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Sumário:
Consulta
XXXX, XXXX, XXXX e XXXX são empresas de transporte público que celebraram, sob o regime da
Lei 8.666, contrato para prestação de serviços no Município de XXXX, com vigência prevista até
31.01.2003. Em 07.09.2002, sob a alegação de descumprimento contratual, tiveram, em
decorrência de ato administrativo, seus bens, compreendidos imóveis, instalações, equipamentos e
veículos, assumidos pela empresa XXXX S.A., sociedade de economia mista, que passou a gerir e
administrar todo o empreendimento, inclusive dirigindo o trabalho dos empregados contratados e
recebendo pagamento pelos serviços prestados aos usuários. Mesmo depois de terminado o prazo
de vigência do contrato de prestação de serviço de transporte, cujo alegado descumprimento
justificara a assunção realizada, permaneceu a administração do empreendimento a cargo da
empresa XXXX S.A., o que perdurou até 04.04.2003, quando, por meio de novo ato normativo do
Secretário Municipal de Transportes, as empresas consulentes foram informadas de seu
descredenciamento para a prestação de serviço e tiveram seus bens abandonados pela empresa
que até então os geria, de que resultou greve dos empregados e posterior rescisão dos contratos
de trabalho. Tendo em vista tais fatos, relatados pelo ilustre advogado dos consulentes, Dr. José
Luiz de Souza Filho, indaga-se:
1.ª) A assunção, pela XXXX S.A., dos ativos e da atividade antes desenvolvida pelas consulentes,
caracteriza, diante da forma como se deu, sucessão trabalhista?
2.ª) É relevante, para a determinação da ocorrência ou não de sucessão, a legalidade do ato
administrativo de assunção dos ativos e da atividade das consulentes?
3.ª) Verificada a sucessão, a responsabilidade pelo pagamento de todas as obrigações trabalhistas
é da sucessora?
Parecer
Para responder às indagações apresentadas na consulta é preciso considerar os seguintes pontos:
I - Empresa como empregador típico; II - Sucessão trabalhista; III - Sucessão decorrente de ato
administrativo ou de mero fato jurídico; IV - Sucessão por empresa pública ou sociedade de
economia mista; V - Transferência provisória e sucessão; VI - Sucessão sem mudança na
propriedade da empresa e VII - Responsabilidade do sucessor.
I - Empresa como empregador típico
Empregador típico, nos termos do art. 2.º, caput, da CLT (LGL\1943\5), é "a empresa, individual
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço". Essa definição, embora bastante criticável do ponto de vista
teórico, na medida em que a empresa constitui muito mais atividade 1 ou objeto de direito 2 do que
propriamente sujeito de direito, 3 não podendo, em conseqüência, figurar como parte em contrato
de trabalho, 4 não resulta de mera impropriedade legislativa nem é fruto de acaso. Trata-se de
previsão que tem em mira pelo menos duas importantes conseqüências, sempre sublinhadas pela
doutrina. 5
A primeira - que não será necessário, ante os termos da consulta, analisar mais detalhadamente -
consiste na fixação, para efeitos trabalhistas, da unidade do grupo econômico integrado por
diferentes pessoas jurídicas, como explicitado, aliás, pelo § 2.º, do mesmo art. 2.º, da CLT
(LGL\1943\5). 6
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A segunda conseqüência - que mais de perto aqui interessa considerar - relaciona-se com a
irrelevância das alterações na estrutura da pessoa jurídica tomadora de serviço sempre que se
mantenha em funcionamento a empresa. Com efeito, se o contrato de trabalho vincula a empresa
e não apenas a pessoa jurídica com quem é formalmente celebrado, as modificações incidentes
sobre a última, desde que não afetem a primeira, não repercutem na relação de emprego. Em
sendo assim, a alteração da estrutura jurídica da empresa, seja pela modificação da forma
societária, seja pela subordinação a novo regime jurídico, seja ainda pela transferência de seu
controle, não afeta os contratos de trabalho em curso, que permanecem em vigor. É o que
enuncia, com toda clareza, o art. 448, da CLT (LGL\1943\5), o qual, ampliando a regra mais
restrita do art. 10 da CLT (LGL\1943\5), cuja referência é apenas a "direitos adquiridos",
preceitua: "A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os
contratos de trabalho dos respectivos empregados".
