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Danilo Manoel
29 de Março de 2023
x3
Z
x2 dx = + C; C ∈ R.
3
Mas por que somar com uma constante C? Basicamente porque:
′ ′ ′
x3 x3 x3 √
= +1 = + 5 = x2 .
3 3 3
Ou seja, independente de quem seja C, por ser uma constante ao derivarmos ela vira zero. Por isso as primitivas
são uma famı́lia de funções, cuja única diferença é uma constante.
1
1.1.1 Exemplos
Calcule
√
Z
(a) x x dx.
x3 + 1
Z
(b) dx.
x
Z
(c) tan2 x dx.
Solução:
(a) Observe
x( 2 +1)
3
√ 2√ 5
Z Z
x x dx = x3/2 dx = 3 +C = x + C.
2 +1
5
(a) arctan x + c
1 x − 1
(b) ln +c
2 x + 1
(c) ln |x − 1| + c
(d) ln |x + 1| + c
(e) arcsen x + c
4 3
Solução: Claramente x8 − 4x6 + 6x4 − 4x2 + 1 = x2 − 1 , além disso x6 − 3x4 + 3x2 − 1 = x2 − 1 , então
4
x8 − 4x6 + 6x4 − 4x2 + 1 x2 − 1
Z Z
I= dx = 3 dx
(x4 − 1) (x6 − 3x4 + 3x2 − 1) (x4 − 1) (x2 − 1)
4
x2 − 1
Z Z
1
⇒I= 4 dx = dx = arctan x + c.
(x2 + 1) (x2 − 1) x2 + 1
Alternativa (a) é a resposta. Geralmente problemas de Escola Naval só precisa simplificar ao máximo e pronto,
a integral sai rapidinho.
2
1.2 Mudança de Variável ou Integral por Substituição
Ainda trabalhando com primitivas, existe um fato muito importante:
Z Z
g (αx)
f (x) dx = g(x) + C =⇒ f (αx) dx = + C,
α
para α ̸= 0 real. Por exemplo: Z
1
eαx dx = eαx + C.
α
Z
1
cos αx dx = sen αx + C.
α
Mas, por que isso?
É o tipo de substituição mais simples de todos, donde trocamos αx = u, e derivando em ambos os lados da igualdade
du
obtemos: αdx = du ⇒ dx = . Dessa maneira:
α
Z Z Z
du 1 1 1
f (αx) dx = f (u) = f (u) du = · g(u) + C = · g (αx) + C.
α α α α
Vamos para alguns exemplos:
1.2.1 Exemplos
Calcule
Z
1 3x
1. e + sen 3x dx.
3
Z
2. cos2 x dx.
Solução:
1. Separando a integral temos que
Z Z Z
1 3x 1
I= e + sen 3x dx = e3x dx + sen 3x dx
3 3
| {z } | {z }
I1 I2
du
Observe que ao substituir u = 3x na integral I1 e na integral I2 , obtemos que du = 3dx ⇒ = dx. Portanto:
3
eu
Z Z Z Z
1 du du 1 1 cos u
I= eu + sen u = eu du + sen u du = − +C
3 3 3 9 3 9 3
e3x cos 3x
⇒I= − + C.
9 3
2. Sabendo que cos 2x = cos2 x − sen2 x = 2 cos2 x − 1, e dessa forma:
1
cos2 x = (cos 2x + 1) .
2
Então: Z Z Z
2 1 1
I = cos x dx = (cos 2x + 1) dx = (cos 2x + 1) dx
2 2
Z Z
1
I= cos 2x dx + 1 dx
2
dt
Se trabalharmos na integral destacada em verde, temos que t = 2x, e dessa forma = dx:
2
Z Z Z
dt 1 sen t sen 2x
cos 2x dx = cos t = cos t dt = +C = + C.
2 2 2 2
E portanto:
1 sen 2x sen 2x x
I= + x + C′ = + + C ′.
2 2 4 2
3
1.2.2 A Grande Substituição
Z
Certamente existem substituições ainda mais radicais. Por exemplo, integrais da forma f (g(x)) g ′ (x) dx nos
sugere fazer a substituição g(x) = u, pois desta forma du = g ′ (x)dx e portanto:
Z Z
′
f (g(x)) g (x) dx = f (u) du.
Resolver alguns exemplos nos dará um caminho mais fácil para entender.
