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E DESIGNAÇÃO DA UFCD: EM RECURSOS EXECUÇÕES PROCESSO

PENAL
.
CÓDIGO DA UFCD: 10352
CARGA HORÁRIA: 25 HORAS
PONTOS DE CRÉDITO: 2.25
ESQUEMA
RECURSOS ORDINÁRIOS

(disposições aplicáveis — art. 399.º e seguintes)


O recurso é um meio de impugnação das decisões
judiciais, tendo em vista uma nova apreciação por
outro tribunal.
Os recursos em processo penal podem ser
ordinários ou extraordinários encontrando-se
regulados no Código de Processo Penal
RECURSOS ORDINÁRIOS

É permitido recorrer dos acórdãos, das sentenças e dos


despachos cuja irrecorribilidade não estiver prevista na lei
(artigo 399.º). Das decisões que não admitem recurso, cfr.
artigo 400.º.
O recurso da parte da sentença relativa à indemnização
civil só é admissível desde que o valor do pedido seja superior
à alçada do tribunal recorrido e a decisão impugnada seja
desfavorável para o recorrente em valor superior a metade
desta alçada1 (n.º 2 do artigo 400.º).
LOSJ?_____________________________
RECURSOS ORDINÁRIOS

Da legitimidade e interesse em agir (ex)(n.º 1, art.º 401.º):


Podem recorrer:
a) O MP;
b) O arguido e o assistente, de decisões contra eles proferidas;
c) As partes civis, da parte das decisões contra elas proferidas;
d) Aqueles que tiverem sido condenados ao pagamento de quaisquer importâncias,
nos termos do CPP ou tiverem a defender um direito afetado pela decisão.
EXEMPLO
M…., interveniente nos autos, cidadão e ministro de estado da República de …,
reclama, nos termos do disposto no art.º 405.º do C. P. Penal, do despacho proferido
pelo Tribunal Central de Instrução Criminal em 13/11/2014, o qual não admitiu o
recurso por ele interposto de um despacho anterior, datado de 8/10/2014, que não
conheceu de um requerimento por ele apresentado, estruturando-se esses despachos
com fundamento, em síntese, em que o requerente, agora reclamante, não é sujeito
processual, não sendo arguido, nem apresentando qualquer posição subjetiva
juridicamente tutelável, pedindo que o recurso seja mandado admitir com
fundamento, em síntese, em que embora nunca tenha sido constituído arguido, teve
intervenção nos autos, pelo menos, como suspeito, tendo coligido provas em
cumprimento de despacho do Ministério Público e tendo sido notificado do despacho
de arquivamento do inquérito e de um despacho de intervenção hierárquica que
ordenou a realização de outras diligências.
RECURSOS ORDINÁRIOS
Leitura do Acordão RG
Leitura da análise do Acordão J.
Resposta às questões do caso Clóvis.
Leitura da minuta de recurso
Leitura dos Princípios aplicados ao PP (aos recursos?)

Brainstorming
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:
(DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS — ART.ºS. 411.º E SEGUINTES)

DA MOTIVAÇÃO DO RECURSO:
O requerimento de interposição do recurso é sempre motivado, sob pena de não
admissão.
Para o caso do recurso ser interposto em ata, o prazo para apresentação da motivação
é de 30 dias (n.º 3, parte final, do art.º 411.º).
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Noção de trânsito em julgado


Uma decisão e/ou sentença, passível de ser impugnada, considera-se transitada
em julgado logo que não seja suscetível de recurso ordinário ou de reclamação,
cfr. art.º 628.º do Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente por força
do art.º 4.º do CPP.
Significa isto que, decorrido o prazo para interposição do recurso (30 dias),
contado do depósito da decisão recorrida, ou da notificação de despacho (caso se
trate de despacho recorrível), a sentença e/ou despacho transitam em julgado e
será ao trigésimo dia que deve ser certificada a nota de trânsito.
Contudo, a secretaria deverá sempre aguardar os 3 dias úteis subsequentes ao
termo do prazo, perante a possibilidade do sujeito processual afetado pela
decisão, poder praticar ainda o ato, nos termos do art.º 107.º-A do CPP,
aplicando-se o disposto nos n.ºs 5 a 7 do art.º 139.º do Código de Processo Civil.
RECURSOS ORDINÁRIOS (ARTIGOS
411.º, 413.º E 414.º)
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Uso da expressão “a quo” e “ad quem”


