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Índice Pág.
Exercícios 32
Resumo 34
Bibliografia 35
Sites de interesse 36
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Módulo 10 - Imposto sobre o Valor Acrescentado
U Atenção / Reter
i Definição
$ Exemplo prático
Exercícios de auto-avaliação
Bibliografia
8 Sites de Interesse
4
Módulo 10 - Imposto sobre o Valor Acrescentado
Objectivos gerais
6
Módulo 10 - Imposto sobre o Valor Acrescentado
Este módulo irá abordar o imposto sobre o valor acrescentado e a sua contabilização.
Por fim, deverá realizar o seu Teste de Avaliação e enviá-lo para o CIT, para ser atribuída a
classificação pelo seu Tutor.
O imposto sobre o valor acrescentado (IVA) é um imposto que incide sobre a despesa ou
consumo e tributa o “valor acrescentado” das transacções efectuadas pelo contribuinte. Enqua-
dra-se, desta forma, nos impostos designados por indirectos. A noção de “valor acrescentado”
neste imposto é uma noção simplificada, uma vez que este incide sobre a diferença entre o valor
venda dos bens e serviços e o valor das compras que os incorporam.
O IVA é um imposto geral que, como foi dito anteriormente, incide sobre a generalidade das
despesas de consumo.
O IVA pode ser definido como um imposto geral sobre o consumo, plurifásico, uma vez
que é liquidado em todas as fases do circuito económico e sem efeitos cumulativos, sendo que
é permitida a dedução do imposto suportado na aquisição dos bens e serviços indispensáveis à
realização da venda.
Este é também um imposto que garante a igualdade tributária, que assenta na compen-
sação nas fronteiras, com pagamentos fraccionados e que, normalmente, não é suportado pela
empresa.
$ Exemplo prático
Num circuito económico o peso da carga fiscal surge “amortecido” pelos diversos interve-
nientes, sendo o apuramento deste feito pela diferença entre o imposto liquidado e o imposto
Dedutível, desta diferença resulta o imposto a entregar ao estado ou o montante do reembolso
a solicitar.
Valor Tributável
O valor tributável consiste no valor dos bens e serviços sobre o qual incidirá a taxa de IVA.
As quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatário dos
serviços, registadas pelo sujeito passivo em contas de terceiros apropriadas;
As quantias respeitantes a embalagens, desde que as mesmas não tenham sido efectiva-
mente transaccionadas e da factura ou documento equivalente constem que foi acordada a sua
devolução.
Taxas
As taxas de imposto que estão previstas no art. 18º do CIVA variam conforme:
A natureza da transacção.
Quadro 1. Taxas
Regiões
Continente
Autónomas
Taxa Intermédia
12% 8%
(Lista II: serviços restauração)
Taxa reduzida
5% 4%
(Lista I: educação, alimentação e electricidade)
Isenções
A regra geral sobre o IVA diz-nos que só liquida IVA nas vendas e /ou prestações de serviços
quem o pode deduzir nas compras.
Isenção completa: o sujeito passivo não liquida o imposto nas suas operações, mas
tem direito a deduzir o IVA suportado nas aquisições. É o que sucede nas vendas de bens para
países comunitários ou terceiros. Nas operações que beneficiam de isenção completa, os agentes
económicos deverão mencionar nos documentos contabilísticos: “Exportação – Isento IVA art.14º
do CIVA” “Transmissão Intracomunitária – Isento IVA art. 14º do RITI”.
Isenção incompleta ou simples: O sujeito passivo não liquida IVA – o que sucede
em diversas prestações de serviços – mas também não pode deduzir o IVA suportado nas aquisi-
ções. O IVA suportado é uma componente do custo dos seus produtos/serviços sendo repercutido
no preço de venda (IVA oculto). É o que acontece, por exemplo, nos actos médicos, em que a
actividade está isenta de IVA, ao abrigo do art.º 9.
1.1.1 Subcontas
● Esta conta é de uso facultativo, é debitada pelo IVA suportado em todas as aquisi-
ções de inventários, investimentos ou outros bens ou serviços.
A utilização desta conta é aconselhável para as empresas que desenvolvem actividades com
direito à dedução e, simultaneamente, actividades que não conferem direito à dedução. São sujei-
tos passivos mistos. Sendo neste caso, o apuramento do imposto calculado com base no Pro Rata.
Segundo o n.º 4 do art. 23 do CIVA o Pro Rata é calculado da seguinte forma:
Resulta de uma fracção que tem no numerador o montante anual, imposto excluído, das
transmissões de bens e prestações de serviços, decorrentes do exercício de uma actividade eco-
nómica que conferem direito à dedução;
O sujeito passivo utiliza durante o ano o Pro Rata provisório calculado em função das opera-
ções efectuadas no ano anterior e no final desse ano, calcula o Pro Rata definitivo em função das
operações efectivamente realizadas e procede, se for caso disso, à regularização das deduções
efectuadas, a qual deverá constar da declaração do último período. O Pro Rata definitivo irá ser
utilizado como Pro Rata provisório no ano e assim sucessivamente.