1.2.3 Exemplos
1. (UFPE Área II 2019) Calcule as seguintes integrais indefinidas:
Z √
sen ( x)
(a) √ dx.
x
Z
3
(b) x2 ex −4 dx
Z p
2. Calcule x 1 + x2 dx.
Z
x
3. Calcule dx.
1 + x4
Z
4. Calcule tg x sec3 x dx.
Solução:
√ 1 dx
1. (a) Fazendo a substituição x = u ⇒ √ dx = du ⇒ √ = 2du, temos que
2 x x
Z √ Z Z
sen ( x)
I= √ dx = sen u (2du) = 2 sen u du = −2 cos u + C
x
√
⇒ I = −2 cos x + C.
dw
(b) Se substituirmos x3 − 4 = w, obtemos que 3x2 dx = dw ⇒ x2 dx = , e dessa forma:
3
Z Z Z Z
2 x3 −4 x3 −4 2 w dw 1
ew dw
I= x e dx = e x dx = e =
3 3
1 w 1 3
⇒I= e + C = ex −4 + C.
3 3
dt
2. Substituindo 1 + x2 = t temos que xdx = , vamos ser mais rápidos agora:
2
3
1 √ 1 t3/2 1 + x2 2
Z p Z
2
I = x 1 + x dx = t dt = · +C = + C.
2 2 3/2 3
Se ficou confuso pergunte a mim pessoalmente.
3. Vou fazer essa com mais calma tá ok? Seja x2 = u ⇒ 2xdx = du ⇒ xdx = du 2
2 , e já que x = u segue que
4 2
x = u , e portanto:
du
arctan x2
Z Z Z
x 2 1 1 1
I= 4
dx = 2
= 2
du = arctan u + C = + C.
1+x 1+u 2 1+u 2 2
4. Estou pensando em substituir sec x = u, mas antes veja que
tg x sec3 x = sec2 x · tg x sec x.
E dessa forma, já que tg x sec x dx = du, segue que
u3 sec3 x
Z Z
sec2 x · tg x sec x dx = u2 du = +C = + C.
3 3
4
1.2.4 Problema para esquentar
(EFOMM 2018/2019) Assinale a solução correta do seguinte problema de integração:
√
Z
2 2 − 3x dx
4 3/2
(a) − (2 − 3x) + C (onde C é um constante)
9
4 2/3
(b) − (2 − 3x) + C (onde C é um constante)
9
4 3/2
(c) (2 − 3x) + C (onde C é um constante)
3
4 2/3
(d) − (2 + 3x) + C (onde C é um constante)
9
3/2
(e) 4 (2 − 3x) + C (onde C é um constante)
Solução:
Se chamarmos 2 − 3x = u temos que −3dx = du ⇒ dx = − du
3 , portanto:
√ √ −2 √
Z Z Z
du
I = 2 2 − 3x dx = 2 u − = u du
3 3
3
2 u2 4 3
⇒ I = − · 3 + C = − (2 − 3x) 2 + C.
3 2
9
Alternativa (a) é a resposta.
Problemas de integral por substituição você precisa ter visão, olhar para o integrando e dizer: quem é derivada
de quem ali? Qual a substituição que eu devo fazer para que apareça a derivada nesse integrando? É igual a
jogar xadrez, antes de mover uma peça precisa ter em mente alguns lances seguintes. Diante disso temos alguns
problemas propostos abaixo. As soluções estão nas últimas páginas.
1.3 Exercı́cios
1. Calcule
ex
Z
√ dx.
1 − e2x
5
Z
4
(a) x3 e−2x dx.
Z √
x+2
(b) dx.
x+2
Z
20
5. (EFOMM 2020/2021) O valor da integral indefinida (5x + 3) dx é dado por
20
(5x + 3)
(a) +C
21
19
(5x + 3)
(b) +C
19
19
(5x + 3)
(c) +C
105
21
(5x + 3)
(d) +C
21
21
(5x + 3)
(e) +C
105
3e3x
Z
6. (Escola Naval 2016/2017) Calcule dx e assinale a opção correta.
e6x + 2e3x + 1
−1
(a) − e3x + 1 +c
−1
(b) e3x + 1 +c
3x
−1
(c) − e − 1 +c
−1
(d) e3x − 1 +c
−1
(e) −3 e3x − 1 +c
Z
2
7. (EFOMM 2016/2017) Calcule a integral indefinida tg x · 1 + (sen x · sec x) dx.
