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Planear trabalhos com todos elementos necessários.
Estabelecer prioridades nas ordens de trabalho.
Manutenção - introdução
Interpretar ordens de trabalho e elaborar relatórios de trabalho.
Elaborar o arquivo técnico.
Classificar os DMM (Dispositivos de Monitorização e Medição) e reconhecer a
importância da calibração.
Relacionar qualidade e manutenção.
Definir TPM (Manutenção Produtiva Total).
Utilizar software específico para gestão da manutenção.
Formadora: Isabel Castelo Branco Descodificar o sistema organizacional da empresa e contribuir para o seu
melhoramento e otimização. 2
Conteúdos programáticos
Introdução à manutenção
Grau de criticidade dos equipamentos, prioridades
Indicadores de produtividade (MTBF, MTTR e disponibilidade)
Organização do parque de equipamentos; do arquivo técnico; da codificação e
normalização; do histórico de avarias e intervenções……
Planeamento e programação (objetivos, fases e técnicas), aplicada à manutenção
Relatórios de intervenção e registo histórico
Filosofias utilizadas na gestão da manutenção
Software utilizado na gestão da manutenção – aplicações
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Primeiro…
Manutenção Manutenção
É ao feito de assegurar estas condições com um custo global Monitorização constante, recolha e tratamento
mínimo que se pode designar como boa manutenção. de dados
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A conservação de instrumentos e ferramentas sempre foi uma Naquela época o projetista da máquina, treinava as pessoas a
preocupação do HOMEM desde os primórdios da civilização. operarem e repararem a mesma em caso de necessidade, e só
intervinha ele próprio apenas em casos mais complexos, o
operador era então o encarregado pelo funcionamento e
Foi apenas aquando da revolução industrial, em meados do
conservação da máquina.
século XVIII e com o aparecimento das primeiras máquinas
têxteis a vapor, que a função manutenção emergiu
efetivamente. Desde a Revolução Industrial e até à atualidade, podemos dizer
que a manutenção passou por três grandes períodos.
1ª Geração 2ª Geração
Até à 2ª guerra mundial, a indústria era pouco mecanizada, os A partir da 2ª guerra e até aos anos 60, houve uma pressão
equipamentos eram simples e fiáveis e devido à reduzida por produção e, com pouca disponibilidade de mão-de-obra
pressão por parte do mercado a produtividade não era fator para a indústria, houve uma crescente dependência na
prioritário. mecanização e posteriormente na automação.
Não era necessária uma manutenção sistematizada; apenas A forte mecanização e a complexidade crescente das unidades
serviços de limpeza, lubrificação e reparação após a avaria. Era industriais, exigiu uma maior fiabilidade e disponibilidade das
dado pouco ênfase ao tempo e custos. A manutenção era, máquinas para a produção, no sentido de evitarem falhas. a
fundamentalmente, corretiva. indústria estava bastante dependente do bom funcionamento
das máquinas.
2ª Geração 2ª Geração
Surgiu então a manutenção preventiva, com intervenções A produção em massa atinge a maturidade, começa-se a dar
programadas e em intervalos pré-definidos. mais importância aos fatores custo e tempo de produção e a
indústria começa a tomar consciência que os tempos de
paragem de equipamentos têm influência negativa no seu
Os custos de manutenção também aumentaram pois tornou-se desempenho.
necessário um maior investimento em peças de reposição,
obrigando as empresas a um rigor crescente nas suas
programações, criaram-se então os sistemas de planeamento
e controle de manutenção.
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3ª Geração 3ª Geração
A partir da década de 70, as paragens de produção começaram O crescimento da automação e da mecanização passou a
a ter consequências indesejáveis, afetando a produção e tendo indicar que a confiabilidade e disponibilidade se tornariam
repercussão nos seus custos finais. pontos-chave em setores tão distintos quanto a saúde,
processamento de dados, telecomunicações e gestão de
edifícios.
