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Cálculo Diferencial

Material Teórico
Regras de Derivação 2

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique

Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Regras de Derivação 2

·· Introdução
·· Teorema de Rolle
·· Teorema do Valor Médio
·· Regra da Cadeia
·· Derivação Implícita

Nesta unidade, a discussão ainda é sobre Regras de Derivação. Apresentamos


a regra da cadeia, também denominada regra da função composta, e a
regra para derivar equações de curvas, nas quais a função não é dada de
forma explícita.

A proposta desta Unidade é o estudo da regra de derivação para a função composta e da


regra para derivar funções na forma implícita, dadas em forma de uma equação.
Além disso, faremos uma discussão sobre o Teorema de Rolle e o Teorema do Valor médio.
É importante que você acesse o link “Materiais Didáticos”, pois lá se encontram o conteúdo
e as atividades propostas.
No caso de dúvidas, coloque-as no fórum de discussão, estaremos em contato permanente
com você por meio do ambiente de aprendizagem virtual Blackboard.

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Unidade: Regras de Derivação 2

Contextualização

Muitos matemáticos se dedicaram a estudar curvas. Uma delas é o Folium, de Descartes,


definida pela equação x3 + y3 - 3axy = 0, sendo a um parâmetro.
A curva obtida por meio desta equação faz um laço no primeiro quadrante, com um ponto
duplo na origem e assíntota obtida pela equação x + y + a = 0. E ela apresenta simetria em
relação à reta y = x.

O nome desta curva vem do latim folium, que significa “folha” e ela foi representada,
juntamente com um retrato de Descartes, em um selo da Albânia, em 1966.
Podemos notar que esta curva não é dada por meio de uma função explícita entre duas
variáveis x e y. E se queremos determinar a reta tangente a um ponto, temos a dificuldade para
encontrar a derivada.
Vamos estudar uma curva conhecida como Lemniscata de Bernoulli. Sua equação é do tipo:
(x + y2)2 = 2a2 (x2 - y2), sendo a2 = d1 . d2, sendo d1 a distância do ponto P do gráfico ao foco
2

F1 = (a,0) e d2 a distância do ponto P do gráfico ao foco F2 = (- a, 0).

Quando se altera o valor de a, ou seja, alteram-se os valores de d1 e d2, a curva Lemniscata


de Bernoulli altera seu tamanho e mantém sua forma.

6
25
Vamos considerar a seguinte equação da curva Lemniscata de Bernoulli, quando a 2 = ,
4
25 5
ou seja,=a =
4 2

25 2
( x 2 + y 2 )2 = (x − y2 )
2

A equação pode ser reescrita retirando a fração, apenas para facilitar o cálculo da derivada.

2 ( x 2 + y 2 ) = 25 ( x 2 − y 2 )
2

Vamos determinar uma equação de reta tangente a esta curva no ponto (3,1), considerando
y = f(x) e utilizando para derivar a regra das funções implícitas.

2.2 ( x 2 + y 2 ) . ( 2 x + 2 y. y ') = 25 ( 2 x − 2 y. y ')

Utilizamos a regra da função Multiplicamos pela


composta, derivando primeiro a derivada da função interna,
função potência. lembrando que y = f(x)

4 ( x 2 + y 2 ) . ( 2 x + 2 y. y ') = 25 ( 2 x − 2 y. y ')

Como queremos determinar a derivada no ponto (3,1), basta substituir estes valores em x e
y para determinarmos y’.

4 ( 32 + 12 ) . ( 2.3 + 2.1. y ') = 25 ( 2.3 − 2.1. y ')


4 (10 ) . ( 6 + 2 y ') = 25 ( 6 − 2 y ')
( 240 + 80 y ') =(150 − 50 y ')
80 y '+ 50 y ' =150 − 240
130 y ' = −90
90 9
y' = − = −
130 13

7
Unidade: Regras de Derivação 2

Portanto, uma equação de reta tangente a curva em (3,1) é:

9
y − 1 =−( x − 3)
13
9  9
y=
− x − 3.  −  + 1
13  13 
9 40
y=
− x+
13 13

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Introdução

Nesta Unidade, iniciaremos com a Regra da Cadeia, regra utilizada para a derivação de
funções compostas. Depois, enunciaremos o Teorema de Rolle e o Teorema do Valor Médio e
comentaremos suas interpretações gráficas. As demonstrações destes teoremas estão presentes
em todos os livros didáticos de Cálculo.

Teorema de Rolle
Seja f uma função que satisfaça as seguintes condições:
»» f é contínua em um intervalo fechado [a,b];
»» f possui derivada no intervalo aberto ]a,b[;
»» f(a) = f(b).
Então, existe um número c pertencente ao intervalo ]a,b[ tal que f‘(c) = 0.

Comentários
Primeiramente, precisamos entender o que significa cada uma das três condições apontadas
nas hipóteses deste teorema.

Ter uma função contínua que tenha f(a) = f(b) significa que, primeiramente, a função f está
definida em todo o intervalo fechado [a,b] e que a função calculada nos dois extremos do
intervalo fechado [a,b] possui o mesmo valor de imagem, f(a) = f(b).

Vejamos alguns exemplos de funções que satisfaçam e que não satisfaçam esta condição.

Considere o gráfico da função


constante f(x)=2

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Unidade: Regras de Derivação 2

A função constante f(x) = 2 satisfaz as três condições colocadas no Teorema de Rolle, pois
consideremos um intervalo fechado, por exemplo [1,4]. Ao calcularmos a função nos extremos
deste intervalo, temos que f(1) = 2 e f(4) = 2, pois é uma função constante.
Além disso, esta função é contínua no intervalo fechado [1,4] e é derivável no intervalo
aberto ]1,4[, sendo a f‘(x) = 0, então qualquer valor de c teremos f‘(c) = 0.
Vejamos outro exemplo.
1
Seja a função f ( x) = , para x ≠ 0.
x

Para esta função, se escolhermos o intervalo [–2,2] não teremos a função contínua neste
intervalo, pois a função não está definida para x = 0 que pertence a este intervalo fechado.
1 1
Além disso, calculando a função nos extremos do intervalo, f (−2) =− e f (2) = , temos que
2 2
f(–2) ≠ f(2). Então, esta função com este intervalo não satisfaz as condições do teorema.
Na verdade, para esta função, não existe intervalo que satisfaça o Teorema de Rolle.
Outro exemplo: seja f(x) = |x| e vejamos seu gráfico.

10
Ao analisarmos o gráfico da função f(x) = |x|, podemos escolher um intervalo fechado,
por exemplo [–2,2]. Temos que f(–2) = |–2| = 2 = f(2). E ainda perceber que esta função é
contínua em todo seu domínio.
Entretanto, quando analisar se esta função é derivável em todo seu domínio, podemos
verificar que a função f(x) = |x| não é derivável em x = 0. Verifiquemos isso calculando os
limites laterais.
Para uma função ser derivável, é necessário existir o limite:

f ( x ) − f ( x0 )
lim
x → x0 x − x0

Considerando o (x0 . f(x0)) = (0,0), temos que:

f ( x ) − f ( 0) x −0 x
lim = lim = lim
x →0 x−0 x →0 x − 0 x →0 x

Como a função é a função módulo e o intervalo possui valores positivos e negativos,


precisamos calcular os limites laterais.
Se x se aproxima de 0 por números positivos, então utilizaremos no lugar de |x| apenas x. Se
x se aproxima de 0 por números negativos, então utilizaremos no lugar de |x| a expressão –x.

x x
lim= lim
= 1
x → 0+ x x → 0+ x

x −x
lim− = lim− = −1
x →0 x x →0 x

Logo, os limites laterais apresentam valores diferentes e, portanto, a função f(x) = |x| não
possui derivada em x = 0. Sempre que o gráfico de uma função apresentar este tipo de junção
de gráficos, formando um bico, a função não terá derivada neste ponto, pois as derivadas
laterais serão diferentes.

Não existe reta tangente Não existe reta tangente

(a, f (a))
(a, f (a))

Não existe reta tangente Não existe reta tangente 11


(a, f (a))
(a, f (a))

Unidade: Regras de Derivação 2

Não existe reta tangente Não existe reta tangente

(a, f (a))

(a, f (a))

Ao possuir limites laterais diferentes, o gráfico apresentaria retas laterais diferentes dependendo
do lado que a variável se aproxima do ponto ou teria uma reta vertical, que também não é
considerada tangente pela definição dada.

Vejamos mais um exemplo: seja f(x) = x2 + 2 e consideremos também o intervalo fechado [–2,2].

Podemos verificar que esta função é contínua em todo seu domínio e também no intervalo
fechado [–2,2]. E a função f(x) = x2 + 2 também é derivável em todo seu domínio e também no
intervalo aberto ]–2,2[. E sabemos que f‘(x) = 2x. E, por último, f(–2) = 6 = f(2). Desta forma,
esta função satisfaz todas as três condições do Teorema de Rolle.

Assim, amparados no Teorema de Rolle, podemos dizer que existe um número c do intervalo
]–2,2[ tal que f‘(c) = 0. Ter um número tal que a derivada da função seja igual a zero significa que
a reta tangente da função no ponto (c,f(c)) tem inclinação nula, ou seja, a reta tangente é horizontal
em x = c.

Então, podemos perceber que, se uma função satisfaz as três condições apresentadas no
Teorema de Rolle, sabemos que a função possui pelo menos uma reta tangente horizontal no
intervalo determinado.

Agora, enunciaremos o Teorema do Valor Médio e comentaremos sua interpretação gráfica.


A demonstração deste teorema está presente em todos os livros didáticos de Cálculo.

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Teorema do Valor Médio

Seja f uma função que satisfaça as seguintes condições:


»» f é contínua no intervalo fechado [a,b];
»» f é derivável no intervalo aberto ]a,b[.

Então, existe um número c pertencente ao intervalo aberto ]a,b[, tal que:

f (b) − f ( a )
f '(c) =
b−a
ou, de maneira equivalente,
f ( b ) − f ( a=
) f ' ( c ) . ( x − a ).

Comentários
Façamos uma interpretação gráfica deste teorema. Temos como hipóteses do teorema que a
função é contínua no intervalo fechado e derivável no intervalo aberto.

Vejamos alguns exemplos de funções que satisfaçam estas hipóteses.

Consideremos a função f(x)= x2 - 2 definida no intervalor [–2, 2]. Temos que esta função é
contínua neste intervalo e derivável no intervalo aberto ]–2,2[.

E os valores f(-2) = (-2)2 - 2 = 2 e f(2) = (2)2 - 2 = 2.

Então,

f ( b ) − f ( a ) f ( 2 ) − f ( −2 ) 2 − 2
= = = 0
b−a 2 − ( −2 ) 2+2

E, pelo Teorema do Valor Médio, temos que existe c pertencente ao intervalo ]–2,2[ tal que
f (b) − f ( a )
=f '(c) = 0.
b−a

Pensemos na reta secante que passa pelos pontos:

( −2, f ( −2 ) ) =( −2, 2 ) e ( 2, f ( 2 ) ) =( 2, 2 ) .
Para isso, calculemos o coeficiente angular desta reta.