“A QUO”
A expressão “a quo” refere-se ao tribunal de instância inferior de onde
provém o processo objeto do recurso ou o ato que se discute em outro juízo.
Exemplo:
o recorrente alega que a juíza a quo proferiu decisão em que (…).
“AD QUEM”
A expressão “ad quem” designa o tribunal para onde se encaminha ou se
remete, em grau de recurso, o processo que se achava em instância inferior.
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Forma de subida dos recursos - (art.º 406.º)


Nos próprios autos ou em separado:
— O recurso tanto pode subir ao tribunal superior nos próprios autos como em separado dos autos principais, sendo neste
caso autuado em separado.
Nos próprios autos sobem os recursos interpostos das decisões finais e os que com eles devam subir (n.º 1), ou seja, aqueles
que não deverem subir imediatamente, ou ainda, por outras palavras, os que tiverem subida diferida (n.º 3.º do artigo 407.º)

Sobem em separado dos autos principais os recursos que devam subir imediatamente e que não sejam de decisões que ponham
termo à causa. São em geral, os recursos previstos nas alíneas do artigo 407.º.
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Acórdão / Sentença?

Os tribunais da Relação funcionam por plenário ou por secções especializadas, sob a direção
de um presidente. As secções são de matéria cível, matéria criminal ou matéria social.
Os juízes das Relações têm o título de………………………….

STJ- Juízes………………………….

Reformatio in pejus (do Latim reformatio, 'mudar', 'aprimorar', e peius, 'pior') é uma frase
em Latim usada no âmbito jurídico para indicar que uma decisão de um Tribunal foi alterada
para uma decisão pior que a anterior.
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

O princípio da proibição da reformatio in pejus prescreve que, interposto recurso de


decisão final somente pelo arguido, pelo MP, no interesse exclusivo do primeiro, o
tribunal superior não pode modificar, na sua espécie ou medida, as sanções
constantes da decisão recorrida, em prejuízo de qualquer dos arguidos, ainda que não
recorrentes.
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

JULGAMENTO EM AUDIÊNCIA
— Designação da data, pelo presidente, para um dos 20 dias seguintes, determinando-se as pessoas a
convocar (renovação da prova) mandando completar os vistos, se necessário, (n.º 1 art.º 421.º);
— São sempre convocadas para a audiência:
o MP;
o defensor do arguido;
os representantes do assistente e das partes civis (n.º 2 art.º 421.º).
— Sempre que haja renovação da prova o arguido é sempre convocado para a audiência, mas se tiver
sido regularmente convocado, a sua falta não dá lugar a adiamento, salvo decisão do tribunal em
contrário (n.º 4 art.º 430.º);
— As notificações para a audiência, com exceção do MP, são feitas por via postal (n.º 3 art.º 421.º).
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Abertura da audiência
O presidente declara aberta a audiência e o relator introduz os debates com uma exposição sumária
sobre o objeto do recurso (n.º 1 art.º 423.º);
À exposição pelo relator segue-se a renovação da prova, quando a ela houver lugar (n.º 2 do art.º 423.º);
Em seguida, o presidente dá a palavra para alegações por 30 minutos aos representantes do recorrente e
recorrido
RECURSOS ORDINÁRIOS
TRAMITAÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO:

Prazos

https://e-justice.europa.eu/content_procedural_time_limits-279-pt-maximizeMS_EJN-pt.do

