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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

4.12 Regras de Derivação

As regras de derivação são muito utilizadas para a resolução de diversos problemas. Para que estas possam ser usadas, vamos fazer uma
dedução das regras, o que permite determinar as derivadas das funções sem o uso da definição.

Se c é uma constante e f (x ) = c para todo x, então f ′


(x ) = 0

Prova: Seja f (x ) = c , então:

f (x +△x )−f (x ) c −c
f

(x ) = lim△x →0 usando a definição, vamos substituir f (x + △x ) = c e f (x ) = c logo lim△x →0 = lim△x →0 0 = 0
△x △x

Exemplo 1:

a) f (x ) = 5 ⇒ f

(x ) = 0 .

b) f (x )

= 2π ⇒ f (x) = 0

Resp: a) 0 b) 0 c) 0 d) 0

a) Se n é um número inteiro positivo e f (x ) = x


n
então f ′
(x ) = n. x
n−1

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b) Se f (x ) = x
−n
onde n é um número inteiro positivo e x ≠ 0 então f ′
(x ) = −n. x
−n−1

c) Se f (x ) = x n onde x > 0 e se n for par e x ≠ 0 se n for ímpar (n ≥ 2)

a) Prova. Seja f (x ) = x
n
. Então:
n n
f (x +△x )−f (x ) (x +△x ) −x

f (x ) = lim △x →0 = lim △x →0
△x △x

Expandindo (x + △x )
n
pelo Binômio de Newton, temos:

Exemplo 2:

3 ′ 2
a) f (x ) = x ⇒ f (x ) = 3x


b) f (x ) = x ⇒ f (x ) = 1

9 ′ 8
c ) f (x ) = x ⇒ f (x ) = 9x

Resp: a) 2x b) 4x
3
c ) 5s
4
d ) 7w
6

b) Prova: Trocando △x = h temos:

n n
1 1 x − ((x + h) )

n n n
n
(x +h)
−n
−x
−n
(x + h) x (x + h) x n
(x +h) −x
n
′ 1
f (x ) = lim h→0 ⇒ lim h→0 ⇒ lim h→0 ⇒ lim h→0 − . n
h h h h n
(x +h) x

por (a) temos que:

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n n
(x +h) −x
. Como limh→0 obtemos
n−1 1 1
limh→0 = n. x n
=
n 2n
h (x +h) x x

′ n−1 1 −n−1
f (x ) = −n. x . = −nx
2n
x

Portanto,

−n ′ −n−1
f (x ) = x ⇒ f (x ) = −nx

Exemplo 3:

−6 ′ −6−1 ′ −7
a) f (x ) = x ⇒ f (x ) = −6x ⇒ f (x ) = −6x

1 −4 ′ −4−1 ′ −5 4
b) f (x ) = 4
= x ⇒ f (x ) = −4x ⇒ f (x ) = −4x = − 5
x x

Resp: a) −
9
3
b) −
9
4
c)
14x
d) −
1

2x x 5 4√x
3

n −

1

c) Prova Seja f (x ) = x n = √x temos que:


n n
√x +h −√x
f

(x ) = limh→0 Fazendo t = x + h então
h

n n
√t −√x
n −


fazendo u resulta em:
n
f (x ) = limh→0 = √t e v = √x (t → x ⇒ u → v )
t −x

u−v
por (a) temos limu→v
′ 1 1 1
f (x ) = limu→v n n
= limu→v n n n n
=
u −v n−1
u − v u − v n.v

u − v u − v

Assim para x ≠ 0 e x no domínio f


1 1
′ 1 ′ 1 1 1 −(1− ) 1 −1
f (x ) = n
⇒ f (x ) = = = .x n = .x n
n−1 n n
n.√x 1 1
1−

n.(x
n−1
) n n(x n )

portanto: f ′ 1 −1
(x ) = x n
n



Exemplo 4: Seja f (x ) = √x . Calcule:

a) f ′
(x ) b) f ′
(4)

Solução:

1 1 1


a) f (x ) ′ 1 −1 1 − 1 1
= √x = x 2 ⇒ f (x ) = x 2 = x 2 = =
2 2 2√x
1

2x 2

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Logo f ′ 1
(x ) =
2√x

b) De (a) obtemos f ′ 1 ′ 11 ′ 1 ′ 1
(x ) = ⇒ f (4) = ⇒ f (4) = ⇒ f (4) =
2√x 2√4 2.2 4

5 −

Exemplo 5: Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f (x ) = √x no ponto de abscissa 32.

Solução:
1 1 4
5 − ′ 1 −1 1 − 1 1
f (x ) = √x = x 5 ⇒ f (x ) = x 5 = x 5 = = 5
5 5
4 5.√x 4

5x 5

Logo
1 ′ 1 1 1 1 1 1
⇒ f (32) = = = = = =
5 4 5.16 80
5√x 4 5
5√ (32)
4 5
5√ ((2) )
5 4 1 5.(2 )

5[((2) ) ]
5 4
5

Resp: a) −
1
b)
1
3
c) −
3 −
√x d) −
5
4

2√x 3
3√x 2 4√x 9

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4.12.3 Derivada do produto de uma constante de uma função

Sejam f uma função, c uma constante e g a função definida por g (x ) = c . f (x ) . Se f ′


(x ) existe, então g ′ (x ) = c. f

(x )

Prova. Por hipótese, existe:

f (x +△x )−f (x )
f

(x ) = lim△x →0 temos que
△x

g (x +△x )−g (x )

g (x ) = lim△x →0 (substituindo g (x ) = c . f (x ) ) tem os
△x

c .f (x +△x )−c f (x )

g (x ) = lim△x →0 (Colocando c em evidênvia)
△x

f (x +△x )−f (x )

g (x ) = lim△x →0 c [ ] (Como c é uma constante, podemos colocar fora do limite)
△x

f (x +△x )−f (x )

g (x ) = c lim△x →0 A derivada da função em relação a f (x ) é f ′
(x )
△x

′ ′
g (x ) = c . f (x )

Exemplos 6:

a) Se f (x ) = 4x
3
então f ′
(x ) = 4(3x
2
) então f ′
(x ) = 12x
2
)

b) f (x ) = −3x
5
então f ′
(x ) = −3(5x
4
) então f ′
(x ) = −15x
4

3 −

Resp: a) 2 18 14
21x b) 12√x c) 7
d) −
8
x 3x

Sejam f e g duas funções e h uma função definida por h(x ) = f (x ) + g (x ) . Se f ′


(x ) e g (x )

existem então h′ (x ) = f
′ ′
(x ) + g (x )

Prova. Por hipótese, existem:

f (x +△x )−f (x ) g (x +△x )−g (x )


f

(x ) = lim△x →0 e g ′ (x ) = lim△x →0
△x △x

Temos:

h(x +△x )−h(x )



h (x ) = lim△x →0 é o limite da soma das funções f ′ ′
(x ) e g (x )
△x

Note que: esta propriedade se aplica para um número finito de funções, isto é, a derivada da soma de um número finito de funções é igual à
soma de suas derivadas, se estas existirem.

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Exemplo 7: Seja a função f (x ) = 3x
4
+ 8x + 5 encontre f ′
(x )

Solução:

4
f (x ) = 3x + 8x + 5

′ 4−1 1−1
f (x ) = 3.4x + 8.1x + 0

′ 3
f (x ) = 12x + 8

Exemplo 8. Problema de Aplicação: Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a exportação brasileira de soja para
a China nos anos de 2009 a 2012, em milhões de toneladas, pode ser modelada pela função, E (t ) = 0, 1t
2
− 3997t + 399405 . Determine:

a) Qual a taxa de variação da exportação para 2010.

b) Qual será a estimativa da taxa de crescimento da exportação de soja brasileira para China em 2013?

Solução:

a) Para encontrarmos a taxa de variação da exportação, da função dada devemos inicialmente encontrar a derivada

2
E (t ) = 0, 1t − 399, 7t + 399405

E (t ) = 2.0, 1t − 399, 7

E (t ) = 0, 2t − 399, 7


E (2010) = 0, 2(2010) − 399, 7


E (t ) = 2, 3

Logo, para o ano de 2010, a taxa de variação da exportação é de 2,3%.

b) Para encontrarmos a estimativa da taxa de crescimento da exportação para a China em 2013, já temos a equação da taxa de variação que é:
E (t ) = 0, 2 − 399, 7 . Desta forma substituindo o ano de 2013 em t, obtemos:

E (t ) = 0, 2t − 399, 7 ⇒ E (2013) = 0, 2(2013) − 399, 7 = 2, 9

Desta forma, temos que a taxa de variação do crescimento para o ano de 2013 será de 2,9%.

Exemplo 9. Encontre os pontos sobre a curva y = x


4
− 6x
2
+ 4 onde a reta tangente é horizontal.
Solução:
As tangentes horizontais ocorrem quando a derivada for zero. Temos:
4 2
y = x − 6x + 4

y

= 4x
3
− 12x Colocando x e o 4 em evidência, temos:
y

= 4x (x
2
− 3) . Como a derivada onde a tangente é horizontal temos que y ′ = 0 . Assim:

y

= 4x (x
2
− 3) = 0 x = 0 ou x
2
− 3 = 0 ⇒ x = ±√3
– –
Logo, a curva dada tem tangentes horizontais quando x = 0, x = −√3 e x = √3 . Os pontos correspondentes são (substituindo o valor do
– –
x em y = x
4
− 6x
2
+ 4 ) temos que: (0, 4) (√3 , −5) (−√3 , −5) . Isso de fato ocorre, observe a Figura 15.

