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A manutenção é uma função que existe na maior parte das organizações. Uma boa gestão desta
função pode definir o sucesso ou o fracasso de uma organização. Maior disponibilidade dos
equipamentos e maior segurança das instalações. Em algumas indústrias têm um papel muito
importante, é um papel fundamental na concretização dos objectivos da empresa. Custos variam,
em alguns casos chega a cerca de 50% do custo de produção.
Outras funções
Função financeira - sem ela não existiriam os meios humanos e materiais nem os meios de
produção, não só pela disponibilização de capital, mas também pelas operações contabilísticas
de toda a empresa.
Função medicina do trabalho (segurança e higiene no trabalho) - análise das condições de trabalho
(e.p.i.’s) e colectiva, equip. De combate a incêndio, etc.
Função gestão da informação - automatização das funções e estabelecimento dos sistemas mais
adequados para tratamento da informação.
Missão da função manutenção - realizar todas as tarefas necessárias para que o equipamento seja
mantido ou reposto no estado de novo. Para o cumprimento desta missão, será necessário
reparar, fazer revisões, renovar máquinas e outros equipamentos ligados à produção de um bem
ou prestação de um serviço.
De acordo com a norma inglesa BS 3811 a manutenção é: “combinação de acções realizadas para
manter um bem ou repô-lo numa condição aceitável”.
A descentralização tem como vantagem um melhor controlo das despesas de manutenção por
posto de trabalho e como desvantagem a aplicação por vezes de políticas de manutenção menos
indicadas e contraditórias.
Assim, deverão ser estabelecidos indicadores que permitirão medir a sua eficácia e aferir a
rentabilidade e a razão de existir de um serviço de manutenção.
Há também que assegurar que essa manutenção seja de qualidade, com uma boa gestão e com
técnicos polivalentes.
2 – FUNÇÃO “EXECUÇÃO”
3 – FUNÇÃO “DOCUMENTAÇÃO”
MANUTENÇÃO CORRECTIVA
É a manutenção que se efectua após a ocorrência de uma avaria, considerando a avaria como
a alteração ou cessação da capacidade do equipamento realizar a função para que foi
especificado. A avaria pode ser parcial ou total. Parcial se há apenas uma alteração na
capacidade de realizar a função e total se há a cessação dessa mesma capacidade.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Tem como missão evitar que ocorram avarias aos equipamentos que se encontram a
funcionar, desde que em termos financeiros seja mais favorável do que deixar que a avaria
ocorra.
O comportamento do material;
Os desgastes;
Os modos de degradação;
Quando se determina que este método é o mais indicado, fixa-se um potencial (tempo de vida
útil), de maneira que quando esse valor for atingido se faça uma revisão geral, eliminando os
mecanismos de desgaste ou envelhecimento.
Esse potencial é-nos dado inicialmente pelo fabricante, sendo ajustado à medida que observamos
o comportamento de um grande número de equipamentos semelhantes. É o chamado método
de manutenção preventiva sistemática - “hard time maintenance”
Revisão geral;
Revisão condicionada.
De entre todos os parâmetros, a análise vibracional é aquela que nos permite recolher mais
informação. Os parâmetros medidos podem ser:
Nível de um óleo;
Qualidade de um óleo;
Temperaturas;
Pressões;
Diferenças de potencial;
Intensidades de correntes eléctricas;
Vibrações.
Quando é possível medir ou avaliar certos parâmetros de desgaste sem retirar a unidade da
máquina, podemos estabelecer valores limite para esses parâmetros, que quando atingidos
aconselhem à sua desmontagem. É uma manutenção em função do estado. É a manutenção
preventiva condicionada – “on condition maintenance”.
Pode ainda ser referido outro método (característico em sectores como a aeronáutica) designado
por “condition monitoring maintenance”. Pressupõe a existência obrigatória de redundâncias.
NOTA:
Manutenção Planeada:
M. Preventiva Sistemática;
M. Preventiva Condicionada;
M. Correctiva.
M. Correctiva.
Política de Manutenção
A política de manutenção numa empresa tem a ver com a definição dos objectivos técnico-
económicos relativos à atenção que se deve prestar aos equipamentos através do serviço de
manutenção. O responsável pela manutenção terá que assegurar os meios para que se cumpram
esses objectivos da empresa.
Segundo NP EN 13306:2007
EM FALHA (FAULT)
“Estado de um bem inapto para cumprir uma função requerida, excluindo a inaptidão devido à
manutenção preventiva ou outras acções programadas, ou devido à falta de recursos externos”
As avarias podem ser básicas ou não básicas conforme as causas que as originam. As básicas são
aquelas que são motivadas por uma causa intrínseca à própria unidade, as não básicas são
aquelas derivadas de causas externas.
A NP EN 13306:2007 refere:
As avarias básicas como avarias primárias:
“Avaria de um bem que não é causada, directa ou indirectamente, por uma avaria ou estado de
falha de um outro bem”
As avarias não básicas como avarias secundárias:
“Avaria de um bem causada, directa ou indirectamente, por uma avaria ou estado de falha de um
outro bem”
CURVA “A” - custos de manutenção preventiva e dos custos de quebra de produção por
imobilização do equipamento para realizar a manutenção preventiva.
CURVA “B” - soma dos custos de reparação, dos custos de quebra de produção por imobilização
da máquina para realizar a manutenção correctiva e dos custos resultantes da degradação da
qualidade.
