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GRADUAÇÃO EM DIREITO
TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA
BRASÍLIA – DF
2024
1.CONCEITO E DENOMINAÇÃO
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desfalecimento de seus poderes, inclusive de barganha, salários e
vantagens previstas em convenções coletivas e acordos coletivos, no
qual todas essas razões têm como consequência a diminuição das
fontes de receitas sindicais.
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Pode-se dizer que o processo de evolução teve grande notoriedade a
partir de 1980, quando o TST fixou a súmula 256, porém devido a suas
fragilidades criou- se a súmula 331, a qual veio como resposta às
críticas feitas a 256. A 331 trouxe consigo esclarecimentos sobre
terceirização lícita e ilícita.
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desempregados, não mais como empregados, mas sim para a
prestação de serviços sem vínculo empregatício e em várias unidades.
Dessa maneira, a ocorrência da Revolução Industrial e as posteriores
transformações do mundo globalizado possibilitaram o surgimento da
terceirização do trabalho, que antes era prestado pelos próprios
empregados da empresa contratante, o que gerou uma profunda
fragilização das relações entre empregado e empregador.
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que foi ratificado pelo STF quando do julgamento da tese de
repercussão geral aprovada no RE 958.252 e da ADPF 324.
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que tinha a finalidade de fazer uma distinção artificial entre atividades-
meio e atividades fim. A primeira é considerada lícita, a segunda,
fraudulenta. A referida distinção gerou dúvidas por não se saber
exatamente a diferença entre esses conceitos crescentes, quanto ao
que podia e o que não podia ser terceirizado pelas empresas, o que
gerava um impacto negativo no seu desempenho e no trabalho em
redes.
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uma análise rigorosa do caso concreto, visando priorizar sempre a
dignidade da pessoa humana e os direitos básicos dos trabalhadores.
2. 1 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
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3. EFEITOS JURÍDICOS
Ao se falar em efeitos jurídicos na terceirização é importante ressaltar dois
pontos, o vínculo com o tomador de serviços e a isonomia. Para entender
melhor esses pontos, é preciso saber o que é terceirização lícita e terceirização
ilícita.
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é essencial para manutenção das operações. Ótimos exemplos típicos de
atividades-meio incluem serviços de limpeza, conservação, manutenção,
segurança e outros que não são diretamente ligados ao negócio principal da
empresa.
No ano de 2022 o Tribunal Superior do Trabalho decidiu por maioria dos votos
que empregados terceirizados não podem processar apenas uma das
empresas contratantes caso recorram a Justiça Trabalhista em ação sobre
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terceirização de atividade-fim. O objetivo foi uniformizar o cumprimento da
decisão pela Justiça do Trabalho, em razão de demandas em que
trabalhadores passaram a questionar possível fraude pela empresa tomadora,
ou seja, o caso em que o trabalhador afirma ter vínculo de emprego com a
empresa principal e não com a prestadora de serviços terceirizada, sua
contratante direta.
4. 1 RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
4. 2 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
4. 3 CONCLUSÃO
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Em síntese, essas empresas têm como intuito a administração de
recursos estratégicos do Brasil e a garantia de que a população terá
acesso a eles. Além disso, elas devem contribuir para o alcance do
bem-estar econômico. As empresas governamentais podem ser de
dois tipos diferentes: empresas públicas ou sociedades de
economia mista.
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meio ambiente, bem como situações em que a empresa estatal não
consegue competir de forma viável no mercado concorrencial.
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§ 3º Não se aplica a vedação do caput quando se tratar de cargo
extinto ou em processo de extinção.
§ 4º O Conselho de Administração ou órgão equivalente das
empresas públicas e das sociedades de economia mista
controladas pela União estabelecerá o conjunto de atividades que
serão passíveis de execução indireta, mediante contratação de
serviços.
6. DIREITO COMPARADO
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de diferentes jurisdições, com objetivos diversos, como identificar institutos
6. 1 ORIGEM
institutos antes de criar suas leis. Os romanos, ao redigirem a Lei das XII Tábuas,
em 1900.
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O direito comparado requer a análise de pelo menos dois sistemas jurídicos,
jurídicos ou institutos.
método ou uma ciência, o que dificulta a definição clara do seu conceito. A falta
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de precisão conceitual nas várias tentativas de delineá-lo reflete a dificuldade
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justifica essa necessidade ao mencionar cláusulas de reserva nas legislações,
6. 4 CONCLUSÃO
ser um método ou ciência, sendo, em minha opinião, uma questão filosófica. Esta
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Súmula nº 256 do TST
Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância,
previstos nas Leis nºs 6.019, de 03.01.1974, e 7.102, de
20.06.1983, é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa
interposta, formando-se o vínculo empregatício diretamente com o
tomador dos serviços.
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8. TERCEIRIZAÇÃO PELA LEI N° 6.019/74
8.2 CONCEITUAÇÃO
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realizada não pode ocorrer em situações de greve, devendo ter uma
determinação legal para a sua execução.
8.5 DA CONTRATAÇÃO
A Lei nº 6.019 prevê as partes que um contrato de uma empresa
prestadora de serviços deve conter. Primeiramente, é importante
salientar sobre a qualificação das partes, determinar quem estará
presente no trabalho prestado. Logo em seguida, temos a necessidade
de especificar o trabalho ao qual será prestado, sendo vedado a
determinação de outra modalidade ao empregado. Ademais, temos o
prazo que esse trabalho será prestado e o valor que será recebido pelo
prestador de serviços.
Entretanto, existem algumas especificações, uma vez que, caso o
empregado tenha sido contrato na determinada empresa e tenha sido
demitido, este não pode prestar serviço na mesma localidade, desde
que passe o período de dezoito meses que serão contados a partir do
dia em que o empregado teve a sua demissão efetivada.
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Além disso, esse contrato deve ser feito na forma escrita e deve ficar a
disposição da autoridade responsável por fiscalizar, pois esta terá
acesso a todas as informações, desde as partes presentes no contrato,
até o motivo justificativo sobre a demanda necessitada. Por fim, assim
como determina a lei, esse contrato tem um prazo limite, ou seja, não
pode ultrapassar o prazo de 180 dias, sendo esses dias contados de
forma consecutiva ou não, porém pode ser prorrogado por mais 90
dias.
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contratação do trabalhador temporário pela empresa de trabalho
temporário, desde que cumpridas as exigências legais.
Vejamos:
CONTRATO TEMPORÁRIO. UNICIDADE CONTRATUAL. A prova
dos autos demonstra a regularidade na contratação nos termos da
Lei n. 6.019/74, com a redação dada pela Lei n. 13.429/17, restando
afastada a nulidade, bem como os pedidos de reconhecimento da
unicidade contratual e sucessão de empregadores. TRT da 2ª
Região; Processo: 1000194-50.2021.5.02.0362; Data: 12-07-2022;
Órgão Julgador: 11ª Turma - Cadeira 1 - 11ª Turma; Relator(a):
ADRIANA PRADO LIMA
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INÉPCIA DA INICIAL - INOCORRÊNCIA - OS DOCUMENTOS
JUNTADOS AOS AUTOS SÃO SUFICIENTES PARA O
DESLINDE DO FEITO AÇÃO DE REGRESSO - CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA - ACIDENTE DE
TRABALHO DE FUNCIONÁRIO DA PRESTADORA DE
SERVIÇOS - CONDENAÇÃO DE AMBAS AS PARTES NA
ESFERA TRABALHISTA -CONTRATO QUE PREVÊ
EXPRESSAMENTE A RESPONSABILIDADE DA TOMADORA
PELAS OBRIGAÇÕES DE NORMAS DE SEGURANÇA - LAUDO
PERICIAL QUE CONCLUI PELA INOBSERVÂNCIA DAS
NORMAS DE SEGURANÇA RESPONSABILIDADE DA
TOMADORA CONFIGURADA - DEVER DE RESTITUIR O VALOR
DISPENDIDO, OBSERVADO OS VALORES
COMPROVADAMENTE PAGOS NOS AUTOS - APLICAÇÃO DE
CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O EFETIVO DESEMBOLSO E
JUROS DE MORA DA CITAÇÃO - SENTENÇA PROCEDENTE -
DADO PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO.
AREsp n. 1.670.487, Ministro João Otávio de Noronha, DJe de
20/04/2020.
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Órgão Julgador: 11ª Turma - Cadeira 1 - 11ª Turma; Relator(a):
ADRIANA PRADO LIMA
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Já na responsabilidade subsidiária, a empresa tomadora responderá
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas dos terceirizados
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços. Nesse
caso, é necessário que se cumpra a ordem de exigência do
pagamento, ou seja, a empresa tomadora será subsidiariamente
responsável apenas nos casos em que a empresa de trabalho
temporário se mantiver inadimplente frente às obrigações trabalhistas
devidas aos funcionários. O Tribunal Superior do Trabalho, por meio
da súmula 331, estabelece ditames acerca do tema. Vejamos:
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial.
[...]
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período
da prestação laboral.
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Visando garantir que o disposto até o momento fosse observado
eficientemente no que tange às relações trabalhistas temporárias,
verificou-se necessária a estipulação de uma sanção pecuniária, a fim
de garantir o cumprimento efetivo dos preceitos legais definidos na
norma. Ademais, foi estabelecido que a fiscalização, a autuação e o
processo de imposição de multas seriam regidos pelo Título VII da
norma geral que regula as leis trabalhistas (CLT).
Por fim, a Lei nº 6.019/74 evidencia que as normas dispostas em seu
texto não se aplicam a duas empresas. Sendo elas, as empresas de
transporte de valores e as empresas de vigilância, as quais deverão
permanecer reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela
CLT.
Alice M. da Silva, Rayssa L. Nóbrega e Marcello Luís
Castellani
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTEGRANTES DO GRUPO
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