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REGRAS DE DERIVAÇÃO
117 minutos
Referências
Aula 1
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula você aprenderá sobre as regras de derivação do produto e do quociente. A regra do produto é
utilizada para calcular a derivada de um produto de funções, ou seja, de uma multiplicação entre funções. Já a
regra do quociente, ajuda a calcular a derivada de uma divisão de funções, ou seja, o quociente de funções
diferenciáveis.
Ao final desta aula espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções utilizando a regra do produto
e do quociente, e saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua profissão.
Estes conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras
disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, dedicação e esforço.
É natural você questionar se a derivada de um produto entre funções é o produto das derivadas dessas
funções. Desse modo, veja o exemplo a seguir.
Exemplo 1:
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No item a foi calculado o produto das derivadas, ou seja, primeiramente derivou-se cada função e os resultados
foram multiplicados. Já no item b, primeiro obteve-se o resultado da multiplicação entre as funções e depois a
derivada deste resultado.
Como você pode observar, há diferença nas soluções obtidas entre as resoluções dadas anteriormente. Sendo
assim, é de grande importância conhecer as regras de derivação para resolver corretamente estes problemas.
Aqui estamos interessados em obter a derivada do resultado da multiplicação entre funções, ou seja, a derivada
do produto de funções.
Regra do produto
Sejam duas funções diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio.
A derivada do produto dessas duas funções é o produto da primeira função pela (vezes) derivada da segunda
função, somado como o produto da segunda função pela (vezes) derivada da primeira função. Ou seja, para f(x)
e g(x) diferenciáveis:
Exemplo 2:
= (2x − 3) ⋅ 3 + 2 ⋅ (3x − 1) =
= 6x − 9 + 6x − 2 =
= 12x − 11
Exemplo 3:
3 3 2 4 2
= (2x − 1) ⋅ (4x + 2x) + 6x ⋅ (x + x ) =
6 4 3 6 4
= 8x + 2x − 4x − 2x + 6x + 6x =
6 4 3
= 14x + 8x − 4x − 2x
Da mesma maneira que no produto, a derivada de um quociente entre funções não é o quociente das derivadas
dessas funções, como exemplificado a seguir.
Exemplo 4:
a.
f ′(x) (x )′
2x 2
= 3
= 2
=
g′(x) (x )′ 3x 3x
b. [
2
f (x) x 1 −1 −2 −1
]′= ( 3
)′= ( )′= (x )′= −x = 2
g(x) x x x
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No item a foi calculado o quociente das derivadas, ou seja, primeiramente derivou-se cada função e os
resultados foram divididos. Já no item b, primeiro obteve-se o resultado da divisão entre as funções e depois a
derivada deste resultado.
Como você pode observar, há diferença nas soluções obtidas entre as resoluções anteriores. Sendo assim, é de
grande importância conhecer as regras de derivação para resolver corretamente estes problemas.
Regra do quociente
Sejam duas funções diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio.
A derivada do quociente entre duas funções é a função do denominador pela (vezes) derivada da função do
numerador menos a função do numerador pela (vezes) derivada da função do denominador; tudo sobre
(divididos) o quadrado da função do denominador. Ou seja, para f(x) e g(x) diferenciáveis:
f (x) f ′(x)⋅g(x)−f (x)⋅g′(x)
[ ]′= 2
g(x) [g(x)]
Exemplo 5:
x −2
2
.
2
2⋅(x −2)−(2x+10)⋅x
= 4 2
=
x −4x +4
2 4
2x −4−4x −20x
= 4 2
=
x −4x +4
2
−2x −20x−4
= 4 2
x −4x +4
Exemplo 6:
Seja g(x) = .
4
2x −3
2
x −5x+3
3 2 4
8x ⋅(x −5x+3)−(2x −3)⋅(2x−5)
= 4 3 2 3 2 2
=
x −5x +3x −5x +25x −15x+3x −15x+9
5 4 3 5 4
8x −40x +24x −4x +10x +6x−15
= 4 3 2
=
x −10x +31x −30x+9
5 4 3
4x −30x +24x +6x−15
= 4 3 2
x −10x +31x −30x+9
Desse modo, você aprendeu como calcular a derivada de uma função que esteja escrita na forma de um
produto ou de um quociente de outras duas funções.
INTERPRETANDO A DERIVADA
Além de calcular a derivada de uma função, podemos também aplicá-la a um ponto. Veja o exemplo a seguir.
Exemplo 1:
Seja f (x) = .
√x
x+3
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x 2
f ′(x) = ( )′=
x+3
1 1
(x 2 )′⋅(x+3)−x 2 ⋅(x+3)′
= 2
=
(x+3)
−1 1
1
x 2 ⋅(x+3)−x 2 ⋅1
2
= 2
=
x +6x+9
x+3
−√x
2√x
= 2
x +6x+9
1+3
−√ 1
2
1 +6⋅1+9
=
16
1
.
16
.
Do ponto de vista geométrico, quando aplicamos a derivada de uma função y = f(x) a um ponto (x, y) o resultado
corresponde à tangente do ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y = f(x), isto é, o
coeficiente angular da reta tangente à curva. Veja, nos exemplos a seguir, como utilizamos o conceito da
derivada para encontrar a reta tangente à curva num determinado ponto.
Exemplo 2:
Para se encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente, achar o seu
coeficiente angular. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função é dado pela sua derivada
aplicada no ponto. Desse modo, calculamos a derivada da função y.
2 2
y′= (x + 1) ⋅ (x − 2)′+(x + 1)′⋅(x − 2) =
2
= (x + 1) ⋅ 1 + 2x ⋅ (x − 2) =
2 2
= x + 1 + 2x − 4x =
2
= 3x − 4x + 1
Agora que encontramos o coeficiente angular da reta (m = y′(2) = 5), vamos encontrar a reta tangente à
curva no ponto (2, 0), que é dada através da equação da reta:
y − y 0 = m ⋅ (x − x 0 ) ⇔ y − 0 = 5 ⋅ (x − 2) ⇔ y = 5x − 10
Desse modo, obtemos a reta tangente à função y no ponto (2, 0). O gráfico a seguir representa a função y, na
cor verde; e a reta tangente à curva no ponto (2, 0), na cor azul.
