são caracterizadas
como acessórias, ou de suporte à atividade principal, as quais podem ser terceirizadas.

5
Considerações Finais

A terceirização é de fundamental importância, já que graças a ela é notável uma evolução na


relação de emprego que antes apenas se fazia presente pelo molde bilateral adotado pela CLT,
o processo de globalização, tornou possível a expansão da terceirização e conseqüentemente
resultou em uma gama de conhecimentos e troca de informações entre os países, de modo
que as empresas cresceram rapidamente, necessitando de mão de obra especializada
(terceirização) para estar à frente ou, ao menos, acompanhar a concorrência.

Referências bibliográficas

www.vestibular1.com.br/revisao/r336.htm

http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/perigosdeterceirizar.htm

www.scribd.com/doc/6582863/Contrato-de-TerceirizacaoPara-Empresas

Você também pode gostar