Calculadora de prazos processuais: https://www.4lawyers.pt/prazos

TABELA PRÁTICA DE CONTAGEM DE PRAZOS E DILAÇÕES

novocpc.org
RECURSOS ORDINÁRIOS

Prazos

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Calculadora de prazos processuais:


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RECURSOS ORDINÁRIOS

Encerramento e deliberação:
Encerrada a audiência o tribunal reúne para deliberar (n.º 1 art.º 424.º);
Acórdão e notificações:
Concluída a deliberação e votação, é elaborado o acórdão pelo relator
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS
(disposições aplicáveis — art.ºs. 437.º e seguintes)
RECURSO PARA FIXAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA (art.º 437.º a 448.º)
Funda-se na oposição de acórdãos
Tem lugar quando no domínio da mesma legislação, o Supremo Tribunal de Justiça
profira dois acórdãos com soluções opostas relativas à mesma questão de direito,
ou quando a Relação proferir acórdão que esteja em oposição com outro, da mesma
Relação ou de Relação diferente, ou do Supremo Tribunal de Justiça.
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

Legitimidade para o recurso (art.º 437.º, n.º 1):


Ministério Público;
Arguido;
Assistente; e
Partes Civis.
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS
O Ministério Público recorre obrigatoriamente de qualquer decisão proferida contra jurisprudência
fixada pelo Supremo Tribunal de justiça, sendo o recurso sempre admissível (n.º 1 do art.º 446.º).
RECURSO CONTRA JURISPRUDÊNCIA FIXADA (art.º 446.º)
É admissível recurso direto para o Supremo Tribunal de Justiça, de qualquer decisão proferida contra
jurisprudência por ele fixada, a interpor no prazo de 30 dias a contar do trânsito em julgado da decisão
recorrida.
Legitimidade para o recurso (art.º 446.º, n.º 2):
Arguido;
Assistente;
Partes Civis e
Obrigatório para o Ministério Público.
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS
RECURSO NO INTERESSE DA UNIDADE DO DIREITO (art.º 447.º CPP):
O Procurador-Geral da República pode determinar que seja interposto recurso para
fixação da jurisprudência:
➢ De decisão transitada em julgado há mais de 30 dias (n.º 1);
➢ Sempre que tiver razões para crer que uma jurisprudência fixada está
ultrapassada indicando-se as razões e o sentido em que jurisprudência anteriormente
fixada deva ser modificada (n.º 2).
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

RECURSO DE REVISÃO (art. 449.º a 466.º)


É admissível a revisão de uma sentença, já
transitada em julgado, mesmo que o
procedimento criminal se encontre extinto ou já
prescrita ou cumprida a pena, quando se verifique a
existência das circunstâncias seguintes (cfr. art.º
449.º)
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

Legitimidade para requerer a revisão (art.º 450.º):


O Ministério Público;
O assistente, quanto a sentença absolutória e despachos de não pronúncia;
O arguido condenado e seu defensor, quanto às sentenças condenatórias (art.º 450.º, n.º 2).
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS

Tramitação (art.ºs. 451.º e 452.º):


É apresentado no tribunal onde foi proferida a decisão a rever, em requerimento:
Motivado;
Com indicação da prova a produzir; e
Acompanhado de certidão da decisão a rever e do seu trânsito e dos documentos que se entenda
dever apresentar.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Até 2012 a intervenção de apoio e controlo dos cidadãos


