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2. g (x) = 1
x2 −1
;
2x2 +1
3. h (x) = 2x3 +2x2
;
4x2 +3x+5
4. j (x) = x3 +2x2 +5x
.
Exemplo:
Todas as funções referidas no exemplo inicial são funções racionais.
A primeira é uma função racional imprópria, as restantes são próprias.
Passo 1:
(x)
Verifica-se se a função racional PQ(x) é própria.
Se é própria, segue-se para o Passo 2.
Se não é própria, escreve-se a função na forma
Então
P (x) R (x)
Q(x)
= C (x) + .
Q (x)
polin.
f. racional própria
Exemplifique-se:
As funções g, h e j são funções racionas próprias, pelo que, na primiti-
vação, passa-se logo ao Passo 2.
A função f é imprópria, pelo que vai ser escrita na forma acima indicada.
Divide-se o numerador pelo denominador
x2 + 1 |x − 1
−x2 + x x + 1
x+1
−x + 1
2 → tem o grau estritamente menor que Q (x)
Então,
x2 + 1 (x − 1) (x + 1) + 2 2
f (x) = = =x
+ 1 +
x−1 x−1 − 1
x
polin.
f. rac. própria
pelo que
2 x2
P f (x) = P x + 1 + = + x + 2 ln |x − 1| + C,
x−1 2
onde C é uma constante real.
Como a função foi decomposta numa soma de primitivas imediatas, calcu-
lou-se já a primitiva (executou—se já o Passo 4 do método).
factores correspondentes
2
- factores da forma (x bx + c)k
+ , c/ k ∈ N, → a pares de zeros
↓ complexos conjugados
polin. de grau 2
sem zeros reais
k
Q (x)=
a × (x − r1 )s1 × · · · × x2 + b1 x + c1 1 × · · ·
constante
factores corresp. factores correspondentes a
aos zeros reais pares de zeros complexos
conjugados
Para a função g:
1 1
g (x) = = .
x2 −1 (x − 1) (x + 1)
dois zeros reais c/ mult.1
Será explicado no caso geral que, como os zeros do denominador são dois
reais, 1 e −1, com multiplicidade 1, determinam-se dois números reais, A e
B, tais que
1 A B
= + .
(x − 1) (x + 1) x−1 x+1
1 A B 1 A (x + 1) + B (x − 1)
= + ⇔ =
(x − 1) (x + 1) x−1 x+1 (x − 1) (x + 1) (x − 1) (x + 1)
logo
1 = A (x + 1) + B (x − 1) ⇔ 1 = (A + B) x + (A − B) .
Para a função h:
Será explicado no caso geral que, como os zeros do denominador são dois
reais, 0 e −1, o primeiro com multiplicidade 2 e o segundo com multiplicidade
1, determinam-se três números reais, A, B e C, tais que
2x2 + 1 A B C
2
= + 2+ .
x (x + 1) x x x+1
logo
pelo que
2x2 + 1 −1 1 3
2
= + 2+ .
x (x + 1) x x x+1
Pode-se calcular já a primitiva de h, executando o Passo 4 do método:
1 2x2 + 1 1 −1 1 3
P h (x) = P = P + 2+
2 x2 (x + 1) 2 x x x+1
portanto
1 x−1 1 1 3
P h (x) = − ln |x| + + 3 ln |x + 1| +C = − ln |x|− + ln |x + 1|+C,
2 −1 2 2x 2
onde C é uma constante real.
Para a função j:
4x2 + 3x + 5 4x2 + 3x + 5
j (x) = = .
x3 + 2x2 + 5x x x2 + 2x + 5
sem zeros reais
Será explicado no caso geral que, como o denominador tem um zero real,
0 (com multiplicidade 1), e dois zeros complexos conjugados ,−1 ± 2i (ambos
com multiplicidade 1), determinam-se três números reais, A, B e C, tais que
4x2 + 3x + 5 A Bx + C
2 = + 2 .
x x + 2x + 5 x x + 2x + 5
sem zeros reais
Nota: Será visto no caso geral que, tal como se verifica para cada zero real,
para cada par de zeros complexos conjugados (ou seja, para cada polinómio
de grau dois, sem zeros reais) consideram-se tantas parcelas quanto a sua
multiplicidade, com a diferença que no numerador temos que contar com
um polinómio de grau menor ou igual a 1 (é claro que, caso B seja zero, o
numerador será um número real).