Na manufatura, os efeitos dos períodos de paralisação foram
agravando-se pela tendência mundial de utilizar sistemas “just-
in-time”, onde stocks reduzidos para a produção em Maior automação também significa que falhas cada vez mais
andamento significavam que pequenas pausas na frequentes afetam a nossa capacidade de manter os padrões de
produção/entrega naquele momento poderiam paralisar a qualidade estabelecidos.
fábrica.
3ª Geração
Plano de
Objetivos da manutenção Problema
produção
Início da
Redução dos custos manutenção
Plano de Informações
Evitar paragem com perda de produção manutenção técnicas
Manutenção
Manutenção corretiva
Manutenção Manutenção
Planeada não-planeada Manutenção conduzida de forma a reparar os materiais e a
repô-los no estado de bom funcionamento.
Substituição de peças ou componentes que se desgastaram ou Reparações são executadas sem planeamento e em caráter
falharam e que levaram a máquina ou o equipamento a parar de emergência.
por falha num ou mais componentes. As horas extras do pessoal de manutenção são grandes,
É o conjunto de serviços executados nos equipamento com contribuindo para um desgaste físico e mental, com condições
falha. de trabalho desfavoráveis.
Os índices de acidentes também são altos, devido ao trabalho
sob pressão por causa do tempo e da necessidade de colocar
a máquina em condições de produção.
Consiste em:
Analisar o estado geral dos equipamentos O Planeamento envolve a preparação e a programação.
Estudar as avarias repetitivas
Estudar os pontos críticos Efetuada segundo critérios pré-determinados, conduzida com o fim
de reduzir a probabilidade de um material entrar em rutura.
Agrupar as avarias por causa
Elaboração das gamas-tipo (que contêm a sequência de
operações para cada tipo de intervenção) A manutenção preventiva pode ser sistemática ou condicionada.
Tipos de manutenção
Manutenção preventiva
Manutenção efetuada com a intenção de reduzir a probabilidade
de falha de uma máquina ou equipamento, ou ainda a degradação
de um serviço prestado. É uma intervenção prevista, preparada e
programada antes da data provável do aparecimento de uma
falha, ou seja, é o conjunto de serviços de inspeções
sistemáticas, ajustes, conservação e eliminação de defeitos,
visando a evitar falhas.
É realizada em conformidade com um cronograma ou com índices
de funcionamento da máquina.
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Subordinada à medição de parâmetros pré-determinados que Os parâmetros de controlo mais comuns são:
revelarão o estado de funcionamento e de degradação de um Espectro em frequência do nível de vibrações do equipamento
determinado equipamento. (aplicável principalmente a equipamentos com órgãos rotativos,
ou outros que sejam sujeitos a esforços dinâmicos).
Os parâmetros de controlo mais comuns são: Os parâmetros de controlo mais comuns são:
Análise de óleos. Exame do estado de superfícies.
Exame da estrutura de materiais.
Permite testar a aptidão do lubrificante e estimar o estado Exames de dissipação de energia.
de degradação dos orgãos lubrificados mediante a análise das ...
partículas em suspensão (aplicável principalmente a
equipamentos transmissores de potência mecânica:
redutores, diferenciais, etc.).
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Conjunto de programas especiais (Análise e Medição de Os principais objetivos da manutenção preditiva são:
Vibrações, Termografia, Análise de Óleo, etc.) orientados Reduzir os impactos dos procedimentos preventivos no resultado
para a monitorização de máquinas e equipamentos em da operação;
serviço.
Eliminar desmontagens e remontagens para inspeção;
A sua finalidade é predizer falhas e detetar mudanças no Impedir propagação dos danos;
estado físico que exijam serviços de manutenção, com a
antecedência necessária para evitar quebras ou estragos Maximizar a vida útil total dos componentes de um
equipamento.
maiores.