A causa da imobilização é muito importante, uma vez que, como vimos anteriormente, terá
repercussão nos custos. Poderemos considerar as seguintes causas:
Sobrecargas;
Materiais inadequados;
Má operação da máquina;
Manutenção insuficiente;
Programa de manutenção inadequado;
Falta de sobressalentes;
Falta de informação técnica dos fabricantes.
2 – FIABILIDADE
MANUTIBILIDADE
É um conceito muito importante uma vez que se traduz na facilidade e consequente rapidez que
um equipamento que se avariou ou atingiu a altura de fazer manutenção preventiva tem para ser
reposto no seu estado operacional.
Manutibilidade de um equipamento pode ser definida como a probabilidade do equipamento ser
reposto nas condições especificadas dentro de um dado período de tempo quando as acções de
manutenção, reparação, revisão geral ou substituição forem realizadas de acordo com os
procedimentos e recursos prescritos.
A manutibilidade está muito relacionada com a fase de projecto e com a atenção dispensada a
aspectos como:
Boa acessibilidade;
Montagem das unidades concebida para substituições rápidas;
Acesso a inspecções internas por meio de boroscópio ou fibras ópticas;
Indicadores de vibração;
Identificação dos circuitos pelas cores convencionais;
Modularização de funções;
Utilização de ligas diferentes que permitam através da análise de particulas em
suspensão no óleo identificar a sua proveniência (zona afectada).
MANUTIBILIDADE E DISPONIBILIDADE
A manutibilidade (m) traduz a facilidade e respectiva rapidez com que se consegue repor no seu
estado operacional um equipamento que se avariou ou que chegou a altura de se fazer
manutenção preventiva. Desta forma, podemos analisar duas parcelas:
A referente à manutenção correctiva - reparação;
A referente à manutenção preventiva - inspecção.
FIABILIDADE
A fiabilidade de um bem (componente, equipamento, sub-sistema, ou sistema) é a aptidão para
não avariar durante a sua utilização. A fiabilidade de um equipamento é determinada pela
frequência de avarias. Se não há avarias, então tem uma fiabilidade de 100% (impossível).
A fiabilidade, tratada como uma probabilidade, varia entre os valores 0 (zero) e 1 (um).
Uma primeira definição de fiabilidade é dada pela “possibilidade de que nenhuma avaria se
produza durante um período de utilização dado”. A probabilidade complementar definirá o risco
de avaria nesse intervalo de tempo, sendo designada a probabilidade de falha.
Taxa de avaria ou taxa de falha – mede-se geralmente pelo número de falhas por um dado
período de utilização. O seu inverso é chamado o tempo médio entre falhas (MTBF) ou média dos
tempos de funcionamento correctos.
Resumindo, fiabilidade é:
“A probabilidade de que o equipamento funcione dentro das tolerâncias de funcionamento,
durante o tempo específicado (ou número de ciclos) no ambiente especificado”.
DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES
Existe um certo número de funções de densidade de probabilidade que na prática descrevem as
características de falha de determinados equipamentos.
EXPONENCIAL NEGATIVA
É característica do equipamento sujeito a falha devida a causas aleatórias (ex. Sobrecargas
excessivas). É a distribuição característica de muitos componentes electrónicos e peças de
instalações industriais. A função de densidade para a distribuição exponencial negativa é:
ONDE:
λ=taxa de avarias acidentais
t=duração de utilização arbitrária
HIPER EXPONENCIAL
Quando o equipamento tem falhas que ocorrem para tempos de funcionamento muito baixos ou
muito elevados (ex. Computadores).
WEIBULL
É uma distribuição empírica que se adapta a um grande número de falhas características de
equipamentos, mediante a variação dos seus parâmetros de escala e de forma (ex. Componentes
electrónicos).
O grande campo de intervenção da manutenção encontra-se no período de vida útil, uma vez
que a fase infantil poderá ser ultrapassada com recurso a contratos de garantia e a fase de
desgaste com recurso a manutenção preventiva adequada. Assim, na fase de vida útil, a
fiabilidade é dada por:
Muitas vezes utiliza-se outro parâmetro que é o tempo médio entre avarias (MTBF), que não é
mais nem menos que o inverso da taxa de avarias (quando esta é constante). Mede-se
directamente em horas (ou outro parâmetro de uso):
Em t=0 colocamos todos os componentes a funcionar. Inicialmente aparecerá uma taxa de avarias
elevada, onde os componentes mais “fracos” avariam. Essa taxa de avarias vai então estabilizar
num valor constante a partir de ti. Viveu-se até aqui o período de mortalidade infantil e começa
agora o período de vida útil.
Quando o desgaste se começa a fazer sentir, atingimos a idade tn, aumentando rápidamente a
taxa de avarias. Dos sobreviventes em tn, metade irá avariar entre tn e tm. A média da idade de
desgaste da população é tm, podendo chamar-se vida média (diferente de MTBF em vida útil).
Calculemos agora a fiabilidade para um caso geral, onde seja necessário um certo número de
componentes a funcionar para que o sistema funcione. Se considerarmos ainda um sistema
composto por três componentes em paralelo activo, as probabilidades de todos os
acontecimentos possíveis obtêm-se através do seguinte binómio:
Se houver n elementos de socorro para um elemento principal, o sistema possui n+1 elementos
e pode admitir-se até n avarias. Só na avaria n+1 é que o sistema deixa de funcionar.