Exemplo prático
Durante o ano N+1 a empresa irá utilizar o Pro Rata provisório de 85%, logo só
poderá deduzir 85% do imposto suportado nas suas aquisições. No final de N+1, irá calcular o Pro
Rata definitivo e será objecto de correcção na última declaração periódica do ano.
Como tem vindo a ser explicado até aqui, o método Pro Rata permite que o IVA
suportado seja Dedutível apenas na % correspondente ao montante anual de operações que
dêem lugar a dedução. No entanto o sujeito passivo misto, em harmonia com o n.º 2 do art.º 23
do CIVA, pode optar pelo método da afectação real, caso este lhe seja mais vantajoso.
O que diz respeito à subdivisão das Subcontas 2431 e 2432, estas podem ser subdivididas
de acordo com o que se está a adquirir, a sua origem e a taxa aplicável. Atendendo a esses cri-
térios podemos subdividir a conta 2431, e de forma análoga a conta 2432, da seguinte forma:
Movimentação
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
22 Fornecedores 31 Compras
A+B 1) + 2) 1) A
4) D
2) B C 3) 3) C
D 4)
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
2711 Fornecedores de investimentos 43 Activos fixos tangíveis
A+B 1) + 2) 1) A
4) D
2) B C 3) 3) C
D 4)
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
22 Fornecedores 62 Fornecimentos e serviços externos
A+B 1) + 2) 1) A
4) D
2) B C 3) 3) C
D 4)
No caso de utilizar a conta 2431 – IVA suportado, a conta em questão terá o seguinte movi-
mento:
X 1) 1) X X 2)
2) X
Movimentação
12 Depósitos à Ordem ou
22 Fornecedores 31 Compras
X+ Y 1) 1) X
1) Y
No caso de existir imposto não Dedutível, este será contabilizado na conta de compras.
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
2711 Fornecedores de investimentos 43 Activos fixos tangíveis
X+Y X
No caso de existir imposto não Dedutível, este será contabilizado na conta de activos fixos
tangíveis.
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
22 Fornecedores 62 Fornecimentos e serviços externos
X+Y X
No caso de existir imposto não Dedutível, este será contabilizado na conta de compras.
Esta conta será creditada pelo IVA liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emi-
tidos pela empresa. E será debitada pela transferência do saldo respeitante ao período de imposto
por crédito da conta 2435.
O SNC não prevê qualquer subdivisão para a conta 2433, podemos subdividi-la do seguinte
modo:
71 Vendas ou
72 Prestações de serviços 24331 Iva liquidado oper. gerais
X Y
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem ou
21 Clientes
X+Y
Deverão registar-se a crédito nesta Subconta o imposto suportado pela empresa respeitante
a, para além de outros possíveis:
Autoconsumo externo – afectação / utilização de bens da empresa para fins alheios aos
da empresa, desde que, na sua aquisição, tenha havido dedução total ou parcial do imposto
suportado;
Afectação de bens a sectores isentos, quando relativamente a esses bens tenha havido
dedução total ou parcial do imposto suportado na sua aquisição;
Prestação de serviços gratuitos pela empresa, quer aos seus titulares, quer ao pessoal
ou outras entidades;
38 Reclassificação e regularização de
inventários e activos biológicos 24331 Iva liquidado oper. gerais
X Y
X+Y
Poder-se-ia também registar o valor do IVA a crédito da 24332 pelo débito da 6812 – “Im-
postos Indirectos”.
Estas correcções, conforme a situação em causa, podem originar imposto a favor do sujeito
passivo ou a favor do Estado.
Devolução de vendas por clientes de bens e/ou serviços que no acto de venda tenham
estado sujeitos a IVA;
Movimentação
Devolução de vendas
X+Y X
X+Y X
X) Desconto concedido.
Y) Imposto sobre o desconto.
Adiantamentos de clientes
3) X X 1) 1) X+Y
Y 1) Z 2)
A 2)
2) Z+A X+Y 3) 3) Y
1) Recebimento do adiantamento.
2) Factura de venda.
3) Regularização do adiantamento.
Movimentação
X Y
22 Fornecedores
X+Y
X Y
Fornecedores
X+Y
X) Desconto obtido.
Y) Imposto sobre o desconto.
Adiantamentos a fornecedores
1) X
1) Y 2) Z
2) A
11 Caixa ou
12 - D/Ordem
X+Y 1)
3) X+Y Z+A 2) Y 3)
1) Pagamento do adiantamento.
2) Factura de compra.
3) Regularização do adiantamento.
A Subconta 24343 – Regularizações anuais por cálculo do Pro Rata definitivo, será utilizada
quando, após o cálculo do Pro Rata definitivo, houver lugar a regularizações.
Centro de Instrução Técnica 23
Contabilidade e Fiscalidade
X X
Y
X X
Y
A Subconta 24344 – Regularizações anuais por variações dos Pro Rata definitivos, é espe-
cífica para investimentos (imobilizados). A sua contabilização é feita no fim do ano, a débito ou a
crédito, por contrapartida de gastos ou de rendimentos.
