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principal objetivo: limitar o poder do estado, bem como estabelecer direitos e garantias
fundamentais ao povo por meio de uma constituição.
Fases do constitucionalismo
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Romanos: lei das XII Tábuas, a tábua nona tratava do direito público. (que não se
estabeleçam privilégios em lei ou que não se façam leis contra indivíduos).
Inglaterra:
Magna Carta de 1215, não é uma constituição.
É o rascunho do que um dia será uma constituição, criada pela burguesia em parceria
com a igreja, obrigava ao rei João sem-terra a limitar seus poderes e reconhecer o direito
à liberdade e propriedade privada.
Petição de direitos (petition of rights) 1628. Impedia que o rei criasse impostos
sem o aval dos homens livres.
Declaração de direitos (bill of rights) 1689; coloca fim a revolução inglesa (da
burguesia) o rei admite se limitar perante o parlamento.
2. Constitucionalismo Moderno (a partir do final do século XVIII):
Estrutura o estado com divisão dos poderes, limita o poder com os direitos fundamentais
e possuí textos escritos e codificados.
Dimensões de direitos
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Mudança de uma postura de proteção para a promoção dos direitos, introdução de
direitos sociais como proteção ao trabalho, educação e saúde.
Constituição mexicana-1917
Constituição de Weimar (Alemanha)- 1919
Direitos de 2ª dimensão.
Neoconstitucionalismo:
Segundo José Roberto Dromí, as constituições serão guiadas por determinados valores
fundamentais.
Verdade
Solidariedade
Consenso
Continuidade
Participação
Integridade
Universalização
Direitos de 4ª dimensão.
Poder constituinte
Conceitos de constituição:
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José Afonso da Silva; constituição é o conjunto de normas que organiza os
elementos constitutivos do Estado.
Sentido sociológico-Ferdinand Lassale: a soma dos fatores reais de poder que
emanam da população, os fatores reais de poder são os grupos de poder
(religioso, econômico, militar etc.), caso não representasse esses grupos, seria
apenas uma folha de papel em branco. Todo estado tem uma constituição, não
precisando estar escrita para existir, bastando representar os fatores reais de
poder.
Sentido político- Carl Schmitt (idealizador do nazismo): constituição é uma
decisão política fundamental tomada pelo povo. (corrente decisionista)
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ADCT: é norma constitucional, pode ser objeto de emenda constitucional; é um
conjunto de normas temporárias ou excepcionais; ex: art. 2 do ADCT é uma norma
exaurida.
Poder constituinte
Promulgada em 05/10/1988.
3. Espécies de poder constituinte
Originário: é o poder de criar uma constituição, rompendo por completo a ordem
jurídica anterior.
Histórico: apenas a primeira constituição daquele Estado;
Revolucionário: toda nova constituição é.
Características: inicial (pois instaura uma nova ordem jurídica), autônoma, de
primeiro grau (cria um estado novo), ilimitado (não está limitado pela anterior),
incondicionado (não está sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua
vontade).
Derivado: reforma a constituição existente.
Revisor: caso a CF preveja, tem poder de revisá-la. Na CF/88 este poder já
foi utilizado (norma de eficácia exaurida);
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Decorrente: concede poder aos estados para poderem criar suas próprias
constituições, sempre espelhando a constituição do país.
Reformador: reformar a CF, através de emendas constitucionais.
Características: derivado (pois é criado e instituído pelo poder constituinte
originário), subordinado, condicionado, de segundo grau
Limitações ao poder reformador:
a) Limitações expressas:
I. Materiais: cláusulas pétreas (não será objeto de deliberação emenda
tendente a abolir, I- forma federativa do Estado. II- O voto direito, secreto,
universal e periódico. III- separação dos poderes. IV- Direitos e garantias
individuais) art. 60, §4º;
II. Circunstanciais: art. 60, §1º (a constituição não poderá ser emendada
durante intervenção federal, estado de sítio ou estado de defesa).
III. Formais: art. 60, I, II, III, §2º, 3º e 5º (quanto a forma que deve ser)
b) Limitações implícitas:
I. Alterações do titular do poder constituinte reformador
II. Supressão do disposto no art. 60
III. Alterações do titular do poder constituinte originário.
Autonomia dos Estados-membros; capacidade de auto-organização,
autogoverno e autoadministração.
