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Gestão de

Equipas

by
Luis S. Francisco
CECOA

Dezembro 2015

“Gestão de Equipas” – CECOA 1 Luis S. Francisco


INTRODUÇÃO

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"É um facto provado que um bando voando em
formação de V pode percorrer o dobro da distância
que um pássaro isolado".
Robert Hargrove

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O INDIVÍDUO, A EQUIPA E A ORGANIZAÇÃO
• As empresas seleccionam pessoas, atribuem-lhes funções
específicas e, frequentemente, reduzem o trabalhador
apenas a esta dimensão,

• … à de mero executor das tarefas indispensáveis à


prossecução dos objectivos da empresa.

• Mas, cada trabalhador deve ser visto como uma pessoa no


seu todo, com necessidades, motivações, desejos, valores,
capacidades, preferências, receios e especificidades
inerentes à sua individualidade.

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O INDIVÍDUO, A EQUIPA E A ORGANIZAÇÃO
• As pessoas são um recurso complexo e contingente,

• e para o líder, supervisor ou gestor é, sem dúvida, difícil


controlar todas as variáveis que podem influenciar e
interferir com o comportamento humano

• e, nomeadamente, com o desempenho e produtividade das


pessoas e da equipa.

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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE EQUIPA
PARA A ORGANIZAÇÃO E INDIVÍDUO

• Apesar da organização contratar pessoas, estas não vão


trabalhar isoladamente, normalmente são integradas em
uma ou mais equipas.

• A necessidade da constituição das equipas decorre de


vários factores, mas é acentuada pelas actuais mudanças
do mundo empresarial e pela complexidade crescente dos
desafios e tarefas.

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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE EQUIPA
PARA A ORGANIZAÇÃO E INDIVÍDUO

• As equipas podem fazer melhor, aprender mais


rapidamente e mudar com mais facilidade do que as
pessoas individualmente ou do que as estruturas
tradicionais

• As equipas constituem um motor impulsionador das


empresas rumo ao futuro.

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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE EQUIPA
PARA A ORGANIZAÇÃO E INDIVÍDUO

• As organizações apostam em equipas flexíveis e


competitivas, com competências e talentos que transcendem
as competências e talentos individuais.

• Para que os objectivos destas equipas sejam alcançados


satisfatoriamente é necessário ocorrer o efeito de sinergia.

• A capacidade para trabalhar em equipa é hoje de


extrema importância.

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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE EQUIPA
PARA A ORGANIZAÇÃO E INDIVÍDUO

• Daniel Goleman refere que, nos anos 90, trabalhar em


equipa se tornou a competência mais valorizada.

• Este psicólogo enfatiza a importância do treino das


capacidades de grupo, que define como

“a capacidade de criar sinergias de grupo na


prossecução de objectivos comuns".

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TEAM BUILDING

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Exercício

“Construir as frases…”

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TEAM BUILDING
• A expressão anglo-saxónica "team building" significa
trabalho de construção de uma equipa, mas, de facto,
implica a construção, manutenção e desenvolvimento de
uma equipa.

• O team building envolve o processo de avaliação do


funcionamento da equipa, identificação dos problemas e
aspectos a mudar e encontrar estratégias para o
aperfeiçoamento

• O que implica, aceitação e compromisso da equipa na


mudança.
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TEAM BUILDING

• Para tal, é necessário proporcionar não só formação, mas


também oportunidades de treino que permitam à equipa:

• Identificar os obstáculos à prossecução dos


objectivos;

• Encontrar estratégias para ultrapassar os obstáculos;

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PRESSUPOSTOS DO TEAM BUILDING
Há que ter em atenção que:

• As equipas não se constroem de um dia para o outro - o


desenvolvimento e a manutenção das equipas requer
tempo, esforço e recursos;

• Para que uma equipa desenvolva o seu potencial é


necessário que exista um ambiente favorável e apoio
permanente;

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PRESSUPOSTOS DO TEAM BUILDING
• A decisão em equipa favorece o compromisso entre os seus
elementos e a eficácia na tomada de decisão;

• O líder deve apoiar a resolução dos problemas e as


soluções propostas pela equipa;

• As mudanças no funcionamento da equipa devem ser


transformadas em estruturas de forma a evitar o regresso
às práticas iniciais.

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CONDIÇÕES DE SUCESSO DO
TEAM BUILDING
Para que o team building tenha sucesso é necessário assegurar
os seguintes aspectos:

• Criação de um ambiente informal;

• Abertura na comunicação;

• Definição e aceitação dos objectivos;

• Clarificação dos desempenhos pretendidos;

• Elevado nível de interdependência dos membros da equipa;

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CONDIÇÕES DE SUCESSO DO
TEAM BUILDING
• Liderança eficaz que promova a coesão da equipa;

• Vontade e capacidade dos membros de contribuírem com


os seus conhecimentos, talentos e experiência;

• Confiança entre os elementos da equipa;

• Definição, atribuição e partilha de papéis em função da


eficácia;

• Partilha da liderança e gestão em função da eficácia

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CONDIÇÕES DE SUCESSO DO
TEAM BUILDING

• Análise e resolução de problemas da equipa;

• Esforço constante de aperfeiçoamento do funcionamento


da equipa.

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FASES DE EVOLUÇÃO DOS GRUPOS

• As equipas sofrem um processo de crescimento e evolução


entre as duas dimensões principais:

• A relação entre os seus membros;

• As tarefas e os objectivos;

• O desenvolvimento dos grupos está intimamente


dependente da aprendizagem do trabalho em conjunto e
da aceitação e confiança entre os membros.

