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CÁLCULO I
ÁUREO MARTINS,
JANOR BASTOS E
LEOMIR JOEL SCHWEIG
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – FUNÇÕES 3
CAPÍTULO 2 – O LIMITE 34
CAPÍTULO 5 – A DERIVADA 73
BIBLIOGRAFIA 152
2
Capítulo 1: FUNÇÕES
1
Janor Araujo Bastos
Introdução
Neste capítulo faremos uma revisão sobre funções abordando o conceito, o domínio, a
imagem e o gráfico das funções constante, linear, quadrática, trigonométricas e as funções
definidas por várias sentenças.
Normalmente as grandezas físicas estão relacionadas entre si segundo um critério. Este
fato constitui uma relação de dependência entre duas ou mais grandezas. Por exemplo, se uma
máquina que produz 90 copos plásticos por minuto, em dois minutos terá produzido 180
copos, em três minutos produzirá 270. Neste contexto pode-se perceber que a quantidade de
copos, depende do tempo que a máquina ficar ligada. O salário de uma pessoa que é
remunerada por um porcentual de 5% de suas vendas, depende do valor final das vendas.
Vários tipos de relação recebem o nome de função. Pode-se concluir que uma função é o
critério com o qual duas grandezas se relacionam.
Neste capítulo abordaremos alguns tipos mais importantes de funções, com mais
detalhe dada a sua importância.
1
Especialista em Matemática Aplicada e Mestre em Engenharia Elétrica.
3
1.1 – Função constante
A função definida pela equação f(x) = k e é chamada função constante. Esta função é
utilizada para escrever situações que nunca mudam. Seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x
e intercepta o eixo y em y = k.
f(x) = mx + k
onde m é chamado coeficiente angular que é responsável pela inclinação da reta, é a tangente
do ângulo que a reta forma com o eixo das abscissas (eixo x) e k é chamado coeficiente linear
que indica onde gráfico intercepta o eixo das ordenadas (eixo y).
4
Uma função é dita crescente quando aumentando o valor da variável independente o
valor da variável dependente também aumenta ou quando uma diminui a outra também
diminui.
Observe que nos exemplos (a) e (d) os gráficos interceptam o eixo das ordenadas na
origem do sistema porque as equações tem k = 0. Nos exemplos (b) e (e) os gráficos
interceptam o eixo das ordenadas em y = 2 porque as equações tem k = 2. Nos exemplos (c) e
(f) gráficos interceptam o eixo das ordenadas em y = -3 porque as equações tem k =-3. Nos
exemplos (g), (h) e (i) gráficos interceptam o eixo das ordenadas em y = 1 porque as
equações tem k =1. Isso ocorre porque se fizermos x = 0 encontramos y = k. Então, para
5
encontrar o ponto de intersecção do gráfico da função com o eixo das ordenadas basta atribuir
valor zero para x.
Nos exemplos (a), (b), (c), (g) e (h) as retas estão inclinadas para a direita. Isso ocorre porque
o valor de m nesses casos é um número maior que zero (m=1, m=2 e m=3). O fato de m ser
maior que zero, assegura que a função é crescente. Nos exemplos (d), (e), (f) e (i) as retas
estão inclinadas para a esquerda. Isso ocorre porque o valor de m nesses casos é um número
menor que zero (m= - 1 e m= - 2). O fato de m ser menor que zero, assegura que a função é
decrescente.
Pode-se concluir que quando se soma uma quantidade a uma função seu gráfico se
desloca para cima o numero de unidades somadas e se for subtraído o gráfico se desloca para
baixo.
A Raiz de uma função é valor de x para o qual a função é nula, é o ponto onde o
gráfico da função intercepta o eixo das abscissas. Para encontrá-lo, basta atribuir valor zero
para y. Neste ponto a função troca seu sinal, de positivo para negativo ou de negativo para
positivo.
Quando multiplicamos uma função por -1, o gráfico dessa função faz uma reflexão
com relação ao eixo x, tendo sua raiz como apoio, neste caso x 1 . Todos os valores da
2
função trocam de sinal, os que eram positivos ficam negativos e vice-versa. Observe os
gráficos abaixo e suas respectivas equações.
f(x) = 2x +1
- f(x) = - 2x -1
Sabendo-se que por dois pontos passa uma única reta, para traçar o gráfico de
uma função linear precisamos de apenas dois pontos.
Observe a figura abaixo. Estes dois pontos (2, -2) e (5, 4) pertencem a mesma reta.
a) y = x + 3 b) y = x – 4 c) y = - x d) y = - x + 1 e) y = - x – 2
7
2. Dada a função y = 3x – 2, determine:
1) y = x
y
x
a) y = x + 3
y
x
b) y = x – 4
8
y
x
c) y = -x
y
x
d) y = - x + 1
y
x
e) y = - x – 2
y
x
9
2) y = 3x – 2
a) A intersecção com o eixo y é o ponto onde x = 0, ou o coeficiente linear b. Neste caso b = - 2.
b) A raiz da função é o valor de x para o qual a função é igual a zero.
3x 2 0
3x 2
2
x
3
c) Gráfico.
y
x
2
d) Para x < a função tem sinal negativo
3
2
Para x > a função tem sinal positivo
3
e) A função é crescente (a > 0).
3) Gráficos.
y
x
4) ..
a) f(x) =2x + 1
b) g(x) = 2x + 3
c) h(x) = 2x – 3
10
1.6 – Função do segundo grau ou função quadrática
O gráfico de uma função do segundo grau é sempre uma parábola cuja concavidade e
intersecção com o eixo x, dependem do sinal de “a”, (coeficiente de x2 ) e do valor de Δ = b2
– 4ac.
Se a for um número positivo ( a> 0), a parábola tem concavidade voltada para cima e
se a for um número negativo (a < 0) a parábola tem concavidade voltada para baixo.
Se Δ for maior que zero a parábola intercepta o eixo x em dois pontos, se Δ for igual a
zero a parábola terá apenas um ponto em comum com o eixo x e se Δ for menor que zero a
parábola não toca no eixo x.
Vale lembrar que os pontos de intersecção do gráfico com o eixo x são chamados de
raiz da função. Então se pode concluir que a função do segundo grau pode ter duas raízes
reais e distintas se Δ > 0, uma raiz real se Δ = 0 e não possui raiz real se Δ < 0. Observe o
quadro abaixo.
Δ=0 Δ<0
Δ>0
a>0 X1 X2 x
x1 x
x
x1
x x
a<0
X1 X2
Para encontrar as raízes de uma função do segundo grau pode-se usar a fórmula de
Báskara a seguir:
11
Para encontrar o vértice da parábola usa-se a seguinte fórmula:
b
xV , yV
2a 4a
b
V ( xV , yV ) ou V ,
2a 4a
12
e) f(x) = x2 a=1 b=0 c=0
Xv= 1
xv Xv= 1
para x 1 f ( x) é crescente
para x 1 f ( x) é decrescent e
Solução: a = 1, b = -2 e c = -3
b 2 4ac
(2) 2 4.1.(3)
16
14
b x 2 4ac
x
2a
(2) (2) 2 4.1.(3)
x
2 .1
2 16
x
2
24
x1 3
24 2
x
2 x 2 4 1
2 2
b
e) As coordenadas do vértice são dadas por xv e yv
2a 4a
(2) 16
Então xv 1 yv 4
2.1 4.1
Logo V(1, - 4)
f) Para construir o gráfico podemos fazer uma tabela, mas já conhecemos quatro
pontos: as duas raízes, x1=3 e x2=-1 que são os pontos de intersecção com o eixo x,
as coordenadas do vértice e a intersecção com o eixo y que é c = 3. Como sabemos
que a parábola é uma figura simétrica podemos determinar mais um ponto (2, -3)
que é simétrico ao c em relação ao eixo da parábola.
C
X1 X2
V(1, -4)
g) Para x < 1 (xv) f(x) é decrescente
h) Para valores de x < -1 a função assume valores positivos. Observe que para esses
valores de x o gráfico se encontra acima do eixo x.
Para valores de -1 < x < 3 a função assume valores negativos. Observe que nesse
intervalo o gráfico se encontra abaixo do eixo x.
Para valores de x > 3 a função assume valores positivos. Observe que para esses
valores de x o gráfico se encontra acima do eixo x.
15
i) A imagem da função é dada por valores de y gerado por algum valor de x do
domínio da função. Nesse caso a imagem é:
Im y R / y 4 ou Im = [ - 4; ).
Observe que o gráfico da função começa no ponto de ordenada y = -4 e vai até .
j) Temos f(x) = x2 – 2x – 3.
P(1, - 4) - 4 = 12 – 2 . 1 – 3 (V) P(1, - 4 ) pertence a parábola
Q(0, 5) 5 = 02 – 2 . 0 – 3 (F) Q(0, 5) não pertence a parábola.
1. f(x) = x2 – x – 6 a =1 b = - 1 c=-6
a. O gráfico intercepta o eixo y em y = c= - 6
b. A concavidade está voltada para cima porque a > 0
c. 5 0 , logo a função tem duas raízes reais e distintas.
d. x1 3 x2 2
1 25
e. V ,
2 4
f. Gráfico
16
y
x
1
para x a função é decrescent e
g. 2
1
para x a função é crescente
2
parax 2 e x 3 a função assume valores positivos
h.
para 2 x 3 a função assume valores negativos
i. Imagem
25
Im y R / y
4
j. O ponto P(1, -6) pertence a função.
O ponto Q(0, 5) não pertence a função.
2. ....
a. ....
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 0
b. ....
17
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 2
c. ...
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 1
d. ....
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 0
18
e. .....
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 2
f. ...
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 3
g. ...
y
D( f ) R
Im( f ) y R / y 0
h. ...
19
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 0
α 20
O A
AÔB = ângulo central
Consideremos uma circunferência orientada de raio igual a uma unidade cujo centro
coincide com a origem de um sistema de coordenadas cartesianas e o ponto A de intersecção
da circunferência com o eixo das abscissas seja a origem de todos os arcos AP, conforme a
figura abaixo, onde o sentido anti-horário seja o sentido positivo de percurso.
90o B(0,1)
20 quadrante P(x,y) 10 quadrante
y
r=1
A’(x,y) α A(1,0)
180o x 0o≡360o
30 quadrante 40 quadrante 21
270o B’(x,y)
Como o raio da circunferência e igual a 1, o seno do ângulo α é a ordenada y do ponto
P e o co-seno de α é a abscissa de P.
P≡A 0 0 0 1
P≡B 90 1 0
2
P≡A’ 180 0 -1
3
P≡B’ 270 2 -1 0
P≡A 360 2 0 1
y
22
1.10.3 – Função co-seno
O período da função é P = 2
Chama-se função tangente a função real definida por f(x) = tag x, onde tag x é o
quociente entre o seno de x e co-seno de x, ou seja:
senx
tag x
cos x
y
x
23
(2n 1)
D( f ) x / x
2 n = inteiro
Im( f ) R
O período da função é P =
Chama-se função tangente a função real definida por f(x) = cotag x, onde cotag x é o
quociente entre o co-seno de x e seno de x, ou seja:
cos x
ctg x
senx
y
x
D( f ) x / x n
n = inteiro
Im( f ) R
O período da função é P =
Chama-se função secante a função real definida por f(x) = sec x, onde sec x é o
inverso do co-seno de x, ou seja:
1
sec x
cos x
24
y
x
(2n 1)
D( f ) x / x
2 n = inteiro
Im( f ) (,1] U [1,)
O período da função é P =
Chama-se função co-secante a função real definida por f(x) = csc x, onde csc x é o
inverso do seno de x, ou seja:
1
csc x
senx
y
x
D( f ) x / x n
n = inteiro
Im( f ) (,1] U [1,)
O período da função é P =
25
Usando as ideias de translação e reflexão aprendidas nas últimas aulas, esboce o
gráfico das seguintes funções. Analise sempre o domínio, a imagem e o período destas
funções.
a) f ( x) 2 senx b) f ( x) cos x
c) f ( x) 1 senx d) f ( x) sen x
2
e) f ( x) 2senx f) f ( x) sen2 x
g) f ( x) 1 3senx
a) y =2 + sen x
y
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 3
O período da função é P = 2
b) y = -cos x
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 1
26
O período da função é P = 2
c) f(x) =- 1 – sen x
y
D( f ) R
Im( f ) y R / 2 y 0
O período da função é P = 2
d) f(x) = sen x
2
y
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 1
O período da função é P = 2
e) f(x) = 2sen x
27
y
D( f ) R
Im( f ) y R / 2 y 2
O período da função é P = 2
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 1
O período da função é P =
g) f(x) =1 – sen (3x)
y
28
D( f ) R
Im( f ) y R / 0 y 2
2
O período da função é P
3
h) f(x) = x
4
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 1
O período da função é P = 2
Existem funções que são definidas em um intervalo do domínio por uma sentença em
outro intervalo por outra sentença. Veja os exemplos, com seus respectivos gráficos, domínio
e imagem.