A fiabilidade do sistema (só há avaria n+1 o sistema deixa de funcionar) é dada por:
Neste caso toda a gestão assenta num modelo MRP – Material Requirements Planning (modelo
de necessidades líquidas) – manutenção planeada.
Nas intervenções não planeadas, e quando se trata de componentes críticos, deverão existir em
armazém unidades que permitam uma rápida substituição (disponibilidade). Neste caso os
modelos utilizados para a gestão designam‐se por modelos de reposição.
Em manutenção são utilizados diversos tipos de materiais. Dessa forma, torna‐se importante
numa primeira fase distinguir esses mesmos materiais, agrupando‐os em familias, uma vez que
as mesmas terão modelos próprios conforme a sua natureza.
Esta classificação varia um pouco conforme a literatura analisada, podendo‐se encontrar diversas
formas de referenciar os materiais.
ROTÁVEL
Uma unidade completa susceptível de poder efectuar um ciclo entre a máquina onde se encontra
montada, a oficina onde é reparada e ensaiada, um armazém de sobressalentes e novamente
instalada numa máquina, durante um número indeterminado de vezes.
Cada rotável é caracterizado por um “part number” (p/n). Para rotáveis Idênticos o fabricante
atribui o mesmo p/n. No entanto, cada rotável possui Um número diferente de série, que o
identifica dentro de cada p/n. Esse Número de série é designado de “serial number” (s/N).
Cada fornecedor atribui o (p/n) ao seu componente, o que leva por vezes a termos componentes
idênticos com p/n diferentes. Estes componentes idênticos que possuem p/n diferentes podem
ambos ser usados numa dada máquina, e designam‐se de intermutáveis.
Esta intermutabilidade é assumida do ponto de vista físico e funcional, o que respectivamente
significa dizer que o rotável “B” cabe no espaço fisico disponível na máquina onde se retirou o
rotável “A” (as ligações eléctricas, hidráulicas, furações, etc. São compatíveis) e que possui
parâmetros de funcionamento idênticos.
INTERMUTABILIDADE FÍSICA
INTERMUTABILIDADE FUNCIONAL
Cada rotável deve possuir uma identificação do seu estado sempre que se encontre fora da
máquina, assim como o motivo da sua remoção, avaria, Suspeita de avaria, modificação
efectuada, em que máquina estava instalado, a sua posição na máquina, data, hora, horas de
funcionamento, Identificação do executante, etc…
Por sua vez em oficina, devem ser registadas as operações que foram efectuadas, o que foi
encontrado, etc…
Na maior parte dos casos os rotáveis são em manutenção os materiais de maior valor, quer
individual, quer no seu conjunto, daí requererem um cuidado especial.
MATERIAL DE CONSUMO
O material de consumo é geralmente usado apenas uma vez. Possui “part number” do fabricante
(mas não possui “serial number”). Aquele material de consumo susceptível de ser recuperado
para novas utilizações (após limpeza, tratamentos, etc.) Classifica‐se de material de consumo
recuperável.
Os standards, ou material de consumo standard, são materiais de consumo normalizados, que
são produzidos e vendidos por vários fabricantes (ex. Parafusos, rebites, porcas, anilhas, tinteiros,
etc…)
ITEMS DE SEGURANÇA
Normalmente estes items são de alguma dimensão e custo, pressupondo‐se que não possuem
potencial (não devem avariar). Eventualmente podem ser recuperados em oficina. São exemplos
de items de segurança as peças de estrutura, portas de visita, portas de autocarro, guarda‐lamas,
etc…
MATÉRIA-PRIMA
São assim designados os materiais que são usados em manutenção e que requerem ser
trabalhados antes de se utilizarem. Por exemplo: chapas, tecidos, borrachas, perfis metálicos,
etc…
PRODUTOS
Normalmente têm um determinado período de validade, e diz respeito geralmente a produtos
quimicos como vernizes, tintas, colas, decapantes, etc…
Deve‐se ter especial cuidado com o seu armazenamento (locais frescos e ventilados), a segurança
e tempos de armazenagem (prazos de validade).
É necessário saber com algum rigor que quantidades existem em armazém, qual o estado das
encomendas entretanto efectuadas e, se possível, as necessidades internas (consumos). Com
base nessa informação será mais fácil definir níveis de alerta e despoletar as encomendas no
SOBRESSALENTES (ROTÁVEIS)
O cálculo do número de sobressalentes rotáveis que devemos ter em armazém é muito
importante para não corrermos o risco de se necessitar de uma determinada unidade (para
substituir outra que avariou) e não haver em armazém. Pelo contrário, se houver muitas unidades
rotáveis em armazém paradas, isso pode simbolizar custos de armazenagem elevados.
REMOÇÕES PREMATURAS
Refere‐se às substituições de unidades (rotáveis) devido ao conhecimento, ou à suspeita, do seu
mau funcionamento, antes de se atingir o seu potencial.
Uma primeira medida da fiabilidade da unidade é‐nos dada pelo quociente entre o número de
unidades removidas prematuramente por um determinado período (normalmente 1000 horas
de funcionamento). É chamado o índice de remoção prematura (IRP).