sec2 x
(a) +c
2
(b) tg x · sec x + 2x + c
(c) cos x + 2sen x − sec x + c
2 cos x − sen 2x
(d) +c
3
cos2 x
(e) +c
2
Z h√ i2
9. (EFOMM 2015/2016) O valor da integral 2 · tg3 (2x) sec (2x) dx, sendo c uma constante, é
6
tg7 (2x)
(d) +c
7
p
(e) tg (2x) + sen (2x) + c
h i
sen4 (2x)
Z tg (2x) cos4 (2x) − cotg (2x)
10. (Escola Naval 2015/2016) Resolvendo p sec2 (x) dx encontra-se
e2tg (x) cos (4x) sec2 (2x) − 1
1
(a) − e2x sen (2x) + c
2
1
(b) − e−2tg (x) + c
2
1 −2x
(c) e sen (2x) + c
2
1
(d) − e2x cos (2x) + c
2
1
(e) − e−2x sec (4x) + c
2
Se você já sabe calcular integral definida, na Seção 2.2, tente os exercı́cios 1, 2, 3, 6 (a), 7, 8, 9, 10 e 11, os problemas
restantes necessita do conhecimento a seguir.
Usamos esta regra quando não há substituição aparente que possamos fazer. E é importante ter cuidado com quem
vamos chamar de g ′ (x), pois a antiderivada nem sempre é tão trivial.
Vamos para mais exemplos:
1.4.1 Exemplos
1. (UFPE Área II 2019) Calcule as integrais indefinidas abaixo:
Z
(a) (20x − 19) sen (x) dx.
Z
2
(b) (ln (x)) dx.
2. Calcule
Z
(a) x2 · sen x dx.
Z
2
(b) x3 ex dx.
7
Solução:
1. (a) Fazendo f (x) = 20x − 19 ⇒ f ′ (x) = 20 e g ′ (x) = sen x ⇒ g(x) = − cos x, e dessa forma:
Z Z
I = (20x − 19) sen (x) dx = (20x − 19) (− cos x) − 20(− cos x) dx
Z
⇒ I = (19 − 20x) cos x + 20 cos x dx = (19 − 20x) cos x + 20 sen x + C.
(b) Observe: Z Z
2
I= (ln (x)) dx = ln (x) · ln (x) dx.
Z
1
Logo, seja f (x) = ln x ⇒ f ′ (x) = e g ′ (x) = ln (x) ⇒ g(x) = ln (x) dx. Nos resta descobrir o valor
x
de g(x), mas por enquanto temos que:
Z Z
2 g(x)
I = (ln (x)) dx = ln (x) · g(x) − dx.
x
Vamos descobrir g(x) através de integração por partes:
Z Z
1
g(x) = 1 · ln (x) dx = x · ln (x) − x · dx = x · (ln (x) − 1) + C.
x
Portanto
x · (ln (x) − 1)
Z
I = ln (x) · x · (ln (x) − 1) − dx
x
Z
⇒ I = x · ln2 (x) − x ln (x) + 1 − ln (x) dx
E dessa maneira:
I = −x2 · cos x + 2 (x · sen x + cos x) + C ′ .
(b) Primeiramente observe que Z Z
3 x2 1 2
I= x e dx = x2 2xex dx.
2
2 2
E agora sim podemos usar integral por partes, seja f (x) = x2 ⇒ f ′ (x) = 2x e g ′ (x) = 2xex ⇒ g(x) = ex ,
e portanto:
Z Z
1 2
1 2 2 1 2 x2 2
I= x2 2xex dx = x2 ex − 2xex dx = x e − ex + C.
2 2 2
8
1.5 Exercı́cios
1. (UFPE Área II 2018) Calcule:
Z
(a) t2018 ln (t) dt.
Z
(b) θ2 cos (2θ) dθ.
2 Integrais Definidas
Aqui temos finalmente o intervalo de integração. E sucede que as mesmas propriedades das primitivas se aplica
aqui, além das mesmas técnicas de integração. Vamos fazer um exemplo básico:
Solução:
Observe que
Z 10 Z 10 Z 10 Z 10
2 3 2 3
I= (x − 5) + (x − 5) + (x − 5) dx = (x − 5) dx + (x − 5) dx + (x − 5) dx
0 0 0 0
9
52 (−5)2 53 (−5)3 54 (−5)4 53
⇒I= − + − + − =2· .
2 2 3 3 4 4 3
Mas além disso...
