Você está na página 1de 3

Reflexão_10347 UFCD Atos processuais em processo penal

UFCD 10347 – Atos processuais em processo penal, que foi lecionada pela
formadora Anabela Azenha, com duração de 50 horas.

Objetivos:

 Classificar Atos Processuais em Processo Penal.


 Identificar as formalidades dos atos e a sua prática durante um Processo Penal.
 Identificar os prazos para a prática dos atos processuais em Processo Penal e as
consequências da não observância dos mesmos.
 Reconhecer a importância da comunicação dos atos e as formalidades a que está
sujeita essa comunicação em Processo Penal.
 Identificar as diversas formas de convocação para a prática de atos processuais
em Processo Penal.
 Identificar as nulidades a que está sujeita a prática de atos processuais em
Processo Penal.
 Organizar, instruir e movimentar processos judiciais, com cômputo de prazos e
pagamento de emolumentos.
 Interpretar o Código de Processo Penal.

Nesta UFCD fui aprender as fases de um processo penal. O processo penal tem
como finalidade garantir a justiça, possibilitar a descoberta da verdade dos fatos e repor
a paz na sociedade. Existem diferentes tipos de crimes nomeadamente os crimes
particulares, públicos ou os semipúblicos. Estes têm diferentes procedimentos, no caso
do crime particular o ofendido é responsável de apresentar queixa, e o arguido tem de se
defender, por meio de uma contestação à petição inicial.
Já os crimes públicos não carecem de queixa e a vítima não pode desistir do
processo. Por fim temos um caso misto, em que o arranque do processo é gerado pela
queixa ou denúncia, mas que as diligências a serem tomadas são tomadas mesmo à
revelia do autor. É importante referir que o Ministério Público no caso dos crimes
públicos, tem poder para pedir ao juiz todas as diligências que acha necessárias e que
nos outros casos este perde a legitimidade para promover oficiosamente o processo.
Fundamentalmente existem dois tipos de processos o comum e o especial. O
processo comum é iniciado se não houver nenhuma forma de aplicar o processo
especial. Assim sendo é importante definir os casos em que o processo é especial, que
está contemplado no intervalo de artigos que vai do 381º até ao 398º do Código do
Processo Penal.
Os processos especiais têm três formas de existirem o Sumário (artigo 381º do
CPP); Abreviado (artigo 391º-A do CPP) e o Sumaríssimo (artigo 392º do CPP).
O processo Sumário é aplicado quando existe detenção em flagrante de delito e
onde o crime não tenha uma pena superior de cinco anos.
O processo Abreviado é considerado um sucedâneo ao Sumário, no entanto
difere deste no caso de se as provas forem simples. São exemplos de provas simples,
provas documentais que possam ser recolhidas dentro do prazo previsto ou haver
testemunhas com uma versão uniforme dos fatos.
O processo Sumaríssimo também partilha as mesmas condições que os
anteriores (penas não superiores de cinco anos), no entanto aqui o juiz decide aplicar
uma medida de segurança que não interfira com a liberdade do arguido.
Como tudo o que é um processo, tem fases. Neste caso estamos perante a Fase
do Inquérito (artigo 262º do CPP); Fase de Instrução (artigo 286º do CPP) e a Fase do
Julgamento (artigo 311º do CPP).
A Fase do Inquérito serve, como o nome indica, para promover diligências com
o objetivo de investigar o crime, bem como a recolha de provas e suspeitos.
A Fase de Instrução serve para determinar se o caso é ou não arquivado, esta
fase é facultativa. Caso exista vontade de contestar por parte do arguido, este tem vinte
dias após a notificação para a abertura da instrução.
A Fase do Julgamento serve para o juiz pronunciar-se sobre o auto recebido.
Nesta fase o juiz pode rejeitar a acusação, se esta não for bem fundada ou se esta
apresentar uma alteração substancial dos factos.
E por fim é possível realizar um recurso à decisão do juiz, dos tribunais de
primeira instância. Estes recursos podem ser ordinários ou extraordinários. No caso dos
recursos ordinários estes têm de ser efetuados durante a tramitação da sentença, ou seja,
dentro dos 30 dias após a leitura da sentença. Já no caso dos recursos extraordinários a
refuta é feita após este tempo (30 dias) e serve para retificar alguma injustiça grave.
Existem prazos para realizar todas estas diligências e se estes não forem
cumpridos podem anular todo o processo. Os prazos que estão estabelecidos de uma
forma geral, e são os do Processo Civil, que refere ser de 10 dias úteis a contar após a
receção do documento, notificação, etc.

Você também pode gostar