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Figura 15: A curva y = x


4
− 6x
2
+4 e suas tangentes horizontais

Podemos derivar qualquer polinômio temo a termo, assim como fizemos com os polinômios dos exemplos anteriores. Todos os polinômios são
deriváveis em todos os valores de x .

3 −

Resp: a)
4 3 2 3 16 6 14 8
− x + 15x − 7 b) 24x + 12√x c) + 28x d) − +
3 9 8 3
x 3x 3√x

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4.12.5 Derivada do produto

Sejam f e g duas funções e h uma função definida por \(h(x)=f(x).g(x)\). Se \(f'(x)\;e\;g'(x)\) existem então \(h'(x)=f'(x).g(x)+f(x).g'(x)\)

Prova. Por hipótese, existem

\(f'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\) e \(g'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}{\triangle


x}\)

Pelo Teorema. Toda função derivável num ponto x1 é contínua nesse ponto, podemos concluir que f é contínua e assim \(\lim_{\triangle
x\rightarrow0}f(x+\triangle x)=f(x)\). Assim:

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{h(x+\triangle x)-h(x)}{\triangle x}\) é o limite do produto das funções \(f(x)\;e\;g(x)\)

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x).g(x+\triangle x)-f(x).g(x)}{\triangle x}\) adicionando e subtraindo ao numerador a


expressão \(f(x+\triangle x).g(x)\)

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x).g(x+\triangle x)-f(x+\triangle x).g(x)+f(x+\triangle x).g(x)-f(x).g(x)}{\triangle x}\) separando


as funções \(f(x)\;e\;g(x)\)

\(\begin{array}{l}h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x).\left[g(x+\triangle x)-g(x)\right]+g(x)\left[f(x+\triangle x)-f(x)\right]}{\triangle


x}\\h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left[f(x+\triangle x)\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}{\triangle x}\right]+\lim_{\triangle
x\rightarrow0}\left[g(x)\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\right]\\h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}f(x+\triangle x).\lim_{\triangle
x\rightarrow0}\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}{\triangle x}+\lim_{\triangle x\rightarrow0}g(x).\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle
x}\\h'(x)=f(x).g'(x)+f'(x).g(x)\end{array}\)

A regra do produto também é conhecida, trocando f(x) = u e g(x) = v, assim temos:

\(u.v=u'.v+u.v'\)

Exemplo 10: Encontre a derivada das seguintes funções:

a) \(h(x)=(x+1).(x^2+2x+1)\)

Solução:

Primeiramente, vamos identificar as funções:

Podemos observar que temos duas funções desta forma, vamos aplicar a regra do produto. Para aplicar esta regra, vamos escrever \(f(x)=u\) e \
(g(x)=v\). Desta forma, temos:

Fazendo \(u=(x+1)\) e \(v=(x^2+2x+1)\), aplicando a regra temos

\(\begin{array}{l}(u.v)'=u'.v+u.v'\\(u.v)'=1.(x^2+2x+1)+(x+1).(2x+2)\\(u.v)'=x^2+2x+1+2x^2+2x+2x+2\\(u.v)'=3x^2+6x+3\end{array}\)

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b) \(h(x)=x\sqrt[3]x\)

Solução:

Antes de encontrarmos a derivada da função, vamos organizar a função da melhor forma possível para facilitar a derivação. Então podemos
escrever a raiz cúbica em forma de potência, veja: \(h(x)=x.(x)^\frac13\). Identificando as funções temos:

Podemos observar que temos duas funções, e para encontrarmos a derivada da função devemos utilizar a regra do produto. Vamos escrever \
(f(x)=u\) e \(g(x)=v\), ou seja, \(u=x\) e \(v=(x)^\frac13\). Aplicando a regra do produto temos:

\(\begin{array}{l}(u.v)'=u'.v+u.v'\\(u.v)'=1.(x)^\frac13+x.\frac13x^\frac{-2}3\\(u.v)'=(x)^\frac13+x.\frac1{3x^{\displaystyle\frac{-2}3}}\\
(u.v)'=\sqrt[3]x+\frac x{3\sqrt[3]{x^2}}\end{array}\)

Resp: \(a)\;\frac{x^2-2}{x^2}\;\;\;\;\;b)\;3(\cos\left(x\right)-x\sin\left(x\right))\)

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4.12.6 Derivada de uma quociente

1. Sejam \(f\) e \(g\) funções e \(h\) a função definida por \(h(x)=\frac{f(x)}{g(x)}\) onde \(g(x)\neq0\). Se \(f'(x)\;e\;g'(x)\) existem então: \
(h'(x)=\frac{f'(x).g(x)-f(x).g'(x)}{\left[g(x)\right]^2}\)

Prova. Por hipótese, existem

\(f'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\;\;e\;\;g'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}{\triangle


x}\)

Temos também pelo Teorema. Toda função derivável num ponto x1 é contínua nesse ponto, podemos concluir que f é contínua e assim \
(\lim_{\triangle x\rightarrow0}g(x+\triangle x)=g(x)\). Assim:

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{h(x+\triangle x)-h(x)}{\triangle x}\) é o limite do quociente das funções f(x) e g(x)

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{{\displaystyle\frac{f(x+\triangle x)}{g(x+\triangle x)}}-\displaystyle\frac{f(x)}{g(x)}}{\triangle x}\)

\(h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac1{\triangle x}\left[\frac{f(x+\triangle x).g(x)-f(x).g(x+\triangle x)}{g(x+\triangle x).g(x)}\right]\) adicionando e


subtraindo ao numerador a expressão \(f(x).g(x)\)

\(\begin{array}{l}h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac1{\triangle x}\left[\frac{f(x+\triangle x).g(x)-f(x).g(x)+f(x).g(x)-f(x).g(x+\triangle x)}


{g(x+\triangle x).g(x)}\right]\\h'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left[\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}g(x)-f(x)\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}
{\triangle x}\right]\end{array}\)

\(\begin{array}{l}h'(x)=\frac{\lim_{\triangle x\rightarrow0}{\displaystyle\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}}.\lim_{\triangle x\rightarrow0}g(x)-


\lim_{\triangle x\rightarrow0}f(x).\lim_{\triangle x\rightarrow0}\displaystyle\frac{g(x+\triangle x)-g(x)}{\triangle x}}{\lim_{\triangle
x\rightarrow0}g(x+\triangle x).\lim_{\triangle x\rightarrow0}g(x)}\\h'(x)=\frac{f'(x).g(x)-f(x).g'(x)}{g(x).g(x)}\\h'(x)=\frac{f'(x).g(x)-f(x).g'(x)}
{\left[g(x)\right]^2}\end{array}\)

A regra do quociente também é conhecida, trocando f(x) = u e g(x) = v, assim temos:

\(\frac uv=\frac{u'.v-u.v'}{v^2}\)

Exemplo 11: Encontre a derivada da função \(f(x)=\frac{x^2-4}{x^2-5x+3}\) e calcule f ’(2).

Solução:

Temos uma função racional, desta forma para encontrarmos a derivada, devemos utilizar a regra do quociente.

Vamos considerar a função \(u=x^2-4\;e\;v=x^2-5x+3\).

Aplicando na regra temos:

\(\begin{array}{l}\frac uv=\frac{u'.v-u.v'}{v^2}\\\frac uv=\frac{(2x).(x^2-5x+3)-(x^2-4).(2x-5)}{(x^2-5x+3)^2}\;Multiplicando\;cada\;termo\\\frac


uv=\frac{(2x^3-10x^2+6x)-(2x^3-5x^2-8x+20)}{(x^2-5x+3)^2}\end{array}\)

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\(\begin{array}{l}\frac uv=\frac{2x^3-10x^2+6x-2x^3+5x^2+8x-20)}{(x^2-5x+3)^2}Fazendo\;o\;jogo\;de\;\sin ais\\\frac uv=\frac{2x^3-5x^2+14x-


2x^3-20)}{(x^2-5x+3)^2}\;somando\;os\;termos\;semelhantes\end{array}\)

\(\begin{array}{l}\frac uv=\frac{-5x^2+14x-20}{(x^2-5x+3)^2}\;\log o,\\f'(x)=\frac{-5x^2+14x-20}


{(x^2-5x+3)^2}\end{array}\)

Fazendo o cálculo de \(f'(x)\)

Vamos usar a derivada que encontramos

e substituir x por 2.

\(\begin{array}{l}f'(x)=\frac{-5x^2+14x-20}{(x^2-5x+3)^2}\\f'(2)=\frac{-5(2)^2+14(2)-20}{((2)^2-
5(2)+3)^2}\\f'(2)=\frac{-12}{(4+3-10)^2}=\frac{-12}{(-3)^2}=\frac{-12}9=\frac{-4}3\\f'(2)=-
\frac43\end{array}\)

Exemplo 12. Problema de Aplicação: A empresa CG, produz peças para automóveis, e diariamente um funcionário tem a função de fazer a
contagem do número de peças defeituosas produzidas. Com os dados coletados a empresa obteve a porcentagem P de peças defeituosas
durante t dias. A função pode ser modelada por \(P=\frac{2t^4+120t^2}{30t^2+225t}\). Determine:

a) A taxa de variação instantânea de P

b) A taxa de variação instantânea de P para t =1

c) A taxa de variação instantânea de P para t= 10

d) O que você pode concluir?

Solução

a) Para encontrarmos a taxa de variação da porcentagem do número de peças defeituosas vamos encontrar a derivada da função \
(P=\frac{2t^4+120t^2}{30t^2+225t}\). Podemos observar que a função P, é uma função racional. Para encontrarmos a derivada vamos utilizar a
regra do quociente. Vamos escrever \(u=2t^4+120t^2\) e \(v=30t^2+225t\). Aplicando a regra, temos:

\(\frac uv=\frac{u'.v-u.v'}{v^2}\)

\(\frac uv=\frac{(8t^3+240t)(30t^2+225t)-(2t^4+120t^2)(60t+225)}{(30t^2+225t)^2}\) fazendo multiplicação de cada termo

\(\frac uv=\frac{240t^5+1800t^4+7200t^3+54000t^2-(120t^2+500t^4+7200t^3+27000^2)}{(30t^2+225t)^2}\) fazendo o jogo de sinal

\(\frac uv=\frac{240t^5+1800t^4+7200t^3+54000t^2-120t2-500t^4-7200t^3-27000^2}{(30t^2+225t)^2}\) somando os termos semelhantes

\(\frac uv=\frac{120t^5+1300t^4+27000^2)}{(30t^2+225t)^2}\) logo,

\(P'(t)=\frac{120t^5+1300t^4+27000t^2}{(30t^2+225t)^2}\)

b) Para t=1 dia

Para encontrarmos o percentual da taxa de variação instantânea em um dia, vamos utilizar a taxa de variação encontrada em (a)

\(\begin{array}{l}P'(t)=\frac{120t^5+1300t^4+27000t^2}{(30t^2+225t)^2}\\P'(1)=\frac{120(1)^5+1300(1)^4+27000(1)^2}
{(30(1)^2+225(1))^2}\\P'(1)=\frac{28420}{65025}\\P'(1)=0,43\%\end{array}\)

c) Para t=10 dias

Para encontrarmos o percentual da taxa de variação instantânea em dez dias, vamos utilizar a taxa de variação encontrada em (a)
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\(\begin{array}{l}P'(t)=\frac{120t^5+1350t^4+27000t^2}{(30t^2+225t)^2}\\P'(10)=\frac{120(10)^5+1350(10)^4+27000t(10)^2}
{(30(10)^2+225(10))^2}\\P'(10)=\frac{28.200.000}{27.562.500}\\P'(10)=1,023\%\end{array}\)

d) É possível concluir que aumentando o número de dias, o percentual do número de peças defeituosas está aumentando. Desta forma, a
empresa deve fazer um controle mais rigoroso para evitar maiores números de peças defeituosas.

Resp: \(a)\;\frac{-4x^2+10x-4}{(x^2-1)^2}\;\;\;\;b)\;\frac{-6x^3+15}{(x^3+5)^2}\)

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4.12.7 Derivada da função composta

Consideremos duas funções deriváveis f e g onde \(y=g(u)\) e \(u=f(x)\).

Para todo x tal que f(x) está no domínio de g, podemos escrever \(y=g(u)=g\left[f(x)\right]\) isto é, podemos considerar a função composta \
((g_0f)(x)\).

Por exemplo, uma função tal como \(y=(x^2-4)^5\) pode ser compreendida como a composta das funções \(y=u^5;\;\;u=x^2-4=f(x)\).

Desta forma temos a regra da cadeia, que nos fornece a derivada da função composta \(g\circ f\) em termos das derivadas de \(f\) e \(g\).

Prova: Vamos fazer a demonstração supondo que existe um intervalo aberto I contendo x, tal que

\(\triangle u=\left[f(x+\triangle x)-f(x)\right]\neq0\) sempre que \((x+\triangle x)\in I\) e \(\triangle x\neq0\) (1)

Isso se verifica para um grande número de funções, porém não para todas. Por exemplo, se f for uma função constante a condição acima não é
satisfeita. Porém neste caso podemos provar a fórmula facilmente. De fato, se f(x) = c então f ’(x)= 0 e \(g\left[f(x)\right]=g(c)\) é constante.
Assim \(y'(x)=0=g'(u).f'(x)\).

Então provemos que \(y'(x)=g'(u).f'(x)\) quando f(x) satisfaz a condição (1)

Como \(y=g\left[f(x)\right]\) temos:

\(y'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{g\left[f(x+\triangle x)\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}\) se este limite existir

Vamos considerar primeiro o quociente

\(\frac{g\left[f(x+\triangle x)\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}\)

Seja \(\triangle u=f(x+\triangle x)-f(x)\). Então \(\triangle u\) depende de \(\triangle x\) e \(\triangle u\rightarrow0\) quando \(\triangle x\rightarrow0\).
Temos

\(\frac{g\left[f(x+\triangle x)\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}=\frac{g\left[f(x)+\triangle x\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}=\frac{g(u+\triangle u)-


g(u)}{\triangle x}\)

Pela condição (1) temos que \(\triangle u\neq0\) em um intervalo aberto contendo \(x\). Assim, podemos dividir e multiplicar o quociente acima
por \(\triangle u\). Temos então:

\(\frac{g\left[f(x+\triangle x)\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}=\frac{g(u+\triangle u)-g(u)}{\triangle x}.\frac{\triangle u}{\triangle


u}=\frac{g(u+\triangle u)-g(u)}{\triangle u}.\frac{\triangle u}{\triangle x}=\frac{g(u+\triangle u)-g(u)}{\triangle u}.\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\)

Aplicando o limite, temos:

\(y'(x)=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{g\left[(f(x+\triangle x)\right]-g\left[f(x)\right]}{\triangle x}=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{g(u+\triangle u)-


g(u)}{\triangle u}.\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}=g'(u).f'(x)\)

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Exemplo 13: Determine a reta tangente à curva da função \(y=\sqrt{3x^2+7}\) para x=3.

Solução:

Vamos escrever a função de outra forma, substituindo a raiz por um expoente, ou seja,

\(y=\sqrt{3x^2+7}=(3x^2+7)^\frac12\)

Em seguida, usando como função interna, vamos fazer \(u=3x^2+7\). Aplicando a regra da cadeia em conjunto com a regra da potência temos:

\(\frac{dy}{dx}=\frac{dy}{du}.\frac{du}{dx}\) Vamos encontrar as derivadas de cada função:

Primeiramente vamos reescrever a função em função de u, assim \(y=\sqrt u\) reescrevendo a função em forma de potência temos: \(y=
(u)^\frac12\)

Fazendo a derivada de y, temos: \(y=(u)^\frac12\Rightarrow y'=\frac12u^\frac{-1}2\Rightarrow


y'=\frac1{2(u)^{\displaystyle\frac12}}\Rightarrow\frac1{2\sqrt u}\)

Fazendo a derivada de u temos: \(u=3x^2+7\Rightarrow u'=6x\)

Substituindo as derivadas na regra da cadeia, temos:

\(\frac{dy}{dx}=\frac{dy}{du}.\frac{du}{dx}\Rightarrow\frac{dy}{dx}=\frac1{2\sqrt u}.6x\Rightarrow\frac{dy}
{dx}=\frac1{2\sqrt{3x^2+7}}.6x\Rightarrow\frac{6x}{2\sqrt{3x^2+7}}=\frac{3x}{\sqrt{3x^2+7}}\)

Logo, \(y'=\frac{3x}{\sqrt{3x^2+7}}\)

Exemplo 14. Problema de Aplicação. Um investidor deposita R$ 2.000,00 em um determinado banco, a uma taxa anual de r de juros,
capitalizados mensalmente. Após 3 anos, o montante da conta é dado por: \(M=2000.\left(1+\frac r{12}\right)^{36}\). Determine:

a) A taxa de variação de \(M\) em relação a \(r\);

b) A taxa de variação quando \(r=0,06\)

c) A taxa de variação quando \(r=0,15\)

Solução.

a) Inicialmente vamos encontrar a taxa de variação do montante em relação a r taxa de juros.

Usando a regra da cadeia, primeiramente escrevemos \(u=1+\frac r{12}\) logo, \(M=2000.\left(u\right)^{36}\).Assim,

\(\begin{array}{l}\frac{dM}{dr}=\frac{dM}{du}.\frac{du}{dr}\\\frac{dM}{dr}=(2000.36.u^{35}).\left(\frac1{12}\right)\\\frac{dM}{dr}=\frac{72000}
{12}u^{35}\end{array}\)

\(\frac{dM}{dr}=6000.u^{35}\) substituindo o valor de \(u\)

\(\frac{dM}{dr}=6000.\left(1+\frac r{12}\right)^{35}\)

Logo, obtemos o a taxa de variação do montante em relação a taxa anual de juros (r). Agora basta substituir os valores solicitados para r, e
encontrar as taxas de variação.

b) Para r = 0,06
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\(\frac{dM}{dr}=6000.\left(1+\frac{0,06}{12}\right)^{35}=7.144,36\)

c) Para r = 0,15

\(\frac{dM}{dr}=6000.\left(1+\frac{0,15}{12}\right)^{35}=9.267,81\)

Note que: A taxa de variação do montante em um período de 3 anos foi de R$7.144,36, para r= 0,06 e de R$ 9.267,81 para a r=0,15.