Para qualquer um destes tipos de remoção prematura realizado sobre um grupo de unidades do
mesmo tipo (mesmo p/n), durante um determinado período de tempo, o cálculo dos
correspondentes índices tem especial importância, nomeadamente o IRPj. Se obtivermos um IRPi
elevado, quer dizer que tem havido uma pesquisa mal elaborada das avarias e se tem enviado
para a oficina unidades que afinal estão operativas. Provavelmente terá que ser preparada uma
árvore para pesquisa de avarias, estabelecendo para cada sintoma um certo número de
verificações até se encontrar a avaria.
Se o IRPjc for elevado, significa que temos avarias nas unidades e que as avarias previstas ou
identificadas foram eliminadas. Se o IRPJnc for elevado, significa que temos avarias nas unidades,
diferentes das que estariam previstas, que estas persistem na máquina, ou seja, há um elevado
índice de avarias e uma incorrecta pesquisa de avaria.
ISOLAMENTO DA CAUSA
Quando ocorre uma avaria, torna‐se imperativo determinar qual a causa primária (razão da falha
original). Para isso isolamos a unidade e determinamos a causa da avaria, tendo para isso que
conhecer o modo de falha ou modo de avaria. Para se ter um conhecimento do modo de falha
temos que conhecer o modo de solicitação a que o item está submetido e a sua estrutura
tecnológica.
É importante eliminar a causa primária, uma vez que se corrigirmos apenas as consequências,
permanecemos com o problema, que irá posteriormente originar novas avarias.
Para reduzirmos o risco de ruptura de stock, teremos que aumentar o número de sobressalentes
de acordo com a lei das probabilidades de poisson, isto quando o valor “E” encontrado for igual
ou inferior a 10 unidades. Para valores superiores a 10 unidades a lei normal ou de gauss
aproxima‐se mais da realidade em termos de determinação do número de sobressalentes para
garantir o nível de protecção desejado.
Para E>10:
Onde t é o valor retirado da tabela normal (ou de gauss) correspondente ao nível de protecção
pretendido.
MATERIAL DE CONSUMO
Relativamente ao material de consumo são apresentados alguns modelos designados de modelos
de reposição para stock. Basicamente existem dois modelos básicos de onde derivam alguns
outros após ligeiros ajustes ou modificações:
MODELO DE REVISÃO CONTÍNUA – Trata‐Se De Efectuar Um Encomenda De Uma
Quantidade “Q” Assim Que Se Atinja Um Dado Valor De Stock Em Armazém, Denominado
Ponto De Encomenda “PE”;
MODELO DE REVISÃO PERIÓDICA – neste modelo encomenda‐se uma quantidade variável
com uma periodicidade fixa “P”. esta quantidade é determinada tendo por base o valor
necessário para repor o stock num nível objectivo (NO).
“PROCURA” ≠ “CONSUMO”
Procura tem a ver com uma necessidade e consumo com a satisfação dessa procura.
Quanto aos custos, podemos começar por observar um modelo teórico, onde se considera uma
procura constante, uma quantidade de encomenda “Q” e uma reposição instantânea, derivando
Derivando a expressão “ct” em ordem a “q” e igualando a zero obtemos o mínimo da curva dos
custos totais. Obtem‐se assim a conhecida fórmula de Wilson.
Normalmente a maior parte dos fornecedores pratica uma política de descontos de quantidade
(quanto maior for a quantidade de encomenda maior o desconto comercial praticado).
Esse desconto pode também ser dado se durante um determinado período a quantidade total
encomendada superar um valor previamente fixado = rappels.
DESCONTOS DE QUANTIDADE
Vantagens:
• Preços mais baixos;
• Custos de aprovisionamento mais baixos;
• Custos de transporte e embalagemmais baixos;
O modelo de revisão contínua adequa‐se quando se verifica uma ou mais das seguintes
condições:
• Grande variação na procura;
• Preço de custo elevado;
• Importância considerável;
• Disponibilidade permanente de stock no fornecedor.
O modelo de revisão periódica adequa‐se quando se verifica uma ou mais das seguintes
condições:
• Pequena variação na procura;
• Pequena variação no prazo de aprovisionamento;
• Preço de custo reduzido;
• Interesse em encomendar em grupo a um mesmo fornecedor.
Em qualquer dos dois modelos o stock de segurança proporciona a protecção adequada contra a
eventualidade de procuras irregulares e/ou atrasos dos fornecedores. Se a procura fosse estável
e os fornecedores nunca se atrasassem não seriam necessários stocks de segurança.
PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO
Neste campo inserem‐se todos os bens que se degradamcomregularidade e que assim
necessitam de ser substituídos. Assume‐se que a falha ocorre de forma aleatória, não se sabendo
de antemão o momento da próxima necessidade. Os registos hitóricos são fundamentais para a
análise a efectuar.
Pretende‐se saber de “n” bens em serviço com uma taxa de avarias “λ” qual a probabilidade de
ocorrerem “k” avarias (p(k)) durante um tempo “t”, logo uma previsão de “k” bens necessários
nesse período.
DESIGNAÇÕES CORRENTES:
Sistema informático de apoio à gestão da manutenção;
Gestão da manutenção assistida por computador (GMAC);
Manutenção assistida por computador (MAC);
Computerized maintenance management systems (CMMS)
Cada empresa deverá procurar ter um sistema adequado à dimensão da instalação e de acordo
com os objectivos que pretende alcançar!
1. Aumento da disponibilidade
‐ Agilidade no tratamento das ordens de trabalho;
‐ Ajuda na planificação e simulação;
‐ Deteção de avarias repetitivas;
‐ Melhor coordenação de stocks e do pessoal.
