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2a Prova MA111 - Cálculo I - Turmas A e B — 10/06/2022

NOME: RA:

Incluir na prova, por favor, todas as “contas” feitas nas resoluções. Respostas não acompanhadas
de argumentos que as justifiquem não serão consideradas.
Boa Prova!

1. (2pt) Calcule a derivada das seguintes funções


v 
t x + 1
u
u

πx2
 
x−1
 
a) f (x) = e b) h(x) = (x + 1) sen
2
2. (2pt) Calcule os seguintes limites
 
1 1
a) lim − b) lim [1 + sen(x)](1/x)
x→1+ ln(x2 ) 2x − 2 x→0+

3. (1.5pt) Determine a equação da reta tangente á curva

y ln |2x| = x ln |x + y|

no ponto (1, 1).

4. (2pt) Complete a tabela

a b Área

de forma tal que a área sombreada da figura abaixo seja máxima.


ex
5. (2.5pt) Seja f (x) = . Complete a seguinte tabela e faça um esboço do gráfico de f .
9x
Justifique.

Resposta .
Domı́nio

Assı́ntotas Horizontais:

Assı́ntotas Verticais:

pontos de máximo:

pontos de mı́nimo:

crescente em:

decrescente em:

cóncava para baixo em:

cóncava para cima em:

pontos de inflexão em:


Gabarito
1. a) Para calcular a derivada de v 
t x + 1
u
u

x−1
 
f (x) = e
definimos primeiramente
u(x) = ex ⇒ u0 (x) = ex X
√ 1
v(x) = x ⇒ v 0 (x) = √ X
2 x
x+1 1(x − 1)X − (x + 1)1X −2
w(x) = ⇒ w0 (x) = = X.
x−1 (x − 1)2 X (x − 1)2
Como
f (x) = (u ◦ v ◦ w)(x)
utilizando a regra da cadeia temos
f 0 (x) = u0 (v(w(x))v 0 (w(x))w0 (x)
v 
t x + 1 
u
u

x−1 1 −2
 
= e X· r X· X
x+1 (x − 1)2
2
x−1
v 
t x + 1 
u
u

1 x−1
 
= −p e X
(x + 1)(x − 1)3
b) Para calcular a derivada de
πx2
 
h(x) = (x + 1) sen
2
necessitamos da Regra de Produto:
 2 0
πx2
  
0 0 πx
h (x) = [(x + 1)] X sen X + (x + 1)X sen X
2 2
Pela Regra da Cadeia, notamos que
  2 0  2   2 0  2  2
πx πx πx πx π πx
sen = cos X X = cos 2xX = πx cos X
2 2 2 2 2 2
Usando que [(x + 1)]0 = 1X, obtemos
 2  2
0 πx πx
h (x) = sen + πx(x + 1) cos X
2 2
2. a) Observamos que
 
1 1
lim 2
− = ” + ∞ − (+∞)”X
x→1+ ln(x ) 2x − 2
que da uma indeterminação. Para calcular este limite, temo que transformar a expressão
algebricamente em uma fração. Primeiramente observamos que para x > 1 temos
1 1 2x − 2 − 2 ln(x) x − 1 − ln(x)
2
− = X= X
ln(x ) 2x − 2 2(x − 1)2 ln(x) 2(x − 1) ln(x)
onde usamos ln(x2 ) = 2 ln(x). Portanto
 
1 1 x − 1 − ln(x) 0
lim+ 2
− = lim+ = ” ”X
x→1 ln(x ) 2x − 2 x→1 2(x − 1) ln(x) 0
e podemos aplicar a regra de L’Hospital. Fazemos isto e obtemos
x − 1 − ln(x) L’H 1 − x1 X 0
lim+ = lim+ 2(x−1)
= ” ”X
x→1 2(x − 1) ln(x) x→1 2 ln(x) − X 0
x

Aplicamos novamente a regra de L’Hospital e temos


1 1
1− x L’H x2
X 1
lim+ = lim+ 2 = X.
x→1 2 ln(x) 2(x−1)
− x x→1
x
+ x22 X 4

b) Observamos que
lim [1 + sen(x)](1/x) = ”1∞ ”X
x→0+
que dá uma indeterminação. Como para x > 0 temos que
ln(1+sen(x)
[1 + sen(x)](1/x) = e x X
e, como ex é contı́nua em R,
ln(1+sen(x) ln(1+sen(x)
lim+ [1 + sen(x)](1/x) = lim+ e x = elimx→0+ x ,X
x→0 x→0

calculamos o limite no expoente,


ln(1 + sen(x) 0
lim+ = ” ”X
x→0 x 0
que é novamente uma indeterminação, mas agora em uma forma que admite o uso da
Regra de L’Hospital. Obtemos que
1
ln(1 + sen(x) L’H (1+sen(x)
X cos(x)X
lim+ = lim+ = 1X
x→0 x x→0 1X
De onde
lim [1 + sen(x)](1/x) = e1 X = e.X
x→0+
3. Para achar a equação da reta tangente á curva
y ln |2x| = x ln |x + y|
no ponto (1, 1) temos que achar y 0 |x=1 e substituir na equação
y − 1 = y 0 |x=1 (x − 1).X
Para achar y 0 |x=1 diferenciamos implicitamente a equação e obtemos
1 1
y 0 ln |2x|X + y 2X = 1X ln |x + y|X + xX X(1 + y 0 )X
2x x+y
Agora, substituindo por x = 1 e y = 1 temos
1 1
y 0 |x=1 ln |2| + 1 2X = 1 ln |1 + 1| + 1 (1 + y 0 |x=1 )X
2 1+1
ou
1 1 0
y 0 |x=1 ln |2| + 1 = ln |2| + + y |x=1 X
2 2
Isolando y 0 |x=1 , encontramos
 