Exemplo 15. Dada a função \(y=\sin\left(x^2+3x\right)\), encontre a derivada.


Solução.
Aplicando a regra da cadeia temos:

Exemplo 16. Como vimos na seção 4.11 a função valor absoluto \(y=\left|x\right|\) não é derivável em \(x=0\). No entanto, a função é derivável
para todos os outros números reais. Lembrando que \(\left|x\right|=\sqrt{x^2}\), podemos deduzir a seguinte fórmula:

\(\frac d{dx}\left|x\right|=\frac d{dx}\sqrt{x^2}\) Derivando \(\frac d{dx}\sqrt{x^2}\) usando a regra da cadeia obtemos:

\(\begin{array}{l}\frac d{dx}\left|x\right|=\frac1{2\sqrt{x^2}}2x\\\frac d{dx}\left|x\right|=\frac1{\sqrt{x^2}}x\\\frac d{dx}\left|x\right|=\frac x{\sqrt{x^2}}\\\frac


d{dx}\left|x\right|=\frac x{\left|x\right|},\;\;\;\;\;x\neq0\end{array}\)

Assim, temos que a derivada do valor absoluto será \(\frac d{dx}\left|x\right|=\frac x{\left|x\right|},\;\;\;\;\;x\neq0\)

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Resp: \(a)\;\frac{6x+5}{2\sqrt{3x^2+5x}}\;\;\;\;\;\;\;b)\;\frac{84x^2}{\left(-7x^3+5\right)^5}\)

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4.12.8 Derivada da função inversa

Teorema

Seja \(f(x)\) uma função definida em um intervalo aberto (a,b). Supondo que \(f(x)\) admita uma função inversa \(x=g( y )\) contínua. Se a
derivada de \(y=f(x)\) existe e é diferente de zero para qualquer \(x\in(a,b)\), então a inversa de \(f(x)\;\left(g( y )=\frac1{f(x)}\right)\) é derivável e
o resultado dessa derivada é

\(g'\left(y\right)=\frac1{f'(x)}=\frac1{f'\left[g( y )\right]}\)

Vamos provar esse teorema

Figura 4.16 Representação gráfica da derivada inversa

Observando a Figura 4.16 temos \(y=f(x)\;e\;\triangle y=f(x+\triangle x)-f(x)\). Nas funções que tem inversa, se \(\triangle x\neq0\) temos que \
(f(x+\triangle x)-f(x)\neq0\), ou seja, \(\triangle x\neq0\) Como a função f é contínua, sempre que \(\triangle x\rightarrow0\) temos que \(\triangle
y\rightarrow0\).

\(x=g( y )\;e\;x+\triangle x=g(y+\triangle y)\), temos: \(\triangle x=g(y+\triangle y)-x\), ou ainda \(g(y+\triangle y)-g( y )\)

Para qualquer função y=f(x) temos a razão incremental \(\frac{\triangle x}{\triangle y}\) de modo que o limite da razão incremental é a derivada
da função.

Ainda, observando o gráfico podemos ver que \(\triangle y=f(x+\triangle x)-f(x)\) e da equação (03) podemos escrever a razão incremental
formando a seguinte identidade:

\(\begin{array}{l}\frac{\triangle x}{\triangle y}=\frac{g(y+\triangle y)-g( y )}{\triangle y}=\frac{(x+\triangle x)-x}{f(x+\triangle x)-f(x)}\\\frac{g(y+\triangle


y)-g( y )}{\triangle y}=\frac{\triangle x}{f(x+\triangle x)-f(x)}\end{array}\)

Que, por um jogo matemático pode ser escrito da seguinte forma:

\(\frac{g(y+\triangle y)-g( y )}{\triangle (04)


y}=\frac1{\displaystyle\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}}\)

Como a derivada existe e é diferente de zero para todo \(x\in(a,b)\), e, o limite da razão incremental é a derivada da função, calculando o limite
da equação (04), temos:

\(\lim_{\triangle y\rightarrow0}\frac{g(y+\triangle y)-g( y )}{\triangle y}=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac1{\displaystyle\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}


{\triangle x}}\)

Ou ainda’

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\(\lim_{\triangle y\rightarrow0}\frac{g(y+\triangle y)-g( y )}{\triangle y}=\frac1{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\displaystyle\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}


{\triangle x}}\)

Ou seja,

\(g'( y )=\frac1{f'(x)}\)

Exemplo 17: Seja \(f\left(x\right)=2x+5\) encontre a função inversa.

Sendo \(y=f\left(x\right)\), a função inversa encontramos isolando a variável \(x\).

Solução:

Temos então \(x=\frac{f(x)-5}2\), como \(y=f(x)\), temos \(x=\frac{y-5}2\) e como \(x=g( y )\), temos \(g( y )=\frac{y-5}2\)

Derivando f(x) encontramos \(f'(x)=2\)

Derivando \(g( y )\) encontramos \(g'( y )=\frac12\)

Podemos observar que \(g'\left(y\right)=\frac1{f'\left(x\right)}\)

Exemplo 18. Seja \(f(x)=3x^2\)considerando o dominio \(R_+\) e sendo \(y=f(x)\), a função inversa encontramos isolando a variável \(x\).

Solução:

Temos então \(x=\sqrt{\frac{f(x)}3}\) , como \(y=f(x)\), temos \(x=\sqrt{\frac y3}\) e como \(x=g( y )\), temos \(g( y )=\sqrt{\frac y3}\)

Derivando \(f(x)\) encontramos \(f'(x)=6x\)

Derivando \(g( y )\) encontramos \(g'( y )=\frac1{2\sqrt{3y}}\)

De outra forma poderíamos obter a mesma resposta. Se a derivada da função \(y\) em relação a \(x\) pode ser escrita como \(f'(x)=\frac{dy}
{dx}\) a inversa é \(g'\left(\;y\;\right)=\frac{dx}{dy}\). Como \(\frac{dy}{dx}=6x\), temos a inversa sendo \(\frac{dx}{dy}=\frac1{6x}\) . Escrevendo x
como função de y, ou seja, \(x=\sqrt{\frac y3}\) e substituindo na derivada, temos:

\(\frac{dx}{dy}=\frac1{6\sqrt{\displaystyle\frac y8}}\). Racionalizando o denominador podemos encontrar \(g'( y )=\frac{dx}{dy}=\frac1{2\sqrt{3y}}\)

Podemos observar que \(g'\left(\;y\right)=\frac1{f'\left(x\right)}\) depois de escrever x em função de \(y\).

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Figura 17: Representa a função \(f(x)=3x^2\) e sua inversa \(f^{-1}\left(x\right)=\sqrt{\frac x3}\)

Exemplo 19. Considere a função \(f(x)=x^3+x\). Determine:


a) A função \(f\) é invertível?
b) Calcule a derivada da função inversa
c) Calcule \(\left(f^{-1}\right)'\left(2\right)\)

Solução:
(a e b) Observe que não conhecemos a função inversa de \(f(x)=x^3+x\). Portanto vamos usar o Teorema da Função Inversa:
Assim, encontrando a derivada de \(f(x)=x^3+x\), temos: \(f'(x)=3x^2+1\) com \(f'\left(x\right)\neq0\;\;\;\forall x\in\mathbb{R}\). Assim, \(f\) é
invertível e \(\left(f^{-1}\right)\left(y\right)-\frac1{f'\left(x\right)}=\frac1{3x^2+1}\)

c) Para encontrar a \((f^-1)'(2)\) primeiro vamos encontrar \((f^-1)(2)\), isto é, ver para que valor de \(x\) temos \(y=f(x)=2\)
\(f\left(x\right)=2=x^3+x-2=0\)
Se o polinômio \(x^3+x-2\) tiver raízes inteiras elas só podem ser -1, 1, -2, ou 2, que são os divisores de 2. Então vamos substituir cada um
destes possíveis valores em e verificar qual deles dá zero, isto é, se realmente é uma raíz do polinômio.
Após substituir encontramos que 1 é a raiz do polinômio \(x^3+x-2\).
Como a função dada é invertível, 1 tem que ser a única raiz real deste polinômio, pois senão a função não seria injetora.

Logo, \(x=f^{-1}\left(2\right)=1\). Assim, \(f^{-1}\left(2\right)=\frac1{f'\left(1\right)}=\frac1{3\left(1\right)^2+1}=\frac14\)

Resp: \(a)\;\frac12\;\;\;b)\;\frac25x\)

Seja a função \(y=(a^x),\;(a>0\;e\;a\neq1)\), então a derivada da função é \(f'(x)=a^x\ln\left(a\right)\).

