Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O afamado Carlos Ari Sundfeld intitula um Estado de Direito como aquele cujo se
sujeita às normas jurídicas, refletindo a esperta conjugação do âmbito político ao conjunto
normativo. O Estado de Direito Público moderno é o próprio Estado de Direito – revelando
noção essencial e primária. Dispondo das normas jurídicas como intermediária, a importância
do predecessor Estado revela-se como o respeito à esfera da liberdade individual, harmônico
ao impedimento do exercício arbitrário e ilegítimo do poder. Firma, ainda, o Estado de Direito,
a supremacia da Constituição, a tripartição dos Poderes, a superioridade da lei e garantia dos
direitos individuais.
Giorgio Palieri insiste que um Estado de Direito é identificado por um Estado submetido
à jurisdição, de modo que a última aplique a lei preexistente e seja exercida por magistratura
imparcial. Não deve haver respeito hierárquico entre os Poderes, todavia o poder freia o poder,
evitando a tirania (SUNDFELD, p.43, 2017). Montesquieu, em Do Espírito das Leis, reitera
que todo detentor do poder é tentado a abusar dele. Desse modo, ressalta que tudo estaria
perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais exercesse três poderes.
Só a lei pode definir e limitar o exercício dos direitos individuais, perante a tese de que
“tudo o que não está proibido pela lei, não pode ser impedido”. Para construção do Direito
Público moderno, Norberto Bobbio em O Futuro da Democracia – Uma defesa das Regras do
Jogo, diferencia um par de concepções. Bobbio aborda que é diferente o governo exercer o
poder segundo leis e mediante leis.
O ideal republicano surgiu para firmar os agentes públicos eleitos pela vontade geral
como representantes diretos do povo, mediante mandatos renováveis. Contudo, o Estado
Democrático não se limita a República, foram agregados instrumentos de participação popular
direta (como o plebiscito – art. 14). O poder político é exercido em parte diretamente pelo
povo, em parte por órgãos estatais independentes [...] (SUNDFELD, p.54, 2017). O Estado
Democrático de Direito soma ainda a separação de Poderes e direitos individuais e políticos.
As Constituições modernas – como a do México, de 1917, estrearam preocupações com
o desenvolvimento da sociedade, e propuseram a valorização dos indivíduos socialmente
inferiorizados. Logo, em oposição ao Estado Mínimo Liberal, o Estado goza, no Estado Social,
de papel ativo – tanto econômico, quanto como agente do desenvolvimento e da justiça social.
O precitado Estado de Bem-Estar adota relação estreita com o Estado de Direito, dado que
agrega finalidades, tarefas e direitos sociais. Atenta-se a respeitar os direitos individuais.
Conclusão: