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OTIMIZAÇÃO DA DERIVADA
167 minutos

 Aula 1 - Derivada implícita e taxa relacionada


 Aula 2 - Máximos e mínimos 

 Aula 3 - Concavidade e pontos de inflexão

 Aula 4 - Otimização 

 Referências

Aula 1

DERIVADA IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADA


Abordaremos as chamadas taxas relacionadas, que são as relações estabelecidas entre as várias
taxas de variação de um determinado fenômeno físico.
35 minutos

INTRODUÇÃO
A história do cálculo perpassa a busca em descrever o comportamento dos fenômenos físicos.

É nesse contexto que nossa aula começa. Abordaremos as chamadas taxas relacionadas, que são as relações
estabelecidas entre as várias taxas de variação de um determinado fenômeno físico. 

É comum que esses modelos matemáticos, que expressam fenômenos da natureza, não sejam apresentados
por equações explícitas ou simplificadas, o que nos leva à necessidade de trabalhar com equações implícitas e,
consequentemente, seus processos de derivação. Além disso, pela complexidade das equações envolvidas nos
modelos, apresentaremos as técnicas de derivação para expressões com expoentes racionais.

Esse é o contexto da nossa aula. Bons estudos!

DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO AFIM 


Sempre que temos uma função escrita na forma y=f(x) dizemos que y é uma função explícita de x, pois
podemos isolar a variável dependente de um lado e a expressão da função do outro. Mas, fazer esse tipo de
ajuste na equação, muitas vezes, não é possível ou é mais complicado quando precisamos resolver um
problema que envolve derivadas. 

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Nesses casos, trabalhamos com o que é chamado a função implícita de x e utilizamos a regra da cadeia como
técnica de derivação. 

Seja a equação y = x 2
− 5 . Observa-se que y é uma função explícita de x, pois podemos escrever y = f (x),
onde f (x) = x 2
− 5 . 

Entretanto, a equação 2x 2
− 2y = 10 define a mesma função, pois, isolando y, obtemos y = x 2
− 5. 

Quando escrita na forma 2x 2


− 2y = 10 , dizemos que y é uma função em relação a x.

2
y = x − 5

Exemplo 1

Dada a equação 4x 2
− 2y = 6 , determine y' (x).

Solução:

Para não esquecermos que y é função em relação a x, podemos escrever a equação como 4x 2
− 2y (x) = 6 .
Assim, derivando ambos os lados em relação a x, obtemos 8x − 2y′(x) = 0 ou y′(x) = 4x.

Caso derivássemos a equação na sua forma explícita,   y = 2x 2


− 3 , obteríamos exatamente o mesmo
resultado.

Exemplo 2

Dada a equação x 2
y + 2y
3
= 3x + 2y  determine y'.

Solução:

Note que a expressão y’ é uma função de x, logo, adotaremos a notação y(x) para evidenciar a necessidade da
aplicação da regra da cadeia.

Derivando ambos os lados em relação a x, temos:

2 2
2xy (x) + x y' (x) + 6[y (x)] y' (x) = 3 + 2y' (x)

2 2 3−2xy
y′(x) [x + 6[y (x)] − 2] = 3 − 2xy (x) ⇒ y′(x) = 2 2
x +6y −2

Muitas aplicações necessitam desse tipo de derivação, como, por exemplo, problemas de otimização e
problemas que envolvem taxas relacionadas. A capacidade de resolver uma derivada de forma implícita
também nos ajuda a entender o comportamento de algumas funções.

As taxas relacionadas permitem que avaliemos equações que apresentam mais de uma taxa de variação
instantânea conectadas entre si por uma mesma variável independente, sendo que essas expressões podem
estar na forma implícita.

Dessa forma, novamente temos a regra da cadeia como umas das principais ferramentas de cálculo para
solucionar problemas que envolvem taxas relacionadas. 

Suponha que duas variáveis x e y sejam funções de outra variável t.

x = f (t)    e  y = g (t)

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Podemos interpretar as derivadas  e  como as taxas de variação instantânea de x e y em relação a t.


dx dy

dt dt

Em certas aplicações, x e y podem estar relacionadas por uma equação como

2 3 2
x − y − 2x + 7y − 2 = 0

Diferenciando essa equação implicitamente em relação a t, obtemos:


2 3 2
d(x ) d(y ) d(x) (y ) d(2)
− − 2 + 7 − = 0
dt dt dt dt dt

2
2xx' − 3y y' − 2x' + 14yy' − 0 = 0

As derivadas  e  são chamadas de taxas relacionadas, pois estão relacionadas por uma equação. Tal
dx dy

dt dt

equação pode ser usada para achar uma das taxas, quando a outra é conhecida.

Por exemplo, a velocidade é uma taxa de variação de um deslocamento em relação ao tempo. Assim, é possível
interpretar as taxas de variação  e  como velocidades instantâneas. 
dx dy

dt dt

As derivadas podem representar diferentes taxas de variação, dependendo do contexto . 

Podemos citar, além da velocidade, a taxa de variação da temperatura em relação ao tempo, dentre outras.

Outro problema muito comum, quando possuímos um modelo matemático que representa algum fenômeno da
natureza, está no fato de que as equações que o compõem costumam ser bastante complexas. Nesse sentido,
apresentamos a técnica para derivar equações com expoentes racionais. Na verdade, em nada difere um
expoente racional de um expoente inteiro e, por isso, podemos aplicar com bastante simplicidade a regra da
potência dada por:
d n n−1
[x ] = nx
dx

Contudo, se o expoente é racional, faz-se:


a a
d a −1
[x b
] = x b
dx b

Exemplo 3

Duas variáveis x e y são funções de uma variável  e estão ligadas pela equação

2
√ x − 2y + x = 7

Se  quando x=1 e y=-1, determine  .


dx dy
= 4
dt dt

Solução:
1

d(x 2 ) 2
2d(y ) d(x) d(7)
− +   =    
dt dt dt dt

1
1 − ′ ′ ′
x 2
x − 2 (2yy ) + x =  0  
2

ou
1 dx dy dx
− 4y +   =  0 
2√ x dt dt dt

1 dx dy
( + 1)   =  4y
2√x dt dt

1
+1
dy 2√x dx
  =    
dt 4y dt

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Se  , x=1 e y=-1, então  dy +1


dx 2 3
= 4 = . (4) = −
dt dt 4(−1) 2

Com isso, conseguimos relacionar duas variáveis, x e y, em relação ao tempo, t, através de suas taxas de
variação.

FERRAMENTAS DE CÁLCULO
Como vimos, a derivação implícita é uma técnica de derivação utilizada para calcular a derivada quando não
temos uma expressão apresentada de maneira explícita ou quando o processo de transformação de uma
expressão implícita em explícita é muito trabalhoso.

A derivada implícita também pode ser utilizada para obter as derivadas das funções trigonométricas inversas. A
seguir, veja o processo para obter a derivada de y=arctg(x) usando a derivação implícita.

Exemplo 4

Seja a função y=arc tg x, calcule  .


dy

dx

Solução: para utilizar a derivação implícita, isola-se o x. Então:

x = tg y

Aplica-se a derivada em relação a x em ambos os lados da equação, da seguinte forma:


d d
(x) = (tg y)
dx dx

• A derivada do lado esquerdo da expressão é resolvida aplicando a derivada da identidade dada por:
d
(x) = 1
dx

• A derivada do lado esquerdo da expressão é uma função na variável y, dependente de x. Desse modo, ao
aplicar a regra da cadeia, obtém-se:
d d dy dy

dx
(tg y) =
dy
(tg y).
dx
= sec y. ² dx

Por fim, substitui-se os resultados encontrados em  d

dx
(x) =
d

dx
(tg y) obtendo 1 = sec²y. dy

dx

Isolando o termo  dy

dx
, encontramos:
dy 1
=
dx sec y ²

Ainda podemos usar a relação trigonométrica fundamental dada por tg²y + 1 = sec y, além da relação x=tg y, 2

para simplificar esse resultado. Assim:


dy 1 1 1
= 2
= 2
= 2
dx sec y tg y+1 x +1

Portanto, a derivada de y = arctg x  é  .


dy 1
= 2
 
dx x +1 

Tendo claro que a derivação implícita e a derivação de funções com expoentes racionais são técnicas de
derivação que podem ser necessárias como ferramenta para resolver problemas que envolvem taxas
relacionadas, traremos, na sequência, um passo-a-passo que pode auxiliá-lo a  resolver questões dessa
natureza..