II - Sucessão trabalhista
Diante do preceito antes mencionado, e tendo presente a já assinalada vinculação do empregado
não à pessoa física ou jurídica que o admite, mas à empresa, alude a doutrina à figura da
sucessão trabalhista sempre que permanece a atividade, conquanto sob diverso controle ou sob
nova forma societária, ou, em outros termos, quando "uma firma assume o ativo e o passivo de
outra, prosseguindo na negociação da firma anterior". 7
Para que se dê essa sucessão, anota Délio Maranhão, é preciso que o estabelecimento, como
unidade jurídica, passe de um para outro titular e, ainda, que a "prestação de serviço não sofra
solução de continuidade". 8 Dizendo de outro modo, configura-se a sucessão na medida em que "a
empresa, como unidade econômico-jurídica, passa de um para outro titular, sem que haja solução
de continuidade na prestação de serviço". 9 O que importa é, pois, a assunção do negócio e a
continuidade da atividade, como reiteradamente sublinhado em jurisprudência:
"Sucessão trabalhista. Ocorre a sucessão trabalhista, quando há transferência de bens de uma
entidade jurídica para outra (ainda que por convênio) e os empregados continuam a prestar
serviço no mesmo local, desempenhando as mesmas funções para os novos empregadores, que
exploram a mesma atividade econômica." (TRT - 3.ª Reg., 3.ª T., RO 15.245/96 Rel. Juiz Antônio
Balbino Santos Oliveira) 1 0
"A sucessão trabalhista caracteriza-se quando a sucessora assume ativo e passivo da sucedida,
no mesmo local, nas mesmas atividades, com os mesmos móveis e utensílios, sem solução de
continuidade, e com os mesmos empregados." (TRT - 1.ª Reg., 7.ª T., AgPet 368/96, Rel. Juiz
Ricardo A. Oberlaender) 1 1
Merece especial referência, tendo em vista a matéria trazida na consulta, julgado em que se
reconheceu a possibilidade de ocorrência de sucessão pela assunção de linhas de transporte
público de ônibus antes explorados por outrem:
"É sucessora a empresa que assume a exploração de linhas de ônibus operadas pela antiga
concessionária... Inteligência dos arts. 10 e 448 da CLT (LGL\1943\5). Agravo de petição
desprovido." (TRT - 3.ª Reg., 3.ª T., AgPet 187/96 Rel. Juiz Abel N. da Cunha) 1 2
Não tem nenhuma relevância para determinar-se se houve ou não sucessão, registre-se logo, o
título pelo qual se dá a assunção do negócio, não importando sua causa ou motivo. 1 3 Nas
palavras de Renato Corrado, "il punto decisivo è se sia o meno transferito una organizzazione
funzionale di beni a fini produttivi, non è invece importante il motivo del transferimento". 1 4 A
legislação argentina é, no particular, expressa e categórica, vinculando a sucessão à transferência
do estabelecimento "por cualquier título". 1 5 A despeito de não haver previsão semelhante, não se
passa de modo diverso no direito brasileiro, consoante se infere do seguinte julgado:
"Sucessão de empresas. A sucessão se consubstancia quando a nova pessoa jurídica ocupa o
mesmo lugar, explora o mesmo ramo e se utiliza dos mesmos utensílios. Portanto, é caracterizada
pelos elementos fáticos que conduziram a alteração na propriedade sucedida, independentemente
da forma legal adotada, sendo que o patrimônio que guarnece o estabelecimento se constitui na
garantia para os créditos trabalhistas." (TRT - 12.ª Reg., 1.ª T., Ac. 2.550/2000 - Rel. Juiz Idemar
Antônio Martini). 1 6
A mesma conclusão encontra-se em diversos acórdãos do Tribunal Superior do Trabalho, bastando
a referência aos mais expressivos:
"Sucessão trabalhista - Arrendamento. 1. Na hipótese de sucessão de empresas, a
responsabilidade quanto a débitos e obrigações trabalhistas recai sobre o sucessor, nos termos
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expiration d'un contrat de concession" 3 1 e não fica em nada prejudicada por se verificar a
suspensão das atividades da empresa durante "quelques jours ou quelques mois". 3 2
33
Também nesse particular a solução que prevalece no direito brasileiro é idêntica, como mostram
os julgados adiante citados:
"Programa governamental de privatização - Contrato de concessão com arrendamento de bens -
Sucessão de empresas. O arrendamento de bens e serviços decorrentes de contrato de
concessão de atividade econômica constitui sucessão de empresas, pois empregador é aquele que
assume os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços (art. 2.º, CLT (LGL\1943\5)) o que não é afetado por qualquer alteração jurídica (arts. 10
e 448)." (TRT - 3.ª Reg., 2.ª T., RO 7.993/98 - Rel. Juiz Sebastião G. Oliveira) 3 4
"Liquidação extrajudicial. Permanência da mesma atividade empresarial. Sucessão. A continuidade
da mesma atividade empresarial, inclusive nos mesmos estabelecimentos e com o mesmo quadro
de empregados, configura sucessão trabalhista, não obstante ter a modificação na estrutura da
empresa decorrido de liquidação extrajudicial. Recurso desprovido."(TRT - 13.ª Reg., RO 3.342/99,
Rel. Juiz Ubiratan Moreira Delgado, Ac. 57.991, j. em 15.02.2000). 3 5
IV - Sucessão por empresa pública ou sociedade de economia mista
Se o caráter público ou administrativo do ato de que decorre a transferência não inibe a
configuração da sucessão prevista no art. 448, da CLT (LGL\1943\5), tampouco o faz a eventual
natureza publicista do sucessor. Como assinala a doutrina francesa, a sucessão trabalhista não
fica prejudicada pelo fato de o sucessor estar investido "d'une mission de service public". 3 6 E na
Espanha o Tribunal Supremo teve oportunidade de decidir que, terminada a concessão
administrativa outorgada a particular, torna-se a Administração sucessora se prosseguir na
exploração do serviço. 3 7 No direito brasileiro não é diferente. Bem o registrou Eduardo Gabriel
Saad ao escrever: "se o Poder Público encampa empresa concessionária de serviço público e
prossegue normalmente na exploração do serviço, fica ele sub-rogado em todos os direitos e
obrigações como empregador". 3 8 Já havia Pontes de Miranda firmado o mesmo entendimento,
anotando: "a instituição autárquica, que faz suas as atividades antes desempenhadas por
empresa privada, com os mesmos elementos materiais e profissionais, submete-se à regra jurídica
do art. 448, 1.ª parte, do Dec.-lei 5.452". 3 9 Vale mencionar, a propósito, precedente do Tribunal
Superior do Trabalho em que se reconheceu a sucessão pelo Estado em caso de desapropriação:
"Sucessão trabalhista. Com a desapropriação do hospital, operou-se a sucessão, tomando posse a
Fazenda Pública do Estado de São Paulo dos recursos materiais e humanos de que esta dispunha e
passando a Fazenda Pública a gerir integralmente o hospital, sendo responsável, inclusive, pelas
verbas oriundas dos contratos de trabalho." (TST - 5.ª T., RR 325.940, Rel. Min. Antonio Maria
Thaumaturgo, Ac. 3.117, j. em 14.05.1997) 4 0
Na verdade, em se tratando de empresa pública ou de sociedade de economia mista que exploram
atividade econômica de prestação de serviços, nem mesmo se conceberia outro resultado. Ficam
ambas imperativamente sujeitas, sob o aspecto trabalhista, ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, consoante art. 173, § 1.º, II, da CF/88 (LGL\1988\3), ressalvadas, tão
somente, as exceções previstas na própria Constituição (art. 37, II, por exemplo). Assim, a
aplicação do disposto nos arts. 10 e 448, da CLT (LGL\1943\5), não excepcionados pela
Constituição, é mesmo indeclinável. 4 1
V - Transferência provisória e sucessão
Cumpre ainda notar que a natureza transitória da transferência não é suficiente para
descaracterizar, por si só, a sucessão. Verificada a passagem do negócio a terceiro, ainda que por
apenas certo lapso de tempo, pré-determinado ou não, pouco importa, tem-se por configurada a
sucessão. Confira-se novamente a jurisprudência:
"Sucessão de empresas. Opera-se a sucessão de empregadores (arts. 10 e 448 da CLT
(LGL\1943\5)), com a conseqüente sub-rogação do sucessor na relação de emprego, sempre que