Fase introdutória
Presidente da república;
Um terço no mínimo e separadamente, dos membros do senado ou da câmara de
deputados;
Mais da metade das assembleias legislativas dos Estados, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Fase constitutiva
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Deliberação executiva: NÃO EXISTE INTERFERENCIA DO EXECUTIVO.
inexistente participação do poder executivo na fase constitutiva de uma emenda
constitucional, posto que, por definição do poder constituinte originário, o exercício
pleno do poder constituinte derivado é do poder legislativo.
Fase complementar
A promulgação da emenda será realizada pela mesa da câmara e do senado federal, com
o respectivo número de ordem.
1. Quanto à origem:
Outorgadas: constituição imposta, sem receber do povo a legitimidade para em
nome dele agir.
Promulgada: democrática, votada ou popular. Fruto do trabalho de uma
Assembleia Nacional Constituinte, eleita pelo povo (Brasil-CF/88)
Cesarista: ou bonapartista, formada por plebiscito popular sobre um projeto
elaborado por um imperador ou ditador. A participação não é democrática,
apenas visa ratificar a vontade do detentor de poder. (elaborada a constituição
sem participação do povo e mandada para aprovação ou não, não se discute
artigos, ou aprova tudo ou nada).
Pactuadas ou dualistas: surgem através de um pacto, são aquelas em que o
poder constituinte originário se concentra nas mãos de mais de um titular. (dois
grupos de poder, o único exemplar é a magna carta de João sem-terra)
Carta é imposto de maneira unilateral pelo agente revolucionário sem o aval do povo.
Enquanto constituição é algo democrático.
2. Quanto à forma:
Escrita/instrumental: formada por um conjunto de regras sistematizadas e
organizadas em um ou vários documentos. (Brasil)
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Costumeira/consuetudinária: baseia-se nos costumes, usos, jurisprudências
e convenções. (Inglaterra).
3. Quanto a extensão:
Sintéticas: enxutas, falam apenas o principal e tem longa duração. (EUA)
Analíticas: longas/extensas, tem menor duração. (Brasil)
4. Quanto ao conteúdo:
Material: contém as normas fundamentais e estruturais do Estado, toda
constituição material será sintética.
Formal: contém tudo e mais um pouco, sempre será analítica. (Brasil)
5. Quanto ao modo de elaboração:
Dogmáticas: sempre escritas, fruto de um corte histórico, quando se pode
cravar o ano de seu surgimento. (EUA-Brasil)
Históricas: lento e contínuo processo de formação, aproxima-se da costumeira.
(Inglaterra)
6. Quanto a alterabilidade: mutabilidade, estabilidade e consistência.
Rígidas: aquelas que para serem alteradas, necessita de um processo mais
difícil/árduo. (Brasil é considerado rígido por grande parte da doutrina)
Flexíveis: aquelas que o processo para alterar uma lei é o mesmo para alterar a
constituição
Semirrígidas: tanto rígidas, quanto flexíveis. Algumas matérias são de simples
alteração outras exigem um processo mais rígido.
Fixas: somente podem ser alteradas por um poder de competência igual aquele
que as criou. (poder constituinte originário, única forma de se alterar é criando uma
nova)
Imutáveis: inalteráveis, verdadeiras relíquias históricas que se pretendem eternas.
(não existe exemplos, acredita-se na possibilidade da constituição dos EUA ser
imutável “por enquanto”)
Super-rígidas: aquelas que além de serem rígidas, possuem matérias imutáveis
“cláusulas pétreas” (no caso do Brasil, as cláusulas pétreas podem ser mudadas
apenas não podem ser extintas, parte da doutrina afirma sermos super-rigidos,
porém, são minoria)
7. Quanto a sistemática:
Reduzidas/unitárias: aquelas que se materializariam em um só código básico e
sistemático. (EUA)
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Variadas: distribuíram em vários textos e documentos esparsos, sendo formada de
várias leis constitucionais. (Brasil)
8. Quanto a dogmática:
Ortodoxa: formada por uma só ideologia. (normalmente fruto de ditaduras)
Eclética: seria aquela formada por ideologias conciliatórias ou divergentes. (Brasil)
A constituição não traz crime algum, apenas deixa claro aquilo que deseja criminalizar
através do mandamento constitucional de criminalidade.