Então
A1 A2 As no de parcelas = s =
+ + · · · + →
x − r (x − r)2 (x − r)s
= multiplicidade do zero real r
k
- para cada factor (x2 + bx + c) uma expressão da forma
D1 + E1 x D2 + E2 x Dk + Ek x
+ 2 + · · · +
x2 + bx + c (x2 + bx + c) (x2 + bx + c)k
↓
n de parcelas = k = multiplicidade dos zeros
o
complexos associados a x2 + bx + c
P (x)
de tal modo que Q(x)
seja soma de todas estas parcelas.
Tal como se fez nos exemplos, esta decomposição pode ser obtida pelo
método dos coeficientes indeterminados.
Tal como foi feito para as primitivas das funções g, h e para a primeira
parcela da função j, é fácil ver que:
De facto,
A ln |x − r| + C, se n = 1
A
P (x−r)n
=
−n+1
P A (x − r)−n = A (x−r)
−n+1
+ C, se n > 1,
x2 + bx + c = (x + p)2 + q 2 ,
dos zeros do polinómio - é fácil provar que os zeros do polinómio são iguais
a −p ± qi.
Primitivação:
x + p = qt.
3(x+1) −2
3x + 1 3x + 3 −3 + 1 3 2x + 2 2
P 2 = P 2 = P 2 −P =
(x + 1) + 4 (x + 1) + 4 2 (x + 1) + 4 (x + 1)2 + 4
3 1 2
= ln |(x + 1)2 + 4 | − P . =
2 4 1 + x+1 2
>0 2
1
3
= ln (x + 1)2 + 4 − P 2x+1 2 =
2 1+ 2
3 2 x+1
= ln (x + 1) + 4 − arctg + C,
2 2
onde C é uma constante real.
x + 1 = 2t,
pelo que
x = 2t − 1, ϕ (t) = 2t − 1 e ϕ (t) = 2.
Fazendo a substituição na primitiva
3x + 1 3x + 1
P =P
x2 + 2x + 5 (x + 1)2 + 22
obtém-se a primitiva
3 (2t − 1) + 1 6t − 2 3t − 1
P 2. 2 = P 2. 2 2 2
=P 2
(2t) + 22 2 t +2 t +1
onde
3t − 1 3 2t 1 3
P 2
= P 2 −P 2
= ln t2 + 1 − arctan t + C.
t +1 2 t +1 1+t 2
Portanto
2
3x + 1 3 x+1 x+1
P 2 = ln + 1 − arctan +C
x + 2x + 5 2 2 2
2
3x + 1 3 x+1 x+1
P j (x) = ln |x|+P 2 = ln |x|+ ln + 1 −arctan +C.
x + 2x + 5 2 2 2
P D+Ex
x2 +bx+c
= E
2
ln (x + p)2 + q 2 + (D−Ep)
q
arctg x+p
q
+ C.
Nota:
- se E = 0, trata-se de um arcotangente;
Considere-se
9x2 + 12x + 15
P .
x3 + 2x2 + 5x
Seria uma desagradável surpresa efectuar-se todo um trabalho análogo ao da
primitiva de j e depois descobrir-se que bastaria fazer
1
P .
(1 + t2 )k
1 1 + t2 − t2 1 t2
= = −
(1 + t2 )k (1 + t2 )k (1 + t2 )k−1 (1 + t2 )k
1 1 2t
= − t
(1 + t2 )k−1 2
f
(1 + t2 )k
g
1 1 1 2t
P = P − P (
t )=
(1 + t2 )2 1 + t2 2
f
(1 + t2 )2
g
1 1 1 1
pois = P − −t +P =
g= −(1+t2 ) −1 1 + t2 2 1 + t2 1 + t2
1 1 1 t 1 1 t
= P 2
+ 2
= arctg t + + C.
2 1+t 21+t 2 2 1 + t2