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Estratégias para resolver problemas de taxas relacionadas

Passo 1: represente graficamente a situação problema, identificando as variáveis que serão adotadas na
construção do modelo matemático (avaliar se pode ser aplicado ao problema).

Passo 2: identifique as taxas de variação que são conhecidas (fornecidas) e a taxa de variação que deve  ser
encontrada.

Passo 3: determine uma equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação deve ser encontrada, com a
quantidade cuja taxa de variação é conhecida.

Passo 4: derive ambos os lados dessa equação em relação à variável tempo, utilizando-se da regra da cadeia.

Passo 5: calcule essa derivada em um determinado ponto.

Exemplo 1

Um estudo ambiental, realizado em um bairro, sugere que a concentração média diária de monóxido de
carbono no ar é c (p) = √0,5p 2
+ 17  partes por milhão quando a população é p milhares de residentes.
Estima-se que, daqui t anos, a população do bairro será de p (t) = 3,1 + 0,1t mil residentes. Qual será a taxa 2

de variação do monóxido de carbono no ar, em função do tempo, daqui a 3 anos?

Passo 1: desenhe uma figura e classifique as quantidades que variam.

(não se aplica)

Passo 2: identifique as taxas de variação que são conhecidas (fornecidas) e a taxa de variação que deve ser
encontrada.

• A taxa fornecida: (nenhuma)

• A taxa a ser encontrada:  dc

dt
  para t=3

• Variáveis do problema: concentração C(p) e população P(t)

Passo 3: determine uma equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação deve ser encontrada, com a
quantidade cuja taxa de variação é conhecida.

• Concentração média diária de monóxido de carbono no ar: c (p) = √0,5p 2


+ 17 

• População do bairro  p (t) = 3,1 + 0,1t 2

Passo 4: derive ambos os lados dessa equação em relação à variável tempo, utilizando-se da regra da cadeia.
dc dc dp
= .
dt dp dt

Precisamos derivar a função c (p) = √0,5p 2


+ 17 em relação à variável p

Assim, reescrevendo, tem-se:


1
2 2
c (p) = (0,5p + 17)

1
−1
dc 1 2 2 2−1
= (0,5p + 17) . (2.0,5.p )
dp 2

1

dc 1 2 2 1
= (0,5p + 17) . (1.p )
dp 2

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dp

dt


Substituindo as informações dadas:

= (0,2)t
1

Retornando ao problema, tem-se que:

dc

dp
p=4

Tem-se:

dc

dt
=
4

2
((0,5)4

= (0,4)(0,6) = 0,24
2
+ 17)

2

dp

2
p=4

= 0,4
=  
2

 partes por milhão por ano.


dc

dp

 . Aplicando esse resultado para p=3, obtemos 

Como p (t) = 3,1 + 0,1t , então, p (3) = 3,1 + (0,1)3


resultado para p=4, obtemos 
2

dc 4
=  

dp

dt

((0,5)4

dp

dt t=3
p

Passo 5: calcule esta derivada em um ponto apropriado para obter a resposta

Derivando p (t) = 3,1 + 0,1t em função de t, tem-se:

dc

dt
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(0,5p

= 2.0,1.t

dp

dt

dc

dt
=
= 0,2.t

+ 17)

= (0,2)3
dc

dp

dc

dp
2

= 4


+ 17)

dp

dt

dp

dt
2−1

1
1

dp

dt

dc

dp

= 0,4

= 0,6

p=3

=
1

Nesse exemplo, utilizamos os três conceitos principais dessa aula: as taxas relacionadas, a derivação implícita e
a derivação de funções com expoentes racionais. 

APLICAÇÃO
A seguir, traremos dois modelos matemáticos aplicados a situações práticas. Lembre-se que os modelos são
simplificações de estruturas reais, portanto muitas variáveis são desconsideradas no processo de simplificação.

Aplicação 1

Um tumor é modelado por uma esfera de raio r. Se o raio do tumor mede, atualmente, r = 0,5 cm e está
diminuindo à taxa de 0,01 cm por mês, devido ao tratamento que está sendo aplicado, determine a taxa de
variação do volume do tumor.

Solução: segundo o enunciado do problema, tem-se a taxa de regressão do tumor dada por dr/dt=-0,01
cm/mês (o sinal negativo indica que o raio está diminuindo com o passar do tempo) e o raio da esfera que
descreve o tumor dado por 0,5 cm. A partir desses dados, deve-se determinar 
do volume em relação ao tempo.

Usando a equação do volume de uma esfera, tem-se:  V (r) =


4

3
πr ³
= (0,2)3

2
2
(0,5p
1

+ 17)

dV

dt
= 0,6


1

2
 .Aplicando esse

, ou seja, a taxa de variação

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Note que o problema está relacionado à variável tempo, portanto é necessário derivar a equação em função do
tempo. Ainda, é importante lembrar que um número inteiro também pode ser escrito na sua forma fracionária
e que a regra da potência para derivadas se aplica da mesma maneira para os dois casos. Assim, usando a regra
da cadeia, tem-se que:
dV 4 2 dr 2 dr
=  π .3 r = 4 π r
dt 3 dt dt

Substituindo os valores dados, tem-se:

dV 2 

dt
= 4 π (0,5) (−0,01) = −0,01π = −0,0314cm/m s ê

O volume do tumor está diminuindo a uma velocidade de 0,0314 cm/mês. 

Aplicação 2

Os trilhos são perfis de aço, dispostos de forma paralela entre si, formando as vias-férreas onde circulam os
trens. Os trilhos são montados sobre dormentes de madeira ou concreto armado, por isso são feitos com um
espaçamento para a dilatação, de modo a não envergarem com ganho de calor ou retraírem com a queda da
temperatura. A dilatação não é um fenômeno visível e varia de acordo com o material e a temperatura. 

Suponha que o trilho tenha 10 metros de comprimento e 65,09 mm de largura, sendo seu formato aproximado
a um retângulo. 

Quando a temperatura atinge 40°C , esse material apresenta uma taxa de variação do comprimento 
dc

dT
= 0,001 cm/°C e da largura  dT
dl
= 0,001 cm/°C  . Sabendo que a temperatura máxima na região
analisada atinge, em média, 40°C , determine a taxa de variação da área superior do trilho.

Solução: para resolver esse problema, é necessário determinar a taxa de variação do comprimento em relação
à temperatura. 

Segundo o enunciado do problema, temos as seguintes informações:

•  c = 10 m = 100 cm (comprimento do trilho).

•  l = 65,09 mm = 6,509 cm (largura do trilho).

•  dl

dT
= 0,001 cm/ ℃(taxa de variação da largura em relação à temperatura).

•  dc

dT
= 0,001 cm/°C (taxa de variação do comprimento em relação à temperatura).

Considerando que a área do retângulo é dada por A = cl(produto do comprimento pela largura) e tanto o
comprimento quanto a largura dependem da temperatura, então, para encontrar a taxa de variação da área, é
necessário determinar a derivada do produto. Assim,
dA dc dl
= l + c
dT dT dT

Substituindo os valores dados na equação acima, tem-se que:


dA
= 0,001(6,509) + 100(0,001) = 6,609
dT

Logo, a variação da área em relação à temperatura será de 6,609 cm2/Co.

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Dessa forma, percebemos a importância das ferramentas do cálculo diferencial integral para modelar e resolver
situações práticas ao nosso redor. 

VÍDEO RESUMO
Nesta aula, vamos trazer o conceito de taxas relacionadas e resolveremos uma aplicação sobre esse assunto. 

Para isso, necessitamos de algumas técnicas de derivação, também chamadas de ferramentas de cálculo.
Portanto, veremos o processo de derivação implícita.

Ao final da aula, você estará apto a identificar problemas que envolvem taxas relacionadas e saberá resolvê-los. 

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Sugerimos como ferramenta gráfica para a visualização de gráficos de funções o software de geometria
dinâmica Geogebra online.

Aula 2

MÁXIMOS E MÍNIMOS 
Nesta aula, estudaremos os pontos chamados de máximos e mínimos de uma função e
descreveremos os testes ou critérios para identificar tais pontos.
40 minutos

INTRODUÇÃO
Na engenharia existem muitas aplicações que nos levam a questionamentos, tais como: qual o custo mínimo de
produção, qual a carga máxima que uma viga suporta, qual a velocidade máxima atingida, dentre outros. Essa
área é descrita, matematicamente, pelo que chamamos de problemas de otimização. 