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Exemplo 3:
x−1
Novamente, para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente,
achar o seu coeficiente angular, dado pela derivada aplicada no ponto. Desse modo, calculamos a derivada da
função y.
3 3
(x +x)′⋅(x−1)−(x +x)⋅(x−1)′
y′= 2
=
(x−1)
2 3
(3x +1)⋅(x−1)−(x +x)⋅1
= 2
=
x −2x+1
3 2
2x −3x −1
= 2
x −2x+1
3 2
Assim, a reta tangente à curva no ponto (2, 10) é dada através da equação da reta:
y − y 0 = m ⋅ (x − x 0 ) ⇔ y − 10 = 3 ⋅ (x − 2) ⇔ y = 3x + 4
Desse modo, obtemos a reta tangente à função y no ponto (2, 10). O gráfico a seguir representa a função y, na
cor verde; e a reta tangente à curva no ponto (2,10), na cor azul.
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Assim, você aprendeu que, mediante o uso das regras da derivada do produto e do quociente, podemos utilizar
a derivada aplicada a um ponto da função para encontrar a reta tangente à função nesse ponto.
APLICAÇÕES
O cálculo de derivadas é aplicado para resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento. Uma
das aplicações mais conhecidas diz respeito ao cálculo da velocidade instantânea e da aceleração instantânea
de um objeto.
A velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função f(t), que descreve a
posição do objeto no instante t, ou seja: v(t)=f’(t). Já a aceleração instantânea a(t) de um objeto no instante t é
dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja: a(t)=v’(t). Desse modo, a partir de uma função que
descreve a trajetória de um objeto, você pode calcular sua velocidade e sua aceleração em um determinado
instante através do uso de derivadas. Vejamos, a seguir, um exemplo dessa aplicação.
Exemplo 1:
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Uma partícula percorre um trajeto obedecendo à equação S(t) = (t − 1)(t − 3), que determina sua posição S,
em metros, em relação ao tempo t, em segundos. Obtenha a sua velocidade e sua aceleração no instante t = 5 s.
Como visto, a velocidade instantânea é dada pela derivada da função posição. Desse modo:
= (t − 1) ⋅ 1 + 1 ⋅ (t − 3) =
= 2t − 4
Para encontrar a função que descreve a aceleração da partícula você deve calcular a derivada da função
velocidade. Ou seja:
Outra possibilidade de utilização de derivada é para calcular a taxa de variação de uma função y = f(x) em
relação à x em um determinado instante. Vejamos, a seguir, um exemplo dessa aplicação.
Exemplo 2:
Uma companhia telefônica quer estimar o número de novas linhas residenciais que deverá instalar em um
determinado mês. No início de janeiro, tal companhia possuía 100000 assinantes, cada um com uma média de
1,2 linhas. A companhia estimou que o crescimento das assinaturas seguiria uma taxa de 1000 novas
assinaturas por mês e, pesquisando os assinantes existentes, descobriu que cada um pretendia instalar, em
média, 0,01 linha telefônica nova até o final daquele mês. Estime o número de novas linhas que a companhia
deverá instalar até o final de janeiro, calculando a taxa de crescimento das linhas no começo do mês.
Seja NA(t) o número de assinantes e NL(t) o número de linhas telefônicas por assinante em um instante t, em
que t é medido em meses com t = 0 correspondente ao início de janeiro. Então o número total de linhas TL(t) é
dado pelo número de assinantes multiplicado pelo número de linhas por assinante, ou seja,
T L(t) = N A(t) ⋅ N L(t) .
O número de novas linhas que a companhia deverá instalar até o final de janeiro consiste em calcular a taxa de
crescimento das linhas no começo do mês, ou seja, TL’(0).
Como você viu, a derivada pode representar a taxa de crescimento de um determinado conceito. Desse modo,
neste exemplo, NA’(0) representa a taxa de crescimento das novas assinaturas por mês, e NL’(0) a taxa média de
linhas. Assim, para t = 0, com NA(0) = 100000, NA’(0) = 1000, NL(0) = 1,2 e NL’(0) = 0,01; temos:
T L′(0) = N A(0) ⋅ N L′(0) + N A′(0) ⋅ N L(0) = 100000 ⋅ 0,01 + 1000 ⋅ 1,2 = 2200
Portanto, a companhia precisou instalar aproximadamente 2200 novas linhas telefônicas no mês de janeiro.
Desse modo, você pôde observar que o uso das regras da derivada do produto e do quociente são importantes
no cálculo de situações reais.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
Neste vídeo você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre as regras de derivada do produto entre
duas funções e do quociente entre duas funções, além de alguns exemplos para ajudar na fixação do conteúdo.
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Venha conferir!
Saiba mais
Para saber mais sobre as regras do produto e do quociente, acesse o conteúdo Derivada de soma,
produto e quociente de funções, onde você encontrará exemplos sobre cada uma das propriedades
vistas nesta aula.
Aula 2
REGRA DA CADEIA
Nesta aula, você aprenderá sobre uma regra de derivação muito especial: a regra da cadeia, que
é utilizada para calcular a derivada de uma função composta, ou seja, quando a função que
desejamos derivar é resultado da composição entre outras duas funções.
28 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, você aprenderá sobre uma regra de derivação muito especial: a regra da cadeia, que é utilizada para
calcular a derivada de uma função composta, ou seja, quando a função que desejamos derivar é resultado da
composição entre outras duas funções.
Ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções utilizando a regra da cadeia,
e que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua profissão.
Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras
disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, com dedicação e esforço.