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Unidade: Regras de Derivação 2

f ( 2 ) − f ( −2 ) 2 − 2 0
m= = = = 0
2 − ( −2 ) 2+2 4

Então, a equação desta reta é dada por:


y − f ( a) = m.( x − a),
y − 2= 0.( x − 2),
y=2

Ao observarmos os gráficos apresentados a seguir, percebemos que a reta secante passando


pelos pontos (2,2) e (-2,2) é paralela à reta tangente ao gráfico da função no ponto x = 0.
Como as retas são paralelas, temos que os coeficientes das duas retas são iguais.

f ( 2) − f ( 2)
f ' ( 0) =
2 − ( −2 )

Ou seja, o Teorema do Valor Médio afirma que existe um valor c pertencente ao intervalo
aberto ]a,b[ tal que a reta tangente ao gráfico da função f no ponto x = c é paralela a reta
secante passando pelos pontos (a,f(a)) e (b,f(b)).

Regra da Cadeia

Ainda temos mais uma regra de derivação para apresentar. Ela é denominada regra da cadeia
ou da função composta e é utilizada quando a função que queremos derivar é composta por
duas ou mais funções.
Vejamos alguns exemplos de função composta.

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f ( x ) cos ( 2 x + 1)
=

A função f é composta pelas funções cosx e (2x+1). Se x = 1 para obtermos f(1), calculamos
primeiramente 2x + 1 = 2 . 1 + 1 = 3 e depois calculamos este valor na função cosseno, cos3.

(1) cos ( 2.1=


f= + 1) cos 3

Para derivarmos uma função composta, é necessário entendermos qual função é interna e
qual é a externa, pois, para derivarmos, aplicaremos a regra de derivação primeiramente na
função mais externa, ou a última a ser utilizada para calcular a função em um determinado
valor. E depois derivamos a função mais interna.
Para determinarmos a derivada da função f(x) = cos(2x+1):

f ' ( x ) sen ( 2=
= x + 1) .2 2 sen ( 2 x + 1)

Deriva primeiramente a
função seno, a função mais Depois, multiplica pela derivada da função
externa, conservando a mais interna (2x+1)
função mais interna.

Vejamos outro exemplo: seja g(x)=ln(x2+1).


Para calcularmos o valor da função g em x = 1, fazemos:

(12 + 1) ln 2
g (1) ln=
=

A função interna é x2 + 1 e a
função externa é ln x

Vamos determinar a derivada desta função g.

1 2x
g '( x)
= = .2 x
x2 + 1 x2 + 1

Deriva primeiramente a função ln x


Deriva a função
que é mais externa, conservando a
interna (x2 +1)
função interna (x2 +1)

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Unidade: Regras de Derivação 2

Vejamos um terceiro exemplo, agora envolvendo três funções compostas.


Seja dada a função:

1
h ( x) =
e sen x
Vamos calcular a função em x = 1.
1
h (1) =
e sen 1
Para calcular o valor de h em x = 1, primeiramente devemos calcular sen 1, depois calculamos
1
o valor de esen 1 e, por último, calculamos sen 1
.
e
Vamos determinar a derivada da função h. Primeiramente, determinamos qual a função
1
mais externa, neste caso é a função = x −1 , e derivamos utilizando a regra da potência -x-2
x
conservando as funções internas (esen x).

h ' ( x ) = − ( e sen x ) .e sen x .cos x


−2

Depois, derivamos a função mais externa da função que foi conservada na derivação anterior.
A derivada de ex é a própria função ex, conservando a função mais interna (sen x).
E terminamos com a derivada da função mais interna, sen x.

h '( x ) = −( e sen x ) −1.cos x


cos x
h '( x ) = − sen x
e
Regra da Cadeia
Suponhamos que temos duas funções f e g diferenciáveis e F=fog, a função composta
definida por F(x)=f(g(x)), então F é diferenciável e F’ é dada por:

F ' ( x ) = f ' ( g ( x ) ) .g ' ( x )

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Derivação Implícita

As funções apresentadas até este momento estão na forma explícita, y=f(x). Entretanto, existem
algumas situações em que a curva é apresentada de forma implícita, como por exemplo, a equação
da elipse x2 + 2y2 = 1. É importante notar que esta expressão não representa uma função.

