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Universidade de Aveiro

Departamento de Matemática

Cálculo II — Agrupamento 3 2022/2023

Ficha de Exercı́cios 1
Séries de Potências e Fórmula de Taylor

1. Determine o domı́nio de convergência das seguintes séries de potências, indicando os pontos onde a
convergência é simples ou absoluta.
∞ ∞ ∞ ∞
X
n
X (2x)n X xn+1
n
X (2x − 3)n
(a) n(n + 1)x ; (b) ; (c) (−1) ; (d) ;
(n − 1)! n+1 2n + 4
n=1 n=1 n=1 n=1
∞ ∞ ∞ ∞
X n2 n
X n!(x − 2)n X ln n n
X 3n
(e) x ; (f) ; (g) (x + 2) ; (h) xn ;
n! n−1 n 2 + n3
n=1 n=2 n=1 n=0
+∞ 3n +∞ +∞ +∞
X x X (−1)n X n+1 X (−2)n n
(i) ; (j) (3x − 2)n ; (k) (x − 2)n ; (l) √ x ;
ln n n6n 2n 2n + 1
n=2 n=1 n=0 n=1
+∞
X 1
(m) x2n .
(−2)n
n=1

2. Mostre que:
+∞
X
(a) se an xn é absolutamente convergente num dos extremos do seu domı́nio de convergência,
n=0
então também é absolutamente convergente no outro extremo;
+∞
X
(b) se o domı́nio de convergência de an xn é ] − r, r], então a série é simplesmente convergente
n=0
em x = r.

3. Determine os polinómios de Taylor seguintes:

(a) T03 (x3 + 2x + 1); (b) Tπ3 (cos x); (c) T13 (xex );
(d) T05 (sen x); (e) T06 (sen x); (f) T1n (ln x) (n ∈ N).
4. Considere f (x) = ex .

(a) Escreva a fórmula de MacLaurin de ordem n da função f .


(b) Mostre que o polinómio de MacLaurin de ordem n permite aproximar ex no intervalo ] − 1, 0[,
1
com erro absoluto inferior a (n+1)! .
(c) Escolha um dos polinómios de MacLaurin de f e use-o para obter uma aproximação de √1 ,
e
indicando uma estimativa para o erro absoluto cometido nessa aproximação.

5. Usando o resto de Lagrange, determine um majorante para o erro absoluto cometido na aproximação
de sen(3) quando se usa o polinómio de Taylor de ordem 5 em torno do ponto a = π.

6. Mostre que o polinómio de MacLaurin de ordem 7 da função seno permite aproximar os valores desta
função, no intervalo [−1, 1], com erro absoluto inferior a 21 × 10−4 .
1
7. (a) Obtenha o polinómio de Taylor de ordem n ∈ N da função f (x) = x no ponto c = 1.
(b) Determine um valor de n para o qual se garanta que o polinómio T1n x1 , obtido na alı́nea


anterior, aproxime x1 no intervalo [0.9, 1.1], com erro absoluto inferior a 10−3 .

8. Determine o menor valor de n tal que o polinómio de MacLaurin de ordem n da função f (x) = ex
aproxime f (1) com erro absoluto inferior a 10−3 .

9. Mostre, usando a fórmula de Taylor, que ln(1 + x) ≤ x, para todo o x > −1.
1
10. Considere a representação em série de potências da função 1−x dada por
+∞
1 X
= xn , −1 < x < 1.
1−x
n=0

Determine uma representação em série de potências para cada uma das seguintes funções (indicando
o intervalo onde tal é válida):
1 2 1
(a) ; (b) ; (c) .
1 − 3x 2+x x

1
11. Desenvolva a função f (x) = em série de potências de x − 3, indicando o maior intervalo onde
x+1
o desenvolvimento é válido.

Exercı́cios de revisões
+∞
X 4n
12. Considere a seguinte série de potências (x − 1)n .
n+1
n=0

(a) Calcule o raio de convergência da série.


(b) Determine o seu domı́nio de convergência.

13. Seja f (x) = ln x, x ∈ R+ .


(a) Determine o polinómio de Taylor de f de ordem 3 centrado em c = 1, isto é, T13 f (x).
(b) Mostre que o erro absoluto cometido ao aproximar ln( 23 ) usando T13 f ( 32 ) é inferior a 1
64 .

+∞
1 x−2 n
X  
14. Determine o domı́nio de convergência da série de potências .
n 4
n=0
Resolução: Usando o Critério da Raiz, tem-se que:
s 
x − 2 n

n 1

L = lim n
n→+∞ 4
|x − 2|
= lim √
n→+∞ 4 n n
|x − 2|
= .
4
Assim, a série é convergente para valores de x tais que L < 1 e divergente para valores de x tais que
L > 1. Como, |x−2| 4 < 1 ⇔ −2 < x < 6, o intervalo de convergência da série é I =] − 2, 6[. Podem
ainda pertencer ao domı́nio de convergência os pontos x = −2 e x = 6.
Para x = −2, temos a série numérica
+∞
X 1
(−1)n ,
n
n=1
que é convergente pois é a série harmónica alternada de ordem p = 1 (esta conclusão pode obter-se
usando o Critério de Leibniz).
Para x = 6, obtém-se a série
+∞
X 1
,
n
n=1

que é divergente (pois é a série harmónica de ordem p = 1).