Vamos provar:

Seja a função \(y=(a^x),\;(a>0\;e\;a\neq1)\) e, sabendo que \(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}}\),


temos:

\(\begin{array}{l}y'=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{a^{(x+\triangle x)}-a^x}{\triangle x}\\y'=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{a^x(a^{\triangle x}-1)}


{\triangle x}\end{array}\)

\(y'=\lim_{\triangle x\rightarrow0}a^x.\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{a^{\triangle x}-1}{\triangle x}\)

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Lembrando que \(\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{a^{\triangle x}-1}{\triangle x}=\ln\left(a\right)\) é o limite fundamental visto no capítulo de
limites,

Assim, concluímos que: \(y'=a^x\ln\left(a\right)\)

Observe que o limite é o valor da derivada de \(f\) em zero, isto é,


\(\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{a^{\triangle x}-1}{\triangle x}=f'\left(0\right)\)
Portanto mostramos que se a função exponencial \(f(x)=a^x\) for derivável em zero, então é derivável em toda parte e \
(f'\left(x\right)=f'\left(0\right)a^x\). Essa equação se refere a taxa de variação de qualquer função exponencial é proporcional à própria função . (A
inclinação é proporcional a altura).
De todas as possíveis escolhas para a base a, a fórmula de derivação mais simples ocorre quando \(f'(0)=1\). É tradição denotar esse valor pela
letra \(e\). Desse modo temos a seguinte definição:

Geometricamente, isso siginifica que, de todas as possíveis funções exponenciais \(y=a^x\), a função \(f(x)=e^x\) é aquela cuja a reta tangente
em \((0,1)\) tem uma inclinação \(f'(0)=1)\)

Figura Função exponencial

Figura 18: Função exponencial \(f(x)=ex\) com inclinação igual a 1.

Supondo que \(a=e\), e consequentemente \(f'(0)=1\), então temos a seguinte derivada

Lembrando que \(e\) é o número neperiano,

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Exemplo 20. Determine a derivada das seguintes funções:


a) \(y=\frac1{x^2}\left(2x+e^x\right)\) b) \(y=5e^{2x}+\frac12e^{-x}\)
Solução:
a) Seja a função \(y=\frac1{x^2}\left(2x+e^x\right)\), para encontrarmos a derivada é necessário utilizarmos a REGRA DO PRODUTO. Assim,
temos que \(u.v=u'v+uv'\) em que \(u=\frac1{x^2}\) e \(v=2x+e^x\)
\(u'=-\frac2{x^3}\;\;e\;\;\;v'2+e^x\). Logo, \(u.v=-\frac2{x^3}.\left(2x+e^x\right)+\frac1{x^2}.\left(2+e^x\right)\)

\(u.v=\frac{-4}{x^2}-\frac{e^x}{x^3}+\frac2{x^2}+\frac{e^x}{x^2}\;\;\;\;\;\;\;\;u.v=\frac1{x^2}\left(e^x-2\right)-\frac{e^x}{x^3}\;\;\;\;y'=\frac1{x^2}\left(e^x-
2\right)-\frac{e^x}{x^3}\)

b) Seja a função \(y=5e^{2x}+\frac12e^{-x}\), para encontrarmos a derivada basta derivarmos cada termo:
\(y=5e^{2x}\Rightarrow y'=5.e^{2x}.2\Rightarrow y'=10e^{2x}\)
\(y=\frac12e^{-x}\Rightarrow y'=\frac12e^{-x}\left(1\right)\Rightarrow y'=-\frac12e^{-x}\) Após derivar cada um dos termos, temos:

\(y=5e^{2x}+\frac12e^{-x}\Rightarrow y'=10e^{2x}-\frac12e^{-x}\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;y'=10e^{2x}-\frac12e^{-x}\)

Para o caso de \(a=e\), onde \(e\) é o número neperiano, temos:

\(y=e^x\) de modo que \(y'=e^x\ln\left(e\right)\) de modo que \(y'=e^x\)

Exemplo 21. Determine a derivada das seguintes funções:

a) \(y=5^{3x^2+2x+1}\)

Solução:

Vamos utilizar a regra exponencial em que a base temos \(a>0\;\;a\neq1\)

\(y'=5^{3x^2+2x+1}.(6x+2).\ln\left(5\right)\)

\(\begin{array}
{l}b)\;y=\left(\frac13\right)^{\frac12x+1}\\y'=\left(\frac13\right)^{\frac12x+1}.\frac12\ln\left(\frac13\right)\\\\c
\frac2{x^2}\\y'=-\frac2{x^2}.e^{\frac2x+7}\end{array}\)

Exemplo 22. Problema de Aplicação: No Banco “ZNZ” o saldo Y (em reais) de uma caderneta de poupança é dado por \
(y=2500.e^{0,054t}\) onde t é medido em anos. Determine a taxa com a qual o saldo está variando para:

a) \(t=1\) ano b) \(t-5\) anos

Solução

Precisamos encontrarmos qual é a taxa de variação do saldo da caderneta de poupança em um determinado período de tempo, e neste caso o
tempo é dado em anos, devemos encontrar a derivada da função dada, assim:

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\(\begin{array}{l}y'=2500.e^{0,054t}.0,054\\y'=135.e^{0,054t}\end{array}\)

Agora substituindo t pelo tempo:

a) t=1 ano

\(\begin{array}{l}y(1)'=135.e^{0,054(1)}\\y(1)'=142,50\end{array}\)

b) t= 5 anos

\(\begin{array}{l}y(5)'=135.e^{0,054(5)}\\y(5)'=176,84\end{array}\)

Desta forma, temos o saldo da caderneta de poupança sobre variações, ou seja, em um ano variou R$ 142,50 e passou para R$ 176,84 em
cinco anos.

Resp: \(a)\;2^{3x^4+3x+3}.(12x^3+3).\ln\left(2\right)\;\;\;\;\;\;\;\;b)\;-\frac5{x^2}.e^\frac1x\)

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4.12.10. Derivada da função logaritma

Seja a função \(y=\log_a\left(x\right)\;(a>0,\;a\neq1)\), então a sua derivada:

\(y'=\frac1x\log_a\left(e\right)\;(a>0,a\neq1)\)

Vamos provar essa fórmula.

Fazendo as substituições adequadas, temos:

\(y'=\underset{}{\mathrm{li}m_{\triangle
x\rightarrow0}}\frac{\log_a\left(x\right)+\triangle x-\log_a\left(x\right)}{\triangle x}\)

Usando as propriedades dos logaritmos podemos reescrever assim:

\(y'=\underset{}{\mathrm{li}m_{\triangle
x\rightarrow0}}\frac{\log_a\left({\displaystyle\frac{x+\triangle x}x}\right)}{\triangle x}\).
Que pode ser escrito da seguinte forma:
http://localhost/mod/book/view.php?
id=165&chapterid=450

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac1{\triangle x}\left[\log\left(1+\frac{\triangle x}x\right)\right]}\). Usando uma propriedade dos


logaritmos, temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\log_a\left(1+\frac{\triangle x}x\right)^\frac1{\triangle x}\).

No estudo de limites vimos que essa proposição pode ser escrita como segue:

\(y'=\log_a\left[\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left(1+\frac{\triangle x}x\right)^\frac1{\triangle x}}\right]\).

Querendo chegar a uma das definições de limites vista no capítulo 2, temos:

\(y'=\log_a\left[\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left(1+\frac{\displaystyle\frac{\triangle x}{\triangle x}}{\displaystyle\frac x{\triangle


x}}\right)^\frac1{\triangle x}}\right]\). Vamos arrumar mais um pouco. Vamos multiplicarmos o expoente por \(\frac xx\), e então temos:

\(y'=\log_a\left[\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left(1+\frac1{\displaystyle\frac x{\triangle x}}\right)^{\frac1{\triangle x}.\frac xx}}\right]\)


Podemos escrever essa proposição da seguinte forma:

\(y'=\log_a\left[\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left(1+\frac1{\displaystyle\frac x{\triangle x}}\right)^\frac x{\triangle x}}\right]^\frac1x\).


Usando uma propriedade dos logaritmos, temos:

\(y'=\frac1x\log_a\left[\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}\left(1+\frac1{\displaystyle\frac x{\triangle x}}\right)^\frac x{\triangle x}}\right]\). Agora


sim. Observando dentro dos colchetes, sabemos que esse limite resulta em Portanto a derivada que queremos é:

\(y'=\frac1x\log_a\left(e\right)\)

Num caso particular em que a função seja o logaritmo natural (neperiano) de \(x\), ou seja

\(y=\ln\left(x\right)\), a dedução segue os mesmos passos, chegando a

\(y'=\frac1x\ln\left(e\right)\). Como \(\ln\left(e\right)=1\), temos:

\(y'=\frac1x\).