D
Im y / y 2 e y 0
29
x se x 1
2. f ( x) x 2 se 1 x 2
2 se x 2
y
x
D
Im y / y 1 e 0 y 4
x se x 2
1. f ( x)
x 2 se x 2
x 1 se x 1
2. f ( x) x 2 2 se 1 x 2
3 se x 2
x 2 se x 0
3. f ( x) senx se 0 x
2 se x
3 se x 0
4. f ( x) 1 se 0 x
cos x se x
senx se x
csc x se x 0
5. f ( x)
cos x se 0 x
sec x se x
1.14 – Respostas dos exercícios propostos
1. ...
30
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 2
2. ..
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 2 e y 3
3. ...
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / y 0
4. ...
31
y
x
D( f ) R
Im( f ) y R / 1 y 1 e y 3
5. ...
y
x
Note que você terá sempre o valor positivo do número que se encontra entre as barras, ou seja,
a distância deste número a origem.
Exemplos: f (5) 5 5 , f (3) 3 3 e f (0) 0 0 .
GRÁFICO y
x y
-3 3
-2 2
-1 1
0 0
x
32
1 1
2 2
3 3
D(f) = R Im(f) = R+
A idéia de translação e reflexão também podem ser utilizadas para esboçar o gráfico
dessa função.
Solução:
Pelo que estudamos sabemos que o gráfico dessa função será o mesmo gráfico da
função mãe, apresentado acima, deslocado duas unidades para cima.
y
x
D( f ) R I m y R / y 1
D( f ) R I m ( f ) y R / y 0
33
c) f(x) = |x +2| + 1
y
x
D( f ) R I m ( f ) y R / y 1
d) f(x) = - |x-1| + 2
y
x
D( f ) R I m ( f ) y R / y 2
Capítulo 2 : O LIMITE
2
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática
34
uma função. Após analisaremos a definição formal de limites e, finalmente, o estudos dos
limites laterais.
2.1. Problema
Consideremos a função f ( x) x 2 4 . Como encontrar a reta tangente a essa curva no
ponto de coordenada x 2 ?
Verifica-se que a dificuldade está em possuirmos um único ponto sobre a reta tangente
para calcularmos a inclinação m , enquanto sabemos que são necessários dois pontos.
No entanto, podemos calcular as inclinações de retas secantes pelo ponto onde x 2 e
pontos próximos a ele para obtermos uma aproximação da inclinação da reta tangente.
Usemos os seguintes intervalos: [2;3], [2;2,1], [2;2,05], [2;2,01] e [2;2,001].
Calculamos: f (3) 32 4 5
f (2) 2 2 4 0
35
f (2,001) f (2) 0,004001
msec 4,00
2,001 2 0,001
Conclusão: quanto mais próximos de x = 2, mais nos aproximamos de 4. Dizemos então que
a inclinação m = 4 é o limite das inclinações das retas secantes, que é a inclinação da reta
tangente em x 2 .
Portanto, com a inclinação da reta tangente ou o coeficiente angulara da reta tangente
igual a 4 no ponto onde x = 2 e o y f (2) 2 2 4 0 , podemos encontrar a equação desta
reta tangente, da seguinte forma:
y ax b
0 4.2 b b 8
Logo, a equação da reta tangente ao gráfico da função: f ( x) x 4 no ponto (2,5) é
2
1 - 3Uma flecha é atirada para cima com uma velocidade de 58m/s e sua altura em metros
após t segundos é dada por h(t ) 58t 0,83t 2 .
a) Encontre a velocidade média durante os intervalos de tempo dados
[1;2], [1;1,5], [1;1,1], [1;1,01] e [1;1,001]
3
Fonte: STEWART, James – Cálculo – Ed. Thomson – 6ª. edição
36
h(1,1) 58.1,1 0,83.1,12 62,7957m
h(1,01) 58.1,01 0,83.1,012 57,733317m
h(1,001) 58.1,001 0,83.1,0012 57,22633917m
2 – Se um objeto é deixado cair em queda livre de uma altura de 300 metros e a resistência do
ar for desprezada, a altura h (em metros) do objeto no instante t (em segundos), será dada por
h(t ) 320 16t 2 . Determine:
a) A velocidade média do objeto em cada intervalo de tempo dado:
[1;2], [1;1,5] , [1;1,1] , [1;1,01] e [1;1,001]
37
Vins tan tânea (1) 32m / s
O uso básico de limites é descrever como uma função se comporta quando a variável x
tende a um valor dado.
No cálculo e suas aplicações interessa-nos, em geral, valores f(x) de uma função f que
estejam próximos de um número x = a, mas que não seja igual a “a”, principalmente nos casos
em que “a” não está no domínio da função.
1 3 3 5
1,5 2 2,5 4
1,7 2,4 2,3 3,6
1,9 2,8 2,1 3,02
1,999 2,889 2,001 3,002
lim f ( x) 3 lim f ( x) 3
x 2 x 2
Gráfico da função: f ( x) 2 x 1.
38
x2 1
2º Exemplo: Seja a função: f ( x) .
x 1
12 1 0
Calculando f (1) teremos o seguinte: f (1) (não pertence aos Reais).
11 0
Veja que o f (1) não está definido pois x = 1 não está no domínio da função. Então
vamos analisar pontos vizinhos de 1, tanto pela esquerda de 1 ( x 1 ) e tanto pela
direita de 1 ( x 1 ) .
( x 1 ) ( x 1 )
x f (x) x f (x)
x2 1
Gráfico da função: f ( x)
x 1
39
Vamos calcular f (3) e o limite lim f ( x) .
x3
O limite xlim
3
f ( x) , vamos verificar qual função se refere a x tende a 3- , isto é,
O limite xlim
3
f ( x) , vamos verificar qual função se refere a x tende a 3 + , isto é,
Portanto, o xlim f ( x)
3 Ɇ, porque os limites laterais existem mas são diferentes.
f (x)
Gráfico da função:
1
a) f (0) (não pertence aos Reais).
0
1
b) Para descobrir o lim temos que estudar os limites lateriais:
x 0 x
1 1 1 1
O lim e o lim , logo o limite (não existe), pois os limites laterais
x 0 x 0 x 0 x 0
são diferentes.
Lembre-se: zero pela esquerda (0 ) é um número pequeno e negativo e zero pela direita (0 ) é
um número pequeno e positivo.
1
c) Para descobrir o limite lim ,vamos fazer uma tabela com valores de x crescendo de 1 até um valor
x x
40
x
x f (x)
1 1
2 0,5
4 0,25
10 0,10
1000 0,001
∞ 0
1 1
Observando a tabela: lim 0
x x
1 1
d) Da mesma forma, o limite: lim 0
x x
1
e) Gráfico da função: f ( x)
x
1
Observe que gráfico da função f ( x) possui duas assíntotas: uma assíntota vertical
x
de equação x = 0 e uma assíntota horizontal de equação y = 0.
1 1 1
Vamos calcular f (2) e os limites lim , lim e lim
x2 x2 x x 2 x x 2
1 1
a) f (2)
22 0
1
b) Para descobrir o lim temos que estudar os limites lateriais:
x2x2
1 1 1 1 1 1
O lim e o lim ,
x 2 x 2 2 2 0 x 2 x 2 2 2 0
Logo, o limite da função (não existe), pois os limites laterais são diferentes.
1 1 1
c) lim 0
x x2 2
41
1 1 1
d) lim 0
x x 2 2
e) Gráfico da função:
1
Observe que gráfico da função f ( x) possui duas assíntotas: uma assíntota vertical
x2
de equação x = 2 e uma assíntota horizontal de equação y = 0.
42
2.5 - Limites laterais
a (ou o limite de f (x) quando x tende a a pela esquerda) é igual a T se pudermos tornar
(ou o limite de f (x) quando x tende a a pela direita) é igual a T se pudermos tornar os
valores de f (x) arbitrariamente próximos de T , tornando-o suficientemente próximos de a e
x maior que a .
DEFINIÇÃO: O limite de uma função só vai existir, quando os limites laterais existirem e
forem iguais, isto é, lim f ( x) T existe se, e somente se,
x a
lim f ( x) T e lim f ( x) T .
x a x a
Observe que a função não necessita estar definida em “a” para o limite existir.
2.6 – Exercício resolvido
43
lim f ( x) 2
x 2
lim f ( x) 2
x 2
lim f ( x) 2
x 2
f (2) 2
Em x = 2 a f é contínua
lim f ( x) 2
x 2
lim f ( x) 2
x 2
lim f ( x) 2
x 2
f (2) 5
Em x = 2 a f é descontínua de ponto ou
removível
lim f ( x) 2
x 2
lim f ( x) 6
x 2
lim f ( x)
x 2
f (2) 4
Em x = 2 a f é descontínua de salto
44
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
f (3)
Em x = 3 a f é descontínua infinita.
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
f (3)
Em x = 3 a f é descontínua infinita.
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
lim f ( x)
x 3
f (3)
Em x = 3 a f é descontínua infinita.
45
2.7 – Exercícios propostos
1 - 4Uma bola é atirada no ar com velocidade de 10 m/s. Sua altura em metros após t segundos é
dada por y 20t 4,9t 2 .
a) Encontre a velocidade média para o período de tempo que começa quando t = 2s e dura
0,5s; 0,1s; 0,05s ; 0,01, 0,001s e 0,0001s;
b) Estime a velocidade instantânea quando t = 2s.
a) b) c) d) f (4)
e) f) g) h) f (1)
i) j) k) l) f (2)
m) n) o) p) f (3)
q) Em x = - 4 a função é _______________________________________________________
r) Em x = -1 a função é ________________________________________________________
s) Em x = 2 a função é _________________________________________________________
t) Em x = 3 a função é _________________________________________________________
v) Imagem da função:__________________
4
Fonte: STEWART, James – Cálculo – Ed. Thomson – 6ª. edição
46
3 - Analisando o gráfico, responda:
q) Em x = 0 a função é __________________________________________________________
r) Em x = 1 a função é __________________________________________________________
s) Em x = -2 a função é _________________________________________________________
t) Em x = 3 a função é __________________________________________________________
u) Domínio da função: __________________ v) Imagem da função: _____________________
x) lim f ( x) y) lim f ( x)
x x
47
a) lim f ( x) f (1) Em x = 1 a função é ______________________________
x 1
48
2.8 – Respostas dos exercícios propostos
1 – a) -0,525 m/s ; -0,009 m/s; 0,151m/s; 0,351 m/s; 0,395 m/s; 0,3995 m/s.
b) Vi(2) = 0,4 m/s.
2 – a) -2 b) -2 c) -2 d) -2
e) 4 f) 6 g) h) 6
i) 2 j) 2 k) 2 l) 2
m) -3 n) 1 o) p) 0
q) contínua
r) descontínua de salto
s) contínua
t) descontínua de salto
u) reais
v) (-∞,6]
49
Capítulo 3: LIMITES: PROPRIEDADES E CÁLCULO DE LIMITES
5
Prof. Áureo Martins
Introdução
Neste capítulo, estudaremos as propriedades dos limites que serão utilizadas para
realização do cálculo dos limites, bem como discutiremos as técnicas algébricas para calcular
limites de diversas funções.
lim f ( x) f (a)
x a
2) O limite da soma é igual a soma dos limites e o limite da diferença é igual a diferença
dos limites.
lim f ( x) g ( x) lim f ( x) limg ( x)
x a x a x a
4) O limite de uma constante vezes uma função é igual a constante vezes o limite da
função.
lim c. f ( x) c. lim f ( x)
x a x a
5
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática
50
lim f ( x) lim xa ( f ( x)
n n
x a
f ( x) lim f ( x)
lim x a
x a g ( x) g ( x)
lim
x a
Teremos três casos a considerar:
x 2 3x 1 2 2 3.2 1 9
Exemplo: 1) lim ( )( ) 1.
x 2 x7 27 9
3x 3. 3 9
2) lim ( )( ) 3.
x 2 2x 3 2. 3 3 3
nº
2º CASO: quando lim g ( x) 0 e lim f ( x) 0 3 possibilidades (+∞, -∞ ou ).
x a x a 0
Para descobrir se o limite é +∞, -∞ ou , temos que estudar os limites laterais,
conforme os gráficos a seguir:
grandes (tão grande quanto quisermos) por meio de uma escolha adequada de x nas
proximidades de a , mas não igual a a .
