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Esta é uma questão bastante abrangente, devido a ser objeto de alterações e consequentes melhorias,
no sentido de proporcionar mais transparência entre as duas partes, efetivamente. O Direito do
Trabalho, tem fontes de direito específicas, previstas no Artigo 1.º do Código de Trabalho, aprovado
pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, alterada por legislação posterior, sendo que a última foi
alterada pela Lei n.º 93/2019, de 4 de setembro. Direito do Trabalho, é, portanto, pertença do ramo
jurídico que estuda as relações de trabalho. É composto por conjuntos de normas, princípios e outras
fontes jurídicas, que têm como propósito, a regulamentação da condição jurídica dos trabalhadores.
Não se pode declarar que é apenas o conjunto de leis, mas sim, de normas jurídicas, onde se incluem
os contratos coletivos. O Direito do Trabalho surge durante a Revolução Industrial, e inicialmente tinha
o propósito de proteger as crianças, mulheres e restantes trabalhadores, de excessos cometidos pelos
empregadores. Como á data não existiam leis que tutelassem os deveres e obrigações entre as duas
partes, os empregadores “aplicavam o que mais jeito lhes dava”.
Neste contexto criam-se as primeiras legislações do trabalho, que eram denominadas de legislação
industrial. Passa a existir o propósito de proteger o menor e a mulher, e limitar a duração da jornada
de trabalho. A primeira legislação, (Lei de Peel), salvaguardava as crianças, limitando o horário de
trabalho em 12 horas. Esta Lei revelou-se ineficaz, e cria-se uma segunda lei com o mesmo
propósito, proibindo o trabalho a menores de nove anos, restringindo simultaneamente o horário
de trabalho dos adolescentes de 16 anos ou menos, a 12 horas diárias. Em 1833, surgem leis que
proíbem o trabalho de menores de nove anos e limitou a jornada de menores de treze anos a nove
horas. Os adolescentes de menos de dezoito anos passam a poder trabalhar doze horas, e o
trabalho noturno passa a ser proibido.
França foi o primeiro país a tutelar o trabalho dos adultos e em 1813, proibiu o trabalho dos
menores em minas. Em 1814, o trabalho aos domingos e feriados foi proibido também, e em 1841 o
emprego dos menores de oito anos é fixado em oito horas diárias, bem como para os menores de
doze anos. Relativamente aos menores de dezasseis anos, a jornada é fixa em doze horas. Só no
decorrente ano de 1848, foi estabelecido o prazo máximo geral de doze horas. A partir desta data,
foram sendo criadas legislações, quase todas sobre jornada diária, intervalos, mulheres e menores.
Não obstante, as legislações eram vagas, e não permitiam a formação de um ramo jurídico
especializado. Por este motivo não era possível a existência de um conjunto sistemático de normas que
tutelasse o trabalho, mas reconheciam-se as más condições e o objetivo que era, impedir a violência e
os excessos sobre mulheres e menores de idade.
Devido a uma reestruturação social provocada pelo desenvolvimento da indústria, comunicações e
novas profissões, a legislação passa a estar incluída noutras áreas, ficando o direito do trabalho
institucionalizado.
O Artigo 427º do Tratado de Versailles não admite que o trabalho seja tratado como mercadoria. Por
este motivo, determina que a jornada diária se estipule em 8 horas, o salário seja igual e tabelado, o
repouso seja semanal e o trabalho feminino e do menor de idade tenham algumas dispensas. Para
além destas determinações passa a poder recorrer-se ao direito sindical.
O maior princípio do Direito do Trabalho é o de proteger o trabalhador, devido à inferioridade em se
encontra no contrato de trabalho perante a posição económica de dependência e a subordinação às
ordens de serviço. O Direito do Trabalho permite o equilíbrio entre os sujeitos do contrato de trabalho.
O Estado cria normas jurídicas, através do poder legislativo e executivo. Este expede atos que
influenciam o direito trabalhista. O Código do Trabalho é um documento jurídico, devidamente
publicado no Diário da República Portuguesa. Nele estão definidas todas as relações e leis
trabalhistas entre o empregador e o empregado.
As principais áreas abordadas neste documento são contratos, remunerações, gestão de férias,
acidentes de trabalho, vistos, licenças, despedimentos, entre outros. É um documento que está em
constante revisão por parte do Governo português.
Devido a existirem alterações comuns e constantes, podem surgir dúvidas por parte das entidades
empregadoras. Para permitir uma melhor gestão dos colaboradores de qualquer empresa, é
imperativo entender cada lei presente no Código do Trabalho.
Conforme consta no artigo 11.º do Código do Trabalho, um “contrato de trabalho é aquele pelo qual
uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua atividade a outra ou outras
pessoas, no âmbito de organização e sob a autoridade destas.”
Há normas sobre contratos típicos que têm uma força expansiva grande, não regulam apenas o tipo
a que diretamente se destinam, mas regulam tendencialmente alguns contratos atípicos. Outro
artigo semelhante é o artigo 1156º, que estende aos contratos de prestação de serviço em geral a
regulamentação do mandato. Isto para dizer que a regulação dos contratos típicos não tem toda a
mesma importância, mas depois há estes que são tão importantes que até se aplicam a outros.
Regula não apenas pelas normas gerais sobre contratos, mas também, na medida do necessário,
pelas normas especiais dos contratos mais próximos. Isto pode ter base na regra de colmatação de
lacunas, mas também pode basear-se nestas disposições que conferem força expansiva a certos
contratos típicos.
• Contrato sem termo; este contrato que define a efetividade do colaborador numa empresa,
sendo que não estipula nenhuma data para cessação do vínculo entre as partes. Um contrato sem
termo normalmente é celebrado quando é excedido o prazo de duração de um contrato a termo
ou o número de renovações permitidas por lei, sendo este o momento que marca a passagem do
colaborador a efetivo na empresa.
As grandes diferenças entre estes sete tipos de contrato prendem-se, sobretudo, com a duração,
período experimental e caducidade.
Do n° 2 do art.º 630º CPC extrai-se a seguinte regra: todas as decisões judiciais relativas à
simplificação ou agilização processual, ou à adequação formal, ou às regras gerais da nulidade dos
atos processuais admitem recurso quando contendam quer com os princípios da igualdade ou do
contraditório, quer com a aquisição processual de factos, quer com a admissibilidade de meios
probatórios.
A decisão proferida no uso legal de um poder discricionário não é recorrível com fundamento de que
tal decisão não representa a melhor forma de prosseguir o fim que a lei pretende seja atingido. Mas já
o será quando, como na situação sub judice, a avaliação do imóvel se enquadra na prova pericial,
estando na presença de um meio de prova, admissível de recurso, nos termos do art.º 630º, n° 2 CPC,
tanto assim que emerge do disposto no art.º 644º, n.°2, aIínea d) do CPC a consagração expressa de
ser admissível recurso de apelação de despacho de rejeição de um meio de prova.
Nulidades do processo «são quaisquer desvios do formalismo processual prescrito na lei e a que esta
faça corresponder, embora não de modo expresso, uma invalidade mais ou menos extensa de atos
processuais».
Estes desvios de carácter formal podem revelar-se seja através da prática de um acto proibido, seja
na omissão de um acto prescrito na lei, seja ainda na realização de um acto imposto ou permitido
por lei, mas sem o formalismo requerido.
O art.º 411º CPC, consagrador do princípio do inquisitório determina incumbir ao juiz realizar ou
ordenar, mesmo oficiosamente, todas as diligências necessárias ao apuramento da verdade e à justa
composição do litígio, quanto aos factos de que lhe é licito conhecer. O juiz, ao não ordenar a
diligência, viola o exercício de um autónomo poder-dever de indagação oficiosa, tem de ser arguida
a nulidade de tal omissão.
Garantindo somente o direito de propriedade, a Constituição (art.º 62º) não reconhece diretamente
outros direitos patrimoniais, previstos e regulados na lei civil e comercial (direito de usufruto, por
exemplo). Mas isso não quer dizer que os negue; simplesmente deixou a sua proteção e o seu
regime para a lei (art.º 16º, nº1) e para a sua liberdade de conformação, não se justificando as
tentativas feitas no sentido de os subsumir num conceito amplo, descaracterizado e fragmentado
do direito de propriedade.
