matemática

4
Módulo

FUNÇÃO AFIM
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Função afim
Uma função f: R " R é função afim quando existem os números reais a e b
tais que f(x) 5 ax 1 b, para todo x Ñ R.
Os números reais a e b são os coeficientes da função afim.
A função f: R " R tal que f(x) 5 4x 2 3 é um exemplo de função afim, em
que a 5 4 e b 5 23.

Casos particulares de função afim

1o caso: Uma função f: R " R é função constante quando existe o número
real b tal que f(x) 5 b, para todo x Ñ R.
A função f: R " R tal que f(x) 5 5 é constante. A função constante tem
o coeficiente a 5 0.
2o caso: Uma função f: R " R é função linear quando existe o número
real a, com a i 0 tal que f(x) 5 ax, para todo x Ñ R.
A função f: R " R tal que f(x) 5 3x é linear. A função linear tem o
coeficiente b 5 0.
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Valor de uma função afim

Podemos determinar o valor de uma função afim para um valor x, por exemplo
x 5 x0, fazendo f(x0) 5 ax0 1 b.
O valor da função f: R " R tal que f(x) 5 4x 2 3, quando x 5 2, é 5, ou seja:

f(2) 5 4 8 2 2 3 V f(2) 5 5

Conhecendo dois valores distintos de uma função afim, f(x1) e f(x2), podemos
estabelecer a lei de formação dessa função, determinando os valores dos seus
coeficientes, a e b. Para isso, basta formar duas equações utilizando a forma
geral f(x) 5 ax 1 b e encontrar os coeficientes pela resolução de um sistema.
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Gráfico da função afim

Construção do gráfico
Dada uma função afim, se atribuirmos valores para x, encontraremos
valores de f(x), formando, assim, pares ordenados que representam pontos.
Esses pontos vão pertencer à mesma reta.
Podemos afirmar que o gráfico de uma função afim é uma reta e, portanto,
para construí-lo, basta conhecer dois de seus pontos.

Gráfico da função g dada pela lei g(x) 5 22x 1 1.

y

3
x y 5 g(x)

ADILSON SECCO
21 3 2
21 x
2 23
23
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O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo x e o gráfico

de uma função linear é uma reta que passa pela origem (0, 0). Para construir
um desses gráficos, basta conhecer apenas um ponto.

Gráfico da função h dada Gráfico da função i dada

pela lei h(x) 5 3. pela lei i(x) 5 x.

y y

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

3

1 x 1 x

x y 5 h(x) x y 5 i(x)
1 3 1 1
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Observação:
Como f(x) 5 y, a lei de uma função afim pode ser escrita na forma y 5 ax 1 b.
Essa sentença é chamada de equação da reta correspondente.

Determinação de uma função a partir do seu gráfico

A partir do gráfico de uma função afim, podemos determinar a sua lei de
formação. Para isso, basta encontrar duas equações utilizando a forma geral
f(x) 5 ax 1 b e encontrar os coeficientes pela resolução de um sistema.
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Gráfico de uma função definida por mais de uma sentença

Para construir o gráfico de uma função definida por mais de uma sentença,
é preciso construir o gráfico de cada sentença e em seguida construir o gráfico
da função.
Como exemplo, vamos construir o gráfico da função f de lei:
3 2 x, se x > 2
f(x) 5 {
x 1 1, se x , 2
y y y
ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

0 2 x 0 2 x 0 2 x

f(x) 5 3 2 x, se x > 2 f(x) 5 x 1 1, se x , 2

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Análise do gráfico da função afim

Zero da função afim
Zeros de uma função f são os números reais x para os quais f(x) 5 0. Assim,
o zero da função f dada por f(x) 5 ax 1 b é a raiz da equação ax 1 b 5 0.
No gráfico, o zero de uma função do tipo ax 1 b é a abscissa do ponto em
que a reta intersecta o eixo x.
y

ADILSON SECCO
b x
_2—,
a +
0
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Crescimento e decrescimento de uma função afim