1 1 1 nº
1. lim ( ) - 2° CASO
x 2 x 2 22 0 0
Solução: temos que analisar os limites laterais:
1 1 1
lim ( )
x 2 x 2 2 2 0
1 1 1
lim ( )
x 2 x 2 2 2 0
Logo, o limite não existe, pois os limites laterais são diferentes.
1 1 1 nº
2. lim ( ) - 2° CASO
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
0 0
Solução: temos que analisar os limites laterais:
1 1 1 1
lim ( ) 2
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
(0 ) 0
1 1 1 1
lim ( ) 2
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
(0 ) 0
Logo, o limite é +∞, pois os limites laterais são iguais.
1 1 1 n º - 2° CASO
3. lim ( )
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
0 0
Solução: temos que analisar os limites laterais:
1 1 1 1
lim ( ) 2
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
(0 ) 0
1 1 1 1
lim ( ) 2
x 2 ( x 2) 2
(2 2) 2
(0 ) 0
Logo, o limite é -∞, pois os limites laterais são iguais.
1 1 1 nº
4. lim ( ) - 2° CASO
x 2 x 2 22 0 0
Solução: temos que analisar os limites laterais:
52
1 1 1
lim ( )
x 2 x2 2 2 0
1 1 1
lim ( )
x 2 x 2 2 2 0
Logo, o limite não existe, pois os limites laterais são diferentes.
8 8 8 nº
5. lim - 2° CASO
x 3 ( x 3) 2
(3 3) 2
0 0
Solução: temos que analisar os limites laterais:
8 8 8 8
lim 2
x 3 ( x 3) 2
(3 3) 2
(0 ) 0
8 8 8 8
lim 2
x 3 ( x 3) 2
(3 3) 2
(0 ) 0
Logo, o limite não existe, pois os limites laterais são diferentes.
Nada se pode afirmar, a priori, sobre o limite do quociente das duas funções pois ele
pode assumir qualquer valor real ou não existir. Exprimimos essa expressão indeterminada
dizendo que 0 é um Símbolo de Indeterminação. Devemos, então, fatorar e simplificar a
0
função de tal forma a levantar a indeterminação 0 .
0
Vamos usar o artifício de dividir o polinômio por “(x – a)”, sendo a o valor que o x
tende.
53
Neste mesmo exemplo, para valores diferentes de x = 1, podemos escrever:
x2 1
Logo, o gráfico da função f ( x) é igual ao gráfico da função f ( x) x 1 , isto é,
x 1
isto é, uma reta que corta o eixo da ordenadas (y) em 1 e tem uma descontinuidade de ponto
em x = 1 e y = 2.
x2 9 32 9 0
7. lim ( ) (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO).
x 3 x 3 33 0
x2 9 ( x 3).( x 3)
Solução: lim ( ) lim lim ( x 3) 3 3 6
x 3 x 3 x 3 x3 x 3
54
x 2 4x 4 (2) 2 4(2) 4 0
8. lim ( ) lim ( ) (Símbolo de Indeterminação – 3°
x 2 x2 x 2 22 0
CASO).
x 2 4x 4 ( x 2) 2
Solução: lim ( ) lim ( ) lim ( x 2) 2 2 0
x 2 x2 x 2 x2 x 2
x 2 3x 4 12 3.1 4 0
9. lim ( )( ) (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO)
x 1 x 1 11 0
( x 2).( x 5)
lim
x 2
x2 lim
x 2
( x 5) 2 5 7
x 2 x 6 22 2 6 0
11. lim (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO)
x 2 x2 22 0
x2 x 6 ( x 2).( x 3)
lim lim lim ( x 3) 2 3 5
x 2 x2 x 2 x2 x 2
x 5
12. lim ( )
x 25 x 25
Vamos usar o artifício de multiplicar pelo conjugado da função que contém a raiz.
( x 5) ( x 5)
lim [ . ]
x 25 ( x 25) ( x 5)
( x ) 2 52 x 25 1 1 1
lim lim lim
x 25
( x 25).( x 5) x 25
( x 25).( x 5) x 25
x5 25 5 10
x3 3 63 3 0
13. lim ( ) (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO)
x 6 x6 66 0
( x 3 3) ( x 3 3)
lim[ . ]
x 6 ( x 6) ( x 3 3)
( x 3 ) 2 32 x6 1 1 1 1
lim lim lim
x 6
( x 6).( x 3 3) x 6
( x 6).( x 3 3) x 6
x3 3 63 3 33 6
4 x 44 0
14. lim ( ) (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO)
x 4
2 x 2 4 0
(4 x) (2 x ) (4 x).(2 x) (4 x).(2 x )
lim[ . ] lim lim
x 4
(2 x ) (2 x ) x 4
(2) ( x )
2 2 x 4 4 x
lim (2 x 2 4 2 2 4
x 4
x 2 81 9 2 81 0
15. lim (Símbolo de Indeterminação – 3° CASO)
x 9
x 3 9 3 0
57
x 2 81 x 2 81 x 3 ( x 2 81).( x 3) ( x 9).( x 9).( x 3)
lim lim . lim lim
x 9
x 3 x 9
x 3 x 3 x 9
( x ) 2 32 x 9 x9
a) lim (6 x 7) =
x 2
x 2 25
b) lim ( )=
x 5 x5
c) lim 20 =
x 2
6 x 42
d) lim ( )=
x 7 x7
3x 5
e) lim ( )=
x 4 x 11
x 2 49
f) lim ( )=
x 7 x7
x2 x 2
g) lim ( )=
x 1 x 1
x3
h) lim =
x 0 x
4x 2 9
i) lim
3 2x 3
x
2
3s 2 8s 16
j) lim =
s 4 2 s 2 9 s 4
x3 x2
k) lim =
x 0 x2
x2 6
l) lim =
x 3 x 1
x 2 4x 3
m) lim =
x 1 x2 1
x 2 2x 1
n) lim =
x 1 x 1
o) lim x x 2 =
x 4
4 x2
p) lim =
x 2 x 4
4
q) lim
x 2 x 2
8
r) lim
x 2 ( x 2) 2
58
5
s) lim
x 4 ( x 4) 2
4 x2
t) lim
x 2 x 2
x 3 27
u) lim 2
x 2 x 9
3x 2 17 x 20
v) lim 2
x 4 4 x 25 x 36
x2 + 1, para x < 2
x - 1, para x ≤ 3
1
y) lim
x 0 x2
1
z) lim
x 0 x3
a) 1 b) -10 c) 10 d) 6 e) -1 f) 14
g) 3 h) 0 i) -6 j) 32/21 k) 1 l) 15/2
m) -1 n) 0 o) 8 p) 0 q) r) + ∞
s) - ∞ t) 0 u) 4,5 v) 1 w) 5 e 2 x) 2 e 2
y) +∞ z)
59
Capítulo 4: CONTINUIDADE DE FUNÇÃO, LIMITES INFINITOS E ASSÍNTOTAS
lim f ( x) f (a) .
x a
6
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática
60
4.2 – Exercícios resolvidos
Solução:
a) ocorre descontinuidade em x = -3, 0 e 3.
b) descontinuidade de ponto ou removível em x = -3, descontinuidade de salto em x =
0 e descontinuidade infinita em x = 3.
c) ocorre continuidade lateral esquerda em x = 0.
x2- 4, se x < 1
f(x) = 2 – x, se 1 ≤ x < 3
5, se , se 3 ≤ x < 6
x - 1, se x ≥ 6
Em x = 1: 1ª) f(1) = 2 – 1 = 1
2ª) lim f ( x) , temos que estudar os limites lateriais:
x 1
lim f ( x) lim ( x 2 4) 12 4 3
x 1 x 1
lim f ( x) lim (2 x) 2 1 1
x 1 x 1
Em x = 3: 1ª) f(3) = 5.
61
2ª) lim f ( x) , temos que estudar os limites lateriais:
x 3
lim f ( x) lim (2 x) 2 3 1
x 3 x 3
Em x = 6: 1ª) f(6) = 6 – 1 = 5.
2ª) lim f ( x) estudar os limites lateriais:
x 6
lim f ( x) lim ( x 1) 6 1 5.
x 6 x 6
Gráfico da função:
62
lim f ( x) lim ( x 2) 2 (0 2) 2 4
x 0 x 0
lim f ( x) lim ( x 4) 0 4 4
x 0 x 0
Em x = 2: 1ª) f(2) = 2 + 4 = 6.
2ª) lim f ( x) estudar os limites lateriais:
x 2
lim f ( x) lim ( x 4) 2 4 6.
x 2 x 2
x 2
lim f ( x) lim 1 1 0.
x 2 x 2
2 2
Logo, como os limites laterais diferentes, o lim f ( x) .
x 6
Gráfico da função:
63
4.3.1. Limite de uma função polinomial
Exercícios resolvidos
4 5
lim (2 x 4 4 x 2 5 x 3) lim x 4 (2 3) (2 0 0 3)
x x x2 x
n 1
Logo: lim a n .x a n1 x ... a1 x a0 lim (a n .x )
n n
x x
64
c) lim ( x 3 1) lim ( x 3 ) 3
x x
Exercício resolvido
2x 3
Determinar o lim .
x x 2
Nesse caso, substituindo x , teremos a indeterminação do tipo
.
Então, vamos dividir o numerador e o denominador por x e depois aplicar as
propriedades de limites juntamente com o teorema:
1 1
TEOREMA: Se p é um número qualquer positivo, então: lim p
0 e lim p 0 .
x x x x
65
an an
2º) CASO: Quando m n lim f ( x) ASSÍNTOTA HORIZONTAL: y
x bm bm
ASSÍNTOTA HORIZONTAL: y 0
Observação: quando x tem os mesmo três casos, só que devemos cuidar do sinal dos
coeficientes e da paridade do expoente.
66
Exercícios resolvidos
x 3 2 x 2 5x 5 x3
1 - 1º CASO: lim lim lim x 2 () 2
x x 10 x x x
x 2 x 5x 5
3 2
x3
lim lim lim x 2 () 2
x x 10 x x x
8x 2 4 x 8x 2 8 8
2 - 2º CASO: lim 2 lim 2 lim 4
x 2 x 10 x 2 x x 2 2 Assíntota Horizontal: y = 4
8x 2 4 x 8x 2 8 8
lim lim lim 4
x 2 x 10
2 x 2 x 2 x 2 2
x5 x 1 1
3 - 3º CASO: lim 2 lim 2 lim 0
x x 10 x x x x Assíntota Horizontal: y = 0
x5 x 1 1
lim lim 2 lim 0
x x 2 10 x x x x
2 x9 2 x3 2x9 2x 2
a) lim lim lim lim x 2 () 2
x 2 x 7 1 x 2 x 7 x 2 x
x 3 12 x x3 1 1 1
b) lim 5 lim 5 lim 2 0
x x 3 x x x x x () 2
5 x 2 12 x 5 12 x 5 12
c) lim lim lim lim (6) 6
x 2x 2
5 x 2 x 5 x 2 x
5 - O custo médio para a produção de livros, somente na cor preta, de uma Editora é
dado pela função custo médio:
2.500,00
C ( x) 15,20
x
a) Calcule lim C ( x) e interprete o resultado obtido.
x
2,500,00 2.500,00
lim C ( x) lim (15,20 ) 15,20 15,20
x x x
Já para o custo médio de um livro com 5 cores e com fotos coloridas é dado pela
24 x 2 2 x 3500
função custo médio: C ( x) .
x 2 3x 1
24 x 2 2 x 3500 24 x 2
lim C ( x) lim 2 24,00
x x 2 3x 1 x x
67
O resultado obtido significa que quanto maior o número de livros produzidos com
5 cores e com fotos coloridas, menor será o custo médio para produzi-los. Se o
número de livros produzidos tender a uma quantidade muito alta o custo médio
tende a se tornar constante, no valor de 24,00.
4.4 - Assíntotas
b) lim f ( x)
x a
c) lim f ( x)
x a
d) lim f ( x)
x a
b) lim f ( x) c
x
Exercícios resolvidos
1
1. A reta x 2 é uma assíntota vertical do gráfico da função y , pois, analisando os
x2
limites laterais de 2, teremos:
1 1
lim f ( x) lim
x 2 x 2 x 2 0
1 1
lim f ( x) lim
x 2 x 2 x2 0
1
Nessa mesma função y , a reta y 0 é uma assíntota horizontal, pois analisando os
x2
limites infinitos, teremos:
1 1 1
lim f ( x) lim lim 0
x x x 2 x x
1 1 1
lim f ( x) lim lim 0
x x x 2 x x
68
a) lim f ( x) , lim f ( x) , lim f ( x) 3 , lim f ( x) 3
x 0 x 0 x x
6x 2 6
b) lim 2
x 3 x 2 x 10
x 6 24
c) lim 2
x x 5 x 1
21x 4 9 x 3 5 / 7 x 2 3x 2
d) lim
x 3 / 4 x 4 10 x 3 8 x 2 x e
69
2. Calcule, se existirem, os limites abaixo:
x x x
1 1 1 1 1
a) lim b) lim c) lim d) lim e) lim
x 3
x 3
x 3 x x 4 x x 4
a) lim 15
x 4
x2 6
b) lim
x 1 2 x 3
x 2 6x 9
c) lim
x 3 x 3
4x
d) lim =
x 4 ( x 4) 2
x 2 4x 3
e) lim
x 3 x 2 x 12
x2 x 5
f) lim
x 2 x2
x 2
g) lim
x 4 x 4
2x3 x
h) lim 3
x x x 4
x8 2
i) lim 4
x x 5
20 x 3 x 4
j) lim
x 5x 3 7
2 x 3 se x 0
4. Construa o gráfico da função: g ( x) x 2 se 0 x 2
1 se x 2
Faça o gráfico e responda:
70
a) lim g ( x) b) lim g ( x) c) lim g ( x) d) g (2) e) lim g ( x)
x 2 x 2 x 2 x 2
x 2
lim
a) x 1 3
x 2 36
lim
b) x 6 x 6
3x 1
lim
c) x 2 x 2 4 =
x 3
d) lim
x 9 x9
9 x 3 5x
e) lim
x 2 x 3 4
x3 x
f) lim
x 2 x 4 5
6. O custo médio por disco que uma Companhia de Manuaus tem ao fabricar x Cds de
4000
áudio é dado pela função do custo médio C ( x) 2,24 .
x
7. Observando o
gráfico e diga:
e) lim f ( x) =
a) lim f ( x) = x 2
x2
f) lim f ( x) =
b) lim f ( x) = x 2
x2
g) lim f ( x) =
c) lim f ( x) = x2
x 2
h) f (2) =
d) f (2) =
71
8. Esboce um gráfico de uma função que satisfaça todas as seguintes condições: o limite
da função quando x tende a 3 pela direita é 4; o limite da função quando x tendo a 3
pela esquerda é 2; f(3) = 3; o limite da função quando x tende a –2 é 2; f(-2) = -3; o
limite da função quando x tende a 6 é +∞; f(6) =Ɇ; o limite da função quando x tende
a menos infinito é mais infinito e o limite da função quando x tende a mais infinito é
zero.
x + 1, se x ≤ 0
f (x) = x² -1, se 0 < x ≤ 3
x 1, se x > 3
x , se x ≤ 0
f(x) = x² , se 0 < x ≤ 2
8-x, se x > 2
72
4.6 – Respostas dos exercícios propostos
1 - a) 0 b) 2 c) d) 28
2 - a) 0 b) c) d) 0 e) 0
3 – a) 15 b) -1 c) 0 d) +∞ e) 2/7
f) g) 1/4 h) 0 i) +∞ j) 4
4 – a) -1 b) -1 c) -1 d) 0 e) 4
f) 1 g) h) 1 i) 3 j) 1
5 - a) 1 b) 12 c) d) 1/6 e) 4,5 f) 0
6 - 2,24
7 - a) 2 b) 4 c) d) 3 e) 4
f) 6 g) h) 5
8- 9-
10 -
em x = 8: lim f ( x) 6 e lim f ( x) 3 .
x 8 x 8
73
Capítulo 5 – A DERIVADA
Introdução
No capítulo 2 vimos como encontrar uma equação para a reta tangente a uma curva,
usando intuitivamente a noção de limite. Agora veremos a definição precisa de reta tangente a
uma curva y = f(x) num ponto P(a, f(a)).
Para determinarmos a inclinação da reta que tangencia uma curva em um ponto P(a,
f(a)) devemos considerar um ponto Q(x, f(x)) na curva que seja distinto de P e calcularmos a
inclinação da reta que passa por P e Q, chamada de reta secante s (ver figura 1).
A inclinação mPQ da reta secante s coincide com a tangente do ângulo que possui
f ( x) f ( a )
vértice em P, no triângulo retângulo QPR da figura 1. Então, mPQ .
xa
Se fizermos o ponto Q se aproximar do ponto P, deslocando-se sobre o gráfico e
passando pelos pontos Q1, Q2, Q3, Q4 e assim por diante, ficando mais e mais próximo do
ponto P, a reta secante s que passa pelos pontos P e Q vai “girando” (com o ponto P fixo),
tendendo a se tornar a reta tangente no ponto P do gráfico (veja novamente na figura 1). Em
consequência a inclinação da reta secante mPQ tende a se tornar a inclinação mtg da reta
tangente.
Figura 1
7
Mestre, Professor da Universidade Luterana do Brasil
74
Veja que durante o deslocamento do ponto Q para o ponto P, as abscissas x, x1, x2, x3,
x4, ... dos pontos Q1, Q2, Q3, Q4, ... se aproximam de a, com x tendendo a zero ( x 0), ao
mesmo tempo em que y também tende a zero ( y 0).
5.2 - Definição:
onde
Há outra expressão para a inclinação da reta tangente, muito utilizada. Essa expressão
é obtida quando chamamos x de h, ou seja, x = h. No gráfico da figura 1, vemos, no eixo x,
que x x a . Então podemos escrever que h x a ou que x a h . Substituindo na
equação (1) acima, ficamos com:
ou (2)
ou
OBS.: Quando calculamos a inclinação da reta secante, que passa por dois pontos,
estamos calculando uma taxa de variação média e quando calculamos a inclinação da reta
tangente num ponto, estamos calculando uma taxa de variação instantânea.
75
Logo, calcular a derivada num ponto é calcular a inclinação da reta tangente naquele
ponto e também a taxa de variação instantânea da função naquele ponto.
Suponha um objeto movendo-se sobre uma linha reta de acordo com a equação
s f (t ) , onde s é o deslocamento do objeto a partir da origem do instante t . A função f
que descreve o movimento é chamada função posição do objeto. No intervalo de tempo entre
t a e t a h a variação na posição será de f (a h) f (a) A velocidade média nesse
intervalo é:
deslocamento f (a h) f (a)
velocidade média
tempo h
f ( a h) f ( a )
v(a) lim
h 0 h
f ( a h) f ( a )
s' a v(a) lim
h0 h
76
5.5 - Exercícios resolvidos.
4( x 2)
f ' (2) lim
x2 x2
f ' (2) lim 4
x2
f ' ( 2) 4
f ( 2 h ) f ( 2)
f ' (2) lim
h0 h
4(2 h) 3 (4.2 3)
f ' (2) lim
h0 h
8 4h 3 11
f ' (2) lim
h0 h
4h
f ' (2) lim
h0 h
f ' (2) 4
Logo, a derivada é igual a 4.
Este resultado é a inclinação da reta tangente ao gráfico da função f(x) = 4x +3, no
ponto onde x = 2.
77
Veja que a função é de uma reta e a derivada é exatamente o coeficiente angular da
reta.
f (a h) f (3 h) (3 h) 2 5(3 h) 2
f (3 h) 9 6h h 2 15 5h 2
f (3 h) h 2 h 4
f (a ) f (3) 32 5.3 2
f (3) 4
A reta é tangente no ponto P(3, -4).
Substituindo estes resultados no limite, temos:
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h0 h
f (3 h) f (3)
f ' (3) lim
h0 h
h h 4 (4)
2
f ' (3) lim
h0 h
h h
2
h(h 1)
f ' (3) lim lim
h0 h h 0 h
f ' (3) lim (h 1)
h0
f ' (3) 0 1
f ' (3) 1
Então, a inclinação da reta tangente mtg = 1.
78
Gráficos:
f (1) 1
O ponto P tem coordenadas P(1, 1)
f (1) 1
Calculando f (a h) :
f (1 h) 1 h
Então, calculando a derivada (inclinação da reta tangente), substituindo no limite:
1 h 1
f ' (1) lim
h0 h
Se substituirmos h por 1 no limite teremos a forma indeterminada 0/0. Então vamos
racionalizar o numerador para evitarmos a indeterminação (veja no capítulo sobre o cálculo de
limites como foram resolvidos estes casos de indeterminação):
79
1 h 1
f ' (1) lim
h0 h
( 1 h 1) ( 1 h 1)
f ' (1) lim .
h0 h ( 1 h 1)
( 1 h ) 2 12
f ' (1) lim
h0 h.( 1 h 1)
1 h 1
f ' (1) lim
h0 h.( 1 h 1)
h
f ' (1) lim
h0 h.( 1 h 1)
1
f ' (1) lim
h0 ( 1 h 1)
1 1
f ' (1) f ' (1)
( 1 0 1) 2
Então, a inclinação da reta tangente mtg = ½.
Gráficos:
80
4. Um móvel se movimenta conforme a equação da posição s(t ) 3t 2 8t 3 , em
unidades do Sistema Internacional. Calcule sua velocidade nos instantes t = 1 segundo
e t = 3 segundos.
Resolução: Como vimos na interpretação cinemática da derivada, quando temos a
equação da posição, a sua derivada nos dá a velocidade instantânea. Como queremos a
velocidade nos instantes (instantâneas) 1 segundo e 3 segundos, basta calcularmos a derivada
nestes instantes.
1º) Quando t = 1 segundo: neste caso temos a = 1.
s (1 h) 3(1 h) 2 8(1 h) 3
s (1) 3.1 8.1 3
2
s (1 h) 3(1 2h h 2 ) 8 8h 3
s (1) 3 8 3
s (1 h) 3 6h 3h 2 8 8h 3
s (1) 2 m
s (1 h) 3h 2 2h 2
Substituindo no limite:
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h 0 h
s (1 h) s (1)
s ' (1) v(1) lim
h 0 h
3h 2h 2 (2)
2
s ' (1) v(1) lim
h 0 h
3h 2h
2
h(3h 2)
v(1) lim lim
h 0 h h 0 h
v(1) lim (3h 2)
h 0
v(1) 3.0 2
v(1) 2
Logo a velocidade no instante t = 1 segundo é v = - 2 m/s.
Faça uma pesquisa e para verificar o que significa uma velocidade negativa.
s(3 h) 3(9 6h h 2 ) 24 8h 3
s (3) 27 24 3
s(3 h) 27 18h 3h 2 24 8h 3
s (3) 6 m
s(3 h) 3h 2 10h 6
Substituindo no limite:
81
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h 0 h
s (3 h) s (3)
s ' (3) v(3) lim
h 0 h
3h 10h 6 6
2
s ' (3) v(3) lim
h 0 h
3h 10h
2
h(3h 10)
v(3) lim lim
h 0 h h 0 h
v(3) lim (3h 10)
h 0
v(3) 3.0 10
v(3) 10
Substituindo no limite:
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h 0 h
C (30 h) C (30)
C ' (30) lim
h 0 h
h 40h 420 420
2
C ' (30) lim
h 0 h
h 40h
2
h(h 40)
C ' (30) lim lim
h 0 h h 0 h
C ' (30) lim (h 40)
h 0
C ' (30) 0 40
C ' (30) 40 reais/unid ade
Substituindo no limite:
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h0 h
C (50 h) C (50)
C ' (50) lim
h0 h
h 20 20
2
C ' (50) lim
h0 h
2
h
C ' (50) lim lim (h)
h0 h h0
C ' (50) 0
A taxa de variação do custo é nula. Isto significa que no instante em que são
produzidas 50 unidades do produto, o custo não está variando, isto é, não aumenta e nem
diminui.
3º) Quando a = 80 unidades
Substituindo no limite:
f ( a h) f ( a )
f ' (a ) lim
h0 h
C (80 h) C (80)
C ' (80) lim
h0 h
h 60h 920 920
2
C ' (80) lim
h0 h
h 60h
2
h(h 60)
C ' (80) lim lim
h0 h h 0 h
C ' (80) 0 60
C ' (80) 60 reais/unid ade
83
5.6 - Exercícios propostos:
1. Dada a função f ( x) 5x 2 3x 8 , calcule a derivada nos pontos onde x = - 4,
x = 0 e x = 6.
Vimos que a derivada de uma função f, num ponto onde x = a é definida e calculada
pela expressão:
f ( a h) f ( a )
f ' (a) lim
h0 h
84
Se fizermos o valor de a variar, então podemos substituir a pela variável x na definição
acima. Então:
Para qualquer número x para o qual este limite existe, é atribuído o número .
Podemos, então, considerar como uma nova função, chamada de função derivada de f.
A função derivada calcula a inclinação da reta tangente ou a taxa de variação instantânea da
função num ponto P(x, f(x))
Se usarmos a notação para a função como y f (x) para indicar que a variável independente
é x enquanto que y é a variável dependente, então podemos usar como notação da derivada
qualquer uma das notações a seguir:
dy df d
f ' ( x) y ' f ( x) Df ( x) Dx f ( x)
dx dx dx
f ( x) 4 x 3
f ( x h) 4( x h) 3
f ( x h) 4 x 4h 3
Substituindo no limite:
85
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h0 h
4 x 4h 3 (4 x 3)
f ' ( x) lim
h0 h
4 x 4h 3 4 x 3
f ' ( x) lim
h0 h
4h
f ' ( x) lim
h0 h
f ' ( x) 4
Substituindo no limite:
86
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h0 h
s (t h) s (t )
s ' (t ) v(t ) lim
h0 h
3t 6ht 3h 2 8t 8h 3 (3t 2 8t 3)
2
v(t ) lim
h0 h
3t 6ht 3h 8t 8h 3 3t 2 8t 3
2 2
v(t ) lim
h0 h
6ht 3h 8h
2
v(t ) lim
h0 h
h.(6t 3h 8)
v(t ) lim
h0 h
v(t ) lim (6t 3h 8)
h0
v(t ) 6t 3.0 8
v(t ) 6t 8 (função ou equação da velocidad e)
Utilizamos agora esta equação para calcular a velocidade nos instantes pedidos:
Substituindo no limite:
87
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h0 h
2 x 4hx 2h 2 4 x 4h 1 (2 x 2 4 x 1)
2
f ' ( x) lim
h0 h
2 x 4hx 2h 4 x 4h 1 2 x 2 4 x 1
2 2
f ' ( x) lim
h0 h
4hx 2h 4h
2
f ' ( x) lim
h0 h
h.(4 x 2h 4)
f " ( x) lim
h0 h
f ' ( x) lim (4 x 2h 4)
h0
f ' ( x ) 4 x 2. 0 4
f ' ( x) 4 x 4 (função derivada)
Esta função derivada calcula a taxa de variação instantânea para cada valor de x.
Então, calculando para os valores pedidos:
Para x = -3: Para x = -1: Para x = 2:
f’(-3) = 4.(-3) + 4 f’(-1) = 4.(-1) + 4 f’(2) = 4.2+4
f’(-3) = -12 + 4 f’(0) = -4 + 4 f’(2) = 8 + 4
f’(-3) = - 8 f’(0) = 0 f’(2) = 12
4. Construa os gráficos das funções f(x) e f’(x) do exemplo anterior num mesmo
sistema de eixos cartesianos.
Resolução; veja que a função f ( x) 2 x 2 4 x 1 é do segundo grau. Portanto o seu
gráfico é uma parábola. A função f ' ( x) 4 x 4 é do primeiro grau. Seu gráfico é uma
reta:
88
Definição: Uma função f é derivável ou diferenciável num ponto onde x = a, se a sua
derivada existir, isto é se f’(a) existir. É derivável ou diferenciável em um intervalo
aberto (a, b), ou (a, ∞), ou (-∞, a), ou (-∞, ∞), se a derivada existir em cada ponto do
intervalo.
derivada, é definida para qualquer número real, isto é, a função é diferenciável para
qualquer número real?
1º) Se x > 0:
Então x x . Escolhendo h suficientemente pequeno, para que x h 0 , então
x h x h . Logo:
xh x ( x h) x h
f ' ( x) lim lim lim lim 1 1
h0 h h0 h h0 h h0
2º) Se x < 0:
Então x x . Escolhendo h suficientemente pequeno, para que x h 0 , então
x h ( x h) . Logo:
xh x ( x h) ( x ) h
f ' ( x) lim lim lim lim (-1) 1
h0 h h0 h h0 h h0
3º) Se x = 0:
Temos que verificar o limite:
f (0 h) f (0) 0h 0
f ' (0) lim lim (se existir)
h0 h h0 h
89
0h 0 h h
f ' (0) lim lim lim lim 1 1
h0 h h0 h h0 h h0
0h 0 h h
f ' (0) lim lim lim lim (-1) 1
h0 h h0 h h0 h h0
Gráfico da função: f ( x) x
ou uma “dobra”, ou uma “quina”, não são deriváveis destes pontos, pois o gráfico não
possui tangente nestes pontos.
A recíproca deste teorema não é verdadeira. Veja que a função do exemplo anterior,
90
A seguir temos alguns exemplos de gráficos onde a função não é diferenciável no
ponto x = a:
(a) Neste caso temos uma “quina” em x = 3. A função não possui derivada neste ponto.
(b) Neste caso a função não é contínua em x = 2. A função não possui derivada neste ponto.
(c) Neste caso a função possui uma reta tangente vertical em x = 3. A função não possui derivada neste ponto, pois a reta
vertical não é uma função.
a) f ( x) 10 x 5
b) f ( x) 5x 2 8x 16
91
c) f ( x) 3x 2 3x 7
x2
d) f ( x)
x 1
92
Capítulo 6: REGRAS DE DERIVAÇÃO
Introdução
2- Regra da potência
d d
[cf ( x)] c [ f ( x)]
dx dx
4- Regra da soma
8
Mestre, Professor da Universidade Luterana do Brasil
93
Se f e g forem ambas diferenciáveis, então
d d d
[ f ( x) g ( x)] [ f ( x)] [ g ( x)]
dx dx dx
5- Regra da diferença
Se f e g forem ambas diferenciáveis, então
d d d
[ f ( x) g ( x)] [ f ( x)] [ g ( x)]
dx dx dx
6- Regra do produto
d
f ( x).g ( x) f ( x). d g ( x) g ( x). d f ( x)
dx dx dx
Ou
7- Regra do quociente
Ou
'
f ( x) g ( x). f ' ( x) f ( x).g ' ( x)
g ( x)
g ( x)2
d
1) sen( x) cos( x)
dx
d
2) cos( x) sen( x)
dx
d
3) tg ( x) sec 2 ( x)
dx
94
d
4) cot g ( x) cos sec 2 ( x)
dx
d x
(a ) a x . ln a
dx
d 1 d 1
(log a x ) log a e ou (log a x )
dx x dx x. ln a
d 1
(ln x )
dx x
Como foi dito no início deste capítulo, os resultados destas regras são obtidos aplicando a
definição da derivada, em cada função.
Para ilustrar vamos utilizar a definição para demonstrar três das regras acima:
95
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h 0 h
cc
f ' ( x) lim
h 0 h
0
f ' ( x) lim
h 0 h
f ' ( x) lim 0
h 0
d
f ' ( x) 0 (c ) 0
logo :
dx
Sabemos que a derivada calcula a taxa de variação de uma função. Como a função
f ( x) c é uma função constante, é claro que a sua taxa de variação (ou a derivada) é nula.
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h 0 h
( x h) x n
n
f ' ( x) lim
h 0 h
A potência ( x h) n pode ser desenvolvida utilizando o desenvolvimento do binômio
de Newton:
n(n 1) n2 2 n(n 1)(n 2) n3 3
( x h) n x n nx n1h x h x h ... nxh n1 h n . Logo:
2! 3!
f ' ( x) nx n1
96
3) Demonstração da regra da derivada da função seno.
d
Na tabela vemos que sen( x) cos( x) . Vamos demonstrar que isto é verdadeiro.
dx
A função: f ( x) sen( x)
Então, f ( x h) sen( x h)
Substituindo no limite (definição):
f ( x h) f ( x )
f ' ( x) lim
h 0 h
sen( x h) sen( x)
f ' ( x) lim
h 0 h
Da trigonometria sabemos que: sen( x h) sen( x) cos(h) cos( x)sen(h) . Substituindo no
limite:
sen( x h) sen( x)
f ' ( x) lim
h0 h
sen( x) cos(h) cos( x) sen(h) sen( x)
f ' ( x) lim
h0 h
sen( x) cos(h) sen( x) cos( x) sen(h)
f ' ( x) lim
h0
h h
cos(h) 1 sen(h)
f ' ( x) lim sen( x) cos( x)
h0
h h
cos(h) 1 sen(h)
f ' ( x) lim sen( x). lim lim cos( x). lim
h0 h 0 h h 0 h0 h
cos(h) 1 sen(h)
f ' ( x) lim sen( x). lim lim cos( x). lim
h0 h 0 h h 0 h0 h
Como x é uma constante, então: lim sen( x) sen( x) e lim cos( x) cos( x) .
h0 h0
cos( h) 1 sen(h)
E também: lim 0 e lim 1.
h 0 h h 0 h
Temos:
cos(h) 1 sen(h)
f ' ( x) lim sen( x). lim lim cos( x). lim
h 0 h 0 h h 0 h 0 h
f ' ( x) sen( x).0 cos( x).1
f ' ( x) cos( x)
Veja que mesmo para estas funções simples a aplicação da definição é trabalhosa.
Portanto, a partir de agora vamos utilizar estas regras para calcular a derivada de funções,
a não ser os casos onde for solicitada a definição.
97
6.2 - Exercícios resolvidos:
f ( x) 12 f ( x) 4 f ( x) 7 4
a) b) c)
f ' ( x) 0 f ' ( x) 0 f ' ( x) 0
f ( x) a f ( x) m
d) e)
f ' ( x) 0 f ' ( x) 0
f ( x) x 5 f ( x) x13 f ( x) x 4
a) b) c) 4
f ' ( x) 5 x 4 f ' ( x) 13x12 f ' ( x) 4 x 5
x5
1
f ( x)
x3
d) f ( x) x 3
3
f ' ( x) 3x 4
x4
1 7
f ( x) f) f ( x) x g) f ( x) x 2
3 5
e)
x7
7 43 2
f ( x) x 7 f ' ( x) x f ( x) x 5
3
2 3 5
f ' ( x) 7 x 8 f ' ( x) x
5
7 2
f ' ( x) f ' ( x) 3
x8 5x 5
2
f ' ( x) 5
5 x3
98
Utilizando a regra do múltiplo constante:
d d
[cf ( x)] c [ f ( x)]
dx dx
b) f ( x) 5 x 3 f ' ( x) 15x 2
c) f ( x) 9 x8 f ' ( x) 72 x 7
d d d
[ f ( x) g ( x)] [ f ( x)] [ g ( x)]
dx dx dx
d d d
e [ f ( x) g ( x)] [ f ( x)] [ g ( x)]
dx dx dx
a) f ( x) x 3 x 5 f ' ( x) 3 x 2 5 x 4
b) f ( x) x 4 x 9 f ' ( x) 4 x 3 9 x 8
c) f ( x) x 3 x 2 x 2
1 2
f ( x) x 2
x 3
x2
Agora derivamos:
1 12 2 13
f ' ( x) x x 2x
2 3
Procuramos não deixar com expoente negativo e fracionário. Então a
resposta final fica:
1 2
f ' ( x) 3
2x
2 x 3 x
1
d) f ( x) 7 x 3 2 x
2
64 x 3
x
Preparando a função, na forma de potência, para aplicar a regra, temos:
1
f ( x) 7 x 3 2 x x 2 6 x
3
2 4
99
Agora derivamos:
1 1 3 1
f ' ( x) 21x 2 2. x 2 2 x 3 6. x 4
2 4
Ajeitando a resposta, fica:
1 2 9
f ' ( x) 21x 2 3 4
x x 2 x
d
f ( x).g ( x) f ( x).g ' ( x) g ( x). f ' ( x)
dx
a) y (3x 2 5x).( x3 2 x)
Vamos chamar:
f ( x) 3 x 2 5 x e g ( x) x 3 2 x
Substituindo na regra:
Resolvendo as operações:
b) y ( x 4 2 x3 ).(6 x5 3x 2 )
Vamos chamar:
f ( x) x 4 2 x 3 e g ( x) 6 x 5 3 x 2
Substituindo na regra:
Resolvendo as operações:
y' 30 x8 6 x 5 60 x 7 12 x 4 24 x8 36 x 7 12 x 5 18 x 4
y' 54 x8 96 x 7 18 x 5 30 x 4
100
Utilizando a regra do quociente:
'
f ( x) g ( x). f ' ( x) f ( x).g ' ( x)
g ( x)
g ( x)2
4x 3
a) y
x 1
Vamos chamar: f ( x) 4 x 3 e g ( x) x 1
Substituindo na regra:
( x 1).4 (4 x 3).1
y'
( x 1) 2
Resolvendo as operações:
( x 1).4 (4 x 3).1
y'
( x 1) 2
4x 4 4x 3
y'
( x 1) 2
7
y'
( x 1) 2
ou
7
y'
( x 1) 2
x3 2 x 1
b) y
x2 2
Vamos chamar: f ( x) x3 2 x 1 e g ( x) x 2 2
Substituindo na regra:
( x 2 2).(3x 2 2) ( x 3 2 x 1).2 x
y'
( x 2 2) 2
Resolvendo as operações:
( x 2 2).(3 x 2 2) ( x 3 2 x 1).2 x
y'
( x 2 2) 2
3x 4 2 x 2 6 x 2 4 2 x 4 4 x 2 2 x
y'
( x 2 2) 2
x 4 8x 2 2 x 4
y'
( x 2 2) 2
101
Utilizando a regra função exponencial:
d x
(a ) a x . ln a
dx
a) f ( x) 5 x b) f ( x) 2 x
d 1
(log a x ) log a e
dx x
a) f ( x) log 3 x b) f ( x) log15 x
1 1
f ' ( x) log 3 e f ' ( x) log15 e
x x
3
a) f ( x) 4 x 3 5 x 2 4
cos( x) tg ( x) cos sec( x) 3.6 x ln x
x
2 1
f ' ( x) 12 x 2 x 3 5 12 x 5 sen( x) sec2 ( x) cos sec( x). cot g ( x) 3.6 x. ln(6)
5 x
2 12 1
f ' ( x) 12 x 2 5
sen( x) sec 2 ( x) cos sec( x). cot g ( x) 3.6 x. ln(6)
5
5. x 3 x x
102
f ( x) sen( x)
f (0) sen(0) Logo, a reta tangencia o gráfico no ponto P(0, 0)
f (0) 0
mtg f ' ( x 0)
mtg f ' ( x 0)
mtg cos(0)
mtg 1
y 0 1( x 0)
y x (equação da reta tangente)
f ( x) 3 x f ( x) x1 3
1 1
f ' ( x ) x 2 3 f ' ( x) 3
3 3 x2
1
mtg 3
3 82
1
mtg
12
y f (a ) mtg ( x a )
1
y2 ( x 8)
12
x 8 8 8 24 16
y 2 Resolvendo : 2 , fica:
12 12 12 12 12
x 16
y
12 12
x 4
y
12 3
103
4. Calcule a taxa de variação instantânea da função f ( x) 3x 2 5x 4 no ponto onde x
= 2.
Resolução:
f ' ( x) 6 x 5
Taxa de variação : f ' (2) 6.2 5 7
Isto significa que no ponto onde x 2 a função f(x) está variando 7 unidades para cada variação
de 1 unidade para x.
Resolução:
a) s(t ) 4t 3 12t 2 10
A equação da velocidade é dada pela derivada da posição (taxa de variação da
posição em função do tempo). Logo:
c) Velocidade nula:
104
v(t) 0
12.t 2 24.t 0
t.( 12t 24 ) 0
t 0s
12t 24 0
12t 24
24
t
12
t 2s
Resolução:
A taxa de variação é dada pela derivada da função. Logo
f (t ) 400et
f ' (t ) 400et
a) f ( x) 2 x3 4 x 2 5x 1
1
b) f ( x) 3 x 4
x
c) f ( x) 3cos( x) cot g ( x) cos sec( x)
d) f ( x) 2e x 4 x 4 ln( x)
e) f ( x) 12 x5 3x 4 2 x3 6 x 2 8x 20
f) f ( x) (4 x5 6 x 2 ).(7 x 2 2 x 3)
sen( x)
g) f ( x)
x
105
1
5. O volume de um cone circular reto é V r 2 h , onde r é o raio da base e h é a altura.
3
a) Encontre a taxa de variação do volume em relação à altura se o raio for mantido
constante.
b) Encontre a taxa de variação do volume em relação ao raio se a altura for mantida
constante.
6. Se uma bola for empurrada ladeira abaixo, sobre um plano inclinado, a uma
velocidade inicial de 5 m/s, a distância que ela terá rolado, após t segundos , será dada
por s 5t 3t 2 .
a) Determine a sua velocidade após 2 s.
b) Quão longe ela estará do ponto de partida quando sua velocidade atingir 35 m/s?
7. Se uma bola for atirada verticalmente para cima com uma velocidade de 24,5 m/s,
então sua altura depois de t segundos é s 24,5t 4,9t 2 .
a) Qual a altura máxima atingida pela bola?
b) Qual a velocidade da bola quando estiver 29,4 m acima do solo na subida? E na
descida?
2. a) y 8x 11
b) y 12 x 18
c) y 4x 8
d) y 8x 5
e) y 5x 3
1
f) y x 3
4
3. f ' (2) 14
4. f ' (7) 14
1 2
5. a) V ' (h) .r 2 b) V ' (r ) .r.h
3 3
6. a) v(2) 17 m / s b) s(5) 100 m
7. a) s(2,5) 30,625 m b) v(2) 4,9 m / s (para cima) e v(3) 4,9 m / s (para
baixo).
106
Capítulo 7: REGRA DA CADEIA
Introdução
A função y ( x 4 5)3 é uma função composta entre as funções f (x) e g (x) , que é
escrita na forma y f o g , ou y f ( g ( x)) .
onde u x 4 5 g ( x) . Desta maneira, poderemos analisar melhor uma das mais importantes
regras de diferenciação, que é a famosa regra da cadeia.
7.1 - Definição
dy dy du
onde:
dx du dx
9
Mestre, Professor da Universidade Luterana do Brasil
107
dy
indica a derivada da função, em relação à variável x.
dx
dy
indica a derivada da função y em relação á variável u.
du
du
indica a derivada da função u em relação á variável x.
dx
a) y ( x 4 5)3
Fazendo u g ( x) x 4 5 e y f (u) u 3 , temos:
u' g ' ( x) 4 x3 e f ' ( g ( x)) f ' (u) 3u 2 vamos substituir na regra da cadeia:
Fazendo a substituição:
y' 3.( x 4 5) 2 .4 x3
Realizando os produtos:
y' 12 x3 .( x 4 5) 2
y' 12 x3 .( x8 10 x 4 25)
y' 12 x11 120 x 7 300 x3 que é a derivada da função dada.
b) y (2 x 3) 7
Fazendo:
y f (u ) u 7
y ' f ' (u ) 7.u 6
u 2x 3
u' 2
Fazendo a substituição:
108
y' 14.(2 x 3)6 que é a derivada da função dada.
c) f ( x) x 2 1
Escrevendo a função na forma de potência:
1
f ( x) ( x 2 1) 2
Fazendo:
1
y f (u ) u 2
1 1 1
f ' (u ) u 2
2 2 u
u x 12
u' 2 x
Fazendo a substituição:
1
y' .2 x Simplificando:
2 x2 1
x
y' que é a derivada da função dada.
x 1
2
d) f ( x) sen( x 2 )
Fazendo:
y f (u ) sen(u )
y ' f ' (u ) cos(u )
u x2
u' 2 x
Fazendo a substituição:
109
e) y e 2 x 3
Fazendo:
y f (u ) e u
y ' f ' (u ) e u
u 2x 3
u' 2
Fazendo a substituição:
y' e 2 x3 .2
ou y ' 2.e 2 x3 que é a derivada da função dada.
f) y ( x 3 1)100
Fazendo:
y f (u ) u100
y ' f ' (u ) 100.u 99
u x3 1
u ' 3x 2
Fazendo a substituição:
Observe que na resolução dos exemplos sempre procuramos a função argumento g(x)
que chamamos de u. Com isto obtemos a função dada como uma função de uma nova variável
u.
Com isto a função fica simples e então aplicamos as regras estudadas no capítulo 6.
110
7.3 - TABELA – Derivadas e Identidades Trigonométricas
u u'v v 'u
3. y y' .
v v2
4. y a u y ' a u (ln a ) u ', a 0, a 1 .
5. y eu y ' eu u ' .
u'
6. y loga u y' loga e .
u
1
7. y ln u y' u'.
u
8. y u v y ' v u v 1 u ' u v (ln u) v ' .
u'
15. y arc sen u y ' .
1 u2
u '
16. y arc cos u y ' .
1 u2
u'
17. y arc tg u y' .
1 u2
u '
18. y arc cot g u .
1 u2
u'
19. y arc sec u, u 1 y ' , u 1.
u u2 1
u '
20. y arc cosec u, u 1 y ' , u 1.
u u2 1
111
7.4 - Exercícios propostos
5
a) f ( x) 50 50 cos x 20
3
ln( 2 x)
b) f ( x)
x 1
c) f ( x) x .tag (2 x 1)
d) f ( x) sen 5 (4 x)
e3x
e) f ( x)
3x
f) f ( x) 3 x 4 4 x 3 2 x 2 5 x 2
g) f ( x) x 2 3 cos x
1
h) f ( x) x 3 x 2
x
i) y xsenx
ex
j) y
x2 1
k) f ( x) x ( x 1)
x2 2 x
l) f ( x)
x
m) f ( x) ln(1 4 x 2 )
n) f ( x) ln(ln x)
o) f ( x) x. ln( x)
e2 x
p) f ( x)
x2
f ( x) e3 x ln(2 x 1)
2
q)
r) f ( x) x5 .e3. ln x
1
s) f ( x) .e3 x
3
6 x
f ( x) 23 x
2
t)
u) f ( x) e x
v) f ( x) x.e x
w) f ( x) e 2 x . ln(3x)
x) f ( x) 2tg (2 x 1) 4 sec( x 2 ) 5sen3 ( x 3 )
sen(3x 2)
y) f ( x)
x
2. Derive as funções:
a) f ( x) ln( x 2 10)
b) f ( x) sen(ln x)
c) f ( x) ln( sen 2 x)
112
d) f ( x) log 2 (1 3x)
e) f ( x) log 5 ( xe x )
f) f ( x) 5 ln x
g) f ( x) ln 5 x
ln x
h) f ( x)
x 1
x 1
i) f ( x)
x 1
j) f ( x) cos sen(tgx)
k) f ( x) sen(sen(senx))
l) f ( x) e 3 x 2 x
m) f ( x) e
4
sec(3 x )
250 5 x 1 x ln( 2 x)
1. a) f ' ( x) .sen ( x 20) b) f ' ( x)
3 3 x.( x 1) 2
tag (2 x 1)
c) f ' ( x) 2 x . sec2 (2 x 1) d) f ' ( x) 10. sen3 (4 x) . cos(4 x)
2 x
e3 x .(3x 1)
e) f ' ( x) f) f ' ( x) 12 x3 12 x 2 4 x 5
3x 2
1 1
g) f ' ( x) 2 x 3sen( x) h) f ' ( x) 6x
2 x x2
e .( x 2 2 x 1)
x
i) y' x. cos( x) sen( x) j) y '
( x 2 1) 2
3 x 1 1
k) f ' ( x) l) f ' ( x) 1
2 2 x x x
113
8x 1
m) f ' ( x) n) f ' ( x)
1 4x2 x. ln( x)
2e 2 x ( x 1)
0) f ' ( x) 1 ln( x) p) f ' ( x)
x3
2
q) f ' ( x) 6 x.e 3 x
2
r) f ' ( x) 2 x 4 .e2 ln(x )
2x 1
1
s) f ' ( x) .e3 x t) f ' ( x) 23 x 3 x. ln(2).(6 x 6)
2
3
e x
u) f ' ( x) v) f ' ( x) e x .( x 1)
2 x
e2 x
w) f ' ( x) 2.e 2 x . ln(3x)
x
x) f ' ( x) 4 sec2 (2 x 1) 8x sec( x 2 ).tg ( x 2 ) 45x 2 .sen2 ( x3 ). cos( x3 )
3x. cos(3x 2) sen(3x 2)
y ) f ' ( x)
x2
2x cos(ln( x))
2. a) f ' ( x) b) f ' ( x) c) f ' ( x) 2. cot g ( x)
x 10
2
x
3 x 1 1
d) f ' ( x) e) f ' ( x) f) f ' ( x)
(1 3x). ln( 2) x. ln(5) 5 x. (ln( x)) 4
5
1 1 ln( x) 1
g) f ' ( x) h) f ' ( x) i) f ' ( x)
5x x( x 1) ( x 1) 2 ( x 1).( x 1)3
j) f ' ( x)
.sen sen(tg ( .x) . cos(tg ( .x)). sec 2 ( .x)
2. sen(tg ( .x)
k) f ' ( x) cos(sen(sen( x))). cos(sen( x)). cos( x)
m) f ' ( x) 12 x3 .esec(3 x ) . sec(3x 4 ).tg (3x 4 )
4
l) f ' ( x) 3e x 2 x. ln(2)
4x
3. a) y' 6 x( x 2 1) 2 b) y' (9 12 x).(3x 2 x 2 ) 2 c) y '
3 x2 2
3
x 2 12 18 x 3 18 x 2 50 x 18
d) f ' ( x) e) f ' ( x)
(3x 2 12).3 x 2 4 ( x 2 3)3
5e x 1
f) f ' ( x) g) f ' ( x) x 2 .e x h) f ' ( x)
2 x 2x 2
1 4x 3x 2
i) f ' ( x) 2 3
x x 1 2x 1
5. cos(5 x)
j) f ' ( x) 8. sec 2 (8 x) 18. cos(9 x).sen(9 x) 6. cos sec(6 x). cot g (6 x)
2. sen(5 x)
114
Capítulo 8: PONTOS DE MÁXIMO E DE MÍNIMO
Introdução
Neste capítulo estudaremos os pontos onde uma função atinge seu maior e seu menor
valor bem como os pontos onde a mesma muda sua concavidade. Esses pontos são chamados
de pontos críticos e pontos extremos.
