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Terceirização (português brasileiro) ou Outsourcing ou externalização (português europeu) [nt 1] é uma forma de
organização estrutural que permite a uma empresa privada ou governamental transferir a outra
suas atividades-meio,[nt 2] proporcionando maior disponibilidade de recursos para sua atividade-
fim,[nt 3] reduzindo a estrutura operacional, diminuindo os custos, economizando recursos e
desburocratizando a administração [2] para as empresas. Em alguns contextos distingue-se
terceirização de outsourcing. Geralmente, ambos os conceitos estão intimamente ligados à
subcontratação.[nt 4]
História
"Precisamos parar de terceirizar empregos: slogan de Bernie Sanders
Oportunamente, foi introduzida a ideologia downsizing, que resulta na redução dos níveis
hierárquicos, diminuindo o organograma e reduzindo o número dos cargos dentro das empresas,
bem como, as barreiras burocráticas, de forma que fossem agilizadas as tomadas de decisão. O
processo promoveu um perfil de empresa mais horizontal, e permitiu que as empresas
obtivessem uma evolução ao tentarem se tornar mais rápidas e eficientes. Como consequência, a
reorientação empresarial fez com que os empregadores chegassem à conclusão de que, para se
tornarem ainda mais eficientes, deveriam transferir para terceiros os encargos de execução de
atividades secundárias (meio), focando todos os esforços da empresa nas atividades principais
(fim). Com essa busca por formas mais eficientes de produção, entendeu-se que a divisão de
tarefas entre a empresa principal e a empresa prestadora de serviços, proporcionaria uma maior
divisão do trabalho e, consequentemente, um maior controle e foco individual das mais diversas
etapas de produção. De maneira prática, as atividades de “meio”, ou seja, atividades que não são
as atividades da finalidade do empregador, passariam a ser exercidas por prestadores de serviço,
permitindo que o empregador principal pudesse se dedicar em suas atividades de “fim”. Essa
mudança acarretou em resultados satisfatórios e ficou conhecida como outsourcing, ou
terceirização.
O processo de terceirização, no Brasil, não foi diferente, pois foi implantado de forma gradativa
devido à vinda das primeiras empresas de grande porte e multinacionais.[5]
Vantagens
Os exemplos de terceirização mais comuns relacionam-se com a prestação de serviços
específicos, como limpeza e segurança.
Desvantagens
Contratação da terceirização para atividades de finalização pode levar a perda de aptidões
e conhecimentos básicos do trabalhador, que não sabe ao certo o que está produzindo;
Falta de credibilidade por parte dos contratantes com empresas terceirização, que é
bastante ocorrente;
Contratos vagos e confusos, com falta de cláusulas fundamentais para a parceria;
Problemas de comunicação dentro da organização, a interpessoal e a interprofissional,
podendo ser causadas principalmente pela diferença entre as culturas em convívio;
Falta de controle sobre as atividades terceirizadas, pois não se deve perder o controle pelo
fato de ser terceirizado;
Cobrança excessiva por parte do contratante que visa a redução de custo, podendo
ocasionar perda de qualidade dos produtos e serviços tercerizados, afetando a satisfação
dos clientes;
Dependência do contratante com o fornecedor, através de contratos mal elaborados
obrigando a manter vínculos que podem ser indesejados;[10]
Causa aumento da rotatividade de mão de obra e nos níveis de desemprego. [11].
Crítica
Alguns autores afirmam que a terceirização na área de segurança pública é um retorno ao
feudalismo. Entretanto, o feudalismo é bom para o indivíduo, para startups pequenos, e para
empresas de médio porte que não podem se dar ao luxo de contratar os seus próprios empregados
especializados em segurança, neste caso, ser um vassalo tem suas vantagens. Por outro lado, para
grandes organizações, no entanto, é mais complicado. Essas organizações estão acostumadas a
confiar em outras empresas com funções corporativas críticas. As multinacionais estão
terceirizando sua folha de pagamento, preparação de impostos e serviços jurídicos há décadas.
Mas os regulamentos de uso de software muitas vezes exigem auditorias. Os senhores feudais
não permitem que os vassalos os auditem, mesmo que esses vassalos sejam grandes e poderosas
corporações. Eles podem cometer erros com a segurança, como aconteceu com a Apple,
Facebook e Photobucket[12]. Eles podem agir arbitrária e caprichosamente, como a Amazon fez
quando cortou os usuários Kindle que vivem no país errado. Uma empresa que terceiriza seus
dados e segurança para as empresas, mas recebe muito poucas garantias de proteção em troca, e
essas empresas têm muito poucas restrições sobre o que podem fazer e o contratante acaba com a
responsabilidade e perda.[13]
Não pode cobrir todas as atividades (as mesmas ou inteiramente semelhantes) que são
realizadas no espaço de trabalho;
Deve ser justificado por sua natureza especializada;
Não pode incluir o mesmo trabalho ou semelhante ao trabalho realizado pelo resto dos
trabalhadores contratados pelo cliente. [14]
Estados Unidos
Nos EUA, A lei federal não regulamenta as transações de terceirização especificamente. A lei
dos contratos geralmente é governada pelas leis dos estados, sujeita a quaisquer leis federais
aplicáveis (como leis de propriedade intelectual, imigração, controle de exportações e falência).