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

Exemplo 23.Encontre a derivada das seguintes funções:

\(\begin{array}{l}a)\;y=\log_5\left(7x^3+2x^2+5\right)\\\\b)\;y=\ln\left(\frac{x-1}{e^x}\right)\end{array}\)

Solução:

\(a)\;y=\log_5\left(7x^3+2x^2+5\right)\) . Fazendo \(u=7x^3+2x^2+5\), temos \(\log_5\left(u\right)\). Portanto, aplicando a regra derivação da função
logarítmica, obtemos:

\(\begin{array}{l}y'=\frac{u'}u\log_5\left(e\right)\\y'=\frac{21x^2+4x}{7x^3+2x^2+5}\log_5\left(e\right)\end{array}\)

b) \(b)\;y=\ln\left(\frac{x-1}{e^x}\right)\). Fazendo \(u=\frac{x-1}{e^x}\), temos \(y=\ln\left(u\right)\). Aplicando a regra da função do logarítmico natural, temos:

\(y'=\frac{u'}u\). Primeiramente, vamos encontrar a derivada de , e neste caso vamos utilizar a regra do quociente.

\(u=\frac{x-1}{e^x}\). Vamos considerar \(w=x-1\) e \(v=e^x\), assim:

\(u'=\frac{1.(e^x)-(x-1).e^x}{(e^x)^2}\) colocando \(e^x\) em evidência

\(u'=\frac{e^x(1-(x-1))}{(e^x)^2}\) simplificando \(e^x\)

\(\begin{array}{l}u'=\frac{1-x+1}{e^x}\\u'=\frac{2-x}{e^x}\end{array}\)

Substituindo \(u'\), temos

\(y'=\frac{u'}u=\frac{\left({\displaystyle\frac{2-x}{e^x}}\right)}{\left({\displaystyle\frac{x-1}{e^x}}\right)}\) fazendo a divisão de fração

\(y'=\left(\frac{2-x}{e^x}\right).\left(\frac{e^x}{x-1}\right)\) fazendo a simplificação de \(e^x\)

\(y'=\frac{2-x}{x-1}\)

Resp: \(a)\;\frac{4x^3+1}{x^4+x+1}.\log\left(e\right)\;\;\;\;\;\;\;\;b)\frac{10x+7}{5x^2+7x+3}\)

Se \(y=u^v\), onde u e v são funções em x, ou seja, \(u=u(x)\;e\;v=v(x)\) Vamos considerar que \(u(x)\;e\;v(x)\) sejam deriváveis em um intervalo
I e a base da potência \(u(x)>0,\forall x\in I\).

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Então a derivada da função é:

\(y'=v.u^{v-1}.u'+u^v.\ln\left(u\right).v'\)

Vamos mostrar como se chegou a essa conclusão.

A função em questão é a seguinte:

\(y=u^v\)

Usando propriedades dos logaritmos podemos escrever essa função da seguinte forma:

\(y=e^{v.\ln\left(u\right)}\)

Portanto \(y\) é uma função composta, ou seja, \(y=(g\circ f)(x)\) tal que \(g(w)=e^w\) e \(f(x)=v.\ln\left(u\right)\)

A derivada dessas funções nós já conhecemos tal que \(g'(w)=e^w\) e \(f'=v'.\ln\left(u\right)+v.\frac{u'}u\).

Pela regra da cadeia podemos escrever a derivada da seguinte forma:

\(y'=g'(w).f'(x)\).

Assim sendo, temos

\(y'=e^w\left(v.\frac{u'}u+v'\ln\left(u\right)\right)\)

Substituindo w, temos

\(y'=e^{v.\ln\left(u\right)}\left(v.\frac{u'}u+v'\ln\left(u\right)\right)\)

Usando a propriedade dos logaritmos, sabemos que \(e^{v.\ln\left(u\right)}=u^v\). Substituindo e abrindo os parênteses, temos:

\(y'=v.u^{v-1}.u'+u^v.\ln\left(u\right).v'\). (05)

Sendo u(x) uma função derivável, pela regra da cadeia podemos generalizar para calcular a derivada das funções \
(y=a^u,\;y=e^u,\;y=\log_a\left(u\right)\;e\;y=\ln\left(u\right)\). Temos então as seguintes fórmulas:

\(\begin{array}{l}y=a^u\;\;(a>0,a\neq1)\Rightarrow y'a^u.\ln\left(a\right).u'\\y=e^u\Rightarrow
y'=e^u.u'\\y=\mathrm{lo}g_a\left(u\right)\Rightarrow\frac{u'}u\log_a\left(u\right)\\y=\ln\left(u\right)\Rightarrow y'=\frac{u'}u\\y=u^v\Rightarrow
y'=v.u^{v-1}.u'+u^v.\ln\left(u\right).v'\end{array}\)

Exemplo 24: Sendo \(y=(x^2+x)^{(4x+3)}\), temos uma função da forma \(y=u^v\), onde

\(u(x)=x^2+x\) e \(v(x)=4x+3\)

Solução:

Usando a fórmula (05) temos:

\(y'=(4x+3)(x^2+x)^{((4x+3)-1)}.(2x+1)+(x^2+x)^{(4x+3)}.\ln\left(x^2+x\right).(4)\).

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Melhorando, temos:

\(y'=(4x+3).(2x+1)(x^2+x)^{(4x+2)}+(4).(x^2+x)^{(4x+3)}.\ln\left((x^2+x\right)\).

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4.12.12 Derivada das funções trigonometricas

Se \(y=\sin\left(x\right)\) então \(y'=\cos\left(x\right)\).

Vamos usar a definição de derivada \(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\) para mostrar como
podemos chegar a essa afirmação.

\(y'=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{\sin\left(x+\triangle x\right)-\sin\left(x\right)}{\triangle x}\)

Usando a propriedade trigonométrica do seno da soma de arcos, temos:

\(y'=\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{\sin\left(x\right).\cos\left(\triangle x\right)+\sin\left(\triangle x\right).\cos\left(x\right)-\sin\left(x\right)}


{\triangle x}\)

Podemos escrever também

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(x\right).\cos\left(\triangle x\right)-\sin\left(x\right)}{\triangle x}+\underset{}{\lim_{\triangle


x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(\triangle x\right).\cos\left(x\right)}{\triangle x}\).

E ainda

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(x\right).\cos\left(\triangle x-1\right)}{\triangle x}+\underset{}{\lim_{\triangle


x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(\triangle x\right).\cos\left(x\right)}{\triangle x}\).

Como já vimos no capítulo anterior que \(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(\triangle x-1\right)}{\triangle x}=0\) e que \
(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(\triangle x\right)}{\triangle x}=1\), podemos reescrever a derivada de tal modo que
esses teoremas dos limites possam ser usadas. Vejamos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\sin\left(x\right)\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(\triangle x-1\right)}{\triangle


x}+\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\sin\left(\triangle x\right)}{\triangle x}.\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right)\).

http://localhost/mod/book/view.php?id=165&chapterid=450

Usando os teoremas citados acima, temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\sin\left(x\right).0+1.\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right)\).

Resolvendo temos:

\(y'=0+\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right)\). Daí então temos que

\(y'=\cos\left(x\right)\).

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

Encontramos o que buscávamos, ou seja,

Para \(y=\sin\left(x\right),\;\;y'=\cos\left(x\right)\)

Se \(y=\cos\left(x\right)\), então \(y'=-\sin\left(x\right)\)

Vamos demonstrar essa afirmação usando a definição de derivadas que é .

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{f(x+\triangle x)-f(x)}{\triangle x}\).

Para \(y=\cos\left(x\right)\) temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(x+\triangle x\right)-\cos\left(x\right)}{\triangle x}\).

Usando a propriedade do cosseno da soma, temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(x\right).\cos\left(\triangle x\right)-\sin\left(x\right).\sin\left(\triangle x\right)-


\cos\left(x\right)}{\triangle x}\).

Colocando em evidência \(\cos\left(x\right)\) para os dois termos do numerador, temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(x\right).(\cos\left(\triangle x\right)-1)-\sin\left(x\right).\sin\left(\triangle x\right)}{\triangle


x}\).

Usando as propriedades dos limites, podemos escrever essa derivada como segue:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right).\frac{\cos\left(\triangle x\right)-1}{\triangle x}-\sin\left(x\right).\frac{\sin\left(\triangle


x\right)}{\triangle x}\).

Ou ainda,

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right).\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\frac{\cos\left(\triangle x\right)-1}{\triangle


x}-\lim_{\triangle x\rightarrow0}\sin\left(x\right).\lim_{\triangle x\rightarrow0}\frac{\sin\left(\triangle x\right)}{\triangle x}\).

Usando os teoremas dos limites, temos:

\(y'=\underset{}{\lim_{\triangle x\rightarrow0}}\cos\left(x\right).0-\lim_{\triangle x\rightarrow0}\sin\left(x\right).1\).

Multiplicando, resulta

\(y'=-\lim_{\triangle x\rightarrow0}\sin\left(x\right)\).

Temos então

\(y'=\sin\left(x\right)\).

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Encontramos o que buscávamos, ou seja,

Para \(y=\cos\left(x\right),\;\;y'=-\sin\left(x\right)\)

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4.12.12.3 Função tan(x)

Se \(y=\tan\left(x\right)\) então \(y'=\sec^2\left(x\right)\).

Vamos ver uma maneira de mostrar essa verdade.

Como, uma das identidades trigonométricas é \(\tan\left(x\right)=\frac{\sin\left(x\right)}{\cos\left(x\right)}\), podemos escrever a função da


tangente como segue:

\(y=\tan\left(x\right)=\frac{\sin\left(x\right)}{\cos\left(x\right)}\). Temos então \(y=\frac{\sin\left(x\right)}{\cos\left(x\right)}\) .