Haverá lugar a rectificação sempre que o Pro Rata definitivo, calculado relativamente a cada
um dos anos de vida útil do bem, diferir – para mais ou para menos – em 5 ou mais pontos per-
centuais relativamente ao Pro Rata definitivo, apurado no ano de início de utilização.
X X
X X
Esta conta destina-se a centralizar as operações registadas nas contas 2432, 2433, 2434
e 2437, para que o saldo corresponda ao imposto a pagar ou em crédito, com referência a um
determinado período do imposto.
Será, desta forma, debitada pelos saldos devedores de 2432 e 2434 e creditada pelos sal-
dos credores de 2433 e 2434. Será ainda debitada pelo saldo da 2437, respeitante ao montante
de crédito do imposto, reportado do período anterior sobre o qual não exista nenhum pedido de
reembolso.
Sd (1) 2) Sc
24341 Iva - Reg. A favor da empresa 24342 Iva -Reg. A favor do estado
Sd (3) (4) Sc
(1) (2)
(3) (4)
11 Caixa ou
12 Depósitos à Ordem
(2)
1) Contabilização do IVA apurado pela Empresa (quando o saldo da Subconta IVA apuramento é credor
existe IVA a entregar ao estado).
2) Pagamento do Imposto.
(2)
Esta conta destina-se a contabilizar os créditos de imposto relativamente aos quais foi exer-
cido um pedido de reembolso. Debita-se pela solicitação de tal pedido, por contrapartida da 2437
e credita-se aquando da decisão da administração fiscal sobre o pedido de reembolso.
• Se mesmo antes de decorrido o prazo anterior, o crédito a seu favor exceder 25 x RMN
(retribuição mínima nacional) arredondada para a centena de euros imediatamente inferior;
Uma vez apresentado um pedido de reembolso, o sujeito passivo fica impedido de proceder
à dedução desse imposto em períodos subsequentes, até à comunicação da decisão da adminis-
tração fiscal:
(1) (2)
(3)
Debitar-se-á pelas liquidações oficiosas por contrapartida da 2436. Se a liquidação ficar sem
efeito, deverá proceder-se ao anulamento do lançamento.
12 Depósitos à Ordem
(3)
Exames à escrita;
Controlo cruzado.
1) Notificação.
2) Regularização.
3) Pagamento.
31- Compras/
Caixa/D.O./
Fornecedores 43 - Activo fixo tangível 71 - Vendas Caixa/D.O./Clientes
Exercícios de Auto-Avaliação *
Exercício 1
A empresa “ML, Lda” devolveu ao seu fornecedor mercadoria no valor de 15.000 € (valor ao
qual acresce IVA à taxa de 20%) por não corresponder à mercadoria encomendada. Nesta opera-
ção, qual a conta de Estado e Outros Entes Públicos que a empresa deve movimentar?
Exercício 2
a) O IVA suportado na aquisição de bens e serviços constitui sempre um gasto para qualquer
tipo de empresa.
b) O IVA suportado pelas empresas constitui um gasto em apenas algumas das aquisições
de bens e serviços.
Exercício 3
Exercício 4
U Resumo
• O Imposto sobre o Valor Acrescentado é um imposto que incide sobre o consumo ou
despesa.
• O valor sobre o qual incide a taxa do imposto é constituído pelo valor das vendas e serviços
constantes das facturas, com exclusão de descontos, bónus ou abatimentos.
• A conta 243 serve para registar todos os movimentos do imposto e é subdividida entre im-
posto suportado, dedutível e liquidado.
• As contas de IVA são contas mistas, o que significa que podem ser movimentadas a débito
ou a crédito, consoante se trate de imposto a favor da empresa ou do Estado, respectiva-
mente.
* Confira os seus resultados no final do módulo, e não envie este exercício ao CIT.
Bibliografia
• Borges, A., & Ferrão, M. (2000). A Contabilidade e a Prestação de Contas. Rei dos Livros.
• Borges, A., Rodrigues, A., & Rodrigues, R. (2007). Elementos de Contabilidade Geral. Áreas
Editora.
• Borges, A., Rodrigues, A., Rodrigues, R., & Rodrigues, J. M. (2007). As novas Demonstrações
Financeiras. Áreas Editora.
• Costa, C. B., & Alves, G. C. (2008). Contabilidade Financeira. Rei dos Livros.
• Legislação Diversa.
• Lourenço, I. C., & Morais, A. I. (2005). Aplicação das Normas do IASB em Portugal. Publisher
Team.
• Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. (2004 e 2006). Normas Internacionais de Relato
Financeiro (e suplemento). Áreas Editora.
8 Sites de Interesse
• CTOC:
http://www.ctoc.pt
• APOTEC:
http://www.apotec.pt
Exercício 1
c)
Exercício 2
b)
Exercício 3
a) F
b) V
c) V
d) V
Exercício 4
Sd2.600 2600 (1) (1) 2.600 3.500 (2) (2) 3.500 3.500Sc
(5) 850