Podemos escrever esta equação, procurando isolar o termo y:

2 1 − x2
y =
2
Mas, neste momento, para escrever a equação em função de y e não de y2, temos de escrever
duas igualdades.

1 − x2 1 − x2
y= y= −
2 2

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Unidade: Regras de Derivação 2

E para determinarmos a derivada da equação da elipse, não é necessário separar em duas


equações escritas de maneira a termos y em função de x.
Podemos fazer a diferenciação implícita, que consiste em derivar em relação à x ambos os
lados da equação da curva dada de forma implícita. E depois isolar y’.
Faremos, como exemplo, a diferenciação implícita para a curva da elipse, x2+ 2y2 = 1.
Vamos derivar a equação da elipse em relação à variável x.

2 x + 2.2. y. y ' =
0

Usamos a regra da potência em y2 e obtemos 2y, mas pela regra da


cadeira tenho que multiplicar por y’, pois y= f(x)

E isolando y’ nesta expressão, temos:

2 x + 2.2y.y ' =
0,
2x
y' = − ,
4y
x
y' = − .
2y

E se queremos determinar, por exemplo, a equação da reta tangente à elipse em x = 0,5,


basta substituir o valor de x nas expressões.
Se x = 0,5, então:
(0,5)2 + 2y2 =
1,
0,25 + 2y2 =
1,
2y 2 =1 − 0,25 =
0,75,
0,75
=
y2 = 0,375,
2
y = 0,375 ou y = − 0,375

Se considerarmos o ponto x = 0,5 e y = 0, 375 , temos que o coeficiente angular da reta


tangente à elipse neste ponto será dado por:
x
y '( x) = −
2y
0,5
y ' ( 0,5 ) = −
2. 0,375
y ' ( 0,5 ) ≈ −0, 408

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E a equação da reta tangente à elipse no ponto (0, 5, √0,375) será:

y − f ( 0,5=
) f ' ( 0,5) . ( x − 0,5)
−0, 408. ( x − 0,5 )
y − 0,375 =
y =−0, 408 x − ( −0, 408 ) .0,5 + 0,375
y ≅ −0, 408 x + 0,816

Exemplos
1- Encontre todos as retas tangentes horizontais ao gráfico da seguinte função g(x) = x4 - 5x2 + 4.

Como estamos interessados em retas tangentes horizontais, então queremos retas que não
possuem inclinação, ou seja, o coeficiente angular destas retas tangentes é igual a zero. Logo,
para obtermos estas retas horizontais vamos derivar a função e verificar para quais valores de x
a derivada é igual a zero.

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Unidade: Regras de Derivação 2

Para derivar esta função, usamos a regra da potência.

g ' (=
x ) 4 x3 − 10 x

E agora igualamos a zero esta derivada.

g '( x) = 0
4 x3 − 10 x =
0
2 x(2 x 2 − 5) =
0

Como tenho um produto de dois termos com resultado igual a zero, então, ou o primeiro
termo é zero ou o segundo termo é zero.

2 x = 0 ⇒ x = 0 ou
5 5
2 x 2 − 5 =0 ⇒ x 2 = ⇒ x =±
2 2

Portanto, temos três valores de x em que a derivada é igual a zero:

5 5
x = 0x = x= −
2 2

Como as retas tangentes nestes pontos são horizontais, então estas retas são do tipo y= g(x).