É comum que em um problema de otimização precisemos determinar pontos de máximo e/ou de mínimo da
função que descreve o modelo representado. Para isso, é necessário que consigamos identificar esses pontos e
avaliar o comportamento da função com relação aos chamados pontos de inflexão, ou seja, pontos onde a
função muda o seu comportamento. Todos esses conceitos são descritos por meio de derivadas.

Nesta aula, estudaremos os pontos chamados de máximos e mínimos de uma função e descreveremos os
testes ou critérios para identificar tais pontos. 

Vamos, então, ao estudo do cálculo diferencial.

PONTOS CRÍTICOS DE UMA FUNÇÃO


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Graficamente, quando a derivada de uma função em um ponto especificado é igual a zero, temos uma reta
tangente a essa função que é paralela ao eixo das abscissas. Esse resultado matemático responde a muitos
questionamentos em modelos de otimização.

Dessa forma, vamos estudar essa teoria para conseguirmos aplicá-la.

Para começar, precisamos definir alguns conceitos que serão base para a construção dos chamados máximos e
mínimos de uma função. Partiremos da análise do crescimento ou decrescimento dessa função em pontos
conhecidos. 

Uma função é dita crescente quando:

seja y=f(x) uma função definida em um intervalo  I. A função f é crescente no intervalo I se:

f (x1) < f (x2)  sempre que  x 1 < x2  para todo x 1, x2  ∈ I .

Figura 1 | Funções crescentes

Fonte: elaborada pela autora.

Note que as retas tangentes aos pontos x1 e x2 possuem o ângulo de inclinação entre 0 e 90º. Qualquer reta
tangente a f(x)  crescente tem inclinação positiva, ou seja, f'(x)>0.

Através da relação entre a inclinação da reta tangente em um ponto especificado com a derivada dessa
mesma função neste ponto de tangência temos que tg  = m = . 
dy
(x0)
dx

A tangente será positiva quando o ângulo estiver no intervalo entre 0 e 90º. Esse resultado indica que o
coeficiente angular será positivo nesses mesmos intervalos. 

Como o coeficiente angular é a derivada da função no ponto de tangência, pode-se garantir que a função é
crescente sempre que a derivada da função for positiva.

Uma função é decrescente quando:

Seja  y=f(x) uma função definida em um intervalo  I. A função f  é decrescente no intervalo I se f(x1)>f(x2)  sempre
que x1<x2, para todo x 1, x2  ∈ I .

Figura 2 | Funções decrescentes

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Fonte: elaborada pela autora.

Na Figura 2, as duas funções são decrescentes. 

Note que as retas tangentes aos pontos x1 e x2 possuem o ângulo de inclinação entre 90 e 180º. Nesse caso,
qualquer reta tangente à f(x) decrescente tem inclinação negativa, ou seja, f'(x)<0.

Considerando  tg  = m = , então, a função f(x) será decrescente sempre que a sua derivada for
dy
(x0)
dx

negativa.

Resumindo: podemos analisar o crescimento e o decrescimento de uma função, no intervalo (a,b),


através através do sinal da derivada de primeira ordem: 

• Se no intervalo (a,b) tem-se f'(x)>0, então, f é crescente em (a,b).

• Se no intervalo  (a,b) tem-se f'(x)<0, então, f é decrescente em  (a,b).

O ponto intermediário entre um intervalo de crescimento e decrescimento de uma função é chamado de ponto
crítico. Vejamos a seguir essa definição.

Definição 1

Se x0  for um número do domínio da função f e se f’(x0) = 0 ou f’(x0 ) não existir, então, x0 será chamado de ponto
crítico de f.

Figura 3 | Pontos críticos

Fonte: elaborada pela autora.

Vamos verificar a aplicação dessa definição nos exemplos abaixo.

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Exemplo 1:

Ache os pontos críticos da função f definida por f (x) = x .


4 1

3
+ 4x 3

Solução:

Derivando, temos que:


1 −2
4 4
f ′(x) = x 3
+ x 3
3 3

Os pontos críticos serão encontrados fazendo , logo  . Neste exemplo, utilizaremos o gráfico
1 2
4 4 −
x 3
+ x 3
= 0
3 3

da função (sugerimos o uso do software Geogebra para desenhar o gráfico da função. Veja no Saiba mais o
endereço eletrônico dessa ferramenta) para encontrar as raízes da função de  . Para isso,
1 2
4 4 −
x 3
+ x 3
= 0
3 3

observe a figura a seguir:

Figura 4 | Zeros da função f'

Fonte: elaborada pela autora.

Observe que, quando x = – 1, temos f’(x) = 0 e, quando x = 0, temos que f’(x) não existe. Ambos (– 1 e 0) estão no
domínio de f; logo, podemos dizer que – 1 e 0 são pontos críticos de f.

A imagem a seguir apresenta os gráficos de f(x) e f’(x).

 Figura 5 | Gráfico de f e f´

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Fonte: elaborada pela autora.

Note que a identificação de x=-1 como ponto crítico permite que calculemos o valor para f(-1)=-3, obtendo, com
isso, o ponto B=(-1,-3), que é um ponto crítico de f(x).

Exemplo 2:

Seja f (x) = , calcule os pontos críticos de f.


3
x 3 2
+ x + 2x + 1
3 2

Solução:

2
f ′(x)  =  x   +  3x  +  2 ; assim, se f’(x) = 0, temos que x 2
  +  3x  +  2  =  0 . Logo, x = –1 e x = –2. Como –1 e –
2 estão no domínio de f, então, podem ser denominados pontos críticos de f.

Como vimos, a derivada permite avaliar a função quanto ao seu crescimento ou decrescimento em intervalos
conhecidos. Como consequência, o ponto que divide esses intervalos é chamado ponto crítico da função. Mas,
será que podemos dizer que esses serão os pontos máximos e mínimos? Veremos na sequência a resposta a
essa questão.

FERRAMENTAS DE CÁLCULO
Dentro das aplicações que envolvem conceitos matemáticos é comum que precisemos calcular, para uma
função f em um intervalo pré-determinado, o maior valor de f(x) ou o menor valor para o intervalo. Problemas
de otimização, por exemplo, usam exatamente esse conceito. 

O maior valor da função nesse intervalo é chamado de valor (ou ponto) máximo absoluto e o menor valor da
função no intervalo é chamado de valor (ou ponto) mínimo absoluto.

A função f terá um valor máximo absoluto em um intervalo se existir algum número c no intervalo tal que f(c) ≥
f(x) para todo x no intervalo. Nesse caso, f(c) será o valor máximo absoluto de f no intervalo.

Os dois teoremas que veremos na sequência embasam a aplicação de máximos e mínimos de funções.

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Teorema 1: Teorema do Valor Médio (TVM)

Se f for contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[, então, existirá pelo menos um c em ]a, b[ tal que
f (b)−f (a)
= f ´(c)   ou   f   (b) − f (a) = f ′(c) (b − a)
b−a

Geometricamente, se s é uma reta passando pelos pontos (a, f(a)) e (b, f(b)), existirá pelo menos um (c, f(c)) com
a < c < b, tal que a reta tangente ao gráfico f, nesse ponto, é paralela à reta s. Como    é o coeficiente
f (b)−f (a)

b−a

angular de s, e f’(c) o de T, então,  . A figura a seguir apresenta essa representação geométrica.


f (b)−f (a)
= f ′(c)
b−a

Figura 6 | Representação geométrica para o Teorema do Valor Médio

Fonte: elaborada pela autora.

A demonstração do Teorema do Valor Médio é baseada em um caso particular, conhecido como Teorema de
Rolle.

Teorema 2: Teorema de Rolle

Seja f uma função, tal que:

•  Ela seja contínua no intervalo fechado [a, b].

•  Ela seja derivável no intervalo aberto ]a, b[.

•  f(a) = f(b) = 0.

Então, existe um número c no intervalo (a, b), tal que f’(c) = 0

Demonstração

•  Primeiro caso: f(x) = 0 para todo x ∈ [a, b]. Então, f’(x) = 0 para todo x ∈ (a, b), logo, qualquer número entre a e
b pode ser tomado como c. 

•  Segundo caso: f(x) não se anula para todo x ∈ ]a, b[.

Como f é contínua no intervalo fechado [a, b], então f tem um valor de máximo e um valor de mínimo absoluto
em [a, b]. 

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•  Terceiro caso: f(a) = 0 e f(b) = 0. 

f(x) não é zero Ɐx ∈ (a, b). Logo, f terá um valor máximo absoluto positivo em algum  de (a, b), ou um valor
mínimo absoluto negativo em algum  de 

(a, b) ou ambos. 

Assim, para  ou , conforme o caso, existe um extremo absoluto em um ponto interior ao intervalo [a, b]. Logo, o
extremo absoluto f(c) é também um extremo relativo e, como por hipótese existe f’(c), segue que f’(c) = 0.

f(x) não é zero Ɐx ∈ (a, b). Logo, f terá um valor máximo absoluto positivo em algum  de (a, b), ou um valor
mínimo absoluto negativo em algum  de 

(a, b) ou ambos. 

Assim, para c = c ou c = c , conforme o caso, existe um extremo absoluto em um ponto interior ao intervalo
1 2

[a, b]. Logo, o extremo absoluto f(c) é também um extremo relativo e, como por hipótese existe f’(c), segue que
f’(c) = 0.

Figura 7| Máximo e mínimo relativos

Fonte: elaborada pela autora.

As definições nos mostram como avaliar a existência de valores máximos e mínimos de funções, que podem ser
observados na Figura 6.

Definição 2

A função f terá um valor máximo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f(x) esteja
definida, tal que f(c) ≥ f(x) para todo x nesse intervalo.

Definição 3

A função f terá um valor mínimo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f(x) esteja
definida, tal que f(c) ≤ f(x) para todo x nesse intervalo.

Os gráficos a seguir representam as definições enunciadas.

Figura 8 | Gráficos representativos de máximos e mínimos locais, respectivamente


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Fonte: elaborada pela autora.

Vamos verificar a aplicação dessas definições no exemplo a seguir.

Exemplo 3

Dada f(x) = 4x3 – 9x. Analise as condições das hipóteses do Teorema de Rolle no intervalo

−√ 3 √3
[ , ]
2 2

Figura 9 | Gráfico da função f(x) = 4x3 – 9x e representação dos pontos críticos respectivamente máximo e mínimo local

Fonte: elaborada pela autora.

Note que o intervalo foi escolhido adotando os pontos de máximo e mínimo absolutos dessa função. Assim,
temos como ponto de máximo absoluto o ponto D e como ponto de mínimo absoluto o ponto E. Para calculá-
los, basta fazer f'(x)=12x2-9=0. Assim, teremos .

 É importante compreender os teoremas que estruturam o conceito de máximos e mínimos da função e, se


possível, suas demonstrações, pois eles são a base para a resolução dos chamados “problemas de otimização” e
auxiliam no aprendizado não só desta unidade, mas de todo cálculo diferencial e integral.

MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL


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Se a função f tiver um máximo ou mínimo relativo em c, então, f tem um extremo relativo em c. Através da
aplicação do Teorema do Valor Médio (TVM) é possível encontrar os possíveis c para os quais existe um extremo
relativo.

A condição de anulamento da derivada em um ponto c, contido no intervalo (a, b), é necessária, mas não é
suficiente para que c seja um extremo relativo. Isso ocorre porque f só terá extremos relativos quando f´(x)=0,
mas o contrário não é verdadeiro. Ou seja, a derivada de uma função pode resultar em zero, sem que esse seja
um extremo relativo.

Vamos verificar esses resultados no exemplo a seguir.

Exemplo 4:

Considere f (x)  =  (x) . Verifique se f tem extremo relativo.


5

Solução:

f ′(x)  =  5x
4
; assim, f’(0) = 0. Dessa forma, a derivada de f no ponto x0=0 é igual a zero, mas f não é derivável
nesse ponto, ou seja, não possui extremo relativo nesse ponto.

Figura 10: Gráfico das funções f(x), f’(x) e f’’(x)

Fonte: elaborada pela autora.

A seguir, apresentaremos os chamados testes da primeira e da segunda derivada, que resumem os conceitos
vistos até o momento.

Critério da derivada de primeira ordem (Teste da primeira derivada)

Esse critério está relacionado ao comportamento de crescimento e de decrescimento da função.

Seja f uma função contínua em um intervalo fechado [a,b], que possui derivada em todo ponto do intervalo
aberto (a,b), exceto, possivelmente, em um ponto c:

• Se f'(x)>0 para todo x<c e f'(x)<0 para todo x>c, então, f tem um máximo local em c.

• Se f'(x)<0 para todo x<c e f'(x)>0 para todo x>c, então, f tem um mínimo local em c.

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Se a função cresce antes de chegar no ponto crítico e decresce após passar pelo ponto crítico, esse ponto crítico
é um ponto de máximo local da função. De forma análoga, se a função decresce antes de chegar no ponto
crítico e cresce após passar pelo ponto crítico, esse ponto crítico é um ponto de mínimo local da função.

Figura 11| Teste da primeira derivada

Fonte: elaborada pela autora.

Critério da derivada de segunda ordem (Teste da segunda derivada)

Se f'(c)=0 no intervalo (a,b), então, c é um provável ponto de máximo ou de mínimo local em (a,b).

• f"(c) >0 então, f tem um mínimo local em c, no intervalo (a,b).

• f"(c) <0 então, f tem um máximo local em c, no intervalo (a,b).

Exemplo: determine os pontos extremos de f (x) = x 3


− 12x , utilizando o teste da derivada segunda.

Solução: inicialmente, deve-se determinar os pontos críticos. Para isso, deriva-se a função uma vez e iguala-se a
zero, assim: f ′(x) = 3x 2
− 12 = 0 . As raízes dessa equação são  {−2,2}, que são os pontos críticos.

Derivando novamente, tem-se :

Avaliando em x=-2, tem-se f ′′


(−2) = 6. (−2) = −12 < 0 , quer dizer que, nesse ponto, a função é côncava
para baixo, então, esse ponto é um ponto de máximo local da função.

Avaliando em x=2, tem-se f ′′


(2) = 6.2 = 12 < 0 , indicando que nesse ponto a função é côncava para cima;
então, esse ponto é um ponto de mínimo local da função.

Figura 12 | Função f (x) = x 3


− 12x

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Fonte: elaborada pela autora.

Ambos os critérios podem ser utilizados para determinar máximos e mínimos de função, dependendo da
facilidade de derivar e de analisar os intervalos.

Os pontos de extremos locais, máximo e mínimo local, podem ser utilizados para determinar máximos e
mínimos de funções, mas as aplicações limitam o intervalo em que os valores podem ser analisados. Nesse
caso, deve-se avaliar os pontos que limitam o intervalo da função.

VÍDEO RESUMO
Nesta aula, vamos trazer o conceito de máximos e mínimos de funções através dos testes de derivação. 

Resolveremos um problema que permitirá a aplicação do critério da segunda derivada, que possibilitará a
análise dos pontos de máximo ou mínimos (locais ou globais).

Ao final da aula, você estará apto a identificar problemas que envolvem máximos e mínimos, locais e globais, e
aplicar os testes de derivação .

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para reforçar o conteúdo da aula, sugerimos o material intitulado Teste da primeira derivada. Com ele você
poderá ver mais exemplos a respeito desse tema.

Aula 3

CONCAVIDADE E PONTOS DE INFLEXÃO


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Nesta aula, identificaremos essas regiões onde há a mudança de concavidade e também os


pontos de inflexão, quando existirem.
35 minutos

INTRODUÇÃO
 Na engenharia existem muitas aplicações que nos levam a questinamentos, como: qual o custo mínimo de
produção, qual a carga máxima que uma viga suporta, qual a velocidade máxima atingida, dentre outros. Essa
área é descrita matematicamente pelo que chamamos de problemas de otimização. 

É comum que, em um problema de otimização, precisemos determinar pontos de máximo e/ou de mínimo da
função que descreve o modelo representado. Para isso, é necessário que consigamos identificar esses pontos e
avaliar o comportamento da função com relação aos chamados pontos de inflexão, ou seja, pontos onde a
função muda o seu comportamento.

Com a identificação dos pontos de inflexão também é possível avaliar a função com relação a concavidades
formadas em subintervalos de seu domínio. 

Nesta aula, identificaremos essas regiões onde há a mudança de concavidade e também os pontos de inflexão,
quando existirem.