y
(-1,37) (4,30)
(1, 5)
x
(0, 0)
(3,-27)
10
Especialista em Matemática Aplicada e Mestre em Engenharia Elétrica.
115
todo x em um intervalo aberto contendo c . Analogamente f tem um mínimo local em c se
f (c) f ( x) quando x estiver nas proximidades de c .
a, b então f assume um valor máximo absoluto f (c) e um valor mínimo absoluto f (d ) em
a) f ( x) 3x 2 6 x 7
Solução:
f ' ( x) 6 x 6
Fazendo f ' ( x) 0 para encontr as raizes de f ' ( x), temos :
6
6x 6 0 x x 1
6
x3 x2
b) f ( x) 2x 2
3 2
Solução:
116
f ' ( x) x 2 x 2
Lembrando que a derivada primeira nos dá a taxa de variação, o que podemos dizer
sobre a função sabendo que sua taxa de variação em determinado ponto é positiva?
Solução:
f’(- 3) =(-3)2 + (- 3) – 2 = 4 > 0 (tem sinal positivo) então a função é crescente nesse
intervalo.
f’(0) = 02+ 0 – 2 = - 2 < 0, (tem sinal negativo), então a função é decrescente nesse
intervalo.
f’(2) = 22+ 2 – 2 = 4 > 0, (tem sinal positivo), então a função é crescente nesse
intervalo.
Solução:
Derivando f(x) = x3 temos:
f’(x) = 3x2
117
Fazendo f’(x) = 0 temos:
0
3x 2 0 x 2 x2 0 x 0
3
A função tem um único ponto crítico, x = 0.
c) Se f ' não mudar de sinal em c então f não tem um máximo ou mínimo locais
em c .
Solução:
2x 0 x 0
118
O ponto crítico x = 0 determina dois intervalos, (- ∞; 0) e (0, ∞).
Solução:
x 0
4x3 - 4x = 0 4x(x - 1) = 0 (são os valores críticos)
x 1
f (0) 0 4 2 0 2 0
f (1) 14 2 12 1
f (2) (2) 4 2 (2) 2 8
f (3) 3 4 2 3 2 63
119
DEFINIÇÃO: Um ponto I sobre a curva f(x) é chamado de ponto de inflexão se f é
contínua no ponto e a curva mudar de côncava para cima para côncava para baixo ou vice-
versa em I .
Solução:
4x3- 12x2 = 0
4x2(x – 3) = 0
4x = 0 x–3=0
No intervalo (0; 3) tomemos x = 1, então, f’’(1) = 12×12 - 24×1 = -12 < 0 (sinal
negativo), então o gráfico é côncavo para baixo neste intervalo.
120
Para encontrar o ponto de inflexão fazemos f”(x) = 0, ou seja:
12x2- 24x = 0
12x.(x – 2) = 0
12x = 0 x–2=0
GRÁFICO
y
x
x3
a) f ( x) 4x 2
3
Solução:
f’(x) = x2 – 4
f”(x) = 2x.
Para x1 = - 2, f’(-2) = 2×(- 2) = - 4 < 0 logo, a função tem um máximo local em x1= -
2.
2x = 0 x = 0
f”(-1) = 2×(- 1) = -2 < 0, então a função tem concavidade voltada para baixo neste
intervalo.
f”(-1) = 2×1 = 2 > 0, então a função tem concavidade voltada para cima neste
intervalo.
122
y
x
b) f ( x) 3x 4 4 x 3 6
Solução:
12x3 – 12x2 = 0
12x2(x – 1) = 0
12x = 0 x -1 = 0
Então,
12x = 0 3x – 2 = 0
2
x0 x ( são os pontos de inflexão). Para determinar a
3
concavidade precisamos verificar o sinal da derivada segunda f”(x) = 36x2 – 24x, nos
2 2
intervalos limitados pelos pontos de inflexão, (; 0), 0; ; ; .
3 3
123
No intervalo (- ∞; 0) tomemos x = -1 f”(-1) = 36×(-1)2 - 24×(- 1) = 60 > 0, então a
função é côncava para cima nesse intervalo.
2
No intervalo 0 ; tomemos x = 0,5 f”(0,5) = 36×(0,5)2 - 24×(0,5) = - 3 < 0, então
3
a função é côncava para baixo nesse intervalo.
2
No intervalo ; tomemos x = 1 f”(1) = 36×12 - 24×1 = 12 > 0, então a função é
3
côncava para cima nesse intervalo.
Observe o gráfico.
y
x
124
3. Examine as curvas abaixo em relação à concavidade, pontos de inflexão, mínimo e
máximo local e intervalo crescente e decrescente. Use as informações para esboçar a
curva.
a ) f ( x) x 2 x 6
b) f ( x ) x 3 3 x 2 4
3
c) f ( x) x 4 3x 3 5
4
1. ..
a) x = 2 e x = 7
1
b) x e x4
4
c) x = 0 e x = 2
d) Não existe
2. ..
a) Máx. abs. f(2) = 5
Mim. Abs. f(0) = 0
y
x
b) Max. Abs. f( )= 2
3
Min. Abs. f f 1
2 2
y
x
125
c) Max. Abs. f(2)= 18
Min. Abs. f(-2) = 2
y
x
3. ..
1
a) P. de mínimo.x = .
2
Não possui ponto de máximo.
Não possui ponto deinflexão.
1
; a função e decrescente,
2
1
; a função e crescente
2
O gráfico da função tem concavidade voltada para cima em todo domínio.
y
x
126
101
c) Máx. local. f(3) =
4
Min. local f(3) = não existe
Inflex. f(0) = 0
f(2) = 2
(- ∞; 3) Crescente.
(3; ∞) Decrescente.
(-∞; 0) Concavidade para baixo.
(0 ; 2) Concavidade para cima.
(2 ; ∞) Concavidade para cima
y
x
127
Capítulo 9: APLICAÇÕES DE DERIVADAS: PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO
Introdução
11
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática
128
função com a variável isolada no 3º passo para descobrir o valor desta variável. Verificar os
pontos extremos com os testes da derivada primeira ou segunda, sempre que necessário;
1. Um Engenheiro Agrônomo tem 400 metros de tela de cerca e quer cercar um campo
retangular que está na margem de um riacho, sendo que ele não precisa colocar tela ao
longo do riacho. Determine as dimensões do campo que tem maior área (1º Passo) e
qual é a maior área a ser cercada com tela.
2º Passo: croqui.
4º Passo: Área ( A) x. y
3º Passo: 2x + y = 400
y = 400 – 2x
5º Passo: Área( A) x.(400 2 x)
A 400 x 2 x 2
2. Um Engenheiro necessita construir uma caixa sem tampa de base quadrada com uma
folha de metal de 120 cm de lado, cortando-se quadrados iguais em cada canto desta
folha e dobrando-a convenientemente e soldando convenientemente os lados.
Determine:
a) as dimensões da caixa de forma que o volume a ser armazenado seja o maior possível;
b) o maior volume possível de ser armazenado nesta caixa.
x (cm) V(cm3)
0 0
10 100000
20 128000
30 108000
40 64000
50 20000
60 0
3. Tem-se 1200 cm2 de material disponíveis e necessita-se projetar uma caixa com base
quadrada e sem tampa, de modo que o volume a ser armazenado nesta caixa seja
otimizado. Determine:
a) As dimensões da caixa;
b) o maior volume possível da caixa.
Gráfico da função:
131
x3 x2
V 300 x 0 x.(300 ) 0
4 4
x' 0
x2 x2
300 0 300 x 1200 x' ' 34,64
4 4
Logo, o domínio da função é [0;34,64] e a imagem é [0;4000].
x (cm) V(cm3)
0 0
5 1.469
10 2.750
15 3,656
20 4.000
25 3.594
30 2250
34,64 0
12
4. Um Engenheiro pretende projetar uma calha para escoamento de um determinado
líquido, com uma folha retangular de 30 cm de largura e 5 m de comprimento,
devendo dobrar as bordas perpendicularmente à folha, conforme mostra o croqui
abaixo. Quantos centímetros ele deve dobrar de cada lado da folha de modo que a
calha tenha capacidade máxima de escoamento do líquido?
Se x é a largura da calha a ser dobrada para fazer os lados da calha, a base da calha é
30 – 2x. A capacidade máxima da calha será quando o retângulo de lados x e 30 - 2x estiver
ocupado com líquido.
12
Fonte: SWOKOWKI – Cálculo com Geometria Analítica, Ed. Makron Books, 2ª. Ed.
132
Logo: A x(30 2 x) 30 x 2 x 2 .
A' 0 30 4 x 0
30 4 x x 7,5cm
R: 7,5 cm.
Gráfico da função: A 30 x 2 x 2
A 0 30 x 2 x 2 0 x.(30 2 x) 0
x' 0
30
30 2 x 0 30 2 x x x' ' 15
2
Logo, conforme já citado, o domínio da função é [0;15] e a imagem é [0;112,50].
x (cm) A (cm2)
0 0
5 100
7,5 112,50
10 100
15 0
5. Uma indústria de doces em calda deseja criar uma lata de alumínio, de formato
cilíndrico, de tal forma que a mesma contenha 500 ml do produto e que o material
usado para esta embalagem seja o menor possível, tendo em vista o alto custo da
produção desta embalagem.
133
Volume = 500 ml = 500cm³
500
Volume = área da base x altura V .r 2 .h 500 h
.r 2
Material = fundo + tampa + lateral M .r 2 .r 2 2 .r.h
M 2. .r 2 2 .r.h
500
M 2. .r 2 2 .r. 2
.r
1000
M 2. .r 2
r
1000
Como o material deve ser otimizado: M ' 0 4. .r 0
r2
1000
4. .r
r2
1000
r3
4.
1000
r3 4,30cm
4.
500 500
h 8,60cm
.r 2
.(4,30) 2
Resposta: a altura da lata de conserva é igual ao seu diâmetro, para que o material seja
otimizado e que o seu volume seja de 500 ml.