Exemplo 1:
Sejam f (x) = x 2
+ 1 e g(x) = √x.
a. g ∘ f 2
= g(f (x)) = √ f (x) = √ x + 1
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Note que g ∘ f ≠ f ∘ g .
Desse modo, podemos definir a regra de derivação quando a função dada é uma função composta.
Regra da cadeia
Sejam as funções y = g(u) e u = f(x) diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do
seu domínio. Seja a função composta g(f(x)). Sua derivada é obtida através do produto entre a derivada da
função de fora (g(u)) pela (vezes) derivada da função de dentro (f(x)). Ou seja:
Exemplo 2:
Seja v(x) = (1 − x .
10
2
)
Sua derivada é calculada por v′(x) = [(1 − x , ou seja, a derivada da função de fora
10
2 2
) ]′⋅ (1 − x )′
(derivada em relação à potência), pela derivada da função de dentro (função do segundo grau). Desse modo,
temos que a derivada da função v(x) é dada por:
10
2 2
v′(x) = [(1 − x ) ]′⋅ (1 − x )′=
9
2
= 10(1 − x ) ⋅ (−2x) =
9
2
= −20x(1 − x )
Exemplo 3:
Seja h(x) = √x 2
+ 1 .
1
2 2 2
h′(x) = [(x + 1) ]′⋅ (x + 1)′=
1
1 −
2 2
= (x + 1) ⋅ 2x =
2
2x
= =
2
2√ x +1
x
=
√ x 2 +1
Exemplo 4:
Seja f (x) = (x .
7
2
+ 5x + 2)
fora é a derivada em relação à potência pela derivada da função de dentro, que é a função do segundo grau.
Desse modo, temos que a derivada da função f(x) é dada por:
7
2 2
f ′(x) = [(x + 5x + 2) ]′⋅ (x + 5x + 2)′=
6
2
= 7(x + 5x + 2) ⋅ (2x + 5) =
6
2
= (x + 5x + 2) ⋅ (14x + 35)
Exemplo 5:
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Seja g(x) = 3
√ x 2 +x+1
1
.
3
= 1
= (x + x + 1)
√ x 2 +x+1 2 3
(x +x+1)
fora é a derivada em relação à potência, pela derivada da função de dentro que é a função do segundo grau.
Desse modo, temos que a derivada da função g(x) é dada por:
1
−
2 3 2
g′(x) = [(x + x + 1) ]′⋅ (x + x + 1)′=
4
−
−1 2 3
= (x + x + 1) ⋅ (2x + 1) =
3
−1
= 4
⋅ (2x + 1) =
2
3(x +x+1) 3
−2x−1
=
3 4
3√ (x +x+1)
2
Desse modo, você verificou que é possível calcular a derivada de uma função que esteja escrita na forma de
uma composição entre outras duas funções através da regra da cadeia.
Exemplo 1:
Para calcular a derivada da função f(x) devemos aplicar, primeiramente, a regra do produto, já que é a operação
entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a derivada de f(x) é dada por:
3 2 3 2
2 2 2 2
f ′(x) = (3x + 1) ⋅ [(x − x ) ]′+ [(3x + 1) ]′⋅(x − x )
Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar
a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(x) é obtido por:
3 2 3 2
2 2 2 2
f ′(x) = (3x + 1) ⋅ [(x − x ) ]′+ [(3x + 1) ]′⋅(x − x ) =
3 2 2
2 2 2 2
= (3x + 1) ⋅ [2((x − x ) ⋅ (1 − 2x)] + [3(3x + 1) ⋅ 6x] ⋅ (x − x ) =
3 2 2
2 2 2 3 2 2
= (3x + 1) ⋅ (2x − 2x − 4x + 4x ) + 18x(3x + 1) ⋅ (x − x ) =
3 2
2 2 3 2 2 3 4
= (3x + 1) ⋅ (2x − 6x + 4x ) + 18x(3x + 1) ⋅ (x − 2x + x ) =
2
2 2 2 3 2 3 4
= (3x + 1) ⋅ [(3x + 1) ⋅ (2x − 6x + 4x ) + 18x (x − 2x + x )]
Exemplo 2:
Para calcular a derivada da função f(t) devemos aplicar, primeiramente, a regra do produto, já que esta é a
operação entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a derivada de f(t) é dada
por:
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2 2
3 3
2 2
f ′(t) = (t + 1) 3
⋅ [(2t − 1) ]‵′+ [(t + 1) 3
]′⋅(2t − 1)
Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar
a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(t) é obtido por:
2 2
3 3
2 2
f ′(t) = (t + 1) 3
⋅ [(2t − 1) ]′+ [(t + 1) 3
]′⋅(2t − 1) =
2 −1
2 3
2 2 2
= (t + 1) 3
⋅ [3(2t − 1) ⋅ 4t] + [ (t + 1) 3
⋅ 1] ⋅ (2t − 1) =
3
2 1
2 3
2 2 1 3 2
= (t + 1) 3
⋅ 12t(2t − 1) + ( ) ⋅ (2t − 1) =
3 t+1
3 2 2 3
2 2 2
= √ (t + 1) ⋅ 12t(2t − 1) + 3
⋅ (2t − 1) =
3√ t+1
2
2 3 2 2(2t −1)
2
= (2t − 1) ⋅ [12t√ (t + 1) + 3
]
3√ t+1
Exemplo 3:
Seja f (r) = r
√ r 2 +1
.
−1
Para calcular a derivada da função f(r) devemos aplicar, em princípio, a regra do produto, já que ela é a
operação entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a derivada de f(r) é dada
−1 −1
Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar
a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(r) é obtido por:
−1 −1
2 2 2 2
f ′(r) = r ⋅ [(r + 1) ]‵′+r′⋅(r + 1) =
−3 −1
−1 2 2 2 2
= r ⋅ ( )(r + 1) + 1 ⋅ (r + 1) =
2
−r 1
= 3
+ 1
=
2 2
2(r +1) 2 (r +1) 2
−r 1
= +
3 √ r 2 +1
2√ (r +1)
2
Exemplo 4:
Seja g(x) = (
9
x−2
2x+1
) .
Para calcular a derivada da função g(x) devemos aplicar, primeiramente, a regra da cadeia, depois, a regra do
quociente, pois a operação da divisão entre as funções está dentro da operação potência. Desse modo, temos
que a derivada de g(x) é dada por:
8
x−2 x−2
g′(x) = 9( ) ⋅ ( )′
2x+1 2x+1
Após aplicar a regra da cadeia, você pode observar que, para resolver a derivada indicada, precisamos utilizar a
regra do quociente. Assim, o resultado da derivada de g(x) é obtido por:
8
x−2 x−2
g′(x) = 9( ) ⋅ ( )′=
2x+1 2x+1
8 (x−2)′⋅(2x+1)−(x−2)⋅(2x+1)′
x−2
= 9( ) ⋅ [ 2
] =
2x+1 (2x+1)
8 1⋅(2x+1)−(x−2)⋅2
x−2
= 9( ) ⋅ 2
=
2x+1 4x +4x+1
8
x−2 2x+1−2x+4
= 9( ) ⋅ 2
=
2x+1 4x +4x+1
8
x−2 5
= 9( ) ⋅ 2
=
2x+1 4x +4x+1
8
x−2 45
= ( ) ⋅ 2
2x+1 4x +4x+1
Exemplo 5:
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=claudionormoreira.s01%40gmail.com&usuarioNome=CLAUDIONOR+MOREIRA+DOS+SANTOS&disciplinaDescricao=&atividadeId=36614… 11/29
05/08/2023, 00:22 wlldd_231_u3_cal_dif_int
Seja g(s) = √
2
s +1
s +4
2 .
Desse modo, para calcular a derivada da função g(s) devemos aplicar, primeiramente, a regra da cadeia, depois
a regra do quociente, pois a operação da divisão entre as funções está dentro da operação potência. Desse
modo, temos que a derivada de g(s) é dada por:
−1
2 2 2
1 s +1 s +1
g′(s) = ( 2
) ⋅ ( 2
)′
2 s +4 s +4
Após aplicar a regra da cadeia, você pode observar que, para resolver a derivada indicada, precisamos utilizar a
regra do quociente. Assim, o resultado da derivada de g(s) é obtido por:
−1
2 2 2
1 s +1 s +1
g′(s) = ( 2
) ⋅ ( 2
)′=
2 s +4 s +4
−1
2 2 2 2
2 2 (s +1)′⋅(s +4)−(s +1)⋅(s +4)′
1 s +1
= ( 2
) ⋅ [ 2
] =
2 s +4 2
(s +4)
−1
2 2
2 2 2s⋅(s +4)−(s +1)⋅2s
1 s +1
= ( 2
) ⋅ 2
=
2 s +4 2
(s +4)
2 2 3 3
1 s +4 2s +8s−2s −2s
= ( 2
) ⋅ 2
=
2 s +1 2
(s +4)
2 2
1 s +4 6s
= ( 2
) ⋅ 2
=
2 s +1 2
(s +4)
2 2
s +4 6s
= ( 2
) ⋅ 2
=
s +1 2(s +4)
2
2
s +4 3s
= √ 2
⋅ 2
s +1 2
(s +4)
Assim, você pode entender que, dependendo da função, é preciso aplicar mais de uma regra de derivação para
obter sua derivada.
APLICAÇÕES
O cálculo de derivadas é aplicável na resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento, sendo
o cálculo da velocidade instantânea e da aceleração instantânea de um objeto um dos mais conhecidos.
Vamos relembrar:
A velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função f(t), que descreve a
posição do objeto no instante t, ou seja: v(t) = f ′(t). Já a aceleração instantânea a(t) de um objeto no instante t
é dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja, a(t) = v′(t).
Você viu anteriormente a resolução de problemas envolvendo velocidade instantânea e aceleração instantânea
através da aplicação das regras do produto e do quociente para o cálculo das derivadas. Vejamos, a seguir, um
exemplo da resolução desses problemas, utilizando a regra da cadeia, que você aprendeu nesta aula.
Exemplo 1:
instantâneas no momento x.
3
Desse modo, a velocidade v(x) em que esse objeto se encontra no instante x é dada pela derivada da função
trajetória f(x).
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2 2
v(x) = f ′(x) = [(x + 1) ]′=
1
3 2 2
= (x + 1) ⋅ 2x =
2
2
6x√ x +1
= =
2
2
= 3x√ x + 1
Assim, também podemos calcular a aceleração a(x) em função do instante x. Para isso, basta derivarmos a
função velocidade v(x).
1 1
2 2 2 2
a(x) = v′(x) = 3x ⋅ [(x + 1) ]′+ (3x)′⋅(x + 1) =
−1 1
1 2 2 2 2
= 3x ⋅ [ (x + 1) ⋅ 2x] + 3 ⋅ (x + 1) =
2
1
x 2 2
= 3x ⋅ 1
+ 3 ⋅ (x + 1) =
2
(x +1) 2
2
3x 2
= + 3√ x + 1
√ x 2 +1
Exemplo 2:
A equação do movimento de uma partícula pode ser escrita através da função s(t) = √t + 2, na qual a 3
12
m/s.
Como você já viu, a função velocidade pode ser expressa pela derivada da função movimento.
1
−2
1
= (t + 2) 3
⋅ 1 =
3
2
1 1 3
= ( ) =
3 t+2
1
=
3 2
3√ (t+2)
12
m/s, ou seja,
1 1 1
v(t) = ⇔ = ⇔
12 3 2
12
3√ (t+2)
3 2
⇔ 3√ (t + 2) = 12 ⇔
3
3 2 3
⇔ (3√ (t + 2) ) = 12 ⇔
2
⇔ 27(t + 2) = 1728 ⇔
2
⇔ (t + 2) = 64 ⇔
2
⇔ √ (t + 2) = √ 64 ⇔
⇔ t + 2 = 8 ⇔
⇔ t = 6
12
m/s é alcançada no instante t = 6s.
Encontramos no item a que o instante em questão é t = 6s. Então, queremos encontrar qual distância a
partícula percorreu até o instante de 6 segundos, ou seja, s(6). Desse modo, s(6) = √6 + 2 = √8 = 2. 3 3
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Como você já viu, a função aceleração pode ser expressa como a derivada da função velocidade.
−2
3
(t + 2) 3
.
−5
1 −2
= ⋅ (t + 2) 3
⋅ 1 =
3 3
−5
−2 1 3
= ( ) =
9 t+2
5
−2 3 1
= √( ) =
9 t+2
−2
=
3 5
9√ (t+2)
−2
a(2) = ≅ −0,022
3 5
9√ (2+2)
Ou seja, no instante t = 2s a partícula está desacelerando a uma taxa de, aproximadamente, 0,022m/s2.
Desse modo você pôde observar que o uso das regras da derivada do produto e do quociente são importantes
no cálculo de situações do dia a dia.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a regra da cadeia, que é uma regra de
derivação utilizada quando temos uma função composta. Verá também alguns exemplos para ajudar na fixação
do conteúdo.
Venha conferir!
Saiba mais
Saiba mais sobre a Regra da Cadeia, com exemplos sobre o conteúdo desta aula.
Aula 3
INTRODUÇÃO
Olá, estudante.
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Nesta aula, você aprenderá como calcular a derivada quando temos funções exponenciais e funções
logarítmicas. Além disso, vale lembrar que, para algumas funções, é necessário aplicar mais do que uma regra
de derivação para obter sua derivada.
Ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções exponenciais e logarítmicas,
e que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua profissão.
Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras
disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos.
Chamamos de função exponencial de base a a função f : R → R que associa a cada número real x o número
real ax, sendo a um número real, tal que 0 < a ≠ 1. Desse modo, f (x) = a . x
Para f (x) = a , com 0 < a ≠ 1, temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = a
x x
ln a . Ou seja, a derivada da
função exponencial é a própria função exponencial vezes o logaritmo neperiano (ln) da base da função.
Tem-se um caso particular da derivada para uma função exponencial quando a base da função é e, ou seja, o
número neperiano. Com isso, para f (x) = e , onde é o número neperiano, temos que f ′(x) = e
x x
ln e = e
x
,
pois lne = 1.
Exemplo 1:
Seja g(x) = 5 . x
Exemplo 2:
Seja h(x) = 2e . x
Chamamos de função logarítmica de base a a função f que associa a cada número real x o número
*
: R → R
+
real log a
, sendo a um número real, tal que 0 < a ≠ 1. Desse modo, f (x) = log
x
a
x.
f ′(x) =
1
x
log
a
e , onde e é o número neperiano. Ou seja, a derivada da função logarítmica é 1 sobre o
logaritmando vezes o log de mesma base, mas com logaritmando e.
x
log
a
e =
1
x
⋅
1
ln a
=
1
x ln a
.
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05/08/2023, 00:22 wlldd_231_u3_cal_dif_int
Têm-se um caso particular da derivada para uma função logarítmica quando usamos o ln, ou seja, o logaritmo
natural. Com isso, para f (x) = ln x, temos que f ′(x) = 1
x
ln e =
x
1
, pois lne = 1, onde e é o número
neperiano.
Exemplo 3:
x
log 10 e .
Exemplo 4:
Seja u(x) = 2 ln x.
x
.
Como você viu anteriormente, algumas funções são resultado da composição de outras duas funções. Logo,
podemos ter uma função composta que seja constituída por uma função exponencial cujo expoente seja outra
função. Nesse caso, utilizaremos a regra da cadeia para obter a derivada dessa função. Veja o exemplo a seguir.
Exemplo 5:
Seja a função f (x) = 3 . Trata-se de uma função exponencial na qual, no expoente, há uma função do
2
2x +3x−1
segundo grau.
seja, a derivada da função exponencial (função de fora) vezes a derivada da função do segundo grau (função de
dentro). Desse modo, a derivada da função f(x) é:
2
2x +3x−1 2
f (x) = (3 )′⋅(2x + 3x − 1)′=
2 2
2x +3x−1 2x +3x−1
= 3 ⋅ ln 3 ⋅ (4x + 4) = 3 ⋅ (4x + 4) ⋅ ln 3
Observe que ln3 representa, aproximadamente, 1,1. Logo, atente-se para não cometer o erro de multiplicar (4x
+ 3) por 3. Para evitar tal erro, você pode deixá-lo indicado ao final da expressão, assim como na resolução
apresentada.
Também podemos ter uma função composta na qual uma função logarítmica tenha, em sua constituição, outra
função em seu logaritmando. Nesse caso, utilizaremos a regra da cadeia para obter a derivada dessa função.
Veja o exemplo a seguir.
Exemplo 6:
Trata-se de uma função logarítmica na qual, em seu logaritmando, há uma função do segundo grau.
1
= 2
log 2 e ⋅ (6s + 7) =
3s +7s−1
6s+7
= log e
2
3s +7s−1 2
Assim, você pode calcular a derivada de funções que envolvem função exponencial e função logarítmica.
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INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA
Você aprendeu ao longo da disciplina que, quando aplicamos a derivada de uma função y = f(x) a um ponto (x,y),
o resultado corresponde à tangente do ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y =
f(x), isto é, o coeficiente angular da reta tangente à curva. Desse modo, também é possível encontrar a reta
tangente à curva em um determinado ponto para funções exponenciais e funções logarítmicas. Veja os
exemplos a seguir.
Exemplo 1:
Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente, encontrar o seu
coeficiente angular. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função é dado pela sua derivada
no ponto.
Para calcular a derivada de f(x), precisamos utilizar a regra da cadeia, pois a função é composta e determinada
por uma função exponencial e uma função do segundo grau. Assim, sua derivada é calculada por:
2
3x +6x 2
f ′(x) = (2 )′⋅(3x + 6x)′=
2
3x +6x
= 2 ⋅ ln 2 ⋅ (6x + 6) =
2
3x +6x
= 6(x + 1) ⋅ 2 ⋅ ln 2
Agora que encontramos o coeficiente angular da reta (m ≅ 4,16), vamos encontrar a reta tangente à curva no
ponto (0, 1), que é dada através da equação da reta.
y − y 0= m ⋅ (x − x 0 ) ⇔ y − 1 = 4,16 ⋅ (x − 0) ⇔ y = 4,16x + 1
O gráfico a seguir representa, respectivamente, a função f(x), na cor verde, e a reta tangente à curva no ponto
(0, 1), na cor azul.
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Exemplo 2:
Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto temos que, primeiramente, encontrar o seu
coeficiente angular. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função é dado pela sua derivada
no ponto.
Para calcular a derivada de f(t) precisamos utilizar a regra do produto, pois a função é determinada pelo
produto entre uma função exponencial e uma função do segundo grau. Assim, sua derivada é calculada por:
t t
2 2
f ′(t) = e 2
⋅ (t + 5t)′+ (e 2
)′⋅ (t + 5t) =
t t
1 2
= e 2
⋅ (2t + 5) + (e 2
⋅ ) ⋅ (t + 5t) =
2
t t 2 t t
t 5t
= 2te 2
+ 5e 2
+ e 2
+ e 2
=
2 2
t 2
t 9t
= e 2 ( + + 5)
2 2
Agora que encontramos o coeficiente angular da reta (m=5), vamos encontrar a reta tangente à curva no ponto
(0, 0), que é dada através da equação da reta.
y − y 0= m ⋅ (x − x 0 ) ⇔ y − 0 = 5 ⋅ (x − 0) ⇔ y = 5x
O gráfico a seguir representa, respectivamente, a função f(t), na cor verde e a reta tangente à curva no ponto (0,
0), na cor azul.
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Exemplo 3:
Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto temos que, primeiramente, encontrar o seu
coeficiente angular. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função é dado pela sua derivada
no ponto.
Para calcular a derivada de g(x) precisamos utilizar a regra da cadeia, pois a função é composta e determinada
por uma função logarítmica e uma função do primeiro grau. Assim, sua derivada é calculada por:
1
= log 2 e ⋅ 2 =
2x+4
2
= log 2 e =
2x+4
1
= log 2 e
x+2
2+2
log
2
e ≅ 0,36.
Agora que encontramos o coeficiente angular da reta (m ≅ 0,36), vamos encontrar a reta tangente à curva no
ponto (2, 3), que é dada através da equação da reta:
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05/08/2023, 00:22 wlldd_231_u3_cal_dif_int
O gráfico a seguir representa, respectivamente, a função g(x), na cor verde e a reta tangente à curva no ponto
(2, 3), na cor azul.
Desse modo, você aprendeu que também podemos encontrar a reta tangente à curva em um determinado
ponto quando temos funções exponenciais e logarítmicas.
APLICAÇÕES
Como você vêm observando nas aulas, o cálculo de derivadas é aplicável na resolução de problemas nas mais
diversas áreas do conhecimento. Veja os exemplos a seguir, nos quais as funções exponenciais e logarítmicas
representam situações do dia a dia.
Exemplo 1:
Nas aulas anteriores, você aprendeu que a função velocidade pode ser obtida através da derivada da função
movimento; e que a função aceleração é resultado da derivada da função velocidade. Desse modo, temos que a
função aceleração é dada por:
3 2 1
a(t) = vt(t) = (t + ln t)′= 3t +
t
Ou seja, no instante t = 2s a partícula está acelerando a uma taxa de, aproximadamente, 12,5m/s2
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Exemplo 2:
A quantidade de bactérias presentes em uma cultura controlada (N(t)), no instante t (em horas), pode ser
calculada através da função N (t) = 150e .
t
N (0) = 150e 3
= 150
A função velocidade pode ser obtida através da derivada da função que relaciona a quantidade de bactérias em
relação ao tempo, ou seja,
t t t
1
v(t) = N ′(t) = (150e 3
)′= 150e 3
⋅ = 50e 3
3
3
≅ 69,8
Exemplo 3:
O modelo Count é uma fórmula empírica utilizada para predizer a altura de uma criança em idade pré-escolar. A
altura h(x) (em centímetros) na idade x (em anos) para 1
4
≤ x ≤ 6 pode ser aproximada pela função
h(x) = 70,228 + 5,104x + 9,222 ln x . Desse modo, qual a altura e a taxa de crescimento previstos quando
uma criança atinge a idade de 2 anos?
A altura prevista é calculada utilizando x = 2, ou seja h(2) = 70,228 + 5,104 ⋅ 2 + 9,222 ln 2 ≅ 86,8.
Portanto, a altura prevista para uma criança que atinge dois anos de idade é de, aproximadamente, 86,8
centímetros.
Para o cálculo da taxa de variação prevista, basta calcular a derivada da função crescimento para a idade igual a
2 anos. Desse modo h′(x) = 5,104 + 9,222 ⋅ 1
x
.
2
≅ 9,7 .
Portanto, aos dois anos, uma criança cresce cerca de 9,7 centímetros/ano.
Desse modo você pôde observar que o uso das regras para calcular a derivada de funções exponenciais e
funções logarítmicas são importantes no cálculo de situações reais.
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VÍDEO RESUMO
Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a derivada de uma função exponencial
e de uma função logarítmica, além de alguns exemplos para ajudar na fixação do conteúdo.
Saiba mais
Saiba mais sobre a Derivada de uma função exponencial e sobre a derivada de uma Função
logarítmica, com exemplos dos conteúdos desta aula.
Aula 4
INTRODUÇÃO
Olá, estudante.
Nesta aula, você aprenderá como calcular a derivada de funções trigonométricas. Lembre-se que, para algumas
funções, é necessário aplicar mais de uma regra de derivação para obter sua derivada. Você também irá
aprender sobre derivadas sucessivas, conteúdo que também será abordado na unidade seguinte desta
disciplina.
Ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções trigonométricas e derivadas
sucessivas e saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua profissão.
Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras
disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, com dedicação e esforço.
Primeiramente, vamos relembrar quais são as funções trigonométricas utilizadas nesta aula.
Além das funções seno (sen(x)) e cosseno (cos(x)), podemos escrever, a partir delas, as funções tangente (tg(x)),
cossecante (cos sec(x)), secante (sec(x)) e cotangente (cot g(x)). Veja:
a. tg(x) =
sen(x)
cos(x)
b. cossec(x) = 1
se n(x)
c. sec(x) = 1
cos(x)
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05/08/2023, 00:22 wlldd_231_u3_cal_dif_int
d. cot g(x) = 1
tg(x)
Agora, vamos relembrar a relação fundamental da trigonometria. Trata-se de uma relação de grande
importância e que será utilizada ao longo da aula.
2 2
sen (x) + cos (x) = 1
Para f (x) = sen(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = cos(x).
Exemplo 1:
Para f (x) = cos(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = −sen(x).
Exemplo 2:
A partir das definições das derivadas das funções seno e cosseno podemos obter a derivada da função
tangente. Veja o exemplo a seguir:
Exemplo 3:
Podemos reescrever a função f(x) como f (x) = tg(x) = . Desse modo, temos uma função na forma
sen(x)
cos(x)
de um quociente entre funções e, para obter a sua derivada, basta utilizar a regra da derivada do quociente.
Assim, a derivada da função f(x) é:
sen(x)
f ′(x) = [tg(x)]′= [ ]′=
cos(x)
[sen(x)]′⋅ cos(x)−sen(x)⋅[cos(x)]′
= 2
=
[cos(x)]
cos(x)⋅cos(x)−sen(x)⋅[−sen(x)]
= 2
=
cos (x)
2 2
cos (x)+sen (x)
= 2
=
cos (x)
1
= 2
=
cos (x)
2
= sec (x)
Para f (x) = tg(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = sec 2
(conforme você pôde verificar no
(x)
exemplo anterior).
Exemplo 4:
Seja g(t) = 2
3
tg(t) .
3
2
.
sec (x)
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Para f (x) = cossec(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = − cossec(x). cot g(x).
Exemplo 5:
Então, sua derivada é v′(t) = −4 ⋅ [− cossec(t)]. cot g(t) = 4 ⋅ cossec(t). cot g(t).
Para f (x) = sec(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = sec(x) ⋅ tg(x).
Exemplo 6:
Para f (x) = cot g(x), temos que a sua derivada é dada por f ′(x) = − cossec 2
(x).
Exemplo 7:
Seja g(x) = 3
4
cot g(x) .
4
2
cossec (x) .
Derivadas sucessivas
Seja f(x) uma função diferenciável, ou seja, na qual existem suas derivadas para todos os pontos do seu
domínio. Se f’(x) também for diferenciável, então sua derivada é chamada de derivada de segunda ordem de f, e
é representada por f’’(x).
Exemplo 8:
2
= 3 ⋅ 10x + 2 ⋅ 8x =
2
= 30x + 16x
= 2 ⋅ 30x + 16 =
= 60x + 16
Exemplo 9:
2
g′(x) = [tg(x)]′= sec (x)
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2
g′′(x) = [sec (x)]′=
2 2
= {[sec (x)]′} ⋅ [sec (x)]′=
2
= 2 ⋅ sec (x) ⋅ tg(x)
Observe que, nesse exemplo, a função g’(x) trata-se de uma função composta por uma potência (função de fora)
e pela função trigonométrica (função de dentro). Com isso, ao calcularmos a derivada de segunda ordem de
g(x), foi preciso utilizar a regra da cadeia, que você já aprendeu, mas que será explorada para as funções
trigonométricas no próximo bloco.
Assim, podemos estender o conceito de derivadas sucessivas para ordem n; ou seja, a derivada de ordem n de
uma função f(x), representada por f n
(x) = [f
n−1
(x)]′ , é obtida derivando-se a derivada de ordem n-1 de f.
Exemplo 10:
4 3 3 2 2 4 5
v′(t) = (3x − 2x)′= 12x − 2v′′(t) = (12x − 2)′= 36x v′′′(t) = (36x )′= 72xv (t) = (72x)′= 72v (t) = (72)′= 0
Desse modo, você pode calcular a derivada de funções trigonométricas e derivadas sucessivas.
APROFUNDAMENTO
Como você vem observando no decorrer das aulas, algumas funções são resultado da composição de outras
duas funções. Logo, podemos ter uma função composta que seja constituída por uma função trigonométrica
juntamente com outra função, seja através da potência da função trigonométrica ou da aplicação da função
trigonométrica a outra função. Em ambos os casos, podemos utilizar a regra da cadeia para obter a derivada
dessa função. Veja os exemplos a seguir.
Exemplo 1:
Calcule as derivadas.
A função f(x) é uma função composta na qual a função trigonométrica é aplicada a uma função potência. Desse
modo, para calcular sua derivada, é preciso utilizar a regra da cadeia, na qual a derivada é resultante da
derivada da função seno (função de fora) vezes a derivada da função potência (função de dentro). Assim temos:
2 2
f ′(x) = [sen(x )]′⋅(x ) =
2
= cos(x ) ⋅ 2x =
2
= 2x ⋅ cos(x )
b. g(x) = sen 2
(x)
i) g′(x) = {[sen(x)]
2
}′⋅[sen(x)]′= 2 ⋅ sex(x) ⋅ cos(x)
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ii)
g′(x) = sex(x) ⋅ [sen(x)]′+[sen(x)]′⋅sen(x) = sen(x) ⋅ cos(x) + cos(x) ⋅ sen(x) = 2 ⋅ sen(x) ⋅ cos(x)
Observe que ambas as resoluções (i e ii) retornam o mesmo resultado, porém, é importante observar que, se a
potência fosse maior do que 2, resolver pela regra da cadeia seria menos trabalhoso do que pela regra do
produto.