De uma forma geral e razoável, espera‐se que a implementação de um sistema GMAC demore
cerca de um ano. Este tempo pode variar de acordo com a dimensão da empresa, com os
objectivos que se pretendem, com o trabalho preparatório efectuado e com o nível dos
conhecimentos técnicos dos colaboradores.
GMAC – MÓDULOS
Cada equipamento tem uma ficha técnica (ficha técnica do equipamento), onde constam as várias
características técnicas, conforme a classe e família, onde poderão também estar associados
desenhos e outros ficheiros (digitais).
Os equipamentos podem ainda ser divididos em órgãos (ou rotáveis), sendo estes ligados a outro
módulo referente a stocks.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Cada programa terá que ser efectuado com uma determinada periodicidade, dando no seu
conjunto origem a um planeamento geral da manutenção (anual, semestral, mensal, etc…).
Depois de todos os dados referentes aos equipamentos se encontrarem introduzidos, o software
gera automaticamente o calendário das intervenções.
Nestes casos, com recurso a um sistema informático, os requisitantes dos pedidos de intervenção
têm normalmente facilidade em:
• Comunicar com maior rapidez a avaria;
• Analisar o ponto de situação dos serviços pedidos;
• Verificar o planeamento das intervenções;
• Consultar informação técnica dos equipamentos.
ORDENS DE TRABALHO
Conforme visto anteriormente, podemos dizer que a gestão da manutenção diária é efectuada
com base nas OT’s que são produzidas.
Nas OT’s são registados todos os trabalhos que forem executados, assim como os consumos de
recursos (mão de obra, materiais, energia, etc…).
O registo da mão-de-obra encontra‐se muitas vezes ligado a um módulo próprio e específico.
As ordens de trabalho devem ter uma numeração, que além de sequencial, também deve
identificar o tipo de trabalho (man. Preventiva, man. Correctiva, modificações). O objectivo será
o de manter um registo com uma sequência lógica de numeração e facilitar a pesquisa nos
ficheiros. Se necessário, uma ordem de trabalho deve ser acompanhada de indicações de ordem
técnica e/ou desenhos ou esquemas que facilitem a execução.
Num sistema informático de apoio à manutenção ficam registados todos os tempos referentes
às intervenções ocorridas. Após tratamento e análise dos tempos registados de mão-de-obra,
podem‐se efectuar estudos de manutibilidade para cada equipamento e ver se a capacidade é
adequada à carga de trabalho.
Gestão de stocks – objectivo: Proporcionar à manutenção a logística dos bens necessários o mais
breve possível, nas melhores condições técnicas e económicas.
Para o material considerado de armazém deve‐se ter o cuidado em saber qual a quantidade
necessária possuir para cada tipo de bem. Esta quantidade tem a ver com diversos factores como
a probabilidade de avaria, o custo de stock ou o nível de risco de ruptura que se queira assumir.
Um sistema informático bem estruturado e uma gestão do mesmo eficaz, permite saber em cada
momento que materiais e em que quantidades os mesmos existem em armazém. Esta é a grande
vantagem de um módulo da GMAC dedicada à gestão de stocks.
Para um sistema informático é fundamental que todos os artigos que constam do ficheiro mestre
estejam codificados, tornando mais fácil todo o processo de contagem e referência. Muito
importante é também que qualquer entrada ou saída física de armazém de qualquer bem seja
documentada e inserida no programa informático. Só assim se consegue um controlo eficaz do
armazém.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Um bem pode ser aplicado directamente num equipamento sem passar pelo armazém. É como
se fosse uma entrada e uma saída em simultâneo do armazém.
Uma devolução ao armazém corresponde a uma entrada especial, uma vez que já ocorreu uma
saída do armazém e posteriormente há um retorno, justificado por uma qualquer razão.
Pode também ocorrer uma devolução ao fornecedor. Esta situação prende‐se muitas vezes com
erros no fornecimento, detectados apenas após dada a entrada no sistema informático.
Um pedido de armazém é um documento, que pode ser uma requisição, que formaliza e antecede
uma entrada ou saída de armazém. Com um sistema informático a gestão de pedidos está
simplificada.
Nas funções de gestão devem‐se ter em conta questões importantes como stock mínimo, stock
máximo e quantidade económica de encomenda.
A arrumação física é também um factor muito importante, uma vez que a coordenação dos
movimentos e a rapidez de resposta são largamente influenciadas pela forma como os bens se
encontram arrumados. Com um sistema informático a localização de cada artigo encontra‐se
registada, facilitando trabalho.
Entradas de armazém
Cada entrada de armazém deve estar ligada a um documento de um fornecedor, com data, como
por exemplo uma factura, uma guia de remessa ou uma guia de transporte. Os fornecedores
também devem constar na base de dados do sistema de gestão, assim como a sua morada,
contactos e outra informação considerada relevante.
SAÍDAS DE ARMAZÉM
Cada saída de armazém terá que ser imputada a um centro de custo, muitas vezes através da
própria ot (ordem de trabalho). A saída de armazém pode ser desencadeada por um pedido ao
armazém, datado, com a requisição detalhada e quantidades bem explícitas. Cada pedido ao
armazém deverá conter uma referência (número) único e sequencial.