a pessoa do empregador é substituída na exploração do negócio, com transferência de bens,
mesmo que temporária e parcial, e sem ruptura na continuidade da atividade empresarial."(TST -
5.ª T., RR 636.019, Rel. Juiz Convocado João Ghisleni Filho, j. em 07.08.2002). 4 2
"Verifica-se a ocorrência de sucessão de empregadores, nos termos dos arts. 10 e 448 da CLT
(LGL\1943\5), com a transferência, ainda que temporária, em virtude do Contrato de
Arrendamento, de parte da atividade desenvolvida pela primeira reclamada para a segunda" (TRT -
3.ª Reg., 4.ª T., RO 21.784/96, Rel Juiz Carlos Alberto de Paula). 4 3
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anota Luisa Riva Sanseverino, 5 6 em assertiva igualmente válida para o direito brasileiro. Não faria
sentido, portanto, excluir a aplicação do regime jurídico da sucessão trabalhista com fundamento,
tão somente, no teor literal da lei. Por isso mesmo se afirma, sem oposição, que a alusão a
transferência da propriedade, no art. 448, não afasta a sucessão em casos outros, quando,
embora sem alteração do domínio, a gestão do negócio de fato passa a terceiros. Pontes de
Miranda, por exemplo, ressaltou enfaticamente que na interpretação do art. 448 "não só à
mudança de titularidade do direito de propriedade se há de aludir: há outras mudanças de
titularidade de direitos, como em caso de usufruto, ou de locação", pelo que - prossegue o mesmo
autor - a citada norma legal não pode dispensar interpretação extensiva, que inclua a constituição
ou a transferência de usufruto, anticrese, locação ou qualquer outro direito de uso e fruição,
concluindo com a afirmação de que até nos casos de simples requisição (Constituição de 1946,
art. 141, § 16, parte final) incide o preceito. 5 7
Em conseqüência, para que se dê a sucessão trabalhista não é impostergável que se transfira a
propriedade da empresa, como ressaltado na seguinte decisão:
"Sucessão de empregadores. Arrendamento. Rede Ferroviária Federal e Companhia Ferroviária do
Nordeste. Responsabilidade da sucessora. No Direito do Trabalho, a ocorrência da sucessão de
empregadores é visualizada sob a ótica da continuidade do negócio, não se exigindo,
necessariamente, a transferência da propriedade e nem mesmo a existência de vínculo expresso
entre o sucessor e o sucedido, bastando que persistam as finalidades econômicas do empregador
original."(TRT - 13.ª Reg., RO 82/2000, Rel. Juiz Francisco de Assis Carvalho e Silva, Ac. 58.291, j.
em 29.02.2000). 5 8
Basta à ocorrência da sucessão, pois, que a administração do negócio passe a outrem, pouco
importando que a propriedade do empreendimento permaneça inalterada. 5 9 Também aqui cabe
invocar a jurisprudência da Corte de Justiça das Comunidades Européias, a qual, ao interpretar
novamente a Diretiva 77/187, assinalou:
"...the purpose of the Directive is to ensure, so far as possible, that the rights of employees are
safeguarded in the event of a change of employer by enabling them to remain in employment with
the new employer on the terms and conditions agreed with the transferor. The Directive is
therefore applicable where, following a legal transfer or merger, there is a change in the legal or
natural person who is responsible for carrying on the business and who by virtue of that fact
incurs the obligations of an employer vis-a-vis employees of the undertaking, regardless of
whether or not ownership of the undertaking is transferred. Employees of an undertaking whose
employer changes without any change in ownership are in a situation comparable to that of
employees of an undertaking which is sold, and require equivalent protection." 6 0
VII - Responsabilidade do sucessor
Ainda um ponto precisa ser enfrentado antes de responder às indagações apresentadas na
consulta. Configurada a sucessão, a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas é apenas do
sucessor ou, diversamente, envolve ainda o sucedido? Não o diz claramente a CLT (LGL\1943\5).