Manutenção Preditiva
Manutenção melhorativa
https://www.industriahoje.com.br/o-que-e-
manutencao-industrial-de-maquinas-e-
equipamentos
Custos da manutenção
A análise da criticidade dos equipamentos é uma A relação entre a falha do equipamento e o desempenho
metodologia que permite determinar quais equipamentos empresarial é um fator importante para decidir onde e
tem o maior impacto potencial no cumprimento das metas quando os recursos devem ser aplicados para manter ou
de negócio, tendo em consideração aspetos importantes melhorar a confiabilidade do equipamento.
como: segurança, meio ambiente, custo, etc.
Podemos dizer: Para manter o desempenho do equipamento confiável
"Equipamentos críticos são os equipamentos cuja falha exige-se uma execução rápida de trabalhos de
tem o maior impacto potencial sobre os objetivos de manutenção para identificar proativamente causas da
negócio da empresa.“ falha do equipamento.
MTBF - ou tempo médio entre falhas, é uma métrica que diz A taxa de avarias, l, exprime o número de avarias por
respeito à média de tempo decorrido entre uma falha e a unidade de utilização, por exemplo número de avarias por
próxima vez que ela ocorrerá. hora ou número de avarias por Km, etc.
MTBF MTTR
Tempo médio entre falhas ( Mean Time Between Failures) Tempo médio de reparação (Mean Time To Repair)
MWT DISPONIBILIDADE
Tempo médio de espera (Mean WaitingTime)
Um sistema deveria funcionar durante 36 horas. Nesse período, A. Tempo em que o sistema deveria trabalhar: 36 horas
o sistema teve 4 falhas, totalizando 24 horas de paragem. B. Tempo total em que o sistema não está a funcionar: 24 horas
Determine a disponibilidade. C. Tempo em que o sistema esteve disponível: 12 horas
D. Ocorreram 4 falhas no sistema
Exercício 1 Exercício 1
1 – Calcule o MTBF por recurso ao historial do Uma forma expedita de calcular o Tempo Médio de Bom Funcionamento (MTBF)
de um equipamento é proceder à análise do seu historial e relacionar as avarias
equipamento tendo em consideração os dados da tabela. que sofreu com a altura, no tempo, em que essas avarias aconteceram.
É, pois, necessário definir um contador e registar para que valores desse
contador aconteceram as avarias e, finalmente, calcular, nas mesmas unidades
do contador, quais as durações dos períodos sem avarias ou, por outras palavras,
os Tempos de Bom Funcionamento - TBF.
Numa terceira fase, calcula-se a média aritmética dos TBF encontrados, pois
o MTBF é igual ao somatório de todos os TBF ocorridos entre as paragens por
avaria, dividido pelo número total de avarias.
Exercício 2
Exercício 2 Exercício 3
Exercício 3 Exercício 3
Tempo de Operação Total, tempo que a máquina "Deveria Trabalhar" : MTTR = 290 / 4 = 72, 5 min = 1h e 13min
10 Horas
Número de Falhas: 4
Disponibilidade = 77,10 + (77,10+72,5) = 77,10 / 149,6 = 0,515 =
Tempo Total de Máquina Parada = 50 min + 1 h+1 h+ 2h= 4 h e 50 min =
= 0,52 = 52 %
290 min
Tempo Médio entre Falhas = (600 – 290 ) / 4 = 77,10 min = 1 h e 17 min
A organização deve ter compilada informação relativa ao Caderno de máquina – compilação dos documentos
seu parque de equipamentos. referentes a um dado equipamento ou a um conjunto de
equipamentos semelhantes
A documentação pode ser de carácter:
Os equipamentos devem estar
claramente identificados segundo código técnico geral (formulários, livros técnicos, revistas…)
específico. técnica específica (catálogos, cadernos de máquina,
desenhos gerais ou específicos, …)
Deve existir um “caderno de máquina”
Passo 1: Levantamento dos equipamentos: Passo 3: Definir o tipo de manutenção para cada equipamento.
Identificar todos as máquinas da empresa e documentar Sabendo a criticidade e as informações dos equipamentos,
todas as informações possíveis, como modelos, números de deve-se definir qual tipo de manutenção será aplicada a
série, etc; cada um: Manutenção Preventiva, Preditiva, Corretiva ou
Passo 2: Classificação quanto à criticidade: simples Inspeções Visuais.