Conclusão: o domı́nio de convergência da série é o intervalo [−2, 6[.
Nota: Em alternativa, pode determinar o intervalo de convergência I, calculando o raio de con-
vergência usando os coeficientes da série.

15. (a) Escreva a fórmula de Taylor de 2.a ordem no ponto 1 da função f (x) = ln(x).
(b) Calcule um valor aproximado de ln(1.2) usando o polinómio de Taylor de ordem 2 obtido na
alı́nea anterior e mostre que o erro absoluto cometido é inferior a 3 × 10−3 .
Resolução:

(a) Como

f (x) = ln(x), f (1) = 0


1
f 0 (x) = , f 0 (1) = 1
x
1 00
f 00 (x) = − 2 , f (1) = −1
x
(3) 2
f (x) = 3 , f (3) (θ) = θ23
x

o polinómio de Taylor de ordem 2 no ponto 1 e o resto de Lagrange de ordem 2 são dados,


respetivamente, por
−1
T12 f (x) = 0 + 1(x − 1) + (x − 1)2
2
1
= (x − 1) − (x − 1)2
2
2
θ3
R12 f (x) = (x − 1)3
3!
1
= (x − 1)3 , para algum θ entre x e 1.
3θ3
A fórmula de Taylor pedida é
1 1
ln(x) = (x − 1) − (x − 1)2 + 3 (x − 1)3 , para algum θ entre x e 1 .
2 3θ
(b)

ln(1.2) ' T12 f (1.2)


1
= 0.2 − (0.2)2
2
= 0.2 − 0.02
= 0.18

O erro absoluto cometido nesta aproximação é igual a |R12 f (1.2)|. Como


2
θ3
|R12 f (1.2)| = (0.2)3
3!
8
= 10−3 , para algum θ entre 1 e 1.2 ,
3θ3
8
< × 10−3
3
< 3 × 10−3

provámos o pretendido.

Soluções
1. (a) ] − 1, 1[, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(b) R, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(c) ] − 1, 1], sendo simplesmente convergente em x = 1 e absolutamente convergente nos restantes
pontos.
(d) [1, 2[, sendo simplesmente convergente em x = 1 e absolutamente convergente nos restantes
pontos.
(e) R, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(f) {2}, sendo absolutamente convergente nesse ponto.
(g) [−3, −1[, sendo simplesmente convergente em x = −3 e absolutamente convergente nos restantes
pontos.
(h) − 13 , 13 , sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
 

(i) [−1, 1[, sendo simplesmente convergente em x = −1 e absolutamente convergente nos restantes
pontos.
(j) − 43 , 83 , sendo simplesmente convergente em x = 83 e absolutamente convergente nos restantes
 

pontos.
(k) ]0, 4[, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(l) − 21 , 12 , sendo simplesmente convergente em x = 12 e absolutamente convergente nos restantes
 

pontos.
 √ √ 
(m) − 2, 2 , sendo absolutamente convergente em todos os pontos do intervalo.

2. —

3. (a) T03 (x3 + 2x + 1) = x3 + 2x + 1


(x−π)2
(b) Tπ3 (cos x) = −1 + 2
(c) T13 (xex ) = e + 2e(x − 1) + 32 e(x − 1)2 + 32 e(x − 1)3
x3 x5
(d) T05 (sen x) = x − 3! + 5!
x3 x5
(e) T06 (sen x) = x − 3! + 5!
(−1)n−1
(f) T1n (ln x) = (x − 1) − 12 (x − 1)2 + 13 (x − 1)3 + · · · + n (x − 1)n .

x2 xn eθ
4. (a) ex = 1 + x + + ··· + + xn+1 , para algum θ entre 0 e x.
2! n! (n + 1)!
(b) —
(c) Por exemplo, √1 ' T02 f (− 12 ) = 1 − 1
+ 1
= 5
= 0.625, com erro inferior a 16 .
e 2 8 8

(3−π)6
5. |R5 (3)| ≤ 6!

6. —
1
7. (a) T1n = 1 − (x − 1) + (x − 1)2 + · · · + (−1)n (x − 1)n ,

x n ∈ N.
(b) n = 3 (ou outro superior a este).

8. n = 6.

9. —

X
10. (a) 3n xn , para − 13 < x < 13 ;
n=0

X (−1)n n
(b) x , para −2 < x < 2;
2n
n=0
X∞
(c) (−1)n (x − 1)n , para 0 < x < 2.
n=0

X (−1)n ∞
1
11. = (x − 3)n , x ∈] − 1, 7[.
x+1 4n+1
n=0

12. (a) R = 41 .
(b) [ 34 , 54 [.

13. (a) T13 f (x) = x − 1 − 12 (x − 1)2 + 13 (x − 1)3 .


(b) —

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