Uma função afim, de lei f(x) 5 ax 1 b, pode ser crescente ou decrescente,
dependendo do valor do coeficiente a da função.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

Função crescente (a . 0) Função decrescente (a , 0)
y y
f(x2)

f (x1) 0 x1 x2
x
0 x1 x2 x f(x1)

f (x2)

x2 . x1 Æ ax2 1 b . ax1 1 b, x2 . x1 Æ ax2 1 b , ax1 1 b,

ou seja, f(x2) . f(x1) ou seja, f(x2) , f(x1)
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Estudo do sinal da função afim pelo gráfico

Estudar o sinal de uma função significa determinar os valores de x para os
quais seu gráfico está acima do eixo x, intersecta-o ou está abaixo dele, ou
seja, para uma função dada por f(x) 5 ax 1 b, devemos determinar para quais
valores de x a função é positiva, nula ou negativa.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

Função crescente (a . 0) Função decrescente (a , 0)

+ +
– b x b – x
2— 2—
a a

b b
f (x) 5 0 para x 5 2 f (x) 5 0 para x 5 2
a a
b b
f (x) . 0 para x . 2 f (x) . 0 para x , 2
a a
b b
f (x) , 0 para x , 2 f (x) , 0 para x . 2
a a
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Inequações
Inequações do 1o grau
Chama-se de inequação do 1o grau na incógnita x toda inequação que pode
ser reduzida a uma desigualdade em que o primeiro membro é um polinômio
do tipo ax 1 b (com a i 0) e o segundo membro é zero.

Inequações-produto
Sendo f e g funções na variável real x, chamamos de inequação-produto as
sentenças expressas por f(x) 8 g(x) . 0, f(x) 8 g(x) , 0, f(x) 8 g(x) > 0 e
f(x) 8 g(x) < 0.

Inequações-quociente
Sendo f e g funções na variável real x, com g(x) i 0, chamamos de
f(x) f(x)
inequação-quociente as sentenças expressas por . 0, , 0,
g(x) g(x)
f(x) f(x)
> 0, < 0.
g(x) g(x)
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Resolução de inequações-produto e inequações-quociente

Na resolução de inequações-produto ou inequações-quociente, primeiro
estudamos os sinais das funções separadamente. Em seguida, montamos um
quadro para estudar o sinal do produto ou do quociente.
Em (x 2 1) 8 (3x 2 2) , 0, podemos considerar f(x) = (x 1 1) e g(x) = (3x 2 2).
Sinal de f Sinal de g Quadro de sinais
2

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

—
21 3
+ +
f – + +
21 x 2 x
– – — g – – +
3
f8g + – +

21 2
2 —

S 5 {x Ñ R $ 21 , x , }
3

Inequações simultâneas
Inequações simultâneas são inequações apresentadas por duas
desigualdades ou por meio de um sistema de inequações.
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Resolução de inequações simultâneas

Para resolver inequações simultâneas, devemos encontrar a solução de cada
inequação e fazer a intersecção das soluções.
As inequações simultâneas 3 < 2x 2 2 , x 1 5 podem ser divididas
em duas inequações:
(II)
3 < 2x 2 2 , x 1 5
(I)
5
Resolvendo cada uma delas, obtemos as soluções SI 5 {x Ñ R $x > }e
2
SII 5 {x Ñ R $x , 7}.

A solução das inequações simultâneas 5

—
2
é dada pela intersecção das soluções de sI

cada uma das inequações:

ADILSON SECCO
7
sII

5
S 5 {x Ñ R $ < x , 7} sI } sII
5 7
2 —
2
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Identificação do domínio de uma função

por meio de inequações
Algumas funções reais não têm como domínio o conjunto R. Pela natureza
de suas leis, essas funções apresentam restrição de valores, tendo como
domínio um subconjunto de R (distinto de R). Um desses casos é o das
funções formadas por radicando de índice par, como:
z5
y5 x2
6
Precisamos garantir que o radicando não seja negativo. Assim, o domínio
5
para essa função é dado por D 5 {x Ñ R $x > }.
2