GANTT GANTT
Operações a realizar:
Atividade A: duração: 3 horas
Atividade B: duração: 6 horas
Esta técnica consiste em encontrar a melhor maneira possível de Atividade C. duração: 6 horas
posicionar as diferentes tarefas de um projeto a executar num período Atividade D: duração: 7 horas
determinado, em função: Atividade E; duração: 5 horas
PERT
Na Fig.1 apresentasse um exemplo de projecto, em que as actividades são Uma rede PERT é composta pelos seguintes elementos:
representadas através de setas.
Tarefa - representada por uma seta ou flecha. A cada tarefa corresponde um
código e uma duração.
TPM TPM
A operação tem uma visão horizontal e capacitada, assume Exemplo de aplicação de TPM:
algumas atividades simples de manutenção.
Verificação: O motorista verifica que um pneu tem pressão
O fato de um parafuso da máquina estar solto ou da máquina baixa;
precisar de lubrificação, não significa que deverá ser acionada
a equipa de manutenção. Ação: O motorista dirige-se ao equipamento e enche o pneu;
O sucesso da Manutenção Autónoma está diretamente Ganho: Se fosse requisitada ajuda à manutenção, um operador
relacionado com o entrosamento perfeito entre Operação e (mecânico) perderia muito tempo com uma tarefa simples
Manutenção. Investimento: Formação sobre calibração e verificação da
pressão do pneu, bem como utilização do equipamento
TPM
TPM TPM
TPM TPM
Fontes essenciais de diminuição do rendimento nas Fontes essenciais de diminuição do rendimento nas
instalações industriais instalações industriais
3. Perda por paragem temporária – não é constituído por
uma quebra, mas por uma interrupção momentânea, 5. Perda por produção de produto defeituoso e devido
resultante de um problema. Em geral, são situações em ao retrabalho – Todas as operações relativas a retrabalho
que basta um reset à máquina para se ter a continuidade (rework) ou mesmo à eliminação dos produtos defeituosos
da operação; constituem perdas, pois tudo o que é feito além do
previsto para produzir deve ser incluído e computado
4. Perda por queda da velocidade da produção – A queda como perda;
da velocidade da produção ocorre por problemas relativos
à qualidade, problemas mecânicos, etc.
TPM TPM
TPM TPM
4. Estabelecimento de uma linha piloto: a linha piloto é 8. Treino dos operadores: introdução ao TPM por meio de
necessária para depurar o método e melhorar a treino rigoroso;
aprendizagem; 9. Implantação efetiva do TPM: áreas da fábrica passam a
5. Treino de chefias e supervisores: é necessário dominar utilizar a TPM;
os conceitos de TPM; 10. Medir resultados: parâmetros para acompanhar a
6. Preparação dos instrutores: os instrutores serão influência do TPM nos resultados das áreas que a utilizam;
responsáveis pelo treino dos operadores, mecânicos, etc.; 11. Auditoria: desenvolvimento de um sistema de
auditoria para introduzir os ajustes do TPM
Produtividade (P):aumento de produtividade em termos Custos (C): redução de 30% no custo de fabrico;
de valor agregado: 1,5 vezes; redução no número de Stock (E): redução de 50% no stock de produto acabado e
ocorrências de quebra/falha repentina: 1/10 a 1/250; inacabado;
aumento do índice operacional de equipamento; 1,5 a 2
vezes; Segurança (S): acidentes com afastamento: zero poluição
zero;
Moral (M): aumento da quantidade de sugestões para
Qualidade (Q): redução do índice de defeito no processo melhorias: 5 a 10 vezes.
de produção: 1/10; redução das reclamações por partes
dos clientes: 1/4;
TPM
Indicadores PQCDSM.
P – produtividade;
Q – qualidade / ambiente;
C – custo / participação;
D – prazo/entrega;
S – segurança, higiene e meio;
M – moral, motivação integração.