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A economia do século XXI assenta no princípio da livre concorrência entre os vários agentes económicos com
crescentes níveis de competição entre si.
Para se destacarem entre as demais, as empresas devem optimizar continuamente os vértices do que em gestão
empresarial de designa por triângulo da sobrevivência. Os processos de optimização devem ser conduzidos, por um
lado através da eliminação das disfunções, dos desperdícios, das perdas e por outro através da melhoria da
produtividade e da eficiência numa busca permanente de novas soluções tecnológicas e organizacionais.
O triângulo da sobrevivência focaliza o produto ou serviço como elemento essencial da existência das empresas. Os
vértices estão apontados para o mercado/cliente, através das variáveis “qualidade”, “preços” e “prazo de entrega”. A
Manutenção, como as demais funções da empresa, influi directamente aquelas variáveis, dando o seu contributo
para o produto final. É o que se pretende representar na figura seguinte.
Sendo normalmente descrita como uma das áreas operacionais de maior ineficiência, a função Manutenção deve ser
menos penalizada pelo seu custo directo – mão-de-obra, materiais e serviços contratados – e efectivamente avaliada
pelo seu desempenho na óptica dos contributos dados ao produto/serviço final. O chavão de muitos anos que refere
“a Manutenção como um mal necessário” já não faz qualquer sentido porque a Manutenção, para além de criar
capacidade produtiva, é co-responsável pela optimização da mesma nos mais variados domínios.
Objectivos da Manutenção
Para que as empresas consigam sobreviver, as partes constituintes da mesma devem estar necessariamente em
sintonia com os objectivos gerais e os objectivos das políticas de manutenção não podem constituir excepção
Para que os objectivos da Manutenção Preventiva resultem em benefícios efectivos, ressalta desde já que a maior
dificuldade está na resposta à questão “ qual a periodicidade para intervir?”. Para alguns equipamentos, a resposta
pode ser dada pelos fabricantes. Numa óptica de optimização devem ser utilizadas as informações internas, obtidas a
partir das visitas preventivas. Estas informações podem provir de observações que põem em evidência uma lei de
degradação ou da análise estatística, no caso de avarias súbitas e repetitivas. Surge assim a importância do
parâmetro “tempo entre avarias” ou TBF como contributo essencial para o elemento definidor daquela
periodicidade, o MTBF.
Equipamentos onde a ocorrência de uma avaria pode colocar em causa a segurança das pessoas;
As Manutenção Preventiva
Cujo lema se resume ao “ se funciona bem não mexa”, apresenta algumas vantagens em face à Sistemática, que se
resumem:
E as desvantagens:
Dificulta o planeamento das reparações e das renovações dos “stocks” de peças sobresselentes;
Sendo certo que as tecnologias da informação aproximam as vantagens de um modelo ao outro, pensamos que a
dispersão das instalações é o único factor de peso para a defesa de um modelo descentralizado.
Ainda hoje, numa grande maioria dos empreendimentos tecnológicos, os responsáveis pela manutenção se
encontram ausentes dos grupos que concebem, projectam e montam as usinas e as instalações industriais e serviços.
Projectar e erigir uma instalação sem que ninguém, até no momento de partida, trate da organização e da
sistematização prévias das actividades de manutenção, constitui uma grande falha. Nestes casos, nos primeiros
meses de funcionamento é normal acumularem-se problemas graves e multiplicarem-se e alongarem-se as paradas
por defeitos devido às seguintes insuficiências:
Escassez de dados de consulta necessários para a correta pesquisa de anomalias e para referência dos
procedimentos e peças de substituição a usar, isto é, má organização da biblioteca de manuais técnicos e de
manuais de manutenção;
TIPOS DE MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO CORRETIVA
A manutenção correctiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção; pode sintetizar- se pelo ciclo
"quebra-repara", ou seja, o reparo dos equipamentos após a avaria. Constitui a forma mais cara de manutenção
quando encarada do ponto de vista total do sistema. Pura e simples, conduz a:
Baixa utilização anual dos equipamentos e máquinas e, portanto, das cadeias produtivas;
Diminuição da vida útil dos equipamentos, máquinas e instalações;
Paradas para manutenção em momentos aleatórios e muitas vezes, inoportunos por corresponderem a épocas
de ponta de produção, a períodos de cronograma apertado, ou até em épocas de crise geral;
É claro que se torna impossível eliminar completamente este tipo de manutenção, pois não se pode prever em
muitos casos o momento exacto em que se verificará um defeito que obrigará a uma manutenção correctiva de
emergência.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
MANUTENÇÃO PREDITIVA
MANUTENÇÃO DETECTIVA
PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO
Além dos conceitos já apresentados para a redução das perdas de energia em circuitos
de distribuição, deve-se também atentar para os procedimentos de manutenção que
resultem no bom funcionamento das instalações, o que se constitui num factor
importante a ser considerado na implantação de programas de economia de energia
eléctrica.