»» quando x=0, g(0) = 0 - 5 . 0 + 4 = 4


5
»» quando x =
2
4 2 2
 5  5  5 5 5 25 25
g  −  = −  − 5  −  + 4 =  − 5. + 4 = − + 4
 2  2  2 2 2 4 2
 5 9
g  −  =−
 2 4

5
»» quando x = − ,
2

4 2 2
 5  5  5 5 5 25 25
g  −  = −  − 5  −  + 4 =  − 5. + 4 = − + 4
 2  2  2 2 2 4 2
 5 9
g  −  =−
 2 4

20
Portanto, notamos que existem três valores de x para os quais a função g possui reta
tangente horizontal, mas são duas as retas horizontais, uma das retas passa por dois dos três
pontos determinados.
2. Determine a derivada da função h(x)= (x3 + 2x - 1)3 . (2x + 1).
Para determinarmos a derivada desta função h precisaremos utilizar a regra do produto, pois
(x + 2x - 1)3 está multiplicado por (2x + 1). E a regra da cadeia, pois (x3 + 2x - 1)3 é uma
3

função composta de duas funções x3 e (x3 + 2x - 1), sendo x3 a função mais externa.

h ' (=
x ) u ' .v + u.v '

u = ( x 3 + 2 x − 1)3
u '= 3 ( x 3 + 2 x − 1) .(3 x 2 + 2)
2
Regra da Cadeira

v = 2x +1
v' = 2
h ' ( x ) = 3 ( x 3 + 2 x − 1) . ( 3 x 2 + 2 ) . ( 2 x + 1) + ( x 3 + 2 x − 1) .2
2 3

h ' ( x ) = ( x3 + 2 x − 1) . 3. ( 3 x 2 + 2 ) . ( 2 x + 1) + 2. ( x3 + 2 x − 1) 
2

3. Determine a derivada da função p (θ ) = tg (θ)


2
.

Para determinarmos a derivada da função p temos que usar a regra da cadeia. Neste caso,
temos três funções compostas. Identificamos que a função mais externa é a função tgθ, depois
temos a função q , e como mais interna a função θ 2 .

p (θ ) = tg (θ) 2

Primeiramente, derivamos a função tangente e

conservamos a função interna θ2

21
Unidade: Regras de Derivação 2

( ) 1
2
p ' (θ ) =  sec θ 2  . .2θ
  2 θ2

Derivamos a função interna raiz quadrada e


conservamos a função mais interna θ2. E derivamos
esta função por ulitimo.

Perceba que derivamos cada uma das funções de sua posição mais externa para a mais
interna, conservando sempre a função que esteja interna da derivada.
4. Determine a derivada de 6x3 + 2y4 = 9, considerando y = f(x).
Como a função y está definida implicitamente, utilizaremos a derivação implícita.

6.3 x 2 + 2.4 y 3 . y ' =


0

A derivada y4 é 4y3 utilizando a regra da potência.


Mas, como y = f(x), temos que derivar também y,
aparecendo y’

18 x 2 + 8 y 3 . y ' =
0
Agora temos que isolar y’

8 y 3 . y ' = −18 x 2
4 y 3 . y ' = −9 x 2
9x2
y'= − 3
4y

Nem sempre será possível escrever a derivada de uma função implícita de maneira explícita,
ou seja, sem utilizar y na expressão da derivada.

22
Material Complementar

Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Derivadas consulte o site e as referências a seguir.

Sites
»» http://www.somatematica.com.br/superior/derivada3.php
»» https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing-
derivatives-tutorial/v/derivative-intuition-module
»» https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/chain_rule/v/chain-
rule-introduction
»» https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/implicit_
differentiation/v/implicit-differentiation-1
»» http://omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/derivadas/derivadas.html

Referências Bibliográficas
ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000;
STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009;
THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003.

23
Unidade: Regras de Derivação 2

Referências

STEWART, J. Cálculo. v.1 4.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001.

LARSON, R.; HOSTETLER, R. P.; EDWARDS, B. H. Cálculo. v.1. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

STEWART, J. Cálculo. v. I. 4.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite, derivada, integração.


5.ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2004.

GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001/2002.

SIMMONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. 2.ed. São Paulo: Makron Books do
Brasil, 1995.

SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. 2.ed. São Paulo: Makron Books
do Brasil, 1995.

24
Anotações

25

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