Uma norma de codificação é um exercício de bom senso. Deverá conter os seguintes parâmetros:
• Classes;
• Famílias;
• Subfamílias.
Famílias e subfamílias – deve ser utilizado um código sugestivo para cada família (se a empresa é
multinacional os termos linguísticos podem ser mais difíceis de definir, podendo optar‐se por
uma estrutura inteiramente numérica). Exemplos:
BB – bombas
CP – compressores
CD – caldeiras
As subfamílias deverão ser criadas com uma numeração espaçada, para permitir a inserção de
subfamílias intermédias numa fase posterior.
Poderá também haver uma designação associada a cada artigo. Devem ser estabelecidas de uma
forma precisa e consistente (sempre com a mesma filosofia).
Por uma questão de estética o tipo de escrita deverá ser sempre mantido (tipo de letra,
abreviaturas, …). Se existir algum código do fornecedor, este também deverá ser incorporado no
fim da designação.
Em termos de codificação e inserção num sistema informáticos, quais os artigos por onde se deve
começar?
• Todos os lubrificantes;
Com um sistema informático na gestão dos materiais pode‐se do ponto de vista técnico também
ter uma ideia concreta de alguns indicadores, como por exemplo consumo de óleo de um
compressor por ano, substituição com frequência de um determinado rolamento, desgastes
rápidos, etc…
Resultado de todas as análises de fiabilidade, métodos de manutenção mais adequados, etc. Faz
com que surjam programas de trabalho relacionados com uma manutenção preventiva ou
correctiva. Esses programas de trabalho são fruto de uma preparação e planeamento para uma
determinada data, que poderá ser em função de um potencial ou do valor de um determinado
parâmetro.
Para programações a grande prazo analizam-se os períodos mais propícios para o efeito, por
forma a obter a máxima disponibilidade operacional dos equipamentos, ao custo mínimo e com
uma equalização das cargas de trabalho.
Assim, de acordo com a disponibilidade operacional que se pretenda, podemos ter uma
manutenção:
DE BLOCO;
EQUALIZADA;
ATOMIZADA.
A manutenção de bloco é aquela onde há uma preferência em agrupar todos os trabalhos para
uma mesma imobilização do equipamento, logo mais prolongada. Entre dois blocos
(manutenção) poderá haver intervenções que levem a pequenos períodos de imobilização devido
a certos items de potencial mais baixo.
A manutenção equalizada é aquela onde se procura que os tempos de imobilização devido a
acções de manutenção tenham a mesma duração, tornando-se igual a carga de trabalho em cada
uma dessas imobilizações.
A manutenção atomizada é aquela onde se divide as imobilizações de manutenção noutras de
muito mais curta duração, com uma maior frequência.
INSPECÇÕES
As inspecções também obedecem a uma preparação e a um lançamento de trabalhos. Esse
conjunto de trabalhos vem descrito numa carta de trabalho, folha de obra ou ordem de trabalho,
constituindo o corpo da inspecção, onde deve haver uma listagem exaustiva de todos os trabalhos
que deverão ser levados a cabo nessa inspecção.
Quando se detectam tempos de espera em termos de cargas de trabalho, isso corresponde a uma
gestão deficiente, podendo ser causada por:
Ausência de programação;
Ausência de planeamento;
Planeamento deficiente;
Falta de materiais e ferramentas;
Falta de colocação prévia dos materiais e ferramentas junto ao local de intervenção.
Para aumentar a produtividade, o responsável pela manutenção tem que delinear as três funções
básicas:
Decidir o volume económico do trabalho de manutenção;
Fazer executar os trabalhos no momento oportuno;
Reduzir o custo de mão de obra e material, sem comprometer a segurança e a qualidade.
MANUTENÇÃO PLANEADA
Quando falamos em manutenção planeada estamos a referir um serviço que é efectuado de uma
forma organizada, pensado antecipadamente e que é acompanhado de controlos e registos.
Devido a certos factores como a automatização de processos, maior exigência
De produtividade e de qualidade, alto custo dos equipamentos e grandes requisitos em matéria
de disponibilidade dos mesmos, fizeram com que a manutenção assumisse desde algum tempo
papel importante no contexto empresarial (industrial), a par do processo produtivo, mostrando-
se fundamental um planeamento das acções de manutenção.
Para que tais objectivos sejam alcançados é necessário que algumas condições sejam
estabelecidas, nomeadamente:
Cooperação completa entre os departamentos de manutenção e produção;
Existência de uma política de manutenção virada para o planeamento e controlo de todas
as actividades de manutenção;
Possuir uma boa organização do departamento de manutenção, com o número
adequado de pessoas e com capacidade para realizar os trabalhos;
Existência de esforços progressivos para reduzir ou eliminar as avarias.
É fundamental haver um sistema de documentação (ou software) que permita fornecer uma
informação rápida e fiável de custos de mão, tempos de reparação, sobressalentes, avarias, etc…
este sistema deve permitir uma operação fácil e clara.
Quanto ao grau de prioridade poderá ser estabelecida uma escala de 1 a 5 (por exemplo) que
indica, por ordem decrescente, a importância do item para o processo produtivo.
1ª PRIORIDADE – aplicada aos items cuja operação eficiente é vital para o processo de produção.