Todavia, firmado que o vínculo trabalhista envolve a empresa e não o seu proprietário ou titular,
como deflui do disposto no caput, do art. 2.º, da CLT (LGL\1943\5), resulta caber a quem estiver
em sua gestão todos os ônus decorrentes do contrato de trabalho. Se empregador é a empresa,
obrigada é também a empresa. Pouco importa quem haja sido o seu titular ao tempo do surgimento
da obrigação. Terá de honrá-la o seu atual proprietário. Nem mesmo as obrigações surgidas antes
da sucessão permanecem vinculadas ao antigo proprietário. Transferem-se ope legis ao sucessor,
como simples conseqüência da sucessão, 6 1 desaparecendo, pois, "a responsabilidade do primitivo
empregador", segundo advertem Orlando Gomes e Élson Gottschalk. 6 2 Assim decidiu o Tribunal
Superior do Trabalho:
"Sucessão trabalhista. Uma vez reconhecida a sucessão trabalhista na forma prevista nos artigos
10 e 448 da CLT (LGL\1943\5), a responsabilidade integral é do sucessor. Ao recorrente resta o
direito regressivo conforme previsto na lei civil."(TST - 3.ª T., RR 13.936, Rel. Min. Francisco
Fausto, Ac. 281 j. em 09.03.1992) 6 3
Veja-se, outrossim, o seguinte julgado:
"Sucessão trabalhista. Configurada a hipótese da sucessão trabalhista (artigo 10 e 448/CLT
(LGL\1943\5)), a responsabilidade pelos encargos trabalhistas do empregado constitui ônus do
sucessor." (TRT - 7.ª Reg., Rel. Juiz Moreira Salles, Ac. 3.402/96). 6 4
Não cabe falar, portanto, em responsabilidade solidária envolvendo sucessor e sucedido nem
mesmo em relação às obrigações anteriores à sucessão. "Operada a sucessão - sublinha Délio
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1 " ...la definizione di impresa come attività è quella che meglio risponde all'essenza del fenomeno
...", escreve Vicenzo Panuccio ( Impresa [dir. priv]) em Enciclopedia del Diritto, Varese, Giuffrè,
1970, XX, p. 594). No mesmo sentido, ainda, Giorgio Ferrari, "Azienda" (dir. priv.) em Enciclopedia
del Diritto, Varese, Giuffrè, 1959, IV, p. 684.
2 Evaristo de Moraes Filho e Antonio Carlos Flores de Moraes, Introdução ao Direito do Trabalho,
São Paulo, LTr, 1993, p. 234.
4 Como anota com razão Christovão Piragibe Tostes Malta, "a lei...não confere personalidade
jurídica à empresa, o que a impede de ser empregador"( Consolidação das Leis do Trabalho
comentada, Rio de Janeiro, Edições Trabalhistas, 1980, p. 17). No mesmo sentido, cf., ainda, José
Augusto Rodrigues Pinto, Curso de direito individual do trabalho, São Paulo, LTr, 2000, n. 42, p.
124.
5 Cf., a propósito, Mozart Victor Russomano, tanto em Comentários à Consolidação das Leis do
Trabalho, Rio de Janeiro, Forense, 1985, p. 6, como em Curso de Direito do Trabalho, Curitiba,
Juruá, 2000, p. 75, e Valentin Carrion, Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, São
Paulo, Revista dos Tribunais, 1999, p. 26.
6 Para maior desenvolvimento do ponto, cf. Octavio Bueno Magano, Os grupos de empresas no
direito do trabalho, São Paulo, Revista dos Tribunais, 1979, passim.
7 Mozart Victor Russomano, Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, cit., p. 50.
9 Eduardo Gabriel Saad, CLT (LGL\1943\5) comentada, São Paulo, LTr, 1999, p. 54.
10 DJMG de 15.04.1997, p. 4.
13 Juan M. Ramírez Martinez e outros, Curso de derecho del trabajo, Valencia, Tirant lo Blanch,
1998, p. 324.
14 Trattato di diritto del lavoro, Torino, UTET, 1969, volume terzo - Il rapporto di lavoro e le sue
vicende, n. 291, p. 662.
19 José Ignacio García Ninet, El Estatuto de los Trabajadores - Comentarios a la Ley 8/1980, de
10 de marzo, Madrid, Editoriales de Derecho Reunidas, 1981, p. 311, e, ainda, Julio J. Martinez
Vivot, Elementos del derecho del trabajo y de la seguridad social, Buenos Aires, Editorial Astrea,
1996, § 58, 353.
20 Mozart Victor Russomano, Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho cit., p. 51.
21 Curso de direito do trabalho, Rio de Janeiro, Forense, 2003, n. 151, p. 323. No mesmo sentido,
entre tantos, Evaristo de Moraes Filho e Antonio Carlos Flores de Moraes, Introdução ao direito do
trabalho cit., p. 243.
22 Acórdão da Relação do Porto no recurso 20.830, de 12.05.1986 apud Abílio Neto, Contrato de
trabalho - notas práticas, Lisboa, Petrony, 1990, p. 150. Veja-se ainda o acórdão da Relação de
Lisboa, de 11.05.1988 in Abílio Neto, "Contrato de trabalho - notas práticas" cit., p. 151.
23 Cf. Mémento Pratique Francis Lefebvre - Social, Levallois, Éditions Francis Lefebvre, 1995, n.
2.607, p. 255.
24 François Gaudu e Raymonde Vatinet, Traité des Contrats - Les contrats du travail, Paris, LGDJ,
2001, n. 401, p. 364.
25 A propósito, Robert J. Gelhaus e James C. Oldham, Labor law, Chicago, Gilbert, 1989, § 428, p.
79.
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26 Roger Blanpain e Jean-Claude Javillier, Droit du travail communautaire, Paris, LGDJ, 1995, n.
420, p. 290.
27 Caso n. 324/86, decisão de 10.02.1988, item 10. No segundo caso, de n. 101/87, envolvendo
P. Bork International A/S e outros contra Foreningen Af Arbejdsledere I Danmark e Junckers
Industrier A/S, assinalou a Corte, em decisão de 15.06.1988, que a Diretiva 77/187 deve ser
interpretada de modo a aplicar-se " where, after giving notice bringing the lease to an end or
upon termination thereof, the owner of an undertaking retakes possession of it and thereafter
sells it to a third party who shortly afterwards brings it back into operation, which had ceased
upon termination of the lease, with just over half of the staff that was employed in the
undertaking by the former lessee, provided that the undertaking in question retains its identity ".
29 António Menezes Cordeiro, Manual de direito do trabalho, Coimbra, Almedina, 1999, § 59, p.
775.
30 Acórdão da Relação de Évora, de 18.04.1989 apud Abílio Neto, "Contrato de trabalho - notas
práticas" cit., p. 151. No mesmo sentido, reiterando a possibilidade de sucessão em caso de
arrematação judicial do estabelecimento, cf. acórdão do Supremo Tribunal de Justiça no recurso
n. 2.178, de 22.06.1989 in Abílio Neto, "Contrato de trabalho - notas práticas" cit., p. 152.
31 Jean-Claude Javillier, Droit du travail, Paris, LGDJ, 1999, n. 114, p. 186. No mesmo sentido,
ainda, Bernard Teyssié, Droit du travail - Relations individuelles de travail, Paris, Litec, 1992, 1, n.
1.083, p. 604, e Gerard Couturier, Droit du travail, Paris, LGDJ, 1996, 1, n. 229, p. 406.
36 Jean-Claude Javillier, Droit du travail cit ., n. 114, p. 185. Já assim para Pietro Gaspari,
L'azienda nel diritto del lavoro, Padova, CEDAM, 1937, n. 25, p. 40.