2.1 Propriedades
Seja f uma função integrável em [a, b], então:
Z b
1. Se f (x) ≥ 0 em [a, b], então f (x) dx ≥ 0. E a igualdade só ocorre quando f (x) = 0, ∀x ∈ [a, b] (a função
a Z b
constante nula), ou seja, se f (x) ≥ 0 e f não é a função nula, então necessariamente f (x) dx > 0.
a
Seja f uma função contı́nua em [−r, r], r > 0. Existem dois casos especiais:
10
Claro que podemos provar isso:
Z r Z 0 Z r
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx
−r −r 0
| {z }
I1
Z 0 Z r
Claramente f (x) dx = − f (x) dx.
−r 0
11
Por exemplo, a integral abaixo é extremamente complicada, se formos tentar descobrir a primitiva e aplicar o
intervalo de integração nem sairı́amos do lugar. Veja:
Z 1
x ln 1 + x2 cos x
dx = 0.
−1 ex2
x ln 1 + x2 cos x
Isso porque a função f (x) = é uma função ı́mpar, pois observe:
ex2
−x ln 1 + (−x)2 cos (−x) x ln 1 + x2 cos x
f (−x) = =− = −f (x).
e(−x)2 ex2
2.1.1 Exemplos
1. (OMpD2 2022) Assinale a alternativa que contém o valor numérico de:
Z 1 √
x+ x
√ dx
0
3
x
15
(a)
2
17
(b)
6
23
(c)
7
51
(d)
35
41
(e)
70
1/2
x2
Z
3. (UFPE 2019 Área II) Calcule a seguinte integral definida: √ dx.
0 1 − x2
Solução:
1. Observe que √
Z 1 Z 1
x+ x 2 1
I= √ dx = x 3 + x 6 dx.
0
3
x 0
Portanto 1 1
Z 1 Z 1 5 7
2 1 x 3 x 6 3 6 51
I= x dx +
3 +x dx = 5 + 7 = + =
6 .
0 0 3
6
5 7 35
0 0
12
3. Essa questão precisa ter boas sacadas, veja
1/2 1/2 1/2 1/2
x2 x2 − 1 + 1 1 − x2
Z Z Z Z
1
I= √ dx = √ dx = − √ dx + √ dx
0 1 − x2 0 1 − x2 0 1 − x2 0 1 − x2
Z 1/2 Z 1/2
p 1
⇒I=− 1 − x2 dx + √ dx (1)
1 − x2
|0 {z } 0
I1
Resolvendo a integral I1 , temos que usar integração por partes (claro que √
poderı́amos usar substituição
trigonométrica, mas ainda não trabalhamos com isso), portanto, seja f (x) = 1 − x2 ⇒ f ′ (x) = − √1−x
x
2
e
′
g (x) = 1 ⇒ g(x) = x, e desse modo:
1/2 1/2 1/2 Z 1/2
x2 x2
Z p p 1/2 Z p
I1 = 1− x2 2
dx = 1 − x · x − −√ 2
= x 1−x + √ .
0 0 0 1 − x2 0 0 1 − x2
Perceba que a integral destacada em vermelho é a própria integral I requerida pelo enunciado. Dessa forma,
substituindo na equação (1), obtemos:
Z 1/2 1/2
p 1 p 1/2
I = − x 1 − x2 + I + √
dx =⇒ 2I = − x 1 − x2 + arcsen x|0
0 1 − x2 0
√ √
1 3 π 3 π
⇒ 2I = − · + ⇔I=− + .
2 2 6 8 12
Solução: √
Façamos a substituição x = u ⇔ x = u2 ⇒ dx = 2udu, e os intervalos de integração mudam para x = π 2 /4 →
2
u = π/2 e x = 4π → u = 2π. Portanto:
Z 4π 2 √
Z 2π Z 2π
I= sen x dx = sen (u) (2udu) = 2 u · sen (u) du.
π 2 /4 π/2 π/2
Vamos integrar por partes, seja f (u) = u ⇒ f ′ (u) = 1, g ′ (u) = sen (u) ⇒ g(u) = − cos (u), desse modo:
Z 2π !
π
2π
I = 2 · − u · cos (u)|π/2 − (− cos (u)) du = −4π + 2 · sen (2π) − sen = −4π − 2.
π/2 2
E acabamos o problema.