Uma avaria num destes items afecta ou pára imediatamente a produção ou afecta a segurança:
2ª PRIORIDADE – A Avaria De Um Destes Items Não Afecta Imediatamente A Produção Mas Fá-Lo
Num Curto Espaço De Tempo;
3ª E 4ª PRIORIDADES – semelhante à 2ª prioridade mas por ordem decrescente de importância;
5ª PRIORIDADE – instalação cuja avaria não afecta a produção ou a segurança, de qualquer modo.
este grau de prioridade normalmente aplica-se a items de equipamentos não produtivos.
Quanto à identificação, esta deverá ser elaborada de forma clara por forma a não haver
ambiguidades.
Quanto às frequências a atribuir a cada tarefa, podemos estabelecer as mesmas numa base de
tempo calendário ou outros parâmetros de operação (número de ciclos, quilómetros percorridos,
horas de funcionamento, etc.).
A frequência das operações de manutenção quando efectuada em tempo de calendário permite
planear a longo prazo e distribuir a carga de trabalho equalizada ao longo do tempo. No entanto,
apresenta o inconveniente de quando se opera com irregularidade ou sazonalmente poder
conduzir a uma manutenção antesdo prazo ou para além dele.
O técnico que fez a inspecção ou executou o trabalho terá que ter oportunidade de relatar as
suas constatações (findings). Os relatórios verbais não são fiáveis (perdem-se ou alteram-se no
tempo). As ordens de trabalho (OT) também servem normalmente como relatórios, uma vez que
permitem ao executante apontar os trabalhos que realizou e escrever algumas observações que
considere relevantes.
Por vezes existem pequenos trabalhos cuja duração é inferior ao tempo necessário para efectuar
o respectivo relatório. No entanto, esses relatórios são preciosos para estabelecer um sistema de
manutenção planeada. Esse tipo de avarias poderá também ser um indício de possíveis avarias
mais graves.
Quanto à avaliação da manutenção planeada, à medida que se vai reunindo informação, pode-se
analisar se:
Os objectivos estão a ser alcançados?
A manutenção está a ser adequada?
As instalações estão a ter manutenção por excesso ou por defeito?
As frequências dos actos de manutenção estão a ser correctas?
Qual é a frequência de avarias de dado componente?
Qual é o custo da manutenção de um dado componente?
Assim, poderemos detectar as causas das avarias e os pontos fracos do sistema. Se não existirem
avarias ou as próprias inspecções pouco terem de referir poderá ser indicio de manutenção por
excesso.
Acessibilidades;
Standardização de componentes e conjuntos;
Simplificação dos sistemas de lubrificação;
Portas de inspecções e orifícios para inserção de fibras ópticas, sondas, etc.;
Identificação de válvulas, tubagens, cablagem, etc.
Nenhum trabalho de manutenção deve ser executado sem a existência de uma ordem escrita.
Assim, as funções de um serviço de manutenção podem ser agrupadas em três grandes áreas.
FUNÇÃO PLANEAMENTO
A função planeamento situa-se cronologicamente entre a função métodos (preparação) e a
função execução e encarrega-se fundamentalmente na gestão dos tempos das actividades de
manutenção.
A função métodos atribui uma determinada duração às actividades inerentes a um trabalho =
duração estimada ou tempo previsto.
A função planeamento planeia este trabalho, fixando a data de inicio do mesmo.
A função execução dá cumprimento ao trabalho de acordo com o definido pela função métodos
e na data indicada pela função planeamento.
Carga de trabalho = somatório dos tempos estimados para um período de referência e para uma
equipa.
Se o excesso de capacidade for esporádico, poder-se-á transferir pessoal para outras áreas ou
outras tarefas.
Se esse excesso de capacidade for permanente, o problema é de pessoal a mais no departamento
de manutenção e carece de uma análise séria dos recursos humanos existentes.
O planeamento poderá ser feito a curto, médio ou longo prazo, sendo relacionados numa escala
de tempo e de rigor.
Quando o planeamento se refere até uma semana, designar-se por programação. Nestas
circunstâncias, o chefe de equipa entrega a cada trabalhador os respectivos trabalhos para os
dois ou três dias seguintes.
6 – TÉCNICAS DE PLANEAMENTO
Para se ter uma ordem de grandeza em termos temporais dos vários tipos de planeamento pode-
se dar a título informativo as seguintes durações:
• Planeamento a longo prazo – acima dos dois anos;
• Planeamento a médio prazo – entre seis meses e dois anos;
• Planeamento a curto prazo – para os próximos seis meses.
TÉCNICAS DE PLANEAMENTO
PERT e CPM são duas técnicas de planeamento de certo modo semelhantes, embora com as
seguintes diferenças:
O PERT e o CPM são duas técnicas que poderão servir para apoio aos vários níveis de gestão,
sendo ferramentas que poderão servir para:
Quantificar a incerteza associada a cada decisão, aumentando a probabilidade de êxito
das decisões tomadas;
Coordenar as diferentes actividades para atingir um objectivo;
Proporcionar um método de actuação por excepção (relacionado com os desvios ao
planeamento).
Outra técnica existente e muito comum são os DIAGRAMAS DE GANTT ou diagrama de barras.
A diferença fundamental entre esta técnica e as duas anteriores é que em GANTT fazemos o
planeamento e a programação ao mesmo tempo, enquanto em PERT e CPM estes são separados.
O planeamento consiste no estabelecimento de uma rede e a programação consiste em
estabelecer a duração das tarefas (sentido determinístico ou no sentido probabilístico) e
posteriormente fazer a análise da rede.