Certas indústrias, como a indústria da saúde, finanças e seguros são reguladas em nível federal
ou estadual, ou ambos. Essas regulações (e demais diretrizes regulatórias) frequentemente afetam
o conteúdo negociado das transações de terceirização, a ponto de as atividades terceirizadas
implicam obrigações regulatórias da entidade que contrata serviços terceirizados. Por exemplo,
transações terceirizadas envolvendo entidades sujeitas a leis federais financeiras (como leis do
sistema bancário) podem abordar certas obrigações regulatórias de compliance da entidade
financeira contratante, se as funções terceirizadas afetarem a capacidade da entidade financeira
de seguir requerimentos de informativos regulatórios, de auditoria, de privacidade e de proteção
de dados. [14]
Alemanha
Terceirização no Brasil
A maior causa do aumento da terceirização no Brasil e no mundo têm relação com a diminuição
dos custos com funcionários, pois o custo para as empresas acaba sendo menos quando contrata
mão de obra de terceiros, tendo eventuais gastos como: direitos trabalhistas, indenizações e
problemas de segurança do trabalho.
No cenário mundial, a terceirização assume características semelhantes nos diversos países que a
utilizam e em cada um ela se estrutura de uma maneira, dependendo diretamente de fatores
estruturais, históricos, culturais, econômicos, políticos, dentre outros. [15]
No cenário brasileiro, a terceirização se intensificou a partir da década de 1990, atingindo não
somente áreas periféricas, como também as centrais. No Brasil, assim como em diversos outros
países, a terceirização tem como um de seus principais objetivos aumentar a qualidade e a
produtividade em busca de obter um diferencial competitivo. [10]
Lei da terceirização
Segundo a CUT, essa emenda que permite a contratação de funcionários terceirizados para
atividades-fim, por uma empresa, como por exemplo, a terceirização de funcionários para a
limpeza de empresas, universidades[17], torna-se desnecessária com a existência da Súmula 331
do TST, pacificando na Justiça o consenso de evitar a terceirização na atividade-fim, tonando a
Súmula intacta. [18]
Exemplo
Petrobras
Em 2009 a cada funcionário concursado 3,8 eram de empresas privadas. E em 2010, a proporção
teria sido de 3,6, segundo a estatal: 291 mil terceirizados para um quadro de carreira de 80 mil
funcionários. Com quadro de funcionários de 80% composto por terceirizados. [19] Recentes
escândalos de desvios de rota da empresa, favorecimentos ilícitos através de barganhas
financeiras obscuras, fortalecem a necessidade de austeridade moral e restrições de gastos, que
são favorecidas pela terceirização, onde as relações de trabalho são restritas ao pleno
desempenho de cada tarefa contratada.[20][21][22]
Não obstante as mudanças introduzidas em razão da supracitada lei, no mesmo ano de 2017 a
terceirização já havia sido tratada pela Lei n. 13.429, de 31/03/2017, porém de forma menos
extensiva.
A primeira grande alteração refere-se às atividades sujeitas a serem terceirizadas; do novo texto
passa a constar que “Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela
contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à
pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica
compatível com a sua execução.” (Art. 4º-A, Lei 6.019/74).
Conclui-se do referido dispositivo, bem como dos Arts. 4-C e 5-A da mesma Lei, que há uma
ampliação da terceirização, pois podendo atingir a própria atividade principal da empresa
tomadora de serviços².
Neste sentido dispõe §1º do Art. 4-C da Lei 6.019/74, após a reforma:
Vale citar, ainda, que o Art.4-A prevê expressamente a terceirização em cadeia, ou seja, a
subcontratação de outras empresas pela empresa prestadora de serviços a fim de realização das
atividades contratadas pela tomadora.
Ao tratar sobre as possibilidades de terceirizar o serviço, a Súmula 331 fez uma diferenciação
entre terceirizações lícitas e ilícitas. Nos termos da súmula, seriam permitidas as terceirizações
de serviços de vigilância, conservação e limpeza e serviços especializados ligados à atividade
meio do tomador de serviços, enquanto que seriam proibidas terceirizações de atividade-fim.
Note-se que a ampliação da terceirização é uma tendência mundial, como ocorreu com as
reformas trabalhistas na França, Inglaterra e Portugal. Destaque-se que isto não necessariamente
implica menores garantias aos trabalhadores terceirizados, pois a empresa em que o empregador
presta serviços possui responsabilidade solidária com a empresa que o emprega.
Em que pese o fato dos trabalhadores terceirizados teoricamente não possuírem menos garantias
que os trabalhadores contratados, na prática observa-se que os trabalhadores terceirizados
recebem cerca de 25% menos do que trabalhadores contratados pela empresa que terceiriza seus
serviços, com uma jornada semanal em média três horas mais longa que a dos trabalhadora
contratados, além de que é maior a taxa de rotatividade entre os empregadores terceirizados, o
que implica uma menos estabilidade do trabalhador, além de maior custo para o produto/serviço
final, devido aos gastos com seleção e treinamento.[25]
Notas
1.
Apesar dos termos outsourcing e terceirização serem muitas vezes usados como sinônimos,
em muitos casos o outsourcing revela a atribuição de um trabalho para uma empresa fora do país
de origem da empresa contratadora, enquanto a terceirização revela contatos e transações dentro
do próprio país. [1]
Aquela que não é inerente ao objetivo principal da empresa; trata-se de serviço necessário,
mas que não tem relação direta com a atividade principal da empresa
Atividade-fim é a atividade que identifica a área de uma empresa, na qual são
desenvolvidas processos de trabalho que dão característica evidente às ações que por definição
constituem o objetivo para o qual a empresa foi criada.
4. É prática recorrente no mundo da construção civil a utilização da subcontratação de
serviços. As pequenas e médias construtoras acreditam que, ao terceirizar, estão
agilizando o procedimento e reduzindo gastos.[carece de fontes]
Referências
1.