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X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM

4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

4.1. FUNÇÃO IDENTIDADE

A função identidade é uma função de em que a cada elemento x  associa o


próprio x.

f  x   x, x 

O gráfico da função identidade é a bissetriz dos quadrantes ímpares  13  e sua imagem
é o conjunto dos números reais: Im  .

4.2. FUNÇÃO LINEAR

A função linear é uma função de em que a cada elemento x  associa o


elemento a  x  com a  0.

f  x   a  x, a  0

O gráfico da função linear é uma reta que passa pela origem e sua imagem é o conjunto
dos números reais: Im  .

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A função f  x   a  x , com a  0 e definida de  em  é uma restrição da função


linear que representa uma proporcionalidade. Sendo f  x1   a  x1  y1 e
f  x 2   a  x 2  y 2 , pode-se escrever
y1 y 2
  a.
x1 x 2
A relação acima é chamada de proporção, as grandezas x e y são ditas diretamente
proporcionais e o coeficiente a é chamado fator de proporcionalidade.
Um exemplo comum é a massa de um corpo que é proporcional ao seu volume e a
relação entre eles é o fator de proporcionalidade chamado massa específica (ou
densidade).

4.3. FUNÇÃO AFIM:

A função afim é uma função de em definida por

f  x   ax  b

onde a e b são constantes reais e a  0, ou seja, definida por um polinômio do 1° grau


em x.

A função identidade f  x   x ( a  1 e b  0 ) e a função linear f  x   ax ( b  0 ) são


casos particulares da função afim.
A função afim é uma função polinomial do 1° grau, então seu gráfico é uma reta não
paralela a nenhum dos eixos coordenados.

O domínio e a imagem da função afim é o conjunto dos números reais, então


D  Im  .

O coeficiente a é chamado coeficiente angular e representa a taxa de variação média da


y
função , que é igual à tangente do ângulo de inclinação da reta.
x
Sendo  o ângulo de inclinação da reta, tem-se
y y2  y1
tg    a (coeficiente angular)
x x 2  x1

 Se a  0, então  é agudo e a função é crescente.


 Se a  0, então  é obtuso e a função e decrescente.

Note que a 1ª derivada da função f  x   ax  b, a  0, é f '  x   a. Isso indica que o


coeficiente angular da reta tangente é constante e igual a a, o que implica que o gráfico é
uma reta. Além disso, temos f '  x   a  0 indica que a função é crescente e
f '  x   a  0 indica que a função é decrescente.

O coeficiente b é chamado coeficiente linear e é o ponto onde a reta cruza o eixo Oy,
ou seja, a reta passa no ponto  0, b  ou f  0  a  0  b  b.

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O gráfico intercepta o eixo dos x (abscissas) em um único ponto que é a raiz da equação
b
f  x   0 dada por x   .
a
b
f  x   ax  b  0  ax  b  x  
a

A seguir são mostrados os gráficos da função afim para a positivo e negativo.

OBTENÇÃO DA EXPRESSÃO DA FUNÇÃO AFIM

A expressão da função afim pode ser determinada se conhecermos dois de seus pontos
ou um ponto e sua direção (coeficiente angular).
Sejam os pontos A  x1, y1  e B  x 2 , y 2  pertencentes ao gráfico de uma função do 1°
grau f, então a expressão de y  f  x  é dada por

y  y1 y 2  y1  y y   y y  x y x y
  y   2 1    x  x1   y1  y   2 1   x  2 1 1 2
x  x1 x 2  x1  x 2  x1   x 2  x1  x 2  x1

A expressão da função também pode ser obtida supondo que a função do 1° grau seja da
forma f  x   ax  b e resolvendo-se um sistema linear para obter os valores dos
coeficientes.

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f  x1   ax1  b  y1 y y
  a  x 2  x1   y 2  y1  a  2 1
f  x 2   ax 2  b  y 2 x 2  x1
 y y  x y x y
b  y1   2 1   x1  2 1 1 2
 x 2  x1  x 2  x1

Seja o ponto A  x1, y1  pertencente a uma função do 1° grau f de coeficiente angular m,


então a expressão de y  f  x  é dada por
y  y1
 m  y  mx   y1  mx1 
x  x1

É interessante também obter a equação da reta que corta os eixos ordenados nos pontos
de coordenadas  p,0  e  0,q  (coeficiente linear e raiz, respectivamente).

yq 0q x y
  py  pq  qx  qx  py  pq    1
x 0 p0 p q

x y
A equação   1 é chamada de equação segmentária da reta.
p q

Exercício resolvido: (EsPCEx 2013) Na figura abaixo está representado o gráfico de


uma função real do 1° grau f  x  . A expressão algébrica que define a função inversa de
f x é

x 1
a) y  1 b) y  x  c) y  2x  2 d) y  2x  2 e) y  2x  2
2 2

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Resolução: c
Seja y  f  x   ax  b, então
 0,1  f  f  0   a  0  b  1  b  1
1
 2,0  f  f  2  a   2  b  0  2a  1  0  a 
2
x
Logo, a expressão de f  x  é y  f  x  
 1.
2
A equação da reta também pode ser obtida usando-se a equação segmentária da reta:
x y x
  1  y   1.
2 1 2
Invertendo a função, vem:
x
y   1  2y  x  2  x  2y  2  f 1  y   x  2y  2  f 1  x   2x  2
2

SINAIS DA FUNÇÃO AFIM

Para a  0, a função afim é crescente e, portanto, negativa antes da raiz e positiva


depois.

Para a  0, a função afim é decrescente e, portanto, positiva antes da raiz e negativa


depois.

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POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE RETAS

A análise dos coeficientes angulares das funções afins correspondentes a duas retas
permite identificar suas posições relativas e também discutir sistemas de equações do
primeiro grau com duas variáveis.
Assim, sejam a reta r dada pela equação y  ax  b e a reta s dada pela equação
y  a ' x  b '.
r : y  ax  b

s : y  a ' x  b '

 Se a  a ' e b  b ', então as retas r e s são paralelas distintas e o sistema é impossível


(não possui solução).
 Se a  a ' e b  b ', então as retas r e s são paralelas coincidentes e o sistema é
possível e indeterminado (possui infinitas soluções).
 Se a  a ', então as retas r e s são concorrentes e o sistema é possível e determinado
(possui solução única).
 Quando a  a '  1, as duas retas, além de concorrentes, são perpendiculares.

4.4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

A função polinomial do 2° grau ou quadrática (trinômio do 2° grau), real de variável


real, é uma função polinomial f :  definida por

f  x   ax 2  bx  c,

com a, b, c  e a  0.
A função f  x   2x 2  3x  5 é uma função quadrática de coeficientes a  2, b  3 e
c  5.

FORMA CANÔNICA

A forma canônica da função quadrática é uma maneira de representá-la que permite


identificar várias de suas características.

 b c  b b2 b2 c 
y  ax 2  bx  c  y  a  x 2  x    y  a  x 2  2  x  2  2  
 a a  2a 4a 4a a
 b  4ac  b2 
2
 y  a  x    
 2a  4a 2 

Seja   b2  4ac o discriminante dessa função quadrática, então sua forma canônica é
dada por
 b 
2
 
y  a  x    2  .
 2a  4a 

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ZEROS OU RAÍZES

Os zeros ou raízes da função quadrática f  x   ax 2  bx  c, com a  0, são os valores


de x reais para os quais f  x   0, sendo, portanto, as soluções reais da equação do 2°
grau ax 2  bx  c  0 e as abscissas dos pontos onde o gráfico corta o eixo Ox.

As raízes da equação ax 2  bx  c  0 são dadas por

b  
x .
2a

A análise do sinal do discriminante  permite identificar a quantidade de raízes reais do


trinômio do 2° grau.
b  
 Se   0, a função possui duas raízes reais distintas dadas por x1,2  e
2a
intercepta o eixo Ox em dois pontos distintos.
b
 Se   0, a função tem uma raiz dupla (ou duas raízes iguais) dada por x1,2  e
2a
tangencia o eixo Ox.
 Se   0, a função não possui raízes reais e não intercepta o eixo Ox.

Note que, se   0, a equação tem duas raízes complexas. Essas raízes, entretanto, não
são raízes da função quadrática, real de variável real, pois não pertencem ao seu
domínio.

RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES:

Seja a função f  x   ax 2  bx  c, com a  0. Se   0, o trinômio do 2° grau


ax 2  bx  c é um quadrado perfeito, ou seja, é o quadrado de um binômio do 1° grau
com coeficientes reais.
Sempre que os coeficientes a e c possuírem sinais contrários, a equação
ax 2  bx  c  0 possuirá duas raízes reais distintas.
Como visto acima, as raízes de uma equação do 2° grau da forma ax 2  bx  c  0,
b   b  
onde a  0, são x1  e x2  .
2a 2a

A partir dessas expressões, podemos obter relações para calcular a soma, o produto e a
diferença entre as raízes sem que seja necessário resolver a equação.

b
Soma das raízes: S  1  x1  x 2  
a
c
Produto das raízes: P  2  x1  x 2 
a

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Diferença das raízes: x 2  x1 
a

É possível também desenvolver outras expressões relacionadas às raízes da equação.

Soma dos quadrados das raízes:


S2  x12  x 22   x1  x 2   2x1x 2  12  2  2  S2  2P
2

Soma dos inversos das raízes:


1 1 x1  x 2 1 S
S1     
x1 x 2 x1  x 2 2 P

Soma dos quadrados dos inversos das raízes:


1 1 x12  x 22 12  2 2 S2  2  P
S2     
x12 x 22 x12  x 22 22 P2

Soma dos cubos das raízes:


S3  x13  x32   x1  x 2   3x1x 2  x1  x 2   13  3  2  1  S3  3  S  P
3

FÓRMULA DE NEWTON

Seja a equação do 2° grau da forma ax 2  bx  c  0, com a  0, e que possui raízes x1


e x 2 nãonulas. Seja Sn a soma da n-ésima potência das raízes, isto é, Sn  x1n  x n2 ,
então:

aSn  bSn 1  cSn 2  0.

Exemplo: Encontre a soma dos cubos das raízes da equação x 2  3x  3  0.


  3
S0  2 e S1  1  3
1
1 S2  3  S1  3  S0  0  1 S2  3  3  3  2  0  S2  15
1 S3  3  S2  3  S1  0  1 S3  3 15  3  3  0  S3  54
Logo, a soma dos cubos das raízes da equação é S3  54

FORMA FATORADA

Seja o trinômio do 2° grau y  ax 2  bx  c, com a  0 e   0, cujas raízes são x1 e


x 2 (que podem ser iguais). Colocando a em evidência, pode-se escrever:
 b c
y  a  x2  x   .
 a a

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b c
Substituindo  pela soma das raízes e pelo seu produto, temos:
a a
y  a  x 2   x1  x 2  x   x1  x 2  .
 
Efetuando a fatoração pelo produto de Stevin resulta

y  a  x  x1    x  x 2  .

Isso significa que é possível fatorar um trinômio do 2° grau conhecendo-se as suas


raízes.

Exemplo: O trinômio do 2° grau y  2x 2  2x  4 tem raízes 1 e 2 , e pode ser escrito


na forma fatorada como y  2  x  1 x  2  .
É interessante notar também que a forma fatorada apresenta o produto de dois fatores e
que o trinômio vale zero quando um dos fatores vale zero, ou seja, quando x assume o
valor das raízes.
Outro aspecto importante é que, se o trinômio não possuir raízes reais, não será possível
fatorá-lo em um produto de fatores reais do 1° grau, mas ainda assim é possível fatorá-
lo da mesma forma, mas os fatores resultantes terão coeficientes complexos.
Exemplo: y  x 2  1 tem raízes  i e pode ser fatorado na forma y   x  i  x  i  .

Duas equações ax 2  bx  c  0 e a ' x 2  b ' x  c '  0 possuem as mesmas raízes se, e


a b c
somente se,   .
a ' b' c'

OBTENÇÃO DA EQUAÇÃO DO 2º GRAU A PARTIR DA SOMA E DO


PRODUTO DE SUAS RAÍZES

A equação do 2° grau da forma ax 2  bx  c  0, onde a  0, possui raízes cuja soma é


b c
S e o produto é P  . Dividindo ambos os membros por a, resulta
a a
b c
x 2  x   0.
a a
Substituindo as expressões da soma e do produto, temos:

x 2  Sx  P  0.

Exemplo: Encontre a equação do 2° grau cuja soma das raízes é 5 e o produto é 4.


x 2  Sx  P  0  x 2   5 x  4  0  x 2  5x  4  0

Note que é possível montar a equação a partir das informações de soma e produto das
raízes, e depois resolver a equação para encontrar os dois números.

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SINAIS DAS RAÍZES DA EQUAÇÃO DO 2° GRAU:

A análise de sinal da soma e do produto das raízes da equação do 2° grau possibilita


identificar o sinal das raízes. Vamos realizar essa análise para   0, caso no qual a
equação possui duas raízes reais distintas.

• Se S  0 e P  0, então as duas raízes são positivas.


• Se S  0 e P  0, então as duas raízes são negativas.
• Se P  0, então as raízes possuem sinais contrários.

Exemplo: Determinar os valores de m na equação do 2° grau


 m  1 x 2   2m  1 x  m  0 para que as raízes reais sejam distintas e positivas.
Para que as raízes sejam reais e distintas devemos ter   0 . Para que elas sejam
positivas, devemos ter S  0 e P  0.
1
   2m  1  4  m  1 m  0  8m  1  0  m  
2
8
b (2m  1) 1
S   0    m 1
a m 1 2
c m
P   0  0  m 1
a m 1
Fazendo a interseção dos três intervalos, obtemos 0  m  1 que é a resposta do
problema.

GRÁFICO

Sinal do trinômio

 b 
2
 
 
A análise da forma canônica f x  y  a  x    2  da função quadrática
 2a  4a 
f  x   ax 2  bx  c permite realizar seu estudo de sinal.
 Se   0, a função tem sempre o mesmo sinal de a.
b
 Se   0, a função é nula em x   e tem o mesmo sinal de a nos outros valores
2a
de x.
 Se   0, a função tem o sinal de a no intervalo exterior às raízes e sinal contrário ao
de a entre as raízes.
Esse estudo de sinais serve de referência para a resolução das inequações do 2° grau.

Exemplo: Para resolver a inequação x 2  5x  24  0, basta considerar a função


f  x   x 2  5x  24. O primeiro passo é determinar as suas raízes.
5  11 5  11
  52  4 1  24   121  0  x1   8  x 2  3
2 2

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Como   0 e a  1  0, a função será positiva no intervalo exterior às raízes e nula nas


raízes. O conjunto solução da inequação será S  , 8  3,  .

Eixo de simetria

O gráfico da função quadrática f  x   ax 2  bx  c, com a  0, é simétrico em relação à


b
reta vertical y   (eixo de simetria).
2a
Isso implica que pontos, cujas abscissas equidistam do vértice, possuem o mesmo valor
de ordenada.

f  x V  k   f  x V  k  , k  (BIZU!!!)

Observe ainda que a abscissa do vértice é a média aritmética das raízes


b x x
xV    1 2 .
2a 2

Exercícios resolvido: Considere o polinômio definido por P  x   x 2  746x  981 .


Pode-se concluir que:
a) P 1  P  981 b) P  746  P 981
c) P  740  P  752 d) P 100  P 800
e) P 370  P 376
Resolução: e
  746 
Como x V   373 , a reta x  373 é eixo de simetria do gráfico de
2 1
P  x   x 2  746x  981 . Assim, pontos cujas abscissas equidistam de x  373 possuem
a mesma ordenada. Logo, P 370  P 376 .

Vértice da parábola – máximo e mínimo

Seja a função quadrática f  x   ax 2  bx  c, com a  0.

 b
Se a  0, a função assumirá um valor mínimo yMÍN   em x MÍN  .
4a 2a
 b
Se a  0, a função assumirá um valor máximo yMÁX   em x MÁX  .
4a 2a

b
O valor máximo ou mínimo é obtido substituindo x  na função, obtendo
2a
 b  
f   .
 2a  4a
O ponto de máximo ou de mínimo localiza-se em um ponto denominado vértice da
 b  
parábola, cujas coordenadas são V  x V , y V    , .
 2a 4a 

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Exercício resolvido: (EsPCEx 1995) Um fio de comprimento L é cortado em dois


pedaços, um dos quais formará um quadrado e o outro, um triângulo equilátero. Para
que a soma das áreas do quadrado e do triângulo equilátero seja mínima, o fio deve ser
cortado de forma que o comprimento do lado do triângulo seja igual a:

a)
3L
b)

L 94 3  c)
L 3
d)
3L
e)
L 3
7 11 94 3 2 3

Resolução: b
Seja x o comprimento do lado do triângulo equilátero, então o lado do quadrado será
L  3x
.
4
A soma das áreas do triângulo equilátero e do quadrado é dada por
x 2
3  L  3x 
2
 3 9  2 3L L2
S x       x  x
4  4   4 16  8 16
Essa soma é mínima quando
3L

8 3L 3L 3L  9  4 3  L  9  4 3 
x    
 3 9  3 9  4 3  9 92   4 3 2 11
2   16    
 4 16   4 16 

Imagem

A partir dos pontos de mínimo ou máximo do gráfico é possível identificar a imagem da


função quadrática.
     
a  0  Im   ,   a  0  Im   ,
 4a   4a 

Parábola

O gráfico da função polinomial do 2° grau é uma parábola cujo eixo de simetria é


paralelo ao eixo das ordenadas Oy .

Concavidade

A parábola representativa da função quadrática f  x   ax 2  bx  c terá concavidade


voltada para cima quando a  0 e concavidade voltada para baixo quando a  0.

a  0 : concavidade voltada para cima a  0 : concavidade voltada para baixo

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Esboços

Usando as informações obtidas nos itens anteriores é possível esboçar o gráfico da


função do 2° grau nos diversos casos.

Note ainda que, o ponto em que a parábola corta o eixo das ordenadas é o ponto  0, c  .
A variação do valor de c faz com que o gráfico da função quadrática se desloque na
vertical.
Por outro lado, a variação do valor de a faz a parábola “abrir” ou “fechar”.

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Exercício resolvido: (ITA 1986) Sejam a, b, c números reais dados com a  0. Suponha
b
que x1 e x 2 sejam as raízes da função y  ax 2  bx  c e x1  x 2 . Sejam x3   e
2a
2b  b2  4ac
x4   . Sobre o sinal de y podemos afirmar que:
4a
a) y  0, x  , x1  x  x 3
b) y  0, x  , x 4  x  x 2
c) y  0, x  , x1  x  x 4
d) y  0, x  , x  x 4
e) y  0, x  , x  x 3
Resolução: c
b  b 2  4ac
Como a  0, b  4ac  0
2
e x1  x 2 , então x1  e
2a
b  b2  4ac
x2  .
2a
Além disso, temos x1  x3  x 2 , pois x 3 é a média das raízes.
2b  b2  4ac b b 2  4ac
x4    
4a 2a 4a
b2  4ac b2  4ac
Como 0    , então x 3  x 4  x 2 .
4a 2a
Como a parábola possui concavidade voltada para baixo, então y  0 quando
x1  x  x 4 .
A figura a seguir ilustra a situação do problema.

4.5. FUNÇÃO MODULAR

DEFINIÇÃO DE MÓDULO

Seja x  , o módulo ou valor absoluto de x é definido pela seguinte relação

 x, se x  0
x 
 x, se x  0

125
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

Isso significa que o módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número
e o módulo de um número real negativo é igual ao seu oposto (que é positivo).

Exemplos: 1  1, 1    1  1 e 0  0.

Intuitivamente, o módulo de um número real está associado ao seu “tamanho”


independentemente do seu sinal. Assim, por exemplo, 10  1, mas 10  10  1  1 .
Além disso, se considerarmos a reta real, o módulo de um número será a sua distância
até a origem. Essa interpretação é especialmente útil na resolução de inequações
modulares.
Exemplo:

Propriedades do módulo
 x 0
 x  x
 x x x
 x  y  xy 
2
 x  x2

 x2  x
 x  y  x  y  x  y (desigualdade triangular)
 x  y  xy

FUNÇÃO MODULAR

É a função de em  que associa a cada x do seu domínio o módulo ou valor


absoluto de x, x .

f:  
x x

f (x)  x se x  0
f x  x  
f (x)   x se x  0

O gráfico da função modular é a união de duas semirretas com origem na origem do


plano cartesiano e que são bissetrizes do 1° e 2° quadrantes.
A imagem da função é Imf   , isto é, a função assume somente valores reais não
negativos.

126
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

O gráfico de uma função modular composta pode ser obtido traçando-se o gráfico da
função original e espelhando-se a parte negativa em relação ao eixo x.

Exemplo: f  x   x  1

Outra maneira de traçar o gráfico de uma função modular composta é escrevendo-a sob
a forma de uma função definida por várias sentenças abertas.
 x  1, se x  1  0  x  1
f  x   x 1  
 x  1, se x  1  0  x  1
Ou seja, no intervalo  , 1 o gráfico de f(x) é representado pelo gráfico de
f1  x    x  1 e no intervalo  1,   , pelo gráfico de f 2  x   x  1.

EQUAÇÕES MODULARES

As equações modulares podem ser resolvidas utilizando as seguintes propriedades.

Equação da forma x  a

a  0: S  
a  0 : x  a   x  a  x  a   S  a,a

Exemplo: Resolva a equação x  2  6.


x  2  6  x  8

x  2  6  ou  S  4,8
 x  2  6  x  4

127
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

Exemplo: Resolva a equação 3x  9  1  x.


Para que a equação tenha solução é necessário que 1  x  0  x  1.
Supondo está condição válida, tem-se:
3x  9  1  x  x  2

3x  9  1  x  ou
3x  9  (1  x)  x  5

Como os valores obtidos satisfazem a condição inicial, ambos são soluções, então
S  5, 2 .

Equação da forma x  y

x  y   x  y  x  y

Exemplos: Resolva a equação x  3  4x 1 .


 2
 x  3  4x  1  x  

 
3
 2 4
x  3  4x  1  ou S  ,
 4
3 5
 x  3  (4x  1)  x 
 5

As equações modulares que apresentam soma ou subtração de módulos necessitam que


seja realizado um estudo de sinal para a sua solução.

Exemplo: Resolva a equação x 1  x  6  13.


 x  1, se x  1  x  6, se x  6
x 1   x6  
 x  1, se x  1  x  6, se x  6

Para x  6, temos x  1   x  1 e x  6   x  6, então


  x  1     x  6   13  x  1  x  6  13  2x  5  13  2x  18  x  9
Como x  9 satisfaz a condição x  6, então x  9 é solução.
Para 6  x  1, temos x  1   x  1 e x  6  x  6, então
  x  1   x  6   13   x  1  x  6  13  7  13  absurdo 
Logo, não há solução no intervalo  6,1 .
Para x  1, temos x  1  x  1 e x  6  x  6, então
 x 1   x  6  13  2x  5  13  2x  8  x  4
Como x  4 satisfaz a condição x  1, então x  4 é solução.
Portanto, o conjunto solução da equação modular é S  9, 4 .
Note que a ideia usada na resolução da equação anterior também pode ser usada para
traçar o gráfico da função f  x   x 1  x  6 . Dessa forma, temos:
2x  5, se x  6

f  x   x  1  x  6  7, se  6  x  1.
2x  5, se x  1

128
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

INEQUAÇÕES MODULARES

Para a solução de inequações modulares é necessária a utilização das seguintes


propriedades dos módulos, onde a  0 .

x  a  a  x  a

x  a  x  a  x  a

Note ainda que se a  0, então x  a é satisfeita para todo x real e x  a é sempre


falsa.

Exemplos:
1) Resolva a inequação x  3  5.
x  3  5  5  x  3  5  8  x  2
S   8, 2

2) Resolva a inequação 4x  3  5.
1
4x  3  5  4x  3  5  4x  3  5  x    x  2
2

 1
S x | x    x  2
2 
3) Resolver em a inequação 2x  7  x  1  0.
Se x  1, x  1  x  1, então 2x  7   x  1  0  x  2
A solução S1 é obtida da interseção entre x  1 e x  2, logo S1   2,   .
Se x  1, x  1    x  1 , então 2x  7   x  1  0  x  8
A solução S2 é obtida da interseção entre x  1 e x  8, logo S2  .
A solução da inequação é S  S1  S2   2,   .

Assim como para as equações, as inequações modulares que apresentam soma ou


subtração de módulos normalmente necessitam que seja feito um estudo de sinal para a
sua solução.

129
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

Exemplo: Resolva a inequação 3x 12  5  x  12.

Para x  4, temos 3x 12  3x  12 e 5  x  5  x, então


5 5 
3x  12  5  x  12  x   S1   , 4 
4 4 
Para 4  x  5, temos 3x 12  3x 12 e 5  x  5  x, então
19
3x  12  5  x  12  x   S2  4,5
2
Para x  5, 3x 12  3x 12 e 5  x  5  x, então
29  29 
3x  12  5  x  12  x   S3   5, 
2  2
 5 29 
S  S1  S2  S3   , 
4 4 

Exercício resolvido: A função f  x   x  a  b  c está representada no gráfico


abaixo.

Podemos afirmar que a  b  c é igual a:


a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

Resolução: d
f x  x  a  b  c
Imf  0,   c  0  f  x   x  a  b
Como o gráfico é simétrico em relação à reta x  2 , então a  2 e f  x   x  2  b .
Como x  1 e x  3 são raízes da função, então
f 1  1  2  b  0  b  1  0  b  1.
Além disso, f  0  1  0  2  b  1  b  2  1  b  1  b  3.
Assim, temos b  1 e a  b  c   2    1  0  3.

130
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) (EFOMM 2001) O valor de m na equação x 2  6x  m  0 a fim de que uma raiz


seja o dobro da outra é:
a) m  12 b) m  8 c) m  5 d) m  4 e) m  3

2) (EFOMM 2002) O Instituto de Pesquisa da Marinha, em estudo realizado sobre a


variação de temperatura nas águas do Oceano Atlântico em função da profundidade,
apresentou a tabela abaixo:

Profundidade Superfície 100 m 500 m 1000 m 3000 m


Temperatura 27° C 21° C 7° C 4° C 2,8° C

Considerando que a temperatura é linear entre duas quaisquer das medições


consecutivas apresentadas, qual é a temperatura na profundidade de 400m?
a) 9,5° C b) 10,5° C c) 12,5° C d) 14° C e) 15° C

x x2
3) (EFOMM 2002) A soma e o produto das raízes da equação   1  0 são
1 x x
iguais a:
a) 2 b) 1 c) 0 d) 2 e) 3

4) (EFOMM 2004) Na figura, os ângulos têm as medidas indicadas. Se a reta r contém a


bissetriz do triângulo ABC, relativa ao vértice A, qual será a equação de r?

a) y  x  2 b) y  x  2 c) y  2x  1 d) y   x  1 e) y   x  2

5) (EFOMM 2004) Que valores deve apresentar o coeficiente “a” da função


f  x   ax 2  2x  1, para que ela tenha concavidade voltada para cima e vértice no 1°
quadrante?
1
a) a  0 b) 0  a  1 c) 0  a  1 d) a  1 e) a 
2

131
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

6) (EFOMM 2004) Calcule o coeficiente angular da reta s representada no gráfico.

a) 1 b) 0 c) 1 d) 2 e) 3

7) (EFOMM 2004) Uma equação que representa a reta da figura abaixo é

a) y  cos   x  sen   k cos   0


b) y  cos   x  cos   k  sen   0
c) y  cos   x  sen   k  cos   0
d) y  sen   x  cos   k  sen   0
e) y  sen   x  cos   k  sen   0

8) (EFOMM 2005) Trabalhando x horas por semana um operário ganha R$ 60,00 por
semana trabalhada. Em um novo emprego, esse mesmo operário, continua ganhando os
mesmos R$ 60,00 por semana, porém trabalha 4 horas a mais por semana e recebe
R$ 4,00 a menos por hora trabalhada. Determine o valor de x.
a) 6 b) 8 c) 10 d) 12 e) 14

9) (EFOMM 2006) O ângulo agudo que a reta x  y  15 faz com o eixo Ox é


a) 75° b) 60° c) 45° d) 30° e) 15°

132
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

10) (EFOMM 2006) A área do quadrilátero limitado pelas retas y  2x  1, x  2,


x6 e y0 é

a) 40 b) 36 c) 32 d) 30 e) 28

1 1
11) (EFOMM 2006) Se M e N são as raízes de x 2  6x  10  0, então  vale:
M N
3 1
a) 6 b) 2 c) 1 d) e)
5 6

12) (EFOMM 2007) Alguns amigos combinaram viajar e juntos economizaram


R$ 900,00. Quando estava próximo o dia da viagem, mais duas pessoas entraram no
grupo. O custo da viagem não aumentou e cada participante pagou a menos R$ 75,00.
Quantas pessoas havia no início?
a) 4 b) 5 c) 6 d) 8 e) 10

13) (EFOMM 2007) Uma empresa mercante A paga R$ 1000,00 fixos mais R$ 600,00
por dia de viagem e uma empresa B, R$ 400,00 fixos mais R$ 800,00 por dia de
viagem. Sabe-se que Marcos trabalha na empresa A e Cláudio na B, ficaram
embarcados o mesmo tempo e obtiveram o mesmo valor salarial. Quantos dias eles
ficaram embarcados?
a) 1 b) 3 c) 5 d) 7 e) 9

133
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

14) (EFOMM 2007)


O incomparável sabor da Amazônia
O açaí é uma fruta de caroços arroxeados; sendo comida básica de comunidades
inteiras no Pará, transforma-se em alimento-vida. Antes de ser mercadoria, o açaí é
esperança: do sucesso da colheita sobrevivem populações ribeirinhas e interioranas. Já faz
parte do cotidiano de homens, mulheres e crianças ouvir o galo cantar enquanto percorrem a
longa distância entre a base do fino tronco da palmeira do açaizeiro e os frutos lá em cima.
Açaí, um líquido cheiroso e espesso de cor arroxeada, pode ser servido como
sobremesa ou acompanhante de peixes, carnes e frutos do mar, além de ser o par constante
das farinhas d’água e de tapioca (Texto adaptado extraído da coleção especial Ver-o-Pará).
Sabendo que o custo de produção y, por minuto do açaí, em função do número x de
litros de açaí fabricados, por minuto, é dado por y  2x 2  40x  250. Quantos litros de
açaí devem ser fabricados, por minuto, para que o custo de produção, por minuto, seja
mínimo e qual é esse custo? Assinale a alternativa correta.
a) 5 litros e R$ 60,00 b) 10 litros e R$ 50,00
c) 20 litros e R$ 100,00 d) 50 litros e R$ 10,00
e) 60 litros e R$ 100,00

15) (EFOMM 2008) Uma churrascaria cobra, num almoço, R$ 10,00 por pessoa. Após
as 15 h, esse valor cai para R$ 8,00. Estima-se que o custo total de um almoço seja de
R$ 6,00 por pessoa. Em certo dia, na churrascaria almoçaram 100 pessoas; x dos quais
permaneceram até as 15 h. Assinale a alternativa que representa o intervalo de variação
de x a fim de que 300  L  400, onde L é o lucro.
a) Maior que 100
b) Menor que 50
c) Entre 50 e 100
d) Menor que 50 e maior que 100
e) Maior que 50

16) (EFOMM 2009) O logotipo de uma certa Organização Militar é uma pedra
semipreciosa, cujo valor é sempre numericamente igual ao quadrado de sua massa em
gramas. Suponha que a pedra de 8 gramas, infelizmente, tenha caído partindo-se em
dois pedaços. Qual é o prejuízo, em relação ao valor inicial, sabendo-se que foi o maior
possível?
a) 18% b) 20% c) 50% d) 80% e) 90%

17) (EFOMM 2011) Um projétil é lançado de baixo para cima e a sua trajetória
descreve uma curva plana de equação h  27t  3t 2 , onde h é a altura em cada
momento, em função do tempo. Sabendo que h está em quilômetros e t em minutos,
qual será a altura máxima atingida por esse projétil?
a) 6,075 10 km b) 6, 75 10 km c) 60,75 10 km
d) 67,5 10 km e) 675 10 km

18) (EFOMM 2012) O lucro obtido pela venda de cada peça de roupa é x  10 , sendo x
o preço da venda e 10 o preço do custo. A quantidade vendida por mês é igual a 70  x .
O lucro mensal máximo obtido com a venda do produto é:
a) 1200 reais. b) 1000 reais. c) 900 reais. d) 800 reais. e) 600 reais.

134
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

19) (EFOMM 2012) Um professor escreveu no quadro-negro uma equação do segundo


grau e pediu que os alunos a resolvessem. Um aluno copiou errado o termo constante da
equação e achou as raízes 3 e 2 . Outro aluno copiou errado o coeficiente do termo
do primeiro grau e achou as raízes 1 e 4. A diferença positiva entre as raízes da equação
correta é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

20) (EFOMM 2012) A área entre o gráfico de y  3x  2  3 e a reta y  3 , em


unidades de área, vale:
a) 6 b) 3 c) 1,5 d) 2 e) 0,5

21) (EFOMM 2014) Os valores de x  , para os quais a função real dada por
f  x   4  2x  1  6 está definida, formam o conjunto
 1 3  9 5 3 7 
a)   ,  b)   ,     , 
 2 2  2 2 2 2 
 5 1   7 11   5   7
c)   ,     ,  d)   , 0   0, 
 2 2 2 2   2   2
 9 1   3 11
e)   ,     , 
 2 2 2 2 

22) (EFOMM 2016) De acordo com conceitos administrativos, o lucro de uma empresa
é dado pela expressão matemática L  R  C , onde L é o lucro, C o custo da produção e
R a receita do produto. Uma indústria produziu x peças e verificou que o custo de
produção era dado pela função C  x   x 2  500x  100 e a receita representada por
R  x   2000x  x 2 . Com base nessas informações, determine o número de peças a
serem produzidas para que o lucro seja máximo.
a) 625 b) 781150 c) 1000 d) 250 e) 375

23) (EFOMM 2016) Determine a imagem da função f, definida por


f  x   x  2  x  2 , para todo x  , onde é o conjunto dos números reais.
a) Im  f   b) Im  f   y  | y  0
c) Im  f   y  | 0  y  4 d) Im  f   y  | y  4
e) Im  f   y  | y  0

24) (EFOMM 2018) Um aluno do 1º ano da EFOMM fez compras em 5 lojas. Em cada
loja, gastou metade do que possuía e pagou, após cada compra, R$ 2,00 de
estacionamento. Se, após toda essa atividade, ainda ficou com R$ 20,00, a quantia que
ele possuía inicialmente era de
a) R$ 814,00. b) R$ 804,00. c) R$ 764,00. d) R$ 714,00. e) R$ 704,00.

135
X-MAT 03: Superpoderes Matemáticos para Concursos Militares - EFOMM
4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

25) (EFOMM 2018) Uma aluna do 3° ano da EFOMM, responsável pelas vendas dos
produtos da SAMN (Sociedade Acadêmica da Marinha Mercante), percebeu que, com a
venda de uma caneca a R$ 9,00, em média 300 pessoas compravam, quando colocadas
as canecas à venda em um grande evento. Para cada redução de R$ 1,00 no preço da
caneca, a venda aumentava de 100 unidades. Assim, o preço da caneca, para que a
receita seja máxima, será de
a) R$ 8,00 b) R$ 7,00 c) R$ 6,00 d) R$ 5,00 e) R$ 4,00

26) (EFOMM 2018) A forma de uma montanha pode ser descrita pela equação
y   x 2  17x  66  6  x  11 . Considere um atirador munido de um rifle de alta
precisão, localizado no ponto  2, 0  e que a trajetória do tiro é uma linha reta. A partir
de que ponto, na montanha, um indefeso coelho estará 100% seguro?
a)  8,9  b)  8, 6  c)  7,9  d)  7,5  e)  7, 4 

27) (EFOMM 2019) Sejam as funções f e g definidas em por f  x   x 2   x e


g  x     x 2   x  , em que  e  são números reais. Considere que essas funções
são tais que

f g
Valor mínimo Ponto de Valor máximo Ponto de
mínimo máximo
9
1 0 0
4

Então, f composta com g em x  2,  f g   2  , é igual a


a) 0 b) 2 c) 4 d) 6 e) 8

28) (EFOMM 2019) Seja f  k   k 2  3k  2 e seja W o conjunto de inteiros


0,1, 2, , 25. O número de elementos n de W, tais que f  n  deixa resto zero, quando
dividido por 6, é:
a) 25 b) 22 c) 21 d) 18 e) 17

29) (EFOMM 2019) Considere a função real f  x   1  4x  2x 2 . Determine o ponto


x * que define o valor mínimo global dessa função.
1
a) x*  2 b) x*  1 c) x*   d) x*  0 e) x*  1
2

30) (EFOMM 2019) Numa equação, encontramos o valor de 884. Para chegar a esse
resultado, somamos os quadrados de dois números pares, consecutivos e positivos.
Determine o quociente da divisão do maior pelo menor.
a) 0,87 b) 0,95 c) 1,03 d) 1,07 e) 1,10

31) (EFOMM 2020) A inequação x  2x  8  x  8 é satisfeita por um número de


valores inteiros de x igual a
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9

136
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32) (EFOMM 2023) Sejam p e q as raízes da equação x 2  2x  k  0, em que k é um


número real diferente de zero. Se
1 1
2
 2  6,
p q
Então o produto dos possíveis valores de k é
2 1 2 3
a) 1 b)  c) d) e)
3 3 3 2
33) (EFOMM 2023) Considere uma função real f, cuja lei de formação é dada abaixo.
f  x   x 2  5x  6  x .
Sobre essa função pode-se afirmar que
a) f é decrescente no intervalo I   2, 6  .
b) f é crescente no intervalo I   1, 4  .
c) seu domínio é o conjunto D  f   x  | x  0.
d) sua imagem é o conjunto Im  f   y  | y  1.
e) f possui duas raízes reais.

137
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RESPOSTAS

1) b (Equação do 2° grau – relações entre coeficientes e raízes)


2) 2 (Função afim)
3) a (Equação fracionária)
4) e (Função afim – gráfico)
5) d (Função quadrática – gráfico)
6) a (Função afim – gráfico)
7) a (Função afim – gráfico)
8) a (Problemas do 2° grau)
9) c (Função afim – gráfico)
10) b (Função afim – gráfico e áreas)
11) d (Equação do 2° grau – relações entre coeficientes e raízes)
12) a (Problemas do 2° grau)
13) b (Problemas do 1° grau)
14) b (Função quadrática – máximo e mínimo)
15) b (Problemas envolvendo função afim)
16) c (Função quadrática – máximo e mínimo)
17) a (Função quadrática – máximo e mínimo)
18) c (Função quadrática – máximo e mínimo)
19) c (Equação do 2° grau – relações entre coeficientes e raízes)
20) a (Função modular – gráfico)
21) e (Inequação modular)
22) a (Função quadrática – máximo e mínimo)
23) c (Função modular – imagem)
24) c (Problemas do 1° grau)
25) c (Problemas do 2° grau)
26) b (Função quadrática e função afim – gráficos)
27) e (Função quadrática – máximo e mínimo)
28) e (Função quadrática e teoria dos números)
29) b (Função quadrática – máximo e mínimo)
30) e (Problemas do 2° grau)
31) e (Inequação modular)
32) b (Equação do 2° grau – relações entre coeficientes e raízes)
33) d (Função modular – gráfico)

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RESOLUÇÕES

1) b
Sejam r e 2r as raízes de x 2  6x  m  0, então a soma das raízes é
 6 
1  r  2r    3r  6  r  2.
1
m
O produto das raízes é 2  r  2r  2r 2  2  22  8   m  8.
1

2) b
A equação que representa a temperatura entre 100 m e 400 m é:
T  21 7  21 14
  T  21   P  100   T   7 P  49 .
P  100 500  100 400 200 2
7 49
P  400  T    400   10,5 C
200 2

3) a
x x2
  1  0  x  x   x  2   1  x   1 x  1  x   0  x  0  x  1
1 x x
 x 2  2  3x  x 2  x  x 2  0  x  0  x  1
 x 2  2x  2  0  x  0  x  1
Pelas relações entre coeficientes e raízes, sabemos que a equação tem duas raízes cuja
soma e o produto são ambos iguais a 2.
Note ainda que x  0 e x  1 não são raízes da equação, o que garante que as duas
raízes satisfazem às condições de existência.

4) e
ˆ  10  125  135 .
Seja D o ponto de interseção da reta r com o eixo Ox, então ADC
Logo, o coeficiente angular da reta r é tg135  1 e o coeficiente linear é 2.
A equação da reta é dada por r  y  x  2.

5) d
Para que a concavidade seja voltada para cima devemos ter a  0.
As coordenadas do vértice da parábola que representa a função são
  2  1
xV  
2a a
   2   4  a 1 a  1
2
yV  
4a a
Para que o vértice esteja no 1° quadrante, as duas coordenadas devem ser positivas,
então
1
xV   0  a  0
a
a 1
yV   0  a  0  a 1
a
Fazendo a interseção das três condições, temos a  1.

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6) a
ˆ E
O ângulo  é ângulo externo do triângulo CDE, então   C ˆ  45  90  135.
O coeficiente angular da reta s é tg   tg135  1.

7) a

A reta do gráfico corresponde a uma função afim com coeficiente angular tg  e


coeficiente linear k, então sua equação é dada por y  tg   x  k.
Desenvolvendo essa equação, temos:
sen 
y  tg   x  k  y   x  k  y  cos   sen   x  k  cos 
cos 
 y  cos   x  sen   k  cos   0

8) a
60
No emprego original o operário ganha reais por hora trabalhada.
x
60
No novo emprego o operário ganha reais por hora trabalhada.
x4
Como no novo emprego ele recebe R$ 4,00 a menos por hora trabalhada, então
60 60
  4  15  x  4   15x  x  x  4   15x  60  15x  x 2  4x
x x4
 x 2  4x  60  0  x  10  x  6
Sabemos que x deve ser positivo, então x  6.

9) c
x  y  15  y  x  15
Na expressão acima podemos identificar que o coeficiente angular da reta é
tg   1    45.
Logo, a reta forma um ângulo de 45° com o eixo Ox.

140
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10) b

Vamos encontrar a interseção das retas x  2 e x  6 com a reta y  2x  1, a fim de


determinar as coordenadas dos pontos A e B, respectivamente.
y  2x  1  x  2  y  2  2  1  5
 A  2,5 
y  2x  1  x  6  y  2  6  1  13
 B   6,13
O quadrilátero ABCD da figura é um trapézio retângulo, pois as retas x  2 e x  6 são
paralelas entre si e ambas perpendiculares à reta y  0.
A altura do trapézio é CD  6  2  4, a base menor é AD  5  0  5 e a base maior é
BC  13  0  13.
13  5   4
Portanto, a área do trapézio ABCD é S   36 unidades de área.
2

11) d
Se M e N são as raízes de x 2  6x  10  0, então a soma das raízes é
  6  10
MN   6 e M  N   10.
1 1
1 1 NM 6 3
Assim,     .
M N M  N 10 5

12) a
900
Seja n a quantidade inicial de amigos, então cada um pagaria .
n
900
Com a inclusão de mais 2 amigos, cada um passou a pagar .
n2
Se cada participante pagou R$ 75,00 a menos, então
900 900
  75  12  n  2   12n  n  n  2   n 2  2n  24  0
n n2
 n  6  n  4
Sabendo que n deve ser positivo, então n  4.