Para identificar uma determinada actividade podemos dizer: actividade A ou actividade (1,2).
Uma actividade pode ter várias actividades antecedentes, só podendo iniciar-se quando a sua
antecedente ou as suas antecedentes estiverem concluídas. Uma actividade também pode ter
várias actividades seguintes.
Uma rede PERT só pode ter um único acontecimento inicial e um único acontecimento final.
Em manutenção as actividades quase nunca são repetitivas, uma vez que cada reparação ou
revisão é sempre diferente da outra, há sempre imprevistos.
Os trabalhos podem correr normalmente, como podem aparecer imprevistos e já não correm tão
bem ou então as coisas até correram melhor do que se estava à espera. Assim, teremos valores
possíveis para a duração de cada actividade:
Duração mais provável (m) – é o tempo normal de duração de uma actividade e cujo valor
se obteria mais frequentemente se essa actividade se repetisse muitas vezes, em iguais
circunstâncias;
Duração optimista (o) – é o tempo mínimo requerido para a execução de uma actividade,
se todos os factores intervenientes decorrerem favoravelmente. A probabilidade de que
cumpra esta duração optimista é sempre muito pequena (aprox. 1%);
Duração pessimista (p) – é o tempo máximo que uma actividade pode demorar no caso
de imprevistos.
A duração estimada de uma actividade (y), de acordo com as três estimativas anteriores é dada
pela seguinte expressão:
A duração estimada de uma actividade (y) divide a curva em duas áreas iguais, ou seja, há 50%
de probabilidades de a actividade levar menos tempo que y e 50% de probabilidades que leve
mais tempo que essa duração estimada.
Se a curva de distribuição for simétrica, a duração estimada coincide com a duração mais provável
(y=m).
A duração estimada de uma actividade (y) dá-nos a duração com maior probabilidade de ocorrer.
No entanto trata-se de uma variável aleatória seguindo uma distribuição normal de
probabilidade.
Associada a essa estimativa existe uma incerteza, que se pode exprimir através da variância (σ2),
que indica o risco de a duração real não coincidir com a duração estimada. Para a distribuição
normal, a expressão que dá a variância é:
Quanto mais afastadas estiverem as durações optimista e pessimista, maior será a incerteza em
relação ao tempo de conclusão da actividade.
TRAÇADO DE REDES
Quando temos um número de actividades elevado é aconselhável determinar para cada
actividade um número de ordem.
Às actividades que não têm qualquer actividade antecedente dá-se o número de ordem 1. Depois
riscam-se essas actividades na coluna 2. Dá-se o número de ordem 2 às actividades para as quais
foram riscadas todas as actividades antecedentes. Vai-se repetindo este processo até termos
riscado todas as actividades dessa coluna.
Para desenhar a rede, traçam-se tantas linhas quantos os números de ordem mais um. Inscrevem-
se as actividades conforme os respectivos números de ordem.
Posteriormente acertam-se as ligações de acordo com as actividades imediatamente anteriores
e imediatamente posteriores.
Datas Mais Cedo: A contar do inicio (Na duvida escolher mais alto)
Datas Mais Tarde: A contar do fim (Na duvida escolher mais baixo)
As actividades críticas são aquelas que têm uma folga total nula. O caminho crítico diz respeito à
sequência de actividades críticas desde o acontecimento inicial até ao acontecimento final da
Sabendo o caminho crítico, podemos agora determinar a variância total do projecto, através da
soma das variâncias das actividades do caminho critico. Sabemos assim para cada projecto qual
o risco de não o cumprir, ou pelo contrário qual a probabilidade de respeitar o seu prazo.
A duração do projecto é dada pela data mais cedo do acontecimento final do caminho crítico da
rede. Podemos chamar duração calculada, tendo 50% de probabilidade de ser respeitada.
Para aumentar a probabilidade de cumprimento da duração do projecto, teremos que impor que
a duração calculada seja maior, seja uma duração imposta e que vai corresponder à data mais
tarde para conclusão do projecto.
Se a duração imposta for inferior à duração calculada, o risco de incumprimento do prazo
aumenta. A probabilidade de respeitar uma dada duração para o projecto admite-se que
corresponde a uma distribuição normal, dada por:
Em Que “R” representa a diferença entre a data imposta e a data calculada, medida em número
de desvios padrão do acontecimento final. É com este valor que entramos na tabela de
distribuição normal, e retiramos a probabilidade de respeitar a data imposta. Quando não há data
imposta, esta é considerada igual à data mais cedo do acontecimento final. Assim, R=0, o que na
tabela normal corresponde a 50% de probabilidade de respeitar a duração calculada e 50% de
risco de não a cumprir.
Normalmente a capacidade de trabalho é constante numa empresa, pelo que o mais sensato será
ajustar o trabalho a realizar (carga de trabalho) à capacidade disponível. Se houver excesso de
mão-de-obra, temos mais custos, se houver escassez de mão-de-obra, verificam-se atrasos,
recurso a horas extra, etc…
Um diagrama de carga de trabalho só pode ser executado após o estabelecimento da rede PERT
e respectiva análise.
Cada actividade terá um custo específico referente à redução da duração que se pretende, ou
seja, para iguais reduções de duração, duas actividades terão custos diferentes (geralmente). O
acréscimo de custos directos inerente à redução da duração de uma actividade por unidade de
tempo poderá ser dado através da seguinte expressão: