O documento discute a obra "A constituição como aquisição evolutiva" de Niklas Luhmann. Luhmann argumenta que a constituição é resultado de um planejamento intencional, mas deve ser revisada periodicamente para acomodar novas condições. Ele também discute como os sistemas jurídico e político estão interligados e se influenciam mutuamente através da constituição.
O documento discute a obra "A constituição como aquisição evolutiva" de Niklas Luhmann. Luhmann argumenta que a constituição é resultado de um planejamento intencional, mas deve ser revisada periodicamente para acomodar novas condições. Ele também discute como os sistemas jurídico e político estão interligados e se influenciam mutuamente através da constituição.
O documento discute a obra "A constituição como aquisição evolutiva" de Niklas Luhmann. Luhmann argumenta que a constituição é resultado de um planejamento intencional, mas deve ser revisada periodicamente para acomodar novas condições. Ele também discute como os sistemas jurídico e político estão interligados e se influenciam mutuamente através da constituição.
A obra tratada é “A constituição como aquisição evolutiva”, do
autor Niklas Luhmann, traduzida exclusivamente para o uso acadêmico. Niklas Luhmann foi um sociólogo, nasceu na Alemanhã e estudou direito na Universidade de Fredburg, na época um dos principais autores do século XX.
A obra é dividida em seis partes em que o autor explica sua tese
sobre a constituição como uma aquisição evolutiva do mundo.
Luhhmann fala que a constituição é resultado de um
planejamento intencional, e sendo assim, os juristas acham que ela deve ser replanejada e que deve haver mutações constitucionais. A constituição nasceu no século XVIII, e com o acontecimento da Revolução Francesa, deve haver seu replanejamento de tempo em tempo. Antes da criação da Constituição em si, haviam documentos jurídicos que faziam um papel muito semelhante, por isso a criação da Constituição foi tratada mais como uma oficialização. Os conceitos de constituição emergem várias tradições, o sentido de uso linguístico jurídico e do uso ético político, e com as revoluções americana e francesa os conceitos acabavam se misturando. O uso linguístico jurídico é referente ao decreto de direitos com força de leis, e o uso ético politico é referente a constituição corpórea do homem singular ou do corpo politico. Na época, não surgiu a ideia da legislação da revisão da constituição e por isso cabe aos legistas lutar contra a corrupção. Para Luhmann as Constituições devem valer não apenas como instituições do sistema jurídico, mas também instituições do sistema político. O autor fala que a constituição é apenas um direcionamento para a soberania de um Estado, e o aumento do reconhecimento da lei em si fez com que a Constituição e sua criação tivessem outros objetivos. Mas deve haver uma revisão da constituição, nela estão indicados por exemplo os valores em relação aos quais o direito deve ser funcional. No constitucionalismo brasileiro houve uma separação entre dois sistemas funcionais: a política e o direito, e por isso não haviam influencias do mundo externo e como consequência não se adequava a realidade social da época. Luhmann então tras a ideia de que nenhum sistema pode ser criado sendo reproduzido apenas com base no auto referencial, nem mesmo quando o sistema é dotado de auto-organização e de auto-observação. Porém no século XVI foi possível a influencia do sistema jurídico no sistema politico, e assim o direito ficou influenciado politicamente e esse acoplamento estrutural mostra que o direito e a politica tem grande influencia na constituição, e assim só podem ser reportados reciprocamente na forma da constituição sob uma condição, que seria a de exclusão um do outro. Direito e a sociedade estão em relação de interdependência (acoplamento estrutural) recíproca, o Direito é uma estrutura do sistema social, isto é, constitui parte da sociedade. Sua função essencial é reduzir uma parcela da complexidade desestruturada da sociedade e, ao mesmo tempo, fazer com que esta alcance uma complexidade mais alta e estruturada. O Direito é “uma construção de alta complexidade estruturada” satisfazendo a necessidade de ordenamento na sociedade. Sem o Direito, não há orientação de condutas no meio social. O sistema não se isola do meio, as perturbações provenientes do ambiente ou de outros sistemas. Luhmann observa que o direito é um sistema que opera ligado à observação e diferenciação entre sistema e meio, o sistema se reproduz com suas próprias estruturas incorporando-se ao meio. A Constituição Federal é o exemplo clássico de um acoplamento estrutural. Novos valores e excluindo outros anteriormente impostos ao Direito. Sendo então um acoplamento estrutural entre os sistemas político e jurídico, acaba agindo como um mecanismo de interpenetração permanente e concentrada entre os mencionados sistemas sociais. Possibilita a constante troca de influências recíprocas entre os subsistemas, sendo uma espécie de mediador entre eles, de certa forma, promove uma solução jurídica à auto- referência do sistema político.