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13) b
Seja n a quantidade de dias que eles ficaram embarcados, então a remuneração de
Marcos foi 1000  600  n e a remuneração de Cláudio foi 400  800  n. Sabendo que
eles receberam o mesmo salário, então
1000  600  n  400  800  n  200  n  600  n  3.
Portanto, eles ficaram 3 dias embarcados.

14) b
A função quadrática y  2x 2  40x  250 que representa o custo de produção por minuto
tem coeficiente líder positivo, então terá um valor mínimo. Esse valor mínimo ocorre na
  40 
abscissa do vértice, ou seja, x V   10. O custo mínimo é a ordenada do vértice
22
que é igual a yV  2 102  40 10  250  200  400  250  50.
Portanto, devem ser fabricados 10 litros de açaí por minuto e o custo mínimo é R$ 50,00.

15) b
Sabemos que 100  x  pessoas saíram antes de 15 h da churrascaria e pagaram 10 reais
pelo almoço e x pessoas saíram após as 15 h e pagaram 8 reais pelo almoço.
A receita da churrascaria foi R  x   100  x  10  x  8  1000  2x e a despesa foi
D  x   100  6  600.
Logo, o lucro foi L  x   R  x   D  x   1000  2x   600  400  2x.
Como 300  L  400, então 300  400  2x  400  100  2x  0  0  x  50.

16) c
O valor inicial da pedra de 8 gramas era 82  64 reais. Supondo que a pedra tenha se
partido em duas partes de pesos x e 8  x  gramas, então o valor dos dois pedaços é
x 2   8  x   2x 2  16x  64 .
2

O prejuízo em relação ao valor inicial é P  x   64   2x 2  16x  64   2x 2  16x .


16
O prejuízo é máximo no vértice da função quadrática, ou seja, em x V  4 e
2   2 
yV  P  4   2  42  16  4  32 .
64  32
Assim, o prejuízo máximo em relação ao valor inicial é 100%  50% .
64

17) a
O valor máximo de h ocorre no vértice da função do 2 grau em t .
   27 2  4   3  0  243
h máx     6, 075 10 km
4a 4   3 4

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18) c
O lucro mensal L  x  é dado pelo produto do lucro de cada peça pela quantidade de
peças vendidas no mês. Assim, L  x    70  x    x  10  x 2  80x  700 .
O lucro mensal máximo corresponde à ordenada do vértice do trinômio do 2° grau que
80 2  4   1   700 
 
representa L x , então L MAX    900 reais .
4   1

19) c
Seja ax 2  bx  c  0 a equação do 2° grau original, onde a  0 .
Seja ax 2  bx  c '  0 a equação de raízes 3 e 2 , então
b
   3   2   5  b  5a .
a
c
Seja ax 2  b ' x  c  0 a equação de raízes 1 e 4 , então  1 4  4  c  4a .
a
Assim, a equação original pode ser escrita como:
ax 2  bx  c  0  ax 2  5ax  4a  0  x 2  5x  4  0 ,
cujas raízes são 4 e 1 e a diferença positiva entre as raízes é  4    1  3 .

20) a
2 2
Se 3x  2  0  x   , então 3x  2  3x  2 . Se 3x  2  0  x   , então
3 3
3x  2  3x  2
2 2
Se x   , então y  3x  1 . Se x   , então y  3x  5 .
3 3
2 1 1
Se   x  , então y  3x  1 . Se x  , então y  3x  1 .
3 3 3
5 5 2
Se x   , então y  3x  5 . Se   x   , então y  3x  5 .
3 3 3
Traçando o gráfico das funções e indicando as interseções com a reta y  3 , temos:

 4  8 
    3
3  3 
A área procurada é SABD  SBCE   6 u.a. .
2

143
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Alternativamente, o gráfico de y  3x  2  3 pode ser construído por etapas,


conforme a seguir:

21) e
Para que a função real f  x   4  2x  1  6 esteja definida devemos ter
4  2x  1  6  0  2x  1  6  4  4  2x  1  6  4  2  2x  1  10
A última expressão consiste de duas inequações simultâneas. Vamos resolver cada uma
delas em separado.
1 3
2x  1  2  2x  1  2  2x  1  2  x    x 
2 2
9 11
2x  1  10  10  2x  1  10  9  2x  11    x 
2 2
Como as duas desigualdades devem ser satisfeitas simultaneamente, devemos fazer a
 9 1   3 11
interseção dos intervalos. Portanto, Df   ,     ,  .
 2 2 2 2 

144
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22) a
O lucro quando são produzidas x peças é dado por
L  x   R  x   C  x    2000x  x 2    x 2  500x  100   2x 2  2500x 100 .
Como essa é uma função quadrática de coeficiente líder negativo, então ela possui ponto
2500
de máximo que ocorre em x V   625 .
2   2 
Portanto, devem ser produzidas 625 peças.

23) c
x  2  f  x     x  2     x  2   4  4  Im1  4
2  x  2  f  x    x  2    x  2   2x  2 x  Im2  0, 4
x  2  f  x    x  2    x  2   4  4  Im3  4
Im  f   Im1  Im2  Im3  4   0, 4  4  y  | 0  y  4

24) c
Se, ao final da atividade, o aluno tinha 20 reais, então após a 5ª compra tinha
20  2  22 e antes dela 22  2  44.
Após a 4ª compra, ele possuía 44  2  46 e antes dela 46  2  92.
Após a 3ª compra, ele possuía 92  2  94 e antes dela 94  2  188.
Após a 2ª compra, ele possuía 188  2  190 e antes dela 190  2  380.
Após a 1ª compra, ele possuía 380  2  382 e antes dela 382  2  764.
Portanto, a quantia que ele possuía inicialmente era R$ 764,00.

25) c
Seja n o número de reduções de R$ 1,00 no preço da caneca, então quando o preço da
caneca é P  n   9  1  n, o número de canecas vendidas é Q  n   300  100  n.
A receita de vendas é
R  n   P  n   Q  n    9  n    300  100n   100  n  9  n  3 .
A receita é representada por uma função do 2° grau em n com coeficiente líder
negativo, então possui um ponto de máximo.
O valor máximo ocorre quando n é a abscissa do vértice da parábola, ou seja, n é a
média aritmética das raízes.
9   3 
Portanto, n   3 e o preço da caneca é P  3   9  n  9  3  6 reais.
2

26) b

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Para que o coelho fique seguro ele deve estar em um ponto da parábola cuja abscissa
seja maior do que a abscissa do ponto de contato da tangente por A à parábola.
Seja AT a tangente a parábola por A   2,0  e seja m seu coeficiente angular, então a
equação da reta AT é y  m   x  2  .
A interseção entre a reta AT e a parábola é dada por:
m  x  2   x 2  17x  66  x 2   m  17  x   66  2m   0
Para que AT seja tangente à parábola, o discriminante da equação do 2° grau deve ser
nulo, então
   m  17 2  4  1   66  2m   0  m2  34m  289  264  8m  0
 m2  26m  25  0  m  1  m  25
Se m  1, a abscissa do ponto de tangência é
x 2  16x  64  0   x  8 2  0  x  8.
Se m  25, a abscissa do ponto de tangência é
x 2  8x  16  0   x  4 2  0  x  4.
Para que o ponto de tangência esteja na montanha sua abscissa deve satisfazer
6  x  11, então x  8 e y  1   8  2   6.
Portanto, o coelho estará seguro a partir do ponto  8,6  .