Além disso, atente-se à diferença entre os itens a e b: no primeiro, a potência pertence apenas ao x e, no
segundo, a toda função trigonométrica.
Exemplo 2:
2
= 3 ⋅ [sen(2v + 1)] ⋅ cos(2v + 1) ⋅ 2 =
2
= 6 ⋅ sen (2v + 1) ⋅ cos(2v + 1)
Exemplo 3:
Primeiramente, podemos reescrever a função h(u) como h(u) = 3tg(2u + 1) + u . Desse modo, temos
1
uma função na qual a primeira parcela de h(u) trata-se de uma função composta, a função tangente é aplicada a
uma função do primeiro grau e que, para calcular sua derivada, é preciso utilizar a regra da cadeia. A segunda
parcela de h(u) é uma função potência, na qual usamos a regra da potência no cálculo de sua derivada.
−1
2 1
= 3 ⋅ sec (2u + 1) ⋅ 2 + ⋅ u 2
=
2
2 1
= 6 sec (2u + 1) +
2√u
Uma função composta também pode ser resultante da derivada de outra função, como você viu no Exemplo 9
do bloco anterior. Nele, tínhamos a função g(x) = tg(x) e queríamos calcular sua derivada de segunda ordem.
Ao calcular a primeira derivada, o resultado foi a função composta g′(x) = [tg(x)]′= sec 2
na qual, para
(x)
calcular a derivada de segunda ordem, foi necessário utilizar a regra da cadeia, obtendo-se
2
g′′(x) = [sec (x)]′= 2 ⋅ sec (x) ⋅ tg(x)
2
.
Portanto, neste bloco, você aprendeu que podemos ter funções compostas que possuem funções
trigonométricas.
APLICAÇÕES
Você aprendeu, durante as aulas, que a velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela
derivada da função f(t), que descreve a posição do objeto no instante t, ou seja, v(t) = f ′(t). Já a aceleração
instantânea a(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja, a(t) = v′(t).
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Desse modo, a partir de uma função que descreve a trajetória de um objeto, você pode calcular sua velocidade
e sua aceleração em um determinado instante através do uso de derivadas.
Nesta aula, você aprendeu sobre as derivadas sucessivas. Assim, podemos reescrever a função que descreve a
aceleração instantânea de um objeto através da derivada de segunda ordem da função que descreve a posição
do objeto no instante t. Desse modo, temos:
Exemplo 1:
Um corpo em uma mola, que vibra horizontalmente sobre uma superfície lisa, possui sua equação de
movimento como s(t) = 8sen(t), na qual t está em segundos e s em centímetros. Calcule a velocidade e a
aceleração do corpo no instante t = 2π
3
.
Como você viu, a velocidade v(t) pode ser descrita como a derivada de primeira ordem da função posição, e a
aceleração a(t) pela derivada de segunda ordem da função posição. Assim, temos:
Para t = 2π
3
:
2π 2π −1 2π 2π √3
v( ) = 8 cos ( ) = 8 ⋅ ( ) = −4a ( ) = −sen ( ) = −8 ⋅ ( ) = −4√ 3
3 3 2 3 3 2
3
.
Exemplo 2:
Um objeto na extremidade de uma mola vertical é esticado 4 cm além de sua posição no repouso e solto no
tempo t = 0 segundos. Sua posição no tempo t é descrita pela função s(t) = 4 cos(t). Encontre a velocidade e a
aceleração instantâneas no tempo t e use-as para analisar o movimento do objeto.
Para calcular a velocidade e a aceleração instantâneas desse objeto vamos utilizar as derivadas de primeira e de
segunda ordem da função posição, respectivamente. Assim:
O gráfico a seguir representa as funções posição (s(t), na cor rosa), velocidade (v(t), na cor azul) e aceleração
(a(t), na cor verde). Observando o gráfico, temos que o objeto oscila desde o ponto mais baixo (s = 4 cm) até o
mais alto (s = - 4 cm), e que o período de oscilação é 2π, que é o período da função cosseno, função que
descreve sua posição ao longo do tempo.
Figura 1 | Gráfico das funções posição (s(t)), velocidade (v(t)) e aceleração (a(t))
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De acordo com a Figura 1, a velocidade é máxima quando |sen(t)| = 1, ou seja, quando cos(t) = 0. Assim, o
objeto move-se mais rápido quando passa pela posição s = 0. Sua velocidade instantânea é 0 quando
sen(t) = 0 , ou seja, no ponto mais alto e no mais baixo. Já a aceleração instantânea é 0 quando s = 0; e possui
seu maior módulo nos pontos mais altos e mais baixos.
Desse modo, você pôde observar que as funções trigonométricas podem representar situações do dia a dia e
que o conceito de derivadas sucessivas pode facilitar os cálculos dessas situações reais.
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a derivada de uma
função trigonométrica e sobre as derivadas sucessivas e verá alguns exemplos para ajudar na fixação do
conteúdo.
Saiba mais
Saiba mais sobre as Derivadas de funções trigonométricas e sobre as Derivadas sucessivas, com
exemplos sobre os conteúdos desta aula.
REFERÊNCIAS
2 minutos
Aula 1
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PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
Aula 2
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007.
GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A.,
2015.
STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001.
Aula 3
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007.
GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A.,
2015.
STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001.
Aula 4
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007.
GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A.,
2015.
STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
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