0 1 1
y |x=1 ln |2| − = ln |2| − X ⇒ y 0 |x=1 = 1.X
2 2
de onde a reta tangente é
(y − 1) = 1(x − 1)X ⇒ y = x.X

4. Na figura
temos que maximizar a área A = a · bX, onde
1
b = − (a2 − 9)X.
6
Como f (x) = 0 em x = 3 e x = −3X, o intervalo de busca será I = [−3, 3]X. Portanto a
área será  
1 2 1
A(a) = a · b = 2a · − (a − 9) = − (a3 − 9a)X.
6 3
Para determinar os pontos crı́ticos, calculamos
1
A0 (a) = − (3a2 − 9)X = −(a2 − 3)X ⇒ A0 (x) ∃ ∀ x ∈ RX
3 √
0
e A (a)X = 0 para a = 3X

Para classificar o ponto crı́tico encontrado, calculamos a segunda derivada. Como



A00 (a) = −2a < 0X ∀ a > 0 ⇒ A( 3) < 0X ,

confirmamos que a área atinge um máximo localXem a = 3. Como é o único ponto
crı́tico no interior do intervalo IXe f é contı́nua em IX, esse máximo local é o máximo
global procurado.XNesse caso, obtemos
1 √ 1 √ √ √
b = − [( 3)2 − 9]X = 1X e A = − [( 3)3 − 9 3]X = 2 3X .
6 3

5. Seja
ex
f (x) = .
9x
Observamos que

• Domı́nio: como é uma função que é quociente de duas funções, e h(x) = ex e g(x) =
9x estão definidas para todo R temos que o domı́nio será dado por todos os reais fora
os pontos onde g(x) = 0. De onde

D = Dom(f ) = R\{0}

Observamos que não há intercepto com o eixo y e que f é descontı́nua somente em
x = 0.
• Raı́zes de f : Observamos que

f (x) = 0 ⇔ ex = 0 @.

de onde temos que f não tem raizes.


• Assı́ntotas: A única possibilidade de assı́ntota vertical é em x = 0. Como
ex ex
lim+ = +∞X e lim− = −∞X
x→0 9x x→0 9x
temos que x = 0 é uma assı́ntota vertical.
Para as assı́ntotas horizontais vemos que
ex L’H ex ex
lim = lim = +∞ e lim = 0X
x→+∞ 9x x→+∞ 9 x→−∞ 9x

portanto y = 0 é uma assı́ntota de f quando x → −∞.


• Intervalos de crescimento e decrescimento e extremos: Primeiramente calculamos
ex (x − 1)
f 0 (x) = X
9x2
Essa derivada não existe em x = 0 6∈ D, e ela é nula em x = 1 que é então o único
ponto crı́tico. Como o sinal de f 0 será determinado pelo fator x − 1, temos

f 0 (x) > 0 ⇔ x > 1X


f 0 (x) < 0 ⇔ x ∈ (−∞, 0) ∪ (0, 1)X

De onde segue que f é crescente em (1, +∞) e decrescente em (−∞, 0) ∪ (0, 1), o que
implica que x = 1 é um mı́nimo local.
• Concavidade e pontos de inflexão: Primeiramente calculamos

ex (x2 − 2x + 2)
f 00 (x) = X
9x3
Portanto f 00 não existe para x = 0 6∈ D e, como x2 − 2x + 2 = (x − 1)2 + 1 > 0,
f 00 6= 0∀x ∈ DXO sinal de f 00 será determinado pelo denominador x3 . Portanto, temos
que
f 00 (x) > 0 ⇔ x > 0X
f 00 (x) < 0 ⇔ x < 0X
Portanto f é concava para cima em (0, +∞) e cóncava para baixo em (−∞, 0).
Como x = 0 6∈ D, segue que f não possui pontos de inflexão.
Resposta .
Domı́nio R\{0}X

Assı́ntotas Horizontais: y = 0Xquando x → −∞X

Assı́ntotas Verticais: x = 0X

pontos de máximo: não temX

pontos de mı́nimo: em x = 1X

crescente em: (1, +∞)X

decrescente em: (−∞, 0) ∪ (0, 1)X

cóncava para baixo em: (−∞, 0)X

cóncava para cima em: (0, +∞)X

pontos de inflexão em: não háX

Caracterı́sticas do gráfico:
• Assintota vertical com os comportamentos corretosX,
• o mı́nimo como único extremo no lugar certoX,
• concavidade para baixo para x < 0 e assintota horizontal para x → −∞X,
• concavidade para cima para x > 0 e crescimento ilimitado quando x → ∞X.

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