37 Manuel Carlos Palomeque López e Manuel Alvarez de la Rosa, Derecho del Trabajo, Madrid,
Editorial Centro de Estúdios Ramón Areces, 2001, n. 376, p. 936.
40 DJU de 27.06.1997, p. 30.765. No mesmo sentido, ainda, TST - 1.ª T., RR .35.633/91, Rel. Min.
Afonso Celso, Ac. 2.065, j. em 17.08.1992 in DJU de 18.09.1992, p. 15.505).
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42 DJU de 23.0820.02.
45 Cf., dispensando outras referências, Francesco Ferrara, Trattato di diritto civile italiano, Roma,
Athenaeum, 1921, vol. 1, parte I, p. 214. Na jurisprudência vale a alusão ao seguinte julgado do
Superior Tribunal de Justiça: "Muitas vezes a interpretação literal contraria profundamente o
espírito da lei"(STJ - 1.ª T., REsp. 231.313-RS, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. em
22.08.2000 inRevista do Superior Tribunal de Justiça, vol. 140, p. 143/144).
46 Handbook on the construction and interpretation of the laws, St. Paul, West Publishing, 1911,
§ 55, p. 149.
48 Interpretazione della legge e degli atti giuridici, Milano, Giuffrè, 1949, 179/180.
49 Philipp Heck, Interpretação da lei e jurisprudência dos interesses, São Paulo, Saraiva, 1948, p.
53. Em Helvering v. New York Trust Co., de 1934, assinalou a Suprema Corte norte-americana: " a
thing which is within the intention of the makers of a statute is as much within the statute as if
it were within the letter, and a thing which is within the letter of a statute, is not within the
statute, unless it is within the intention of the makers" (292 U.S. 455).
50 U.S. 534. Também em Helvering v. Morgan's Inc., de 1934, a Corte sublinhou a mesma
proposição, aduzindo, em material tributária: "... the true meaning of a single section of a statute
in a setting as complex as that of the revenue acts, however precise its language, cannot be
ascertained if it be considered apart from related sections, or if the mind be isolated from the
history of the income tax legislation of which it is an integral part"(293 U.S. 121).
51 L'esprit du droit romain, Paris, Marescq, 1887, tome troisième, n. 49, p. 134.
52 Liv. 33, tít. 10, frag. 7, § 2o apud Carlos Maximiliano, Hermenêutica e aplicação do direito, Rio
de Janeiro, Forense, 1991, n. 219, p. 200.
54 Méthode d'interprétation et sources en droit privé positif, Paris, LGDJ, 1932, tome premier, n.
101, p. 283.
55 Lodovico Barassi, Il diritto del lavoro, Milano, Giuffrè, 1949, III, p. 183.
57 Tratado de direito privado cit., 1964, tomo XLVII, § 5.076, n. 1, p. 343 e 344. No mesmo
sentido, cf. Evaristo de Moraes Filho e Antonio Carlos Flores de Moraes, "Introdução ao direito do
trabalho" cit., p. 242.
58 DJ de 12.05.2000.
61 Evaristo de Moraes Filho e Antonio Carlos Flores de Moraes, Introdução ao direito do trabalho
cit., p. 242.
62 Curso de direito do trabalho cit., n. 151, p. 323. No mesmo sentido, cf. Petraccone apud Mario
L. Deveali, Tratado de derecho del trabajo, Buenos Aires, La Ley, 1971, tomo I, p. 777.
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17/04/13 Envio | Revista dos Tribunais
65 Direito do trabalho, Rio de Janeiro, Editora Fundação Getúlio Vargas, 1993, p. 95.
66 Sucessão nas Obrigações e a Teoria da Empresa, Rio de Janeiro, Forense, 1960, vol. II, n.
259, p. 249.
67 in João de Lima Teixeira Filho, Repertório de Jurisprudência Trabalhista cit., n. 1.903, p. 542.
69 DJRS de 09.10.2000.
de Moraes Filho, "Sucessão nas Obrigações e a Teoria da Empresa" cit., n. 259, p. 249.
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