2.2 Exercı́cios
1. (SMT 2018) Encontre o valor de a tal que
Z a
3x2 − 6x + 3 dx = 27.
1
13
3. (UFPE Área II 2011) Calcule a seguinte integral:
Z π/3
sen (x) sec2 (x) dx.
0
7. (EFOMM 2018/2019) ConsidereZ π a função real f (x) = cos x − sen x. Determine o valor da integral de f (x) no
intervalo [0, π], ou seja, f (x) dx.
0
(a) π
(b) −2
(c) −1
(d) zero
(e) 2
Finalizamos a lista por aqui. Outro dia mandarei uma apostila com as outras técnicas de integração, algumas
bem importantes como substituição trigonométrica, frações parciais, e outras que são mais comuns em olimpı́adas.
Espero ter ajudado. A seguir temos as soluções dos Exercı́cios Propostos.
3 Iowa Collegiate Mathematics Competition
4 Olimpı́ada Brasileira de Matemática Nı́vel Universitário
14
3 Solução dos Exercı́cios
- Exercı́cios 1.3
1. Substituindo ex = u ⇒ ex dx = du, e dessa forma e2x = u2 , portanto:
ex
Z Z
du
√ dx = √ = arcsen (u) + C = arcsen (ex ) + C.
1−e 2x 1 − u2
Essa é a resposta.
2. Essa questão sem dúvida fez você pensar um bucado, mas era só separar as integrais e seria mais trivial, veja
Z Z Z Z
1 + 2x 1 2x 2x
I= 2
dx = 2
dx + 2
dx = arctg x + dx.
1+x 1+x 1+x 1 + x2
Resolvendo a integral que resta, faça a substituição x2 = u ⇒ 2xdx = du, dessa forma:
Z
1
I = arctg x + du.
1+u
Fazendo mais uma mudança de variável, seja 1 + u = t ⇒ du = dt, logo
Z
1
I = arctg x + dt = arctg x + ln |t| + C = arctg x + ln |1 + u| + C
t
I = arctg x + ln |1 + x2 | + C.
Mas como 1 + x2 > 0 para qualquer x real, podemos tirar do módulo, então a nossa resposta é
I = arctg (x) + ln 1 + x2 + C.
3. (a) Está bem na cara qual substituição usar não é mesmo? Seja cos x = u ⇒ sen x dx = −du, e portanto
Z Z Z
sen x 1 1
2
dx = 2
(−du) = − du = −arctg u + C = −arctg (cos x) + C.
1 + cos x 1+u 1 + u2
(b) Esta precisa fazer algumas etapas antes de fazer alguma substituição:
Z Z Z Z
I = sen x cos x dx = sen x 1 − sen x cos x dx = sen x cos x dx − sen7 x cos x dx.
5 3 5 2 5
(c) No integrando não está visı́vel nenhuma derivada de alguma outra função que também está no integrando,
logo, façamos o seguinte:
Z Z Z
3 2
sec2 x − 1 tan x dx.
I = tan x dx = tan x tan x dx =
15
(d) Façamos o seguinte
Z Z
tg2017 (x) sec2 (x) sec2 (x) dx = tg2017 (x) 1 + tg2 (x) sec2 (x) dx
I=
Z Z
⇔I= tg2019 (x) sec2 (x) dx + tg2017 (x) sec2 (x) dx.
Com a mesma ideia da questão anterior, substituamos tg (x) = u ⇒ sec2 xdx = du, temos que
u2020 u2018
Z Z
I = u2019 du + u2017 du = + +C
2020 2018
√ √
Z Z Z
1 1
I=− (1 − u) u du = − u du − u3/2 du
2 2
! 5/2 3/2
1 u3/2 u5/2 1 − t2 1 − t2
⇒I=− 3
− 5
+C = − + C.
2 2 2
5 3
du
4. (a) Façamos a substituição −2x4 = u ⇒ −8x3 dx = du ⇒ x3 dx = − , e dessa maneira obtemos
8
4
eu e−2x
Z Z Z
4 du 1
x3 e−2x dx = eu − =− eu du = − + C = − + C.
8 8 8 8
3e3x u−1
Z Z
1 −1
I= 2 dx = 2
du = + C = − e3x + 1 + C.
3x
(e + 1) u −1
16
7. É puro algebrismo:
Z Z Z
2
I = tg x · 1 + (sen x · sec x) dx = tg x · 1 + tg x dx = tg x · sec2 x dx.
2
10. Este problema envolve mais álgebra trigonométrica do que conhecimento de cálculo em si. Veja:
h i
Z tg (2x) cos4 (2x) − sen4 (2x) Z
cotg (2x) 2 tg (2x) cos4 (2x) − sen4 (2x) tg (2x)
I= p sec (x) dx = p sec2 (x) dx
e2tg (x) cos (4x) sec2 (2x) − 1 e2tg (x) cos (4x) tg2 (2x)
tg (2x) · cos4 (2x) − sen4 (2x)
Z
⇒I= sec2 (x) dx
e2tg (x) (cos2 (2x) − sen2 (2x)) tg (2x)
tg (2x) · cos2 (2x) − sen2 (2x) cos2 (2x) + sen2 (2x)
Z Z
⇒I= sec (x) dx = e−2tg (x) sec2 (x) dx.
2
e2tg (x) (cos2 (2x) − sen2 (2x)) tg (2x)
Façamos a substituição −2tg (x) = w ⇒ sec2 (x) dx = − dw
2 , portanto:
Z
dw 1 1
I = ew − = − ew + c = − e−2tg (x) + c.
2 2 2
17
- Exercı́cios 1.5
t2019
1. (a) Vamos integrar por partes, chamando f (t) = ln (t) ⇒ f ′ (t) = 1t e seja g ′ (t) = t2018 ⇒ g(t) = 2019 ,
portanto:
obtemos Z Z
2 sen (2θ)
2 sen (2θ)
I= θ · cos (2θ) dθ = θ · − 2θ · dθ .
2 2
| {z }
I1
Resolvamos a integral I1 também por partes, seja h(θ) = θ ⇒ h (θ) = 1 e chamaremos i′ (θ) = sen (2θ) ⇒
′
Portanto
θ2 · sen (2θ)
θ · cos (2θ) sen (2θ)
I= − − + + C′
2 2 4
θ2 · sen (2θ) θ · cos (2θ) sen (2θ)
⇔I= + − + C ′.
2 2 4
Sensacional.
2. Seja f (t) = t ⇒ f ′ (t) = 1 e seja g ′ (t) = sec (t) tg (t) ⇒ g(t) = sec (t), portanto:
Z Z
I = t sec (t) tg (t) dt = t · sec (t) − sec (t) dt.
O nosso problema agora é calcular a integral que nos resta, veja a solução
3. (a) Seja f (x) = sen (ln x) ⇒ f ′ (x) = cos (ln x) · x1 , e g ′ (x) = 1 ⇒ g(x) = x, portanto:
Z Z Z
cos (ln x)
I= sen (ln x) dx = sen (ln x) · x − · x dx = sen (ln x) · x − cos (ln x) dx .
x
| {z }
I1
18
Calculemos I1 também por integração por partes, então, seja h(x) = cos (ln x) ⇒ h′ (x) = −sen (ln x) · 1
x
e i′ (x) = 1 ⇒ i(x) = x, portanto
Z Z
sen (ln x)
I1 = cos (ln x) · x − − · x dx = cos (ln x) · x + sen (ln x) dx.
x
Dessa maneira:
Z Z
I= sen (ln x) dx = sen (ln x) · x − cos (ln x) · x + sen (ln x) dx
(b) Seja f (x) = x ⇒ f ′ (x) = 1 e g ′ (x) = sen (3x) ⇒ g(x) = − cos 3(3x) , portanto:
Z Z
cos (3x) cos (3x)
I = x sen (3x) dx = −x · − − dx
3 3
x · cos (3x) sen (3x)
Z
cos (3x) 1
⇒ I = −x · + cos (3x) dx = − + + C.
3 3 3 9
19
5. Observe que podemos separar nossa integral:
Z Z Z Z
2 2 2 2
I= 4x4 + 12x2 + 3 ex dx = 4x4 · ex dx + 12x2 · ex dx + 3ex dx
| {z } | {z }
I1 I2
| {z }
I3
E portanto: Z
x2 2 2
3ex dx.
I1 = e · x · 2x − 3 +
2
⇒ I = ex · x · 2x2 + 3 + k
(k ∈ R)
E terminamos o problema.
- Exercı́cios 2.2
du
2. Substituindo x2 + 4 = u ⇒ dx = e os intervalos de integração: x = 0 → u = 4 e x = 1 → u = 1. Portanto:
2 ,
Z 1 p Z 5 Z 5 5
√ √ 3/2
du 1 1 u
I= x x2 + 4 dx = u = u du = · 3
0 4 2 2 4 2 2
4
3/2 3/2
√
5 4 5 5−8
⇒I= − = .