Bons estudos.

CONCAVIDADE E PONTO DE INFLEXÃO


Na unidade anterior, aprendemos a identificar, através da análise da primeira derivada, os intervalos de
crescimento e/ou decrescimento de uma função.

Assim, temos que:

Seja f contínua no intervalo I:

• Se f ′(x)  >  0para todo x interior a I, então, f será estritamente crescente em I.

• Se  f ′(x)  <  0 para todo x interior a I, então, f será estritamente decrescente em I.

Vejamos um rápido exemplo dessa avaliação:

Exemplo 1:

Determine os intervalos de crescimento e decrescimento de f (x)  =  x 3 2


 – x  – x  +  1 . Esboce o gráfico de f e
determine os intervalos de crescimento e decrescimento dessa função.

Solução:

Seja f (x)  =  x 3 2
 – x  – x  +  1 , então, f ′(x)  =  3x 2
 – 2x – 1 .

Se fizermos f ′(x) = 3x 2
− 2x − 1 =  0 , obteremos as raízes x′= −  e x 1

3
′′
= 1 .

Assim, f’(x) > 0 em ]–∞, − 1

3
 e em ]1, + ∞[, e f’(x) < 0 em [−

1

3
,1].
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Como f é contínua, segue que f é estritamente crescente em ]–∞,   − 1

3
[ e em ]1,+∞[, e f é estritamente
decrescente em [− 1

3
,1].

A Figura 1 apresenta os gráficos de f(x) e f’(x)

Figura 1 | Gráficos de f e f’

Fonte: elaborada pela autora.

Para analisar o intervalo de concavidade de uma função y=f(x), ou seja, se a função é côncava para cima ou
côncava para baixo, utilizamos a derivada de segunda ordem (teste da segunda derivada).

Se f"(x)>0 no intervalo (a,b), então, a função é côncava para cima em (a,b).

Se f"(x)<0  no intervalo (a,b), então, a função é côncava para baixo em (a,b).

Assim, para avaliar a concavidade de uma função, é necessário calcular tanto a derivada de primeira ordem,
obtendo assim os pontos críticos e os domínios de crescimento (ou decrescimento) da função, quanto calcular a
derivada de segunda ordem, classificando os pontos críticos em máximos e mínimos (se existirem).

A seguir, veremos um exemplo que permite avaliar a concavidade de uma função.

Exemplo 2:

Usando o teste da segunda derivada, avalie a concavidade de f (x)  =  x 3 2


 – x  – x  +  1

Solução:

Calculando as derivadas de primeira e de segunda ordem de f(x) obtemos:

2
f ′(x)  =  3x  – 2x – 1  e f ′′
(x) = 6x − 2 .

Avaliando a derivada de segunda ordem em x=1 e x = − , ou seja, as raízes de f(x) obtemos:


1

• Se f ′′(1) > 0no intervalo Ia, então, a função é côncava para cima em Ia

• Se f ′′(− 1

3
) < 0no intervalo Ia, então, a função é côncava para baixo em Ia
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Note que não foi possível determinar os extremos para os intervalos Ia e Ib, pois ainda precisaremos
compreender mais uma definição para isso. Veremos como calcular esses valores a partir da próxima definição.

Definição 1

Temos um ponto de inflexão, x0 de f(x), tal que f(x0) é contínua, se f"(x0)=0 ou f"(x0) não existe.

É o ponto de inflexão que demarca (delimita) a mudança de concavidade.

Com essa informação, veremos no exemplo a seguir o cálculo para o ponto de inflexão e a determinação dos
intervalos Ia e Ib do Exemplo 2:

Exemplo 3:

Seja a função  f (x)  =  x 3 2


 – x  – x  +  1  apresentada no Exemplo 1, calcule o ponto de inflexão e os
intervalos onde a concavidade está voltada para cima, Ia e para baixo, Ib.

Solução:

Temos que f ′(x)  =  3x 2


 – 2x – 1  ef ′′
(x) = 6x − 2

Como f ′′(x) = 6x − 2, então, fazendo f"(x)=0, teremos:

6x − 2 = 0 , logo x = 1

3
 é o ponto de inflexão.

Agora, voltando aos resultados do exemplo anterior, podemos definir os intervalos Ia e Ib, logo:

• Se f ′′(1) > 0 no intervalo ( 1

3
, +∞) , então, a função é côncava para cima em( 1

3
, +∞)

• Se f ′′(− 1

3
) < 0 no intervalo (−∞, 1

3
), então, a função é côncava para baixo em(−∞, 1

3
)

que podem ser observados na Figura 2:

Figura 2 | Gráficos de f e f’’

Fonte: elaborada pela autora.

Vimos nos exemplos acima o cálculo de pontos de inflexão e concavidade de funções com o uso das derivadas.

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ANÁLISE GRÁFICA DA CONCAVIDADE DE FUNÇÕES


Vamos montar um esquema de passos para avaliar uma função que será analisada tanto algebricamente
quanto graficamente.

A Tabela 1 determina os passos que serão adotados:

Tabela 1 | Passo a passo para avaliação de funções

Etapas Procedimento Definições

1 Encontrar os pontos críticos da função  f Os pontos críticos são todos os valores para 
x, tais que  f'(x)=0, ou f'(x) não existe. 

2 Determinar os intervalos de crescimento e Se no intervalo (a,b) tem-se f'(x)>0, então, f é


decrescimento da função  f crescente em (a,b).

Se no intervalo (a,b) tem-se f'(x)<0, então, f é


decrescente em (a,b).

3 Encontrar os máximos e mínimos locais Teste da primeira derivada

Considere que c é ponto crítico de f, ou seja,


f'(c)=0 :

Se f'(x)>0 para todo x<c e f'(x)<0 para todo


x>c, então, f tem um máximo local em c.

Se f'(x)>0 para todo x<c e f'(x)>0 para todo


x>c, então, f tem um mínimo local em c.

Teste da segunda derivada

Considere que c é ponto crítico de f, ou seja,


f'(c)=0 :

Se f"(c)>0, então, então, f tem um mínimo


local em c.

Se f"(c)<0, então, f tem um máximo local em


c.

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Etapas Procedimento Definições

4 Encontrar os pontos de inflexão e determinar os Os pontos de inflexão são todos os valores


intervalos de concavidade para cima e para baixo. para x1, tais que  f"(x)=0, ou f"(x) não existe.

Se no intervalo (a,b) tem-se f"(x)>0, então f é


côncava para cima em (a,b).

Se no intervalo (a,b) tem-se f"(x)<0, então f é


côncava para baixo em (a,b).

5 Esboçar o gráfico Usar as características das etapas anteriores.

Fonte: elaborada pela autora.

A seguir, faremos um exemplo seguindo esses passos.

Exemplo 4:

Dada a função f (x) = x 3


− 3x + 2 , determine:

1.  Pontos críticos

Os pontos críticos de f(x) são calculados a partir da expressão f'(x)=0. 

Tendo f ′
(x) = 3x
2
− 3 e fazendo 3x 2
− 3 = 0 obtemos x=1 e x=-1. Observamos esses valores no gráfico a
seguir:

Lembrando que x=1 e x=-1 são as raízes de f’(x), logo D = (1,f (1)) e G=(-1,f(-1)) são os pontos críticos de f
apresentados.

Figura 3 | Pontos críticos de f(x)

Fonte: elaborada pela autora.

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2.  Os intervalos onde a função cresce ou decresce

Derivando a função f (x) = x 3


− 3x + 2 , tem-se f ′
(x) = 3x
2
− 3 , lembrando que as raízes de f’’ já foram
calculadas no passo anterior.

Tabela 2 | Intervalos da função f(x)

Intervalo x*∈I f'(x*)=3(x*)2−3 Conclusão

(−∞,−1) -2         f'(−2)=9 Crescente

   (−1,1) 0         f'(0)=−3 Decrescente

    (1,∞) 2 ′
f (2) = 9 Crescente

Fonte: elaborada pela autora.

Note que os valores  são valores de cada um dos intervalos, escolhidos para verificação. Dessa forma, quando,
por exemplo, assumimos o intervalo (−∞, −1) e calculamos para x *
= −2 o valor para f ′ *
(x ) = f (−2) = 9

, conseguimos verificar o que se afirma no teste da primeira derivada.

Note que G=(-1,f(-1))=(-1,4) e B=(1,f(1))=(1,0).

Figura 4 | Intervalos de crescimento e decrescimento de f(x)

   Fonte: elaborada pela autora.

3.  Os extremos relativos (máximos e mínimos)

Conhecidos os pontos críticos e os intervalos de crescimento e decrescimento da função e, em conjunto,


usando o teste da segunda derivada, podemos encontrar o ponto de máximo e de mínimo da função f(x).

Assim, temos f'(x)=6x, logo:

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• f ′
' (−1) = −6 < 0 , então x=-1 é ponto de máximo local.

• f ′′
(1) = 6 > 0, então x=1 é ponto de mínimo local.

onde x=-1 e x=1 são as raízes de f'(x), portanto, pontos críticos de f(x).

Figura 5 | Máximo e mínimo local

Fonte: elaborada pela autora.

4.  Ponto de inflexão e concavidade

Igualando a segunda derivada de f(x) a zero, 6x=0, obtemos o ponto de inflexão.

Logo, o ponto de inflexão é x=0. Com o ponto de inflexão calculado, determinamos os intervalos que
apresentam concavidade para cima e para baixo.

Tabela 3  | Concavidade da função f(x)

Intervalo x*∈I f''(x*)=6(x*) Conclusão

   (−∞,0) -1   f''(−1)=−6 Concavidade para baixo

    (0,∞) 1 ′
f (1) = 6 Concavidade para cima

Fonte: elaborada pela autora.

5.  Gráfico de f(x) 

Note que a ferramenta gráfica (Geogebra) adotada para representar os gráficos em cada passo, permitiram que
fôssemos visualizando os resultados. Contudo, nem sempre temos esse tipo de ferramenta disponível. Assim, a
análise feita nos passos anteriores permite que, ao chegarmos no passo 5, possamos compreender a estrutura
do gráfico dessa função.

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Figura 6 | Gráfico de f(x)

Fonte: elaborada pela autora.

Assim, temos as derivadas como uma importante ferramenta de construção de gráficos de funções e análise.

APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE CONCAVIDADE E PONTO DE INFLEXÃO


A seguir, resolveremos uma aplicação com o uso da teoria vista anteriormente.

Exemplo 5: 

Na produção de fármacos, existe a necessidade de se calcular o tempo de resposta de um volume de


medicamento após sua aplicação e o tempo em que essa quantidade permanece produzindo o efeito desejado
antes da aplicação de uma nova dose. Essa abordagem é necessária para que possa ser computado o volume
da próxima dose e o espaçamento entre doses. Para esse cálculo, faz-se um estudo que avalia a concentração
do medicamento aplicado ao longo do tempo, sendo que a concentração é uma unidade que relaciona a massa
com o volume (mg/ml). 

Suponha que a concentração S (mg/ml) de um determinado medicamento na corrente sanguínea de um


paciente possa ser calculada através da expressão:
t
t 50−e
S (t) = e ( ),  com  0 ≤ t ≤ 4
50

onde t é o tempo em horas.

A função S(t) reflete um aumento gradual dessa concentração e uma queda acentuada da quandidade de
medicamento na corrente sanguínea.

Estime o tempo t para a obtenção do ponto de inflexão. Avalie se essa função possui pontos de máximo e/ou
mínimo no intervalo 0 ≤ t ≤ 4 e analise o significado físico desses pontos nesse problema. Avalie também a
concavidade de S(t) para 0 ≤ t ≤ 4.

Solução:

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05/08/2023, 00:23 wlldd_231_u4_cal_int_dif

Pontos de inflexão são calculados quando a derivada de segunda ordem é nula. Já para a análise de pontos de
máximo e mínimo precisamos dos testes da primeira e segunda derivadas. 

Assim, o primeiro passo nesse problema é encontrar as funções S' (t) e S'' (t). Logo:
t t
e (25−e ) t t
′ ′′ 25e −2e
S (t) =  e S (t) =
25 25

Para nos auxiliar no cálculo de raízes de equações exponenciais, já que o foco dessa aula não está neses
cálculos, usaremos um software de geometria dinâmica que permite o cálculo das raízes e a visualização gráfica
dessas funções. Deixamos a descrição desse software no Saiba mais desta unidade. 
t t

Fazendo S teremos  , logo t = 3,2189


e (25−e )

(t) = 0 = 0
25

Figura 7 | Gráfico de S(t) e S’(t)

Fonte: elaborada pela autora.

Portanto, temos um ponto crítico para a função S(t) quando t=3,2189

Calculando a segunda derivada nesse ponto, obtemos:

, logo, temos um ponto de máximo da função quando 


3,2189 3,2189
′′ 25e −2e
S (3,2189) = = −25,0018 < 0
25

t = 3,2189

Agora, precisamos encontrar o ponto de inflexão. Para isso, S ′′


(t) = 0 .

, logo t = 2,5257
t t
25e −2e
= 0
25

Figura 8 | Gráfico de S(t) e S’’(t)

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Fonte: elaborada pela autora.

Com isso, podemos concluir que:

Quando t = 3,2189, temos S=(3,2189)=12,5. Logo a concentração máxima de medicamento na corrente


sanguínea será encontrada após 3,2189 horas, sendo essa concentração igual a 12,5 mg/ml.

O ponto de inflexão nos mostra quando a curva de concentração começa a subir. Assim, quando t=2,5257
horas, a concentração começa a subir até o seu pico máximo, que se dá 3,2189 horas após a aplicação do
medicamento. 

VÍDEO RESUMO
Nesta aula, vamos trazer o conceito de concavidades e pontos de inflexão de uma função, apresentados no
contexto de uma aplicação. Ao final da aula, você estará apto a identificar e resolver problemas que envolvem a
análise de concavidades e pontos de inflexão, com o uso de derivadas de primeira e segunda ordem.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Sugerimos como ferramenta gráfica para a visualização de gráficos de funções o software de geometria
dinâmica Geogebra online. Com ele, também é possível calcular as raízes e pontos específicos de uma
função conhecida.

Também indicamos uma calculadora online gratuita para auxiliar e comparar resultados: Symbolab.  

Aula 4

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OTIMIZAÇÃO 
Usaremos as técnicas de derivação aprendidas ao longo da disciplina para resolver problemas de
indeterminação no cálculo do limite de funções.
42 minutos

INTRODUÇÃO
Nesta unidade de aprendizagem, usaremos as técnicas de derivação aprendidas ao longo da disciplina para
resolver problemas de indeterminação no cálculo do limite de funções. Para esse fim, apresentaremos a
chamada Regra de L’Hôspital, idealizada pelo matemático Bernoulli. 

Além disso, aplicaremos os conceitos e as técnicas de derivação para resolver problemas de otimização,
também chamados de aplicações. Nesse contexto utilizaremos, principalmente, os testes da primeira e segunda
derivadas, análise de pontos críticos, verificação da concavidade de funções e pontos de inflexão.

Misturaremos teoria e prática, aproximando os conceitos teóricos aprendidos com a resolução de problemas
reais.

Sejam muito bem-vindos ao estudo do cálculo diferencial! 

FORMAS INDETERMINADAS E SOLUÇÃO


Existem sete indeterminações no contexto do cálculo diferencial e integral que, constantemente, são discutidas
e descrevem limites de funções. 

Duas delas são obtidas a partir de um quociente, sendo  0

0
e  ∞


suas representações matemáticas. Tem-se
também a multiplicação 0 ⋅ ∞, a subtração +∞ − ∞ e as potências 0 , ∞ e 1 . 0 0 ∞

A seguir apresentamos de qual limite de funções cada uma dessas representações deriva:

1.  Para 1 , tem-se  lim f (x)



, com  lim f (x) = 1 e  lim g (x) = ∞
g(x)

x→a x→a x→a

2.  Para 0 , tem-se  lim


0

+
x
x

x→0

3.  Para 0 ⋅ ∞, tem-se  lim c ⋅ f (x), c>0; com  lim f (x) = ∞


x→a x→a

4.  Para ∞ − ∞, tem-se  lim f (x) + g (x), com  lim f (x) = ∞ e  lim g (x) = −∞,
x→a x→a x→a

5.  Para ∞ , tem-se  lim f (x)


0 g(x)
, com  lim f (x) = ∞ e  lim g (x) = 0
x→a x→a x→a

6.  Para  , tem-se  lim , com  lim f (x) = ∞ e  lim g (x) = ∞


∞ f (x)

∞ g(x)
x→a x→a x→a

7.  Para  , tem-se  lim , com  lim f (x) = 0 e  lim g (x) = 0


0 f (x)

0 g(x)
x→a x→a x→a

Algumas dessas indeterminações podem ser resolvidas por meio de simplificações, como exemplo,
substituições por produtos notáveis, uso de limites fundamentais ou aplicação de racionalização de
denominadores. Vejamos a seguir alguns exemplos:

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Exemplo 1:

Determine os limites a seguir:


x−1
lim
√x−1
x→1

Solução: 

Aplicando uma substituição direta na tentativa de resolução desse limite, nota-se que existe uma
indeterminação do tipo  . 0

Dessa forma, utilizaremos o artifício matemático da racionalização de frações. 

