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Atividade Formativa 2

Proposta de Resolução

1.

(a) Antes de mais observe-se que mediante a substituição u = 5x é possı́vel


calcular uma primitiva de cos(5x). Para esta substituição, observe-se que
du = 5dx. Assim:
Z Z Z
1 1 1
cos(5x) dx = 5x ) |{z}
cos(|{z} 5 dx = cos(u)du = sen(u)
5 5 5
=u =du
1
= sen(5x).
5
Deste modo,

x5 x4 sen(5x)
Z
x4 − x3 + cos(5x) + ex dx = + ex + C, C ∈ R.

− +
5 4 5

(b) Neste caso considere-se a substituição u = cos(x) (du = −sen(x)dx), o


que conduz a
=u
Z Z z }| { Z
ecos(x) sen(x) dx = − ecos(x) (−sen(x)) dx = − eu du = −eu +C,
| {z }
du

para C ∈ R. Como u = cos(x), resulta que


Z
ecos(x) sen(x) dx = −ecos(x) + C, C ∈ R.

(c) Nesta alı́nea tem-se a primitivação de uma função racional. Por divisão do
polinómio no numerador pelo polinómio no denominador obtém-se

x4 + 1 = (x2 − 5)(x2 + 5) + 26,

pelo que
x4 + 1 26
2
= x2 − 5 + 2 .
x +5 x +5
Observe-se que x2 + 5 > 0 para qualquer x ∈ R. Então,
Z 4 Z  
x +1 2 26
dx = x −5+ 2 dx
x2 + 5 x +5
Z Z Z
2 1
= x dx − 5 dx + 26 dx
x2 + 5
 
−1 √x
x 3 26tg 5
= − 5x + √ + C,
3 5
para C ∈ R.
(d) Para o caso presente opte-se pela regra de primitivação por partes,
Z Z
f (x)g (x) dx = f (x)g(x) − g(x)f 0 (x) dx,
0

para f (x) = x e g 0 (x) = ex , ou seja, g(x) = ex . Assim,


Z Z
x x
x |{z}
|{z} e dx = |{z} e − |{z}
x |{z} ex dx = xex −ex +C,
1 × |{z} C ∈ R.
f g0 f g f0 g

(e) Novamente pela regra de primitivação por partes obtém-se


x3 x3
Z Z
2 3
x dx = ln(3x)
ln(3x) |{z} − × dx
| {z } 0 3
| {z } |{z} 3x |{z} 3
f g f
|{z}
g f0 g
3 Z
x 1
= ln(3x) − x2 dx
3 3
x3 x3
= ln(3x) − + C, C ∈ R.
3 9
2. Comece-se por observar que a função f está definida de modo diferente para
valores x < 5 e para valores x > 5. Isto significa que o cálculo do integral terá
de ser desdobrado em duas partes:
Z 10 Z 5 Z 10
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx
0 0 5
Z 5 Z 10
x
= (e + cos(5x)) dx + (sen(3x) + x) dx.
0 5

Como as funções

R 3 x 7→ ex + cos(5x), R 3 x 7→ sen(3x) + x

são contı́nuas, resulta da aplicação do Teorema Fundamental do Cálculo (Parte


2) que

2
Z 5  5    
x x sen(5x) 5 sen(25) 0 sen(0)
• (e + cos(5x)) dx = e + = e + − e + =
0 5 0 5 5
sen(25)
e5 + −1
5
Z 10 10
cos(3x) x2 cos(30) 102
  
• (sen(3x) + x) dx = − + = − + −
5 3 2 5 3 2
cos(15) 52
 
cos(30) cos(15) 25
− + =− + 50 + −
3 2 3 3 2
Consequentemente,
Z 10
sen(25) cos(30) cos(15) 73
f (x) dx = e5 + − + + .
0 5 3 3 2