Já vimos a derivada de uma função quociente do tipo \(y=\frac uv\) cuja derivada é \(y'=\frac{u'.v-u.v'}{v^2}\). Aplicando essa fórmula, temos:

\(y'=\frac{\cos\left(x\right).\cos\left(x\right)-\sin\left(x\right).(-\sin\left(x\right))}{\cos^2\left(x\right)}\).

Multiplicando temos:

\(y'=\frac{\cos^2\left(x\right)+\sin^2\left(x\right)}{\cos^2\left(x\right)}\), que resulta

\(y'=\frac1{\cos^2\left(x\right)}\).

Pela identidade trigonométrica temos

\(y'=\sec^2\left(x\right)\).

Encontramos o que buscávamos, ou seja,

Para \(y=\tan\left(x\right),\;\;y'=\sec^2\left(x\right)\)

Para as funções \(y=\sin\left(u\right),\;\;y=\cos\left(u\right),\;\;y=\tan\left(u\right)\), entre outras, podemos usar a regra da cadeia.

Veja para \(y=\sin\left(u\right)\), onde \(u=f(x)\), temos:

\(y'=\frac{dy}{du}.\frac{du}{dx}\).

\(\frac{dy}{du}\) é a derivada de y em função de u, que, como vimos anteriormente, dá \(\cos\left(u\right)\), ou seja, \(\frac{dy}
{du}=\cos\left(u\right)\) e \(\frac{du}{dx}\) é a derivada de u em função de x, ou seja, \(u'=f'(x)\). Então temos:

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\(y'=\frac{dy}{du}.\frac{du}{dx}=\cos\left(u\right).u'\).

Temos então, pela regra da cadeia, que:

Se \(y=\sin\left(u\right)\), então \(y'=u'.\cos\left(u\right)\)

Podemos proceder da mesma forma para encontrar a fórmula para as demais funções trigonométricas compostas, a saber:

Exemplo 25. Determinar a derivada das seguintes funções:

\(c)\;y=3\tan\left(2x\right)+\cot\left(\sqrt x\right)\)

Solução:

Neste exemplo temos duas funções trigonométricas desta forma, para encontrarmos a derivada destas funções compostas é preciso utilizar
uma substituição. Primeiro vamos chamar de \(u=2x\) e \(v=\sqrt x\).

Assim, é possível escrever:

\(y=3\tan\left(u\right)+\cot\left(v\right)\). Vamos encontrar a derivada destas funções (foram apresentadas anteriormente)

\(y'=3\sec^2\left(u\right)u'+\csc^2\left(v\right).v'\)

Encontrando a derivada de \(u=2x\) e \(v=\sqrt x\)

\(\begin{array}{l}u=2x\Rightarrow u'=2\\v=\sqrt x\Rightarrow v'=\frac1{2\sqrt x}\\y'=3\sec^2\left(2x\right).2+\csc^2\left(\sqrt x\right).\frac1{2\sqrt


x}\end{array}\) Fazendo a substituição \(u\) e \(u'\) e \(v\) e \(v'\)

Assim, temos a derivada da função

\(y'=6\sec^2\left(2x\right)+\frac1{2\sqrt x}\csc^2\left(\sqrt x\right)\)

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

Exemplo 26. (Adaptado Livro Thomas) Um objeto na extremidade de uma mola vertical é puxado para baixo 6cm além de sua posição no
repouso e solto no tempo \(t=0\) (Veja a Figura ...). Sua posição no tempo \(t\) é \(s=f\left(t\right)=6.\cos\left(t\right)\). Encontre a velocidade no
tempo \(t\) e analise o movimento do objeto.
Solução:
Para determinarmos a velocidade é necessário encontrarmos a taxa de variação da função posição, ou seja, sua derivada:
\(s=6.\cos\left(t\right)\;\;\;s'=-6\sin\left(t\right)\)
Para \(t=0\), a posição do objeto é de \(s=6cm\). Assim temos que o objeto oscila desde o ponto mais baixo (\(s=6cm\)) até o mais alto (\
(s=-6cm\)). O período de oscilação é \(2\mathrm\pi\), que é o período de \(\cos\left(t\right)\).

A velocidade é \(\left|v\right|=6\left|\sin\left(t\right)\right|\) que é a máxima quando \(\left|\sin\left(t\right)\right|=1\), ou seja, quando \


(\cos\left(t\right)=0\). Assim, o objeto move-se mais rapidamente quando passa por sua posição de equilibrio (\(s=0\)). Sua velocidade escalar é
zero quando \(\sin\left(t\right)=0\), ou seja, no ponto mais alto e no mais baixo.

Figura 19: Posição e Velocidade do objeto

Resp: \(a)\;\cos^2\left(x\right)-\sin^2\left(x\right)\;\;\;\;\;\;\;\;\;b)\;8\cos\left(4x+1\right)-6x.\sin\left(x^2\right)+3\sec^2\left(3x\right)\)

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4.12.12.5 Derivada das Funções Trigonométricas Inversas

Proposição. Derivada da função arco seno: Seja \(f:\left[-1,1\right]\rightarrow\left[\frac{-\pi}2,\frac{\pi}2\right]\) definida por \


(f(x)=\sin^{-1}\left(x\right)\) ou \(f\left(x\right)=\sin^{-1}\left(x\right)\). Então \(y=f(x)\) é derivável em (-1,1) e \(y'=\frac1{\sqrt{1-x^2}}\)

Proposição. Derivada da função arco cosseno. Seja \(f:\left[-1,1\right]\rightarrow\left[0,\pi\right]\) definida por \(f(x)=\cos^{-1}\left(x\right)\) ou \
(f\left(x\right)=\cos^{-1}\left(x\right)\). Então \(y=f(x)\) é derivável em (-1,1) e \(y'=\frac{-1}{\sqrt{1-x^2}}\)

Proposição. Derivada da função arco tangente. Seja \(f:\Re\rightarrow\left[\frac{-\pi}2,\frac{\pi}2\right]\) definida por \(f(x)=\tan^{-1}\left(x\right)\)
ou \(f\left(x\right)=\tan^{-1}\left(x\right)\). Então \(y=f(x)\) é derivável e \(y'=\frac1{1+x^2}\)

Observe o gráfico das funções trigonométricas inversa:

Figura 20: Gráfico função trigonométrica inversa do seno, com domínio \([-1,1]\) e imagem \(\left[-\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right]\)

Figura 21: Gráfico função trigonométrica inversa do cosseno, com domínio \([-1,1]\) e imagem \(\left[0,\pi\right]\)

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Figura 22: Gráfico função trigonométrica inversa do cosseno, com domínio \(\left[-\infty,\infty\right]\) e imagem \(\left[-\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right]\)

Derivada das demais funções trigonométricas inversas

As demais funções trigonométricas inversas possuem derivadas dadas por:

a) Se \(y=\cot^{-1}\left(x\right)\) então \(y'=\frac{-1}{1+x^2}\)

b) Se \(y=\sec^{-1}\left(x\right)\) \(\left|x\right|\geq1\) então \(y'=\frac1{\left|x\right|\sqrt{x^2-1}},\;\;\left|x\right|>1\)

c) Se \(y=\csc^{-1}\left(x\right)\;\;\;\left|x\right|\geq1\) então \(y'=\frac{-1}{\left|x\right|\sqrt{x^2-1}},\;\;\left|x\right|>1\)

Resumo da derivada das funções trigonométricas inversas

Exemplo 27. Encontre a derivada das seguintes funções:

a) \(y=\cos^{-1}\left(x-1\right)\)

b) \(y=\sin^{-1}\left(x^2+3x+1\right)\)

Solução

Fazendo \(u=x-1\), temos \(y=\cos^{-1}\left(u\right)\;\;\;y'=\frac{-u'}{\sqrt{1-u^2}}\;\;u'=1\)

\(y'=\frac{-(1)}{\sqrt{1-(x-1)^2}}\Rightarrow y'=\frac{-1}{\sqrt{1-(x-1)^2}}\)

Fazendo \(u=x^2+3x+1\), \(y=\sin^{-1}\left(x^2+3x+1\right)\) temos \(y'=\frac{u'}{\sqrt{1-u^2}}\;\;u'=2x+3\)

\(y'=\frac{u'}{\sqrt{1-(u)^2}}\Rightarrow y'=\frac{2x+3}{\sqrt{1-(x^2+3x+1)^2}}\)

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

Resp: \(a)\;y'=\frac{2x}{\sqrt{1-(x^2+2)^2}}\;\;\;b)\;y'=\frac{-2}{\sqrt{1-(2x+1)^2}}\)

As aplicações na ciência e engenharia ocorrem sempre que uma entidade, como a luz, a velocidade, a eletricidade ou a radioatividade, é
gradualmente absorvida ou extinguida, pois o decaimento pode ser representado por funções hiperbólicas.
Uma das aplicações mais famosa é o uso do cosseno hiperbólico para descrever a forma de um fio dependurado. Pode ser demonstrado que se
um cabo flexível pesado (como uma linha de telefone ou de eletricidade) estiver suspenso entre dois pontos na mesma altura, então ele assume
a forma de uma curva com a equação \(y=c+a.\cos h\left(\frac xa\right)\), chamada catenária.

Acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_p%C3%AAnsil

Acesse: http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2011/10/as-10-maiores-pontes-suspensas-do-
mundo.html

Uma outra aplicação das funções hiperbólicas ocorre na descrição das ondas do mar. A velocidade de uma onda aquática com comprimento \
(L\) se movimentando por uma massa de água com profundidade \(d\) é modelada pela função:
\(v=\sqrt{\frac{gL}{2\pi}\tan h\left(\frac{(2\pi)\mathrm d}L\right)}\) Onde \(g\) é a aceleração da gravidade.

Podemos observar que para encontrarmos a derivada de uma função hiperbólica temos que:

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Seja \(y=\sin h\left(x\right)\), então

\(\begin{array}{l}y'=\left[\frac{e^x-e^{-x}}2\right]\\y'=\frac12(e^x-e^{-x})'\\y'=\frac12(e^x+e^{-x})\\y'=\cos h\left(x\right)\end{array}\)

Da mesma forma, obtemos as derivadas das demais funções hiperbólicas. Assim, em resumo temos outras regras de derivação em relação a
funções hiperbólicas.

Exemplo 28. Encontre a derivada das seguintes funções:

a) \(y=\cos h\left(x^2+2\right)\)

b) \(y=\sec h\left(3x\right)\)

c) \(y=\ln\left[\tan h\left(x^2\right)\right]\)

Solução:

a) \(y=\cos h\left(x^2+2\right)\)

Fazendo \(u=x^2+2\). Assim, \(y=\cos h\left(u\right)\). Encontrando a derivada de \(u\), temos \(u'=2x\). Encontrando a derivada de \(y\), temos: \
(y'=\sin h\left(u\right).u'\). Substituindo o valor de u e u' obtemos:

\(y'=\sin h\left(x^2+2\right).(2x)\Rightarrow y'=2x.\sin h\left(x^2+2\right)\)

b) \(y=\sec h\left(3x\right)\)

Fazendo \(u=3x\). Assim, \(y=\sec h\left(u\right)\). Encontrando a derivada de \(u\), temos \(u'=3\). Encontrando a derivada de \(y\), temos: \(y'=-
\sec h\left(u\right)\tan h\left(u\right).u'\). Substituindo o valor de u e u' obtemos:

\(y'=-\sec h\left(3x\right)\tan h\left(3x\right).3\Rightarrow y'=-3.\sec h\left(3x\right)\tan h\left(3x\right)\)

c) \(y=\ln\left[\tan h\left(x^2\right)\right]\)

Fazendo \(u=\tan h\left(x^2\right)\). Assim, \(y=\ln\left(u\right)\). Encontrando a derivada de u, utilizamos a regra da cadeia, assim \(u'=\sec
h^2\left(x^2\right).2x\) . Encontrando a derivada de y,(devemos encontrar a derivada do logaritmo natural) logo: \(y'=\frac{u'}u\). Substituindo o
valor de u e u' obtemos: \(y'=\frac{\sec h^2\left(x^2\right).2x}{\tan h\left(x^2\right)}=\frac{2x.\sec h^2\left(x^2\right)}{\tan h\left(x^2\right)}\). É
possível fazer algumas simplificações, basta trocar a secante e a tangente por outras funções trigonométricas. Então:

\(y'=\frac{2x.\sec h^2\left(x^2\right)}{\tan h\left(x^2\right)}=\frac{\displaystyle\frac{2x}{\cos h^2\left(x^2\right)}}{\displaystyle\frac{\sin


h\left(x^2\right)}{\cos h\left(x^2\right)}}=\frac{2x}{\cos h^2\left(x^2\right)}.\frac{\cos h\left(x^2\right)}{\sin h\left(x^2\right)}=\frac{2x}{\cos
h\left(x^2\right).\sin h\left(x^2\right)}=2x\sec h\left(x^2\right).\csc h\left(x^2\right)\)

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Resp: \(a)\;y'=2x\cos h\left(x^2+2\right)\;\;\;\;b)\;y'=2\sin h\left(2x+1\right)\)

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

4.12.12.7 Derivada das Funções Hiperbólicas Inversas

Em funções trigonométricas inversas, vimos que \(y=\sin h^{-1}\left(x\right)\) pode ser expresso na forma:

\(y=\ln\left(x+\sqrt{x^2+1}\right)\)

Fazendo \(u=x+\sqrt{x^2+1}\) e pela regra da cadeia temos:

\(y'=\frac{(x+\sqrt{x^2+1})'}{x+\sqrt{x^2+1}}\) encontrado a derivada do numerador

\(y'=\frac{1+{\displaystyle\frac12}(x^2+1)^{\displaystyle\frac{-1}2}.2x}{x+\sqrt{x^2+1}}\) fazendo a simplificação, e transformando o expoente


fracionário em uma raiz

\(y'=\frac{1+\displaystyle\frac x{\sqrt{x^2+1}}}{x+\sqrt{x^2+1}}\) encontrando minimo multiplo comum e depois fazendo a divisão de fração

\(y'=\frac{\sqrt{x^2+1}+x}{\sqrt{x^2+1}}.\frac1{x+\sqrt{x^2+1}}\) fazendo a simplificação

\(y'=\frac1{\sqrt{x^2+1}}\)

Portanto, se \(y=\sin h^{-1}\left(x\right)\) então \(y'=\frac1{\sqrt{x^2+1}}\)

Da mesma forma é possível obter as derivadas das demais funções hiperbólicas inversas:

Graficamente podemos observar que:

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Figura 23: Gráfico da função inversa de seno hiperbólico. Com domínio e imagem \(\mathbb{R}\)

Figura 24: Gráfico da função inversa de cosseno hiperbólico. Com domínio \(\lbrack1,\infty)\) e imagem \(\lbrack0,\infty)\)

Figura 25: Gráfico da função inversa da tangente hiperbólica. Com domínio \((-1,1)\) e imagem \(\mathbb{R}\)

Exemplo 29. Encontre a derivada das seguintes funções:

a) \(y=2x.\sin h^{-1}\left(2x\right)\)

Solução

Para encontrarmos a derivada desta função, devemos utilizar a regra do produto, assim vamos utilizar as seguintes notações: \(w=2x\) e \(v=\sin
h^{-1}\left(2x\right)\). E ainda vamos utilizar a regra da cadeia, fazendo \(u=2x\) e \(u'=2\) Primeiramente vamos substituir \(u=2\) e depois aplicar
a regra do produto.

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29/10/2021 16:34 Derivadas - parte 2

Pela regra do produto, derivamos:

\(y'=u'.\sin h^{-1}\left(u\right)+u.\frac{u'}{\sqrt{u^2-1}}\)

Substituindo o valor de u e u' temos:

\(\begin{array}{l}y'=2.\sin h^{-1}\left(2x\right)+2x.\frac2{\sqrt{(2x)^2-1}}\\y'=2\left[\sin h^{-1}\left(2x\right)+\frac{2x}{\sqrt{4x^2-1}}\right]\end{array}\)

b) \(y=\tan h^{-1}\left(\cos h\left(x^2\right)\right)\)

Solução

Para encontrarmos a derivada desta função, vamos utilizar a regra da cadeia. Assim fazendo \(u=\cos h\left(x^2\right)\) e \(u'=\sin
h\left(x^2\right)2x\). Assim, para derivando a função:

\(y'=\frac{u'}{1-u^2}\) substituindo o valor de u' na derivada da tangente hiperbólica inversa

\(y'=\frac{\sin h\left(x^2\right).2x}{1-(\cos h\left(x^2\right))^2}\)

\(y'=\frac{2x.\sin h\left(x^2\right)}{1-\cos h^2\left(x^2\right)}\) substituindo pela relação fundamental

\(y'=\frac{2x.\sin h\left(x^2\right)}{\sin h^2\left(x^2\right)}\) simplificando

\(\begin{array}{l}y'=\frac{2x}{\sin h\left(x^2\right)}\\y'=2x.\csc h\left(x^2\right)\end{array}\)

c) \(y=\cos h^{-1}\left(x\right)-\sqrt{x^2-1}\)

Solução

Inicialmente, vamos fazer uma substituição fazendo \(u=x\) e \(u'=1\). Encontrando a derivada da função temos:

\(y=\cos h^{-1}\left(x\right)-\sqrt{x^2-1}\)

\(y'=\frac{u'}{\sqrt{u^2-1}}-\frac x{\sqrt{x^2-1}}\) fazendo a substituição de u e u'

\(\begin{array}{l}y'=\frac x{\sqrt{x^2-1}}-\frac x{\sqrt{x^2-1}}\\y'=0\end{array}\)

Resp: \(a)\;y'=\frac{2x}{\sqrt{(x^2+2)^2+1}}\;\;\;\;b)\;y'=\frac2{\sqrt{(x^2+2)^2-1}}\)

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Resumo das Derivadas

Na tabela serão apresentadas todas as fórmulas de derivadas que estudamos até o momento. Nas fórmulas u e v são funções deriváveis de x e c,
e α e a são constantes:

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