condenados a penas privativas de liberdade e não privativas de
liberdade era assegurado por dois organismos distintos: os
serviços prisionais e os serviços de reinserção social. Com a fusão
destes serviços, um único serviço de execução das penas, a
Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP)
assegura, sob a orientação dos tribunais de condenação e de
execução das penas o apoio e controlo do cidadão arguido num
processo crime ou sujeito/condenado a uma medida ou sanção
criminal desde a fase pré sentencial até à sua libertação.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
É descontado na pena de prisão, a cumprir pelo condenado, o período de prisão
preventiva bem como os períodos de detenção e obrigação de permanência na
habitação.
Sempre que a pena de prisão aplicada for não superior a um ano pode ser
substituída por pena de multa. Porém, se a multa não for paga, o condenado
cumpre a pena de prisão aplicada na sentença.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
Se o condenado consentir, pode ser executada em regime de permanência na
habitação, com fiscalização por meios técnicos de controlo à distância, a pena de
prisão aplicada em limite não superior a um ano; este limite máximo pode ser de
dois anos quando certas circunstâncias de natureza pessoa ou familiar do
condenado desaconselham a perda da liberdade em estabelecimento prisional,
nomeadamente: gravidez; idade inferior a 21 anos ou superior a 65 anos; doença ou
deficiência graves; existência de menor a seu cargo e existência de familiar
exclusivamente ao seu cuidado.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
A prisão por dias livres consiste na privação da liberdade por períodos
correspondentes a fins-de-semana e tem aplicação no caso de a pena de prisão
aplicada possuir um limite máximo não superior a um ano e não deva ser
substituída por pena de outra espécie.
O regime de semidetenção traduz-se na privação da liberdade que permite ao
condenado continuar a sua atividade profissional normal, a sua formação
profissional ou os seus estudos, por via de saídas limitadas ao cumprimento das
suas obrigações e tem aplicação na situação em que a pena de prisão aplicada não
seja superior a um ano, nem cumprida em dias livres e se o condenado nisso
consentir.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
A prestação de trabalho a favor da comunidade consiste na prestação de serviços
gratuitos ao Estado, a outras pessoas coletivas de direito público ou a entidades
privadas cujos fins o tribunal considere de interesse para a comunidade; este
regime só tem cabimento se ao condenado dever ser aplicada pena de prisão não
superior a dois anos e aquele nisso consentir.

A pedido do condenado, pode o tribunal ordenar que a pena de multa fixada seja
substituída por dias de trabalho em estabelecimentos, oficinas ou obras do Estado
ou de outras pessoas coletivas de direito público, ou ainda de instituições
particulares de solidariedade social.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
A admoestação é uma pena substitutiva da pena de multa e consiste numa solene
censura oral feita ao arguido, em audiência, pelo tribunal, só tendo lugar se ao
arguido dever ser aplicada pena de multa com o limite máximo de 240 dias, se o
dano tiver sido reparado e o tribunal considerar que, por aquela via, se realizam de
forma adequada e suficiente as finalidades da punição.

Se a multa não for paga há lugar à substituição da pena de multa por prisão, pelo
tempo correspondente reduzido a dois terços, ainda que o crime não fosse punível
com prisão, não se aplicando aqui o limite mínimo de um mês.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
Por força do instituto da liberdade condicional, o condenado a pena de prisão
superior a seis anos é colocado em liberdade condicional logo que houver cumprido
cinco sextos da pena. O tribunal coloca igualmente o condenado a prisão em
liberdade condicional quando se encontrar cumprida metade da pena e no mínimo
seis meses, ou quando se encontrarem cumpridos dois terços da pena e no mínimo
seis meses. A liberdade condicional depende sempre do consentimento do
condenado.
A liberdade condicional envolve um processo que culmina num despacho do
Tribunal de Execução das Penas que defere ou nega a liberdade condicional, exceto
quando cumpridos cinco sextos da pena.
EXECUÇÃO DAS PENAS EM PROCESSO PENAL

Notas:
Quando considerar que a libertação do preso pode criar perigo para o ofendido, o
tribunal informa-o da data em que a libertação terá lugar, tanto no caso de fim do
cumprimento da pena de prisão como para início do período de liberdade
condicional

O Ministério Público comunica a fuga do preso ao Tribunal, que, se considerar que


dela pode resultar perigo para o ofendido, o informa da ocorrência.
CÓDIGO DA EXECUÇÃO DAS PENAS E
MEDIDAS PRIVATIVAS DA LIBERDADE

Lei n.º 115/2009

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