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FASES DE EVOLUÇÃO DOS GRUPOS
Existem fases de desenvolvimento da equipa que definem a
sua maturidade.

Fase de Aceitação Mútua

• Os membros da equipa são inicialmente dominados pela


falta de confiança e pelo receio de não possuírem
formação ou capacidades para executar as tarefas.

• Depois da timidez, em que impera a formalidade e as


relações de educação, os membros da equipa começam a
contactar uns com os outros, a partilhar informação pessoal
e a aceitar-se mutuamente
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• pessoal e a aceitar-se mutuamente.
FASES DE EVOLUÇÃO DOS GRUPOS

Fase de Tomada de Decisão

• Os membros da equipa comunicam abertamente sobre as


tarefas.

• Inicia-se o processo de decisão, estabelecem-se as regras


que permitem prevenir e resolver problemas, desenvolvem-
se estratégias de trabalho e ajuda mútua para criar as
condições que permitam um desempenho eficaz.

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FASES DE EVOLUÇÃO DOS GRUPOS

Fase de Motivação

• A equipa amadurece, aprende a lidar com desafios


complexos e interage com base na cooperação.

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FASES DE EVOLUÇÃO DOS GRUPOS
Fase de Controlo

• A equipa está bem organizada e utiliza todo o potencial


dos seus membros.

• Os membros da equipa estão confiantes e gerem as suas


interacções, criando relações de amizade.

• É o grau de atracção que as pessoas sentem relativamente


à equipa a que pertencem e dá origem à motivação para
se manterem como membros. – a importância da coesão
da equipa.

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A COESÃO GRUPAL

• Existe uma relação entre desempenho e coesão da equipa.

• As equipas altamente coesas normalmente têm um melhor


desempenho e revelam mais maturidade e maior
satisfação.

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A MATURIDADE DA EQUIPA

• A maturidade de uma equipa diz respeito à estabilidade,


ao funcionamento e à eficácia do grupo. Características de
um grupo maduro e eficaz:

• Clima de liberdade e abertura na comunicação;

• Definição clara e aceitação dos objectivos;

• Promoção das iniciativas individuais e aproveitamento


do potencial dos membros;

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A MATURIDADE DA EQUIPA

• Partilha da gestão e liderança de acordo com a


eficácia;

• Articulação entre objectivos da equipa e as


necessidades individuais;

• Equilíbrio entre espírito de cooperação e a competição;

• Satisfação das necessidades de afiliação dos membros;

• Esforço constante de desenvolvimento da equipa e dos


membros;

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A MATURIDADE DA EQUIPA

• Elevada coesão;

• Auto-avaliação do desempenho relativamente aos


objectivos e ao funcionamento da equipa.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA

• À medida que o grupo evolui e adquire maior maturidade,


a estrutura da equipa vai emergindo.

• Os indivíduos desempenham os papéis previamente


definidos de forma a manter a estrutura da equipa e a
alcançar os objectivos.

• Um papel é o conjunto de comportamentos que é esperado


que determinada pessoa desempenhe por ocupar uma
dada posição na equipa.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

• Os papéis ajudam a equipa a concentrar-se nos seus


objectivos e permitem a manutenção de bom
relacionamento entre os seus membros.

• Benne e Sheats distinguiram três grupos de papéis


funcionais nas equipas:

• papéis orientados para a tarefa,

• papeis orientados para a relação

• e papéis auto-dirigidos.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Papéis orientados para a tarefa:

• Os iniciadores - promovem as ideias sobre os


procedimentos;

• Os que procuram informação - procuram os dados e os


factos que permitem resolver os problemas;

• Os que fornecem informação - fornecem os dados e os


factos precisos;

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Papéis orientados para a tarefa:

• Os coordenadores - integram factos, ideias e opiniões;

• Os estimuladores - transmitem a energia que o grupo


necessita para o seu funcionamento e desenvolvimento da
acção.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Papéis orientados para a relação (apoio e encorajamento):

• Os harmonizadores - promovem a resolução dos conflitos e


o aliviar das tensões;

• Os guardiães - mantêm os membros focados nos interesses


do grupo;

• Os mediadores - promovem a harmonia do grupo;

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Papéis orientados para a relação (apoio e encorajamento):

• Os expeditos - promovem o melhor funcionamento do


grupo.

• Os coordenadores - integram factos, ideias e opiniões;

• Os estimuladores - transmitem a energia que o grupo


necessita para o seu funcionamento e desenvolvimento da
acção.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Papéis auto-dirigidos (egocêntricos):

• Os bloqueadores - têm uma atitude negativa;

• Os que procuram reconhecimento – são egocêntricos e


querem atenção;

• Os dominadores - são manipuladores e autoritários;

• Os esquivos - isolam-se dos outros membros.

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

Esta teoria (de Benne e Sheats) permite:

• Compreender a dinâmica das equipas;

• Melhorar o auto-conhecimento quer dos indivíduos quer da


própria equipa;

• Concluir que para uma equipa trabalhar de forma eficaz é


necessário que os membros do grupo desenvolvam papéis
diferentes;

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OS PAPÉIS NA EQUIPA. TIPOS DE PAPÉIS.

• Distribuir os papéis tendo em vista a personalidade das


pessoas;

• Valorizar as diferenças entre membros de uma equipa na


medida em que o desempenho de papéis complementares
é gerador de sinergias;

• Permitir que cada membro contribua com o que tem de


mais positivo.

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Obrigado,

Luis S. Francisco

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