27) e (essa questão é uma adaptação da questão 13 da prova do ITA de 2004)


A tabela do enunciado diz que a função f  x   x 2  x assume valor mínimo 1 em
 
um ponto de abscissa negativa, ou seja, x MÍN      0    0.
2 1 2
   4 1  0  
2 2
Assim, yMÍN     1   2  4    2 .
4 1 4
Como   0 , então   2 e f  x   x 2  2x .
Da mesma forma, a função g  x     x 2  x  assume valor máximo
9
em um ponto
4
   
de abscissa positiva, ou seja, x MÁX      0  0.
2   1 2
  2  4   1  0  9
Assim, yMÁX       2  9    3 .
4   1 4
Como   0 , então   3 e g  x   x  3x .2

Vamos agora calcular  f g   2  .


g  2   22  3  2  2
 f g   2   f  g  2    f  2   22  2  2  8

28) e
A função f  k   k 2  3k  2   k  1 k  2 para k inteiro é o produto de dois números
inteiros consecutivos, então será sempre par.
Para que f  n  deixe resto zero na divisão por 6, ou seja, seja múltiplo de 6, precisamos
que f  n  seja múltiplo de 3.

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Os possíveis restos de um número inteiro na divisão por 3 são 0, 1 e 2. Se n deixa resto


1 por n, então n  2 é múltiplo de 3. Se n deixa resto 2 por 3, então n  1 é múltiplo de
3. O único caso em que f  n  não será múltiplo de 3 é quando n for múltiplo de 3, pois
nem n  1 e nem n  2 serão múltiplos de 3.
Assim, f  n  é múltiplo de 6 (múltiplo de 2 e de 3) sempre que n não é múltiplo de 3.
Os múltiplos de 3 em W são 0,3, 6, , 24 , que são 9. Assim, a quantidade de
elementos de W que não são múltiplos de 3 é 26  9  17.
Portanto, o número de elementos de W para os quais f  n  é múltiplo de 6 é 17.

29) b
A função f  x   1  4x  2x 2 é um trinômio do 2º grau com coeficiente líder positivo,
então possui um ponto de mínimo global no vértice. Assim, a abscissa do ponto de
4
mínimo é x*  x V    1.
22

30) e
Sejam 2k  2 e 2k, com k  * , os dois números pares, consecutivos e positivos do
enunciado, então
 2k  2 2   2k 2  884  4  k  12  k 2   884  k 2  2k  1  k 2  221
 k 2  k  110  0  k  11  k  10
Como k  * , então k  10 e os dois números são 2k  2  2 10  2  22 e
2k  2 10  20.
22
Assim, o quociente do maior pelo menor número é  1,1.
20

31) e
x, se x  0
x 
 x, se x  0
2x  8, se x  4
2x  8 
2x  8, se x  4
x  8, se x  8
x 8 
 x  8, se x  8
Vamos analisar a desigualdade nos 4 intervalos determinados.
x  8: x  2x  8  x  8   x    2x  8   x  8  x  8  S1  
8  x  0 : x  2x  8  x  8   x    2x  8   x  8  x  0  S2  
0  x  4 : x  2x  8  x  8   x    2x  8    x  8   x  0  S3  0, 4
x  4 : x  2x  8  x  8   x    2x  8   x  8  x  8  S4  4,8
S  S1  S2  S3  S4       0, 4   4,8  0,8
Os valores inteiros que pertencem ao conjunto solução são 0,1, 2,3, ,8 , ou seja, 9
valores.

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4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

32) b
Considerando as relações de Girard na equação x 2  2x  k  0, então 1  p  q  2 e
2  p  q  k.
1 1
Vamos escrever a expressão   6 dada no enunciado em função de
p2 q 2
1  p  q  2 e 2  p  q  k.
1 1 p2  q 2
 6   p  q   2pq  6  pq 
2 2
2
 2
6 2 2
p q p q
Substituindo os valores de p  q e p  q na igualdade anterior, vem:
22  2k  6k 2  3k 2  k  2  0.
A equação do 2° grau obtida tem discriminante   12  4  3   2   25  0, então há
 2  2
dois valores reais distintos de k, cujo produto é  .
3 3

33) d
O trinômio do 2° grau x 2  5x  6 possui raízes 1 e 6. Assim, x 2  5x  6  0, se
x  1 ou x  6, e x 2  5x  6  0, se 1  x  6.
Vamos agora identificar a expressão de f em cada intervalo, considerando os valores de
x onde x 2  5x  6 e x mudam de sinal.
x  1: f  x   x 2  5x  6  x   x 2  5x  6     x   x 2  6x  6
  6 
O trinômio do 2° grau x 2  6x  6 é decrescente até x V   3. Portanto, f é
2 1
decrescente para x  1.
1  x  0 : f  x   x 2  5x  6  x    x 2  5x  6     x    x 2  4x  6
4
O trinômio do 2° grau  x 2  4x  6 é crescente até x V   2. Portanto, f é
2   1
crescente para 1  x  0.
0  x  6 : f  x   x 2  5x  6  x   x 2  5x  6   x  x 2  6x  6
6
O trinômio do 2° grau  x 2  6x  6 tem abscissa do vértice dada por x V   3,
2   1
então ele é crescente para x  3 e decrescente para x  3. Portanto, f é crescente para
0  x  3 e decrescente para 3  x  6.
x  6 : f  x   x 2  5x  6  x   x 2  5x  6   x  x 2  4x  6
  4 
O trinômio do 2° grau x 2  4x  6 tem abscissa do vértice dada por x V   2,
2 1
então ele é crescente para x  2. Portanto, f é crescente para x  6.
decrescente se x  1
crescente se  1  x  0

Portanto, f é crescente se 0  x  3 .
decrescente se 3  x  6

crescente se x  6

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4 – FUNÇÃO AFIM, QUADRÁTICA E MODULAR

Vamos agora identificar a imagem de cada intervalo e esboçar o gráfico de f.


f  1    1  4  1  6  1
2

f  0  02  6  0  6  6
f  3  32  6  3  6  15
f  6   62  4  6  6  6
Assim, temos:
Im  , 1   1, 
Im  1, 0   1, 6
Im  0,3    6,15
Im 3, 6    6,15
Im  6,     6, 

Vamos analisar as alternativas.


a) f é decrescente no intervalo I   2, 6  . (FALSA)
f é crescente para x   2,3 e decrescente para x  3, 6 .
b) f é crescente no intervalo I   1, 4  . (FALSA)
f é crescente para x   1,3 e decrescente para x  3, 4 .
c) seu domínio é o conjunto D  f   x  | x  0. (FALSA)
O domínio de f é D  f   .
d) sua imagem é o conjunto Im  f   y  | y  1. (VERDADEIRA)
A imagem de f é Im  f   1,  .
e) f possui duas raízes reais. (FALSA)
Como a imagem de f apresenta apenas valores positivos, então f não possui raízes reais.

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