  Portanto,  lim
(x−1) (√ x+1) (x−1)(√ x+1) (√ x+1)
x−1
lim = lim = lim = √1 + 1 = 2 = 2
(√x−1) (√x+1) (x−1) 1 √x−1
x→1 x→1 x→1 x→1

Observe na figura abaixo que em x=1 a função não tem solução. Esse resultado está apresentado na tabela ao
lado do gráfico.

Figura 1 | Gráfico de f (x) = x−1

√x−1

Fonte: elaborada pela autora.

²
b.   lim
sen  x

x→0
²
x

Solução: 

Por apresentar indeterminação do tipo  0

0
, neste caso, utiliza-se o artifício matemático do limite fundamental 
lim
sen x

x
= 1 , então, deve-se arrumar o limite de modo que possa ser aplicada a substituição:
x→0

2
²
Portanto,  lim
sen x
2
sen x 2 sen x sen  x
2
lim = lim ( ) = (lim ) = 1 = 1 = 1.
x→0
2
x
x→0
x
x→0
x
x→0

Observe na figura a seguir que em x = 0 a função não tem solução. Esse resultado está apresentado na tabela
ao lado do gráfico.
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²
Figura 2 | Gráfico de f (x) = sen  x

x ²

Fonte: elaborada pela autora.

c.   
2
x +x 1
lim 2
.=    
3x +7 3
x→∞

Solução: 

Por apresentar indeterminação do tipo  ∞


, neste caso, utiliza-se o artifício matemático do limite do termo de
maior grau. Portanto deve-se dividir o numerador e o denominador por x2:
2 2
x +x x x
1
2 + 1+
x +x x
2
x
2
x
2
x 1
lim 2
= lim 2
= lim 2
= lim 7
=
3x +7 3x +7 3x 7
3+ 3
x→∞ x→∞ x→∞ + x→∞ 2
2 2 2 x
x x x

Portanto,  lim
2
x +x 1
2
=
3x +7 3
x→∞

Observe na figura a seguir que para valores muito grandes de x, a função tende a  . Esse resultado pode ser 1

observado analisando o gráfico da função (em azul) que se aproxima da assíntota (cinza tracejada) y = 1

3
,
quando x tende a ∞.

Figura 3 | Gráfico de f (x) =


2
x +x
2
3x +7

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Fonte: elaborada pela autora.

Nos três exemplos anteriores conseguimos usar algum artifício algébrico com o objetivo de sair das
indeterminações do tipo  0

0
ou  ∞


. Todavia, para alguns limites, nenhum dos artifícios vistos anteriormente são
suficientes. Um exemplo é o caso  lim x
x
e
x→∞

O matemático Johann Bernoulli descobriu uma propriedade que permite calcular limites desse tipo. Essa
descoberta consiste em perceber que, na vizinhança de um ponto, pode-se comparar o quociente de duas
funções com o quociente de suas derivadas, desde que determinadas hipóteses estejam satisfeitas. Essa
descoberta foi chamada de Regra de L’Hôspital, por ter sido o Marquês de L’Hôspital (aprendiz de Bernoulli)
quem a publicou. Segue a definição da regra de L’Hôspital. 

Definição 1 (STEWART, 2017)

Sejam f e g duas funções contínuas e deriváveis em um intervalo I conhecido, com g′(x) ≠ 0 para todo x.
Considere ainda que x pertence a uma vizinhança V tal que V = ]a − r, a + r[ , com r>0. Com essas condições
satisfeitas, duas indeterminações podem ocorrer:

1.  Indeterminação do tipo  : 0

Seja a ∈ I , com f (a) = g (a) = 0. Se houver  lim , finito ou infinito, então, existe  e  lim
f '(x) f (x)

g'(x) g(x)
x→a x→a

f (x) f '(x)
lim = lim
g(x) g'(x)
x→a x→a

2.  Indeterminação do tipo  ∞


:

Seja x ≠ a, com x ∈ V . Se houver  lim , finito ou infinito, então existe  lim  e pode ser determinado
f '(x) f (x)
 
g'(x) g(x)
x→a x→a

por meio de: 


f (x) f '(x)
lim = lim
g(x) g'(x)
x→a x→a

Caso a indeterminação persista repete-se o processo até eliminar a indeterminação.

No próximo bloco resolveremos exemplos aplicando esta regra.

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FERRAMENTAS DE CÁLCULO
Como vimos, a regra de L’Hôspital permite que resolvamos o limite de funções apesar de possíveis
indeterminações. 

Vimos também que  lim e


x
x
não pode ser resolvido apenas com técnicas de simplificação. Vejamos, então,
x→∞

como resolvê-lo aplicando L’Hôspital:

Exemplo 2:

Resolva o limite  lim x


x
e
x→∞

Solução:

Aplicando a substituição direta, encontraremos uma indeterminação do tipo  ∞


. Portanto é possível aplicar a
regra de L’Hôspital:
d
(x)
x dx 1
lim x = lim d
= lim x = 0
e (e )
x e
x→∞ x→∞ dx x→∞

Logo,  lim x
x
e
= 0 . 
x→∞

Resolveremos na sequência, alguns dos limites de funções vistos no bloco anterior, mas que agora serão
resolvidos aplicando a regra de L’Hôspital.

Exemplo 3:

Determine os limites a seguir, utilizando a regra de L’Hôspital:

a.  lim x−1

√x−1
 
x→1

Solução: (indeterminação do tipo  ) 0

d
(x−1) 2√ x
x−1 dx 1
lim = lim d
= lim 1
= lim = 2
√x−1 (√ x−1) 1
x→1 x→1 dx x→1 2√x
x→1

Portanto,  lim x−1

√x−1
= 2 . 
x→1

²
b.   lim sen  x

x ²
  
x→0

Solução: (indeterminação do tipo  ) 0

²
sen  x
d

dx
(sen  x) ² 2 sen x cos x sen x cos x
lim = lim = lim = lim
x² ²
d
(x ) 2x x
x→0 x→0 dx x→0 x→0

Nesse ponto, a função ainda apresenta indeterminação do tipo  0

0
.Logo, aplica-se a regra de L’Hôspital
novamente.
d

sen x cos x dx
(sen x cos x) ²
cos x+sen x 
2

lim = lim d
= lim = lim = 1
x (x) 1 1
x→0 x→0 dx x→0 x→0

²
Portanto,  lim . 
sen  x
= 1

x→0

Muitas vezes, o limite a ser calculado apresenta indeterminações do tipo ∞ − ∞ ,  0.∞  ,  0 0
,  1

,  ∞ , que
0

podem ser transformadas em indeterminações do tipo  0

0
  e  


, para que a regra de L’Hôspital possa ser
aplicada. 
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Os próximos exemplos apresentarão algumas dessas situações.

Exemplo 4:

Resolva os limites a seguir aplicando a regra de L’Hôspital

a.  lim +
   [
x−1
x

1

ln x

x→1

Solução: 

Esse limite apresenta indeterminação do tipo  ∞ − ∞, porém, não se pode aplicar a regra de L’Hôspital de
maneira direta. 

É necessário, em primeiro lugar, preparar o limite de forma que aparece uma indeterminação do tipo  0

0
ou  ∞

O primeiro passo para esse limite é reduzir as duas frações à uma única fração:
x 1 x ln x− (x−1)
lim    [ − ] = lim   
+
x−1 ln x + (x−1) ln x
x→1 x→1

Aplicando uma substituição direta, o limite apresentará uma indeterminação do tipo  0

0
e, portanto, pode-se
aplicar a regra de L’Hôspital:
d
x ln x− (x−1) (x ln x− (x−1))
dx ln x+1−1 ln x
lim    = lim    d
= lim    (x−1)
= lim    1
+ (x−1) ln x + ((x−1) ln x) + + ln x+1−
x→1 x→1 dx x→1 ln x+ x→1 x
x

Nesse ponto, o limite ainda apresenta indeterminação do tipo  . Dessa forma, aplica-se a regra de L’Hôspital 0

novamente.
d 1 1
(ln x)
ln x dx x 1 1
lim    1
= lim    d 1
= lim    1 1
= 1 1
=
+ ln x+1− + (ln x+1− ) + + + 2
x→1 x x→1 dx x x→1 x ²
x 1 ²
1

Portanto,  lim +
   [
x

x−1

ln x
1
] =
1

2

x→1

b.   lim +
  x
x

x→0

Solução: 

Esse limite apresenta indeterminação do tipo 0 . Portanto, é necessário preparar o limite de forma que apareça
0

uma indeterminação do tipo  0

0
ou  ∞

Nesse caso, aplica-se o logaritmo em ambos os lados da função y = x , para transformar a função exponencial x

em um produto:
x
ln y = ln x

Isolando y tem-se:

x ln x 
y = e

Assim,

[ lim   (xln x)]
x x ln x +
lim   x = lim   e = e x→0

+ +
x→0 x→0

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Esse limite apresenta indeterminação do tipo  0.∞, porém, ainda não se pode aplicar a regra de L’Hôspital.
Reescrevendo o limite como uma divisão, apresenta-se uma das indeterminações que possibilitam aplicar essa
regra.
ln x
lim    (x ln x) = lim    1
+ +
x→0 x→0 x

Devido ao limite apresentar uma indeterminação do tipo  ∞


 pode-se aplicar a regra de L’Hôspital:
d 1
(ln x)
ln x dx x −x
lim    1
= lim    d 1
= lim    1
= lim    = 0
+ + ( ) + − +
1
x→0 x x→0 dx x x→0 x² x→0

[ lim   (x ln x )]

Portanto, x x
  = e x→0
+
= e
0
= 1

A técnica utilizada nesse exemplo é similar para indeterminações do tipo 1 e ∞ . ∞ 0

APLICAÇÕES
Os problemas conhecidos como problemas de otimização usam todos os conceitos estudados nesta disciplina,
mas, principalmente, as técnicas e os conceitos de derivação vistos nas seções anteriores desta unidade. 

Vamos resolver alguns desses problemas. 

Lembre-se: existem outras maneiras de se resolver cada uma dessas aplicações. Assim, desde que você opte
por uma forma matematicamente correta de chegar ao resultado, sua maneira de resolver pode ser diferente
da apresentada nos exemplos a seguir.

Exemplo 5:

Uma lata de leite condensado tem o formato de um cilindro reto com a capacidade de 395 gramas que equivale,
aproximadamente, a um volume de 320 cm3. 

O fabricante determina a altura e o raio desse cilindro para que tenha custo mínimo de material. 

Sabe-se que a lata é produzida com alumínio, sendo que o custo para o alumínio usado na tampa e na base é de
dez centavos por cm2 e o custo para o material usado na lateral é de cinco centavos por cm2. 

Determine a altura e o raio da tampa (e base) para que o fabricante tenha um custo mínimo para a produção da
lata.

Solução:

Para calcular o volume de um cilíndrico reto usa-se a relação

V = área da base altura = (π ⋅ r 2


) ⋅ h

onde h é a altura do cilindro e r é o raio da base.

Temos que nosso cilindro tem volume igual a 320 cm3, portanto

2 320
V = 320 = πr h ⇒ h = 2
πr

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Queremos minimizar o custo do material que está relacionado a área da lata, sendo que o custo do material
usado para a base do recipiente e para a tampa é de dez centavos por cm2 e o custo do usado para a parte
lateral é de cinco centavos por cm2.

Dessa forma, podemos planificar nossa lata cilíndrica de forma que a área da base (círculo) terá um custo e a
área da lateral (do retângulo) terá outro custo, que somados nos dão a equação:

Abase  =  πr  e A
2
lateral  =  base X altura  =  2πr. h

Figura 4 | Planificação de um cilindro circular reto

Fonte: elaborada pela autora.

2
C (r) = Custo  =  2 (10 (πr ))  +  5 (2πrh)

2 320 2 −1
C (r) = 20 (πr ) + 5 (2πr ( 2
)) = 20πr + 3200r
r π

Logo, tenho uma função em relação ao raio r. Fazendo C′(r)  =  0 encontramos os pontos críticos para a
função.

—2
C′(r)  =  40πr – 3200r

Fazendo 40πr − 3200r −2
= 0 , encontraremos as raízes de  C′(r)

−2
40πr = 3200r

3
40πr = 3200

3 3200
r =
40π

r ≈ 2,9425 

Portanto, considere r = 2,9425 cm

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Como desejamos um custo mínimo, precisamos garantir que em r=2,9425 teremos um ponto de mínimo local.
Assim, fazemos C ′′
(r) = 40π + 6400r
−3
. Dessa forma, como C ′′
(2,9425) = 376,87 > 0 , então tem-se um
ponto de mínimo em C(r) quando r=2,9425.

Figura 5 | Gráfico das funções C(r), C'(r) e C"(r)

Fonte: elaborada pela autora.

Logo, sabemos que para obter custo mínimo, sendo r = 2,9425 e h = 320

πr
2
, substituindo, teremos então
h=11,77 cm.

Você pôde perceber que usamos diretamente os conceitos de derivadas para analisar situações do dia a dia e,
com isso, tirar resultados importantes para a solução de problemas, chamados de problemas de otimização. 

VÍDEO RESUMO
Neste vídeo vamos trazer o conceito de otimização. Para isso, selecionamos uma aplicação que dependerá de
técnicas de derivação vistas ao longo das seções que compõem esta unidade, além de conceitos desta seção. Ao
final da aula, você estará apto a identificar problemas de otimização e saberá resolvê-los.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Sugerimos como ferramenta gráfica para a visualização de gráficos de funções o software de geometria
dinâmica GeoGebra on-line.

O material Taxas Relacionadas e Máximos, de Araújo é rico em exemplos de problemas de otimização,


sendo que a maior parte deles está resolvido, auxiliando na prática e fixação do conteúdo. Assim,
sugerimos que você acess, e tente resolvê-los.

Para saber um pouco mais sobre a vida de L’Hôspital e Bernoulli, sugerimos dois materiais. O primeiro,
Guillaume François Antoine Marquis de L'Hospital (1661-1704), e o segundo Johann Bernoulli (1667 - 1748)

REFERÊNCIAS
15 minutos

Aula 1
ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. et al. Cálculo. v.1. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ . Acesso em: 12 set. 2022

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=claudionormoreira.s01%40gmail.com&usuarioNome=CLAUDIONOR+MOREIRA+DOS+SANTOS&disciplinaDescricao=&atividadeId=36614… 37/39
05/08/2023, 00:23 wlldd_231_u4_cal_int_dif

GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/.  Acesso em: 12 set. 2022.

STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/.  Acesso em: 12 set. 2022.

Aula 2
ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. et al. Cálculo. v.1. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ . Acesso em: 12 set. 2022

GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
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HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo - Um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo
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STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em:
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Aula 3
GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
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STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em:
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Aula 4
CONNALY, HUGHES-HALLETT, GLEASON, et al. Funções para modelar variações – uma preparação para o
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GOLDSTEIN, L. J. et al. Matemática aplicada. Porto Alegre: Grupo A, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540700970/ . Acesso em: 30 set. 2022.
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=claudionormoreira.s01%40gmail.com&usuarioNome=CLAUDIONOR+MOREIRA+DOS+SANTOS&disciplinaDescricao=&atividadeId=36614… 38/39
05/08/2023, 00:23 wlldd_231_u4_cal_int_dif

GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
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LIMA, E. L. Meu professor de matemática. Rio de Janeiro: SBM, 2011.

MAOR, E. e: a história de um número. Record: Rio de Janeiro, 2008.

STEWART, J. Cálculo. v. 1. Tradução da 8ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/ . Acesso em: 28 set. 2022.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=claudionormoreira.s01%40gmail.com&usuarioNome=CLAUDIONOR+MOREIRA+DOS+SANTOS&disciplinaDescricao=&atividadeId=36614… 39/39

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