3.
(a) Como indicado no final da pág. 343 do manual,
Z 0
g(0) = f (t) dt = 0.
0

Numa situação idêntica à do exercı́cio anterior tem-se


Z 2 Z 1 Z 2
g(2) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt
0 0 1
Z 1 Z 2
t−1
= e dt + cos((t − 1)π) dt
0 1

resultando da continuidade das funções


R 3 x 7→ ex−1 , R 3 x 7→ cos((x − 1)π) (1)
e da aplicação do Teorema Fundamental do Cálculo (Parte 2) a cada uma
delas
Z 1
1 1
et−1 dt = ex−1 0 = 1 −


e
Z0 2
1
• cos((t − 1)π) dt = [sen((x − 1)π)]21 = 0
1 π
Assim sendo,
1
g(2) = 1 − .
e
(b) Da continuidade das funções (1) tem-se, em particular, a continuidade das
funções [0, 1[ 3 x 7→ ex−1 , ]1, 2] 3 x 7→ cos((x − 1)π), o que prova a
continuidade de f em [0, 2] \ {1}. No ponto 1 tem-se
lim f (x) = lim− ex−1 = |{z}
e1−1 = cos(0) = lim+ cos((x−1)π) = lim+ f (x),
x→1− x→1 x→1 x→1
=f (1)

3
o que completa a verificação da continuidade da função f no intervalo
[0, 2]. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo (Parte 1), isto significa que
a função g é diferenciável no intervalo ]0, 2[ (tendo-se nesse intervalo g 0 =
f ).
(c) Comece-se por observar que a função
Z x2
h(x) := f (t) dt
0

é composição das funções g (diferenciável em ]0, 2[) e x 7→ x2 (dife-


renciável em R). Assim e pela regra de derivação da função composta
tem-se
h0 (x) = g 0 (x2 )(x2 )0 = 2g 0 (x2 )x.
Como g 0 = f no intervalo ]0, 2[ e 12 = 1 ∈ ]0, 2[, conclui-se que

h0 (1) = 2g 0 (1) = 2f (1) = 2.

4.

(a) Atendendo à continuidade de f 0 no intervalo [0, 1], decorre duma aplicação


do Teorema Fundamental do Cálculo (Parte 2) que
Z 1 Z 1
0
f (1) − f (0) = f (x) dx = 0 dx = 0,
0 0

o que implica que f (0) = f (1).


(b) Para qualquer valor x ∈ [0, 1], tem-se ainda pela Parte 2 do Teorema Fun-
damental do Cálculo
Z x Z x
0
f (x) − f (0) = f (t) dt = 0 dt = 0 =⇒ f (x) = f (0).
0 0

Para analisar o caso x ∈ ]1, +∞[, observe-se que a função f 0 é contı́nua


em todo o conjunto R, com

ln(x) ln(1)
lim+ f 0 (x) = lim+ = 0 = lim− f 0 (x).
= |{z}
x→1 x→1 x 1 0
x→1
=f (1)

Por conseguinte, decorre da aplicação do Teorema Fundamental do Cálculo


(Parte 2) que, para qualquer x ∈ ]1, +∞[,
Z x Z x
0 ln(t)
f (x) − f (1) = f (t) dt = dt
1 1 t

4
Para o cálculo deste integral note-se que (ln(x))0 = x1 , pelo que
Z
ln(x) 1
dx = (ln(x))2 + C, C ∈ R.
x 2
Assim, pelo Teorema Fundamental do Cálculo (Parte 2) tem-se
Z x
ln(t) 1 1 1
dt = (ln(x))2 − (ln(1))2 = (ln(x))2 .
1 t 2 2 2
Consequentemente,
1
f (x) = (ln(x))2 + f (1).
2
Conclusão: Atendendo a que f (0) = f (1) = 1 (cf. alı́nea anterior), tem-se


 1, se 0 ≤ x ≤ 1

f (x) =
 1 (ln(x))2 + 1, se x > 1


2
5. Pela continuidade da função f e pelo Teorema Fundamental do Cálculo (Parte
1) tem-se que a função Z x
x 7→ f (t) dt
0
é diferenciável e 0
Z x
f (t)dt = f (x).
0
Assim sendo, por derivação de ambos os lados da igualdade
Z x
x
e x= f (t)dt
0

obtém-se
ex x + ex = f (x),
donde
f (1) = 2e.

6. A área é igual a
Z 1 1
e7x e7 e0 e7 + 6

7x 2

2x + e dx = x + =1+ −0− = ,
0 7 0 7 7 7
onde, devido à continuidade da função integranda, a primeira igualdade deriva
da aplicação do Teorema Fundamental do Cálculo (Parte 2).

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