3 3 3
′
3. Tem que lembrar da derivada da secante que é, (sec (x)) = sec (x)tg (x), pois veja
Z π/3 Z π/3 Z π/3
sen (x) 1
I= sen (x) sec2 (x) dx = · dx = sec (x)tg (x dx
0 0 cos (x) cos (x) 0
20
4. Ao integrarmos por partes, seja f (x) = x ⇒ f ′ (x) = 1 e g ′ (x) = sen (2x) ⇒ g(x) = − cos 2(2x) , e dessa forma:
Z π/2 π/2 Z π/2
cos (2x) cos (2x)
I= x sen (2x) dx = −x · − − dx
0 2
0 0 2
Z π/2
π (−1) 1
⇒I=− · + cos (2x) dx .
2 2 2 0
| {z }
I1
Então:
Z √ π3 Z √ π3
2
I= sen x dx + 2x2 cos x2 dx
0 0
Z √ π3
⇔I= sen x2 + 2x2 cos x2 dx.
0
′
Podemos ver se formos muito atentos que x · sen x2 = sen x2 + 2x2 cos x2 , portanto
√ π
r
π π √π
I = x · sen x2 0 3 = · sen = .
3 3 2
E acabamos o problema.
9. Observe Z 35 Z 35
1 1
I= = dx.
25 x − x3/5 25 x3/5 x2/5 − 1
21
2 1
Substituindo x2/5 − 1 = u ⇒ du = 5 · x3/5
dx, e os intervalos de integração mudam para: x = 25 → u = 3 e
x = 35 → u = 8. Portanto:
35
5 81
Z
Z
5 1 2 dx
I= · = du
2 25 x2/5 − 1 5 x3/5 2 3 u
5 8
⇒ I = ln .
2 3
Magnânimo.
d
10. Façamos aparecer a derivada do denominador no numerador, que é dx [(ex − 1)x] = xex + ex − 1, então:
1
xex + ex − 1 xex + x
Z
− dx.
−1 (ex − 1) x (ex − 1)x
Veja que (e isso foi proposital desde o inı́cio) ao fazer a mudança de variável u = (ex − 1) · x em I1 , a integral
fica igual a: Z e−1
1 e−1
I1 = du = ln (e − 1) − ln = ln e = 1.
e−1
e
u e
Enquanto nossa integral
1
ex + 1
Z
I2 = dx = 0,
−1 ex − 1
mas por quê?
Veja que os intervalos de integração são opostos entre si, e para toda função ı́mpar f (x) contı́nua em seu
domı́nio e para algum b ∈ R+ , temos que:
Z b
f (x) dx = 0.
−b
ex +1
Resta provar que f (x) = ex −1 é uma função ı́mpar. Obviamente:
1+ex
e(−x) + 1 ex ex + 1
f (−x) = −x = 1−ex =−
e −1 ex
ex − 1
⇒ f (−x) = −f (x).
Terminamos então afirmando que:
I = I1 = 1.
11. Com a mesma ideia da questão anterior, vamos fazer aparecer no numerador a derivada do denominador.
d
Como [x · (x + ex )] = ex · x + ex + 2x. Dessa forma:
dx
Z 2 x Z 2 x
xe + ex + 2x 2e + 2x
I= x)
dx − x + x)
dx .
1 x(x + e 1 x(e
| {z } | {z }
I1 I2
Vamos resolver cada uma das integrais. Observe que I1 era o nosso propósito desde o inı́cio, pois substituindo
u = x(ex + x), obtemos:
Z 2(e2 +2) 2
1 2(e + 2)
I1 = du = ln .
e+1 u e+1
22
Agora observe que:
2 2
ex + x
Z Z
1
I2 = 2 dx = 2 dx = 2 ln 2 = ln 4.
1 x(ex + x) 1 x
Concluı́mos então:
2(e2 + 2) e2 + 2
I = ln − ln 4 = ln .
e+1 2e + 2
Alternativa (c) é a nossa resposta correta.
Eu sei eu sei, eu fiz muito rápido essas duas últimas questões, mas pera aı́ né, tem que acelerar as coisas, parar de
comer papinha é bom e começar a engolir comida grossa e dura. Se cuidem, um abraço a todos...
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