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Notas de Aula de Cálculo 2

Luiz Felipe Pereira Bandeira


Abril de 2024

1 Noções Iniciais
1.1 Partições
Dado um intervalo [a, b], podemos dividi-lo em vários subintervalos como no exemplo abaixo:

P = {[x0 , x1 ], [x1 , x2 ], . . . , [xn−1 , xn ]}

1.2 Infı́mo e Supremo


Dizemos que um conjunto é limitado inferiormente se existir um m ∈ R tal que ∀x ∈ X sendo
X ⊂ R temos que x ≥ m. Nesse caso, m é uma cota inferior. Analogamente, temos que um
conjunto é limitado superiormente se existir n ∈ R tal que ∀x ∈ X, n ≤ x.
Exemplo: Dado um intervalo [1, 3], temos que 1 é seu infı́mo e 3 é seu supremo.

1.3 Soma Superior e Inferior


Dadas as definições anteriores, definimos a soma superior e inferior:
m
X m
X
S(f ; P ) = Mi (ti − ti−1 ), s(f ; P ) = Mi (ti − ti−1 )
i=1 i=1

1
1.4 Integrais Superior e Inferior
Seja f : [a, b] → R limitada e P uma partição de [a, b]. Definimos os conjuntos:

A = [s(f ; P ) : P ], B = [S(f ; P ) : P ]
Dado isso e Λ tal que Λ é uma partição de [a, b], definimos as integrais:
m
X m
X
S(f ; P ) = Mi (ti − ti−1 ), s(f ; P ) = Mi (ti − ti−1 )
i=1 i=1

1.5 Soma de Riemann


Quando queremos calcular nossa integral pela definição, usamos todos os conceitos apresentados.
A soma de Riemann se dá pela seguinte fórmula:
n
X b−a
∆t f (xi ), ∆t = , xi = a + ∆t × i
i=1
n
Podemos calcular a soma de Riemann com os resultados abaixo, que podem ser provados com
indução matemática:

n n n n  2
X X n(n + 1) X
2 n(n + 1)(2n + 1) X
3 n(n + 1)
k = k × m, i= , i = , i =
i=1 i=1
2 i=1
6 i=1
2

O n é porque dividimos em n subintervalos que vão ao infinito na soma de Riemann.

2
1.6 O Teorema Fundamental do Cálculo
Dada uma função f : [a, b] → R, então f é integrável, logo temos a seguinte representação:
Z b
g(x) = f (x) dx
a

O que nós temos é que g ′ (x) = f (x) ou seja, integrando a função g obtemos a função original.
Um fato interessante é que por g(x) ser contı́nua podemos regularizar funções descontı́nuas com
essa propriedade básica.

1.7 Regras de Antidiferenciação


Aqui estão algumas das regras básicas de antidiferenciação:
Integrais Básicas:
Z
k dx = kx + C

xn+1
Z
xn dx = + C, para n ̸= −1
n+1
Z
ex dx = ex + C
Z
ln(x) dx = x ln(x) − x + C
Z
1
dx = ln |x| + C
x
Z
1 1 x
dx = arctan +C
a2 + x2 a a

Integrais de Funções Trigonométricas:


Z
sin(x) dx = − cos(x) + C
Z
cos(x) dx = sin(x) + C
Z
tan(x) dx = − ln | cos(x)| + C
Z
sec(x) dx = ln | sec(x) + tan(x)| + C
Z
csc(x) dx = − ln | csc(x) + cot(x)| + C

3
1 1 √ 1
Integrais das Funções do Tipo v 2 +a2 , v 2 −a2 , v 2 +a2
, √v21−a2 e √ 1
−v 2 +a2
:
Z
1 1 v
dv = arctan +C
v 2 + a2 a a
v−a
Z
1 1
2 2
dv = ln +C
v −a 2a v+a
Z
1 p
√ dv = ln |v + v 2 + a2 | + C
v 2 + a2
Z
1 p
√ dv = ln |v + v 2 − a2 | + C
v 2 − a2
Z
1 v
√ dv = sin−1 +C
−v 2 + a2 a

Essas são algumas das regras básicas que você pode usar para resolver integrais.

1.8 Fórmula de Integração por Partes:


A fórmula de integração por partes é uma técnica útil para integrar o produto de duas funções. Ela
é dada por:
Z Z
u dv = uv − v du

onde u e v são funções diferenciáveis de uma variável real x. A escolha adequada de u e dv pode
simplificar a integração de certos tipos de funções.

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