1000
Gráfico da função: M 2. .r 2
r
O domínio da função é (0;∞) e a imagem é [348,73;+∞)
134
6. Uma Engenheira Agrônoma deseja fechar um jardim retangular, sendo que um lado
com um muro de tijolos que custa R$ 30,00 reais por metro e os outros três lados com
uma cerca que custa R$ 10,00 por metro. Se a área do jardim deve medir 1.000 m²,
encontre as dimensões do jardim que minimizam o custo.
R.:
Gráfico da função:
135
0
10 2400
15 1933
20 1800
22,36 1789
25 1800
30 1867
35 1971
40 2100
7. Uma área retangular com 288 m² deve ser cercada. Em dois lados opostos será usada
uma cerca que custa R$ 10,00 por metro e nos lados restantes um tipo de cerca que
custa 20,00 por metro. Encontre as dimensões do retângulo com o menor custo
possível, assim como este custo.
=0
Gráfico da função:
136
13
8. Um Engenheiro acompanha o adicionamento de um líquido para um tanque de
grande capacidade de armazenamento. Após t minutos, o total de líquido no recipiente
3
é modelado pela função: L(t ) (10.t t ) litros. Com que taxa, em litros por
5
minuto, o líquido flui para o recipiente em t 16 minutos?
Dado:
13
Fonte: STEWART, James – Cálculo, Ed. Thomson, 6ª. Ed.
137
9 - Um Matemático deseja encontrar as dimensões e a área de um retângulo com perímetro
de 1000 metros, cuja área é a maior possível.
1000 2 x
y 500 2 x
2
500
y 500 x x 250m
2
Resposta: a Dimensões 250 x 250 m e área 62.500 m2. Observe que o retângulo de maior
área e um quadrado.
A x.(500 x) 0
x' 0
500 x 0 x' ' 500
O domínio da função é de [0;500] e a imagem é de [0;62500].
0 0
100 40.000
200 60.000
250 62.500
300 60.000
400 40.000
500 0
138
10. Um Matemático deseja descobrir quais são os dois números positivos cuja soma de
duas vezes o primeiro número com o segundo número é igual a 720, de forma que
o produto dos dois números seja máximo.
Solução: Dado: 2x + y = 720, logo: y 720 2 x
Produto = x.y, logo o produto será P x.(720 2 x) 720 x 2 x 2
Para que o produto seja máximo:
720
P' ( x) 0 720 4 x 0 720 4 x x 180
4
Com isto, y 720 2.180 360
R: os dois números são 180 e 360.
0 0
90 48.600
135 60.750
180 64.800
225 60.750
270 48.600
360 0
139
Para resolver os problemas a seguir, vamos estudar este resumo de termos:
x = número de unidades produzidas (ou vendidas)
p = preço unitário
R = receita total proveniente da venda de x unidades: R x. p
C = custo total da produção de x unidades
_
_ C
C custo médio por unidade: C
x
L = lucro total proveniente da venda de x unidades: L R C
R’ = Receita Marginal = derivada da receita
C’ = Custo Marginal = derivada do custo
L’ = Lucro Marginal = derivada do Lucro
Logo, para otimizar o lucro, a derivado do lucro que é o lucro marginal deve ser igual a zero:
L' 0 R'C' 0 R' C '
Portanto, o lucro é máximo ocorre quando a Receita Marginal R’ é igual ao Custo Marginal C’.
11. Suponhamos que o custo de produção de uma empresa é dado pela função
C ( x) x 2 400 x 700 , onde x é a quantidade produzida. Qual a quantidade
que maximiza o custo?
Para maximizar o custo, devemos fazer C ' ( x) 0 .
400
Logo, C ( x) 2 x 400 0 2 x 400 x 200
2
Portanto, a quantidade a ser produzida que maximiza o custo é de 200 unidades.
Portanto: a Receita é R x.200 200 x e a receita marginal R' 200 é de o custo marginal
é de C ' ( x) 80 0,006 x .
Para maximizar o lucro, a receita marginal deve ser igual ao custo marginal, isto é:
L' 0 R'C' 0 R' C '
200 80
x 20.000unidades.
0,006
100 700
b) o custo médio será: C (100) 80 80 14,29 7 164,29 .
7 100
142
14. Considere a população de uma cultura de bactérias. O número de bactérias P pode
4t
P 5001
ser modelado por 50 t 2
em que t é o tempo em horas. Determine a
taxa de variação da população em t = 2.
Solução:
R.:
é
15. Um ponto material é lançado do solo, verticalmente para cima e tem posições no
decorrer do tempo t dadas pela função horária: h(t ) 120t 10t 2 , com s em
metros e t em segundos. Calcule:
a) o tempo gasto para atingir a altura máxima;
b) a altura máxima atingida pelo ponto material em relação ao solo.
120
Solução: a) o tempo gasto é dado por: h' (t ) 0 120 20t 0 t 6s
20
b) altura máxima é dada por: h(6) 120.6 10.6 2 360m
t (s) h (m)
0 0
1 110
2 200
3 270
6 360
9 270
10 200
11 110
12 0
144
9.3 – Exercícios propostos
14
1. Uma caixa deve ser feita com folha de papelão medindo 16 por 30 cm,
destacando-se quadrados iguais dos quatro cantos e dobrando-se os lados,
conforme figura abaixo. Defina:
a) Qual é o tamanho dos quadrados para se obter uma caixa com o maior volume?
b) Qual o maior volume desta caixa a ser armazenado?
14
Fonte: ANTON, Howard – Cálculo um novo horizonte, Ed. Bookman, 6ª. Ed.
145
4. Um Matemático foi consultado por um fazendeiro que dispõe de 750 metros de
cerca para cercar uma área retangular e concomitantemente pretende dividi-la em
quatro partes com cercas paralelas a um lado do retângulo, querendo saber:
a) qual as dimensões do retângulo de maior área total das quatro partes;
b) qual é a maior área total possível das quatro partes.
6. Quais são dois números positivos cuja soma do triplo de um mais o quíntuplo do
outro número é 135, de tal forma que o produto desses dois números seja máximo?
10. 15A eficácia E de um medicamento t horas após ser ingerido e entrar na corrente
sanguínea é modelada por E 22,5t 7.5t 2 2,5t 3 , com 0 t 4,5 . Determine a
eficácia máxima que o medicamento analgésico atinge no intervalo [0, 4,5].
11. Um ponto material é lançado do solo, verticalmente para cima, e tem posições no
decorrer do tempo t dados pela função horária: s(t ) 56t 7t 2 , sendo s em metros
e t em segundos. Calcule o tempo gasto para atingir a altura máxima e a altura
máxima atingida pelo ponto móvel em relação ao solo.
12. Uma partícula move-se segundo a lei do movimento s(t ) t 3 12t 2 136t , em
que t é medido em segundos e s em metros. Encontre:
a) Encontre a distância percorrida durante os primeiros 8 s:
b) Encontre a velocidade no instante t;
c) Qual a velocidade depois de 8 s;
d) Qual a aceleração no instante t;
e) Qual a aceleração depois de 8 s.
15
Fonte: LARSON, Ron - Cálculo Aplicado – Ed. CENGAGE.
146
13. Uma partícula move-se segundo a lei do movimento s(t ) 2t 3 10t 2 36t 2 ,
em que t é medido em segundos e s em metros. Encontre:
a) Encontre a distância percorrida durante os primeiros 6 s:
b) Encontre a velocidade no instante t;
c) Qual a velocidade depois de 3 s;
d) Qual a aceleração no instante t;
e) Qual a aceleração depois de 3s.
14. Um ponto móvel se desloca descrevendo uma curva segundo a função horária
s(t ) 1 5t t 2 (t em segundos e s em metros). Determine a velocidade e a
aceleração do ponto no instante t=10s.
15. Um objeto preso a uma mola oscila de tal maneira que a equação de seu
5
movimento é dada por s(t ) 20 36. cos( t ) . Determine a equação da
12
velocidade e da aceleração em qualquer tempo.
147
Capítulo 10: FORMAS INDETERMINADAS E REGRA DE L’HÔPITAL
Janor Araujo Bastos16
x2 x x2 1
Já aprendemos resolver lim x e também do tipo lim 2 .
x 1 x 1 x 2 x 1
0
No primeiro caso temos uma forma indeterminada e no segundo caso temos a forma
0
indeterminada .
senx ln x
Observe agora os limites lim e lim que também são formas são formas
x 0 x x x
0
indeterminadas e , mas não permitem fatoração. Para esses casos emprega-se a Regra de
0
L’Hôpital, que também pode se ser empregada nos casos que conhecíamos.
REGRA DE L’HÔPITAL
0
temos formas indeterminadas do tipo e ). Então
0
f ( x) f ' ( x)
lim lim
x a g ( x) x a g ' ( x)
Agora podemos resolver os limites abaixo aplicando a regra de L’Hôpital que consiste
em derivar o numerador e o denominador da função. É importante verificar se o limite leva a
0
alguma indeterminação do tipo ou .
0
16
Especialista em Matemática Aplicada e Mestre em Engenharia Elétrica.
148
0
10.1 – Formas indeterminadas do tipo e
0
Exemplos:
Calcule:
senx
a) lim
x 0 x
Solução:
senx cos x
lim lim cos 0 1
x 0 x x 0 1
ln x
b) lim
x x
Solução:
1
ln x 1
lim lim x lim 0
x x x 1 x x
Quando temos um limite do tipo lim f ( x).g ( x) que resulta num dos casos acima,
xa
f ( x) g ( x)
f ( x).g ( x) ou f ( x).g ( x)
1 1
g ( x) f ( x)
Exemplo:
Calcule lim x. ln x
x 0
Solução:
1
ln 2 x 1 x2
lim x. ln 2 x lim lim x lim lim ( x) 0
x 0 1
x 0 x o 1 x 0
x 1 x 0
2
x x
149
10.3 – Formas indeterminadas do tipo .
Exemplo:
1 1
Determine lim 2 .
x 0
x sen x
Solução:
1 1 1 1 sen x x 2 cos x 2 x
lim 2 lim 2 lim 2 lim
x 0 2 xsen x x 2 cos x
x 0
x sen x x0 x sen x x0 x sen x
1 1 sen x 2 2
lim 2 lim
x 0
x sen x x0 2sen x 2 x cos x 2 x cos x x sen x
2
0
citadas.
Problemas desse tipo podem ser resolvidos, introduzido uma variável auxiliar w,
fazendo w f ( x)g ( x ) e aplicando o logaritmo.
Exemplo:
Solução:
w lim (3x 2 2 x) x
x 0
ln( 2 x 2 2 x)
ln w lim [ x. ln(3x 2 2 x)] lim
x 0 x 0 1
x
150
Temos mais uma indeterminação do tipo . Aplicando a regra de L’Hôpital, temos:
6x 2
6x3 2x 2
ln w lim 2 x 2 x = lim
2
.
x 0 1 x 0
2x 2x
2
x2
18 x 2 4 x 0
ln w lim 0
x 0
4 x 2 2
x7 1
1. lim
x 1 x 2 1
cos x 1
2. lim
x sen x
3. lim x.sen
x
x
x
2 1
4. lim 2
x x x
1
5. lim (2 x 1) x
x
5 1
6. lim 2
x x 6 x 2
x 2
x. ln x
7. lim
x x ln x
1
8. lim (2 x) x
x 0
10. lim ( x 3 .e x )
x
7 1 1
1. 2. 0 3. 4. 1 5. 1 6. 7. 8.
2 5 e
151
Bibliografia
REFERÊNCIAS BÁSICAS
STEWART, James. Cálculo. Vol. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
ANTON, Howard. Cálculo, um novo horizonte. Vol. 1. Porto Alegre: Bookman, 2007.
ÁVILA, Geraldo. Cálculo - Funções de uma variável. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora LTC – Livros Técnicos e
Científicos, 2002.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
FLEMMING, Diva, GONÇALVES, Mirian. Cálculo A . São Paulo: Prentice Hall. 2006. Graw-Hill. 2007
LEITOHLD, Louis. Cálculo com geometria analítica. Vol. 1. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 1996.
MUNEM, Mustafá, FOULIS, David. Cálculo. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 1992.
HOFFMANN, L. D. Um curso moderno de cálculo e suas aplicações. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. v.1.
www.impa.br
www.sbem.com.br
www.somatematica.com.br
152