Tendo em conta o direito processual em vigor, é possível ligar o princípio da aquisição processual ao
disposto no artigo 413.º do Código de Processo Civil: «O tribunal deve tomar em consideração todas
as provas produzidas, tenham ou não emanado da parte que devia produzi-las, sem prejuízo das
disposições que declarem irrelevante a alegação de um facto, quando não seja feita por certo
interessado».
O princípio da oralidade tem o condão de simplificar o procedimento laboral, com a prevalência da
palavra falada sobre a escrita, com a concentração dos atos processuais em audiência, tendo como
principal consequência, justamente oferecer maior efetividade à jurisdição.
O princípio da oralidade significa que os atos processuais do processo penal devem ser praticados
oralmente na presença dos participantes processuais (art.º 96º, nº 1, e art.º 298º, nº 1 e do art.º
348º ao art.º 350º do Código do Processo Penal - CPP), em especial no que respeita à produção de
prova em sede de audiência de discussão e julgamento (art.º 96º, nº 1 do CPP).
O princípio da oralidade não impede (e até aconselha) que os atos praticados oralmente fiquem
documentados ou registados (através do respetivo auto e registo áudio ou audiovisual – art.º 99º
do CPP), de modo a permitir um controlo de prova, o que se revela importante para efeitos de uma
eventual interposição de recurso.
O princípio da oralidade tem vantagens e inconvenientes. Quanto às vantagens, para além da
celeridade, aponta-se sobretudo a descoberta da verdade (a inquirição, o diálogo e a perceção da
reação dos depoentes permite ou ajuda na realização de tal tarefa), embora se possam apontar
como desvantagens a subjetividade e perenidade decorrentes da oralidade e a eventual falta de
registo (mas esta desvantagem já não pode ser apresentada enquanto tal, devido à documentação
dos atos praticados oralmente, que anteriormente referimos).
O princípio da cooperação traduz-se na imposição de deveres deontológicos aos sujeitos
processuais, com o intuito de tornar mais ético o âmbito processual, assim como já o é, há algum
tempo, o campo do direito material pela adoção de cláusulas gerais como a da boa-fé e a do abuso
de direito.
As entidades públicas têm especiais deveres de cooperação nos processos decorrentes nos tribunais
administrativos. Têm o dever de remeter ao tribunal o processo administrativo e demais
documentos respeitantes à matéria do litígio. Têm também o dever de dar conhecimento, ao longo
do processo, de superveniências resultantes da sua atuação (tal como, a prática de novos atos ou a
celebração de contrato), para que a respetiva existência seja comunicada aos demais intervenientes
processuais.
Ademais, todas as entidades públicas ou privadas têm o dever de colaborar com Ministério Público
(MP), fornecendo-lhe os elementos e a colaboração necessária à preparação ou condução de “ações
públicas”. Em caso de recusa, o MP pode solicitar ao tribunal competente para o julgamento da
ação proposta ou a propor a aplicação das sanções previstas na lei processual civil para as situações
de recusa ilegítima de colaboração para a descoberta da verdade (art.º 7º e art.º 8º do Código de
Processo Civil e art.º 8º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos). (LEXIONÁRIO DA
DRE)
O princípio da adequação formal, consagrado no art.º 547º CPC, não transforma o juiz em
legislador, ou seja, o ritualismo processual não é apenas aplicável quando aquele não decida, a seu
belo prazer, adaptar o conteúdo e a forma dos atos processuais, sob a invocação de, desse modo,
assegurar um processo equitativo. Os juízes continuam obrigados a julgar segundo a lei vigente e a
respeitar os juízos de valor legais, mesmo quando se trate de resolver hipóteses não especialmente
previstas (art.º 4º, nº. 2 da Lei n.º 21/85, de 30.7), e, daí, que o poder-dever que lhes confere o
preceito em causa deva ser usado tão somente quando o modelo legal se mostre de todo
inadequado ás especificidades da causa, e, em decorrência, colida frontalmente com o atingir de
um processo equitativo. Trata-se de uma válvula de escape, e não de um instrumento de utilização
corrente, sob pena de subverter os princípios essenciais da certeza e da segurança jurídica.