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Belém/PA
2018
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 2
1.1 Definição de Funções Côncavas ................................................................................................ 2
1.1.1 Formas de identificar a concavidade em uma função algébrica .......................................... 4
1.1.2 Testes analíticos para concavidade ................................................................................................... 5
1.2 TEOREMA – FUNÇÕES CÔNCAVAS ................................................................................. 8
1.3 PROPRIEDADES DE FUNÇÕES CÔNCAVAS ................................................................ 9
1.4 FUNÇÕES QUASE CÔNCAVAS ......................................................................................... 11
1.4.1 Diferença entre côncavas e quase-côncavas ............................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO
Esta definição e a sua expressão matemática podem ser explicitadas pelo gráfico
1 apresentado a seguir:
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MATEMÁTICA PARA ECONOMISTAS, BLUME, L. E SIMON, C. P. CAP 21, p. 513.
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A partir do gráfico, nota-se que ao traçar um segmento de reta secante2 que une
os pontos (f(x),x) e (f(y),y), qualquer ponto sobre o segmento de reta (vide a expressão
tf(x)+(1-t)f(y) verificada no eixo do lado esquerdo) estará situado abaixo de um ponto
situado na curva (vide expressão também situada no eixo do lado esquerdo: f (tx + (1 –
t)y)).
Isto significa que a função côncava é uma função que cresce a taxas decrescentes,
podendo inclusive apenas decrescer. Um bom exemplo seria a função de produção de uma
empresa.
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Segmento de reta que intercepta dois pontos em uma curva ou circunferência.
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Y -16 -9 -4 -1 0 -1 -4 -9 -16
Fonte: elaborado pelos autores (2018).
Entretanto, nem sempre será fácil testar pontos para então assegurar que uma
função qualquer é côncava, pois existem expressões bastante densas que exigem um novo
tipo de procedimento para identificação de uma função côncava. Sabendo disso, devemse
adotar critérios de cálculo para se determinar a concavidade ou não.
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Ponto apenas possível na função côncava. Função cresce até o ponto de máximo, após, apenas decresce.
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Adotando o primeiro teste analítico, sabe-se que para que a função seja
caracterizada côncava é necessário observar o comportamento da sua primeira derivada,
que no exemplo da função descrita acima, seriam:
Para afirmar que uma função é côncava, é necessário que sua matriz hessiana
seja negativa o que garante o ponto de máximo. Isto se dá pelos seguintes passos:
1) A partir da função f’(x,y) efetua-se a primeira derivada com relação a cada uma
de suas entradas (x e y no caso em questão) e iguala-se a zero – isso refere-se à
condição de primeira ordem.
2) A partir da condição de primeira ordem, encontram-se os pontos críticos, os quais
devem ser submetidos à segunda derivada para formar a matriz hessiana.
3) No caso da matriz hessiana conter alguma variável, é necessário encontrar os
valores absolutos trocando as variáveis pelos pontos críticos calculados para aí
sim calcular a matriz hessiana.
4) É importante ressaltar que para cada ponto crítico há uma hessiana a ser formada.
5) Por fim, calculam-se os menores principais, sendo que a condição para que a
matriz hessiana seja considerada negativa e, consequentemente, a função seja
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Com base nas etapas descritas, apresenta-se um exemplo considerando a sua ordem e
numeração:
= - 4x + 4y = 0 = - 8y + 4x = 0
- 8x+4x=0
-4x = 0
→x=0
Em – 4x+4y=0, substituindo x por 0, tem-se
0+4y=0
→y=0
Logo, x = y = 0.
=-4
=4
=4
= -8
−4 4
8
4 −8
Etapa 3) Não há necessidade de substituir o(s) ponto(s) crítico(s) na matriz
hessiana porque ela não apresenta variáveis.
M1 = -4 < 0
Seja uma função C1 num intervalo I de R1. Então, f é côncava em I se, e somente
se,
para quaisquer x, y ϵ I.
() ()
→ ≤ ′() para quaisquer y > ϵ I.
() ()
→ ≥ ′() para quaisquer y < ϵ I.
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1) Seus pontos críticos são máximos globais. Como vimos anteriormente, não existe
outro ponto crítico em todo domínio que seja mais elevado;
2) A soma ponderada de funções côncavas resulta em funções côncavas. É possível
verificar no gráfico 4 que a soma de duas curvas côncavas (Equações: y = -x2 e y
= -2x4) resulta em outra curva côncava.
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y 2x4 x²
Fonte: os autores.
3) Os conjuntos de nível de uma função côncava têm o formato ideal para a teoria do
consumo e da produção. Pode-se ver no gráfico 5 que as curvas de nível, situadas
na parte inferior (abaixo da curva), possuem similaridade com funções de
utilidade, onde o consumidor faz escolhas sobre a alocação da cesta de bens.
Também é possível relacionar esta similaridade com funções de produção, onde
um produtor escolhe a quantidade de insumos para produzir determinado bem.
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C+a ≡ {x ϵ U: f(x) ≥ a
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Um subconjunto X de um espaço vetorial é convexo quando todo segmento de reta de ligando dois
pontos (ou seja, a secante) de X está contido em X.
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Segundo Simon e Blume as funções quase-côncavas deixam de ter duas das três
propriedades importantes de funções côncavas:
• Ponto Máximo: um ponto crítico de uma função quase-côncava não
precisa ser um máximo, muito menos um máximo global;
• Soma das funções: a soma de funções quase-côncavas não precisa ser
necessariamente uma função quase-côncava.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS