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Cálculo Diferencial e Integral I

Aula 25: Integração por substituição

Turma Online - Prof. Rogério Mol

Universidade Federal de Minas Gerais

1o semestre /2020
Integração por substituição
I Considere a função composta F ◦ g (x) = F (g (x)), onde F = F (u) e
g = g (x) (u = g (x)) são deriváveis, com derivadas F 0 (u) e g 0 (x).
Pela regra da cadeia, sua derivada é
d
(F ◦ g (x)) = F 0 (g (x)) · g 0 (x) .
dx | {z } | {z }
dF du
du dx
Integração por substituição
I Considere a função composta F ◦ g (x) = F (g (x)), onde F = F (u) e
g = g (x) (u = g (x)) são deriváveis, com derivadas F 0 (u) e g 0 (x).
Pela regra da cadeia, sua derivada é
d
(F ◦ g (x)) = F 0 (g (x)) · g 0 (x) .
dx | {z } | {z }
dF du
du dx

I Assim, pelo teorema fundamental do Cálculo, se g está definida


em um intervalo, temos
Z Z
d
F 0 (g (x))g 0 (x)dx = (F ◦ g (x)) dx = F ◦ g (x) +c.
dx | {z }
F (g (x))
Integração por substituição
I Ou seja, obtivemos que
Z Z
F 0 (g (x))g 0 (x)dx = F (g (x)) = F 0 (u)du,
|{z} |{z}
u u

sendo que, na última passagem, usamos novamente o teorema


fundamental do cálculo para F (u). Isso motiva a seguinte regra de
mudança de variáveis para integrais:

se u = g (x) então du = g 0 (x)dx


Integração por substituição
I Ou seja, obtivemos que
Z Z
F 0 (g (x))g 0 (x)dx = F (g (x)) = F 0 (u)du,
|{z} |{z}
u u

sendo que, na última passagem, usamos novamente o teorema


fundamental do cálculo para F (u). Isso motiva a seguinte regra de
mudança de variáveis para integrais:

se u = g (x) então du = g 0 (x)dx

I Renomeando F 0 (u) = f (u), a expressão acima nos dá então a


chamada regra de substituição ou de mudança de variáveis para
integrais:
Z Z
0
f (g (x))g (x)dx = f (u)du

(mudança de variáveis: u = g (x))


Integração por substituição
Z
I Exemplo. Calcule x 3 cos(x 4 + 2)dx
Integração por substituição
Z
I Exemplo. Calcule x 3 cos(x 4 + 2)dx

I Solução. Fazemos u = x 4 + 2 ⇒ du = 4x 3 dx. Assim:


Z Z
1
x 3 cos(x 4 + 2)dx = cos(x 4 + 2) |4x{z
3
dx}
4 | {z }
u du
Z
1 1 1
= cos(u)du = − sen(u) + c = − sen(x 4 + 2) + c.
4 4 4
Integração por substituição

Z
I Exemplo. Calcule 2x + 1dx
Integração por substituição

Z
I Exemplo. Calcule 2x + 1dx

I Solução. Fazemos u = 2x + 1 ⇒ du = 2dx. Assim:



Z Z
1
2x + 1dx = (2x + 1)1/2 |{z}
2dx
2 | {z }
u du
Z
1 1 1 3/2 1
= u 1/2 du = u + c = (2x + 1)3/2 + c.
2 2 3/2 3
Integração por substituição
Z
x
I Exemplo. Calcule √ dx
1 − 4x 2
Integração por substituição
Z
x
I Exemplo. Calcule √ dx
1 − 4x 2
I Solução. Fazemos u = 1 − 4x 2 ⇒ du = −8xdx. Assim:
Z Z
x 1
√ dx = (1 − 4x 2 )−1/2 (−8)xdx
1 − 4x 2 −8 | {z } | {z }
u du
Z
1 1 1 1/2 1
=− u −1/2 du = − u + c = − (1 − 4x 2 )1/2 + c.
8 8 1/2 4
Integração por substituição
Z
I Exemplo. Calcule e 5x dx
Integração por substituição
Z
I Exemplo. Calcule e 5x dx

I Solução. Fazemos u = 5x ⇒ du = 5dx. Assim:


Z Z
5x 1
e dx = e 5x |{z}
5dx
5
du
Z
1 1 u 1
= e u du = e + c = e 5x + c.
5 5 5
Integração por substituição
Z p
I Exemplo. Calcule 1 + x 2 x 5 dx
Integração por substituição
Z p
I Exemplo. Calcule 1 + x 2 x 5 dx

I Solução. Escrevemos:
Z p Z p
5
2
1 + x x dx = 1 + x 2 (x 2 )2 xdx.

Fazemos então u = 1 + x 2 ⇒ du = 2xdx. Assim:


Z p Z
1 p
1 + x 2 x 5 dx = 1 + x 2 (x 2 )2 2xdx
2 | {z }
du

√ √
Z Z
1 1
= u(u − 1)2 du = u(u 2 − 2u + 1)du
2 2
Z  
1 1 1 7/2 1 5/2 1 3/2
= (u 5/2 −2u 3/2 +u 1/2 )du = u −2 u + u +c
2 2 7/2 5/2 3/2
1 2 1
= (1 + x 2 )7/2 − (1 + x 2 )5/2 + (1 + x 2 )3/2 + c.
7 5 3
Integração por substituição
I Temos
Z
tan x dx = ln | sec x| + c
Integração por substituição
I Temos
Z
tan x dx = ln | sec x| + c

Cálculo: Z Z
sen x
tan x dx = dx
cos x
Fazemos
u = cos x ⇒ du = −sen x dx.
Z Z
du
tan x dx = − = − ln |u| + c = − ln |sen x| + c
u
Regra de substituição para integrais definidas
I Para uma integral definida, a regra de substituição tem o seguinte
formato: se g 0 (x) for contı́nua em [a, b] e f (u) for contı́nua na
imagem de u = g (x), então
Z b Z g (b)
f (g (x))g 0 (x)dx = f (u)du
a g (a)
Regra de substituição para integrais definidas
I Para uma integral definida, a regra de substituição tem o seguinte
formato: se g 0 (x) for contı́nua em [a, b] e f (u) for contı́nua na
imagem de u = g (x), então
Z b Z g (b)
f (g (x))g 0 (x)dx = f (u)du
a g (a)

Demonstração: Seja F (u) uma primitiva para f (u). Temos que


F (g (x)) é uma primitiva para F 0 (g (x))g 0 (x) = f (g (x))g 0 (x).
Regra de substituição para integrais definidas
I Para uma integral definida, a regra de substituição tem o seguinte
formato: se g 0 (x) for contı́nua em [a, b] e f (u) for contı́nua na
imagem de u = g (x), então
Z b Z g (b)
f (g (x))g 0 (x)dx = f (u)du
a g (a)

Demonstração: Seja F (u) uma primitiva para f (u). Temos que


F (g (x)) é uma primitiva para F 0 (g (x))g 0 (x) = f (g (x))g 0 (x).
Pelo teorema fundamental do cálculo:
Z b
b
f (g (x))g 0 (x)dx = [F (g (x))]a = F (g (b)) − F (g (a)).
a
Regra de substituição para integrais definidas
I Para uma integral definida, a regra de substituição tem o seguinte
formato: se g 0 (x) for contı́nua em [a, b] e f (u) for contı́nua na
imagem de u = g (x), então
Z b Z g (b)
f (g (x))g 0 (x)dx = f (u)du
a g (a)

Demonstração: Seja F (u) uma primitiva para f (u). Temos que


F (g (x)) é uma primitiva para F 0 (g (x))g 0 (x) = f (g (x))g 0 (x).
Pelo teorema fundamental do cálculo:
Z b
b
f (g (x))g 0 (x)dx = [F (g (x))]a = F (g (b)) − F (g (a)).
a

Por outro lado


Z g (b)
g (b)
f (u)du = [F (u)]g (a) = F (g (b)) − F (g (a)).
g (a)
Regra de substituição para integrais definidas
Z 4 √
I Exemplo. Calcule 2x + 1dx
0
Regra de substituição para integrais definidas
Z 4 √
I Exemplo. Calcule 2x + 1dx
0

I Solução. Fazemos u = 2x + 1 ⇒ du = 2dx. Assim:


Z 4
√ 1 4√
Z
2x + 1dx = 2x + 1 2dx
0 2 0
Z 9  9
1 1 1 3/2 1 26
= u 1/2 du = u = (93/2 − 1) =
2 1 2 3/2 1 3 3
Regra de substituição para integrais definidas
Z e
ln x
I Exemplo. Calcule dx
1 x
Regra de substituição para integrais definidas
Z e
ln x
I Exemplo. Calcule dx
1 x
I Solução. Fazemos u = ln x ⇒ du = x1 dx. Assim:
Z e Z e
ln x 1
dx = ln x dx
1 x 1 x
Z ln e  1
1 2 1 1
= udu = u = (1 − 0) =
ln 1 2 0 2 2
Integrais de funções pares e ı́mpares
Proposição
Suponha f (x) contı́nua em [−a, a].
(a) Se f (x) é função par (ou seja, f (−x) = f (x) ∀ x), então
Z a Z a
f (x)dx = 2 f (x)dx.
−a 0

(a) Se f (x) é função ı́mpar (ou seja, f (−x) = −f (x) ∀ x), então
Z a
f (x)dx = 0.
−a
Integrais de funções pares e ı́mpares
Demonstração. Fazemos
Z a Z 0 Z a
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx.
−a −a 0

Basta observar que


Z a
Z 0


 f (x)dx, se f é par
0
f (x)dx = Z a
−a 
− f (x)dx, se f é ı́mpar

0
Integrais de funções pares e ı́mpares
Demonstração. Fazemos
Z a Z 0 Z a
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx.
−a −a 0

Basta observar que


Z a
Z 0


 f (x)dx, se f é par
0
f (x)dx = Z a
−a 
− f (x)dx, se f é ı́mpar

0

I Exemplo. f (x) = tan x/(1 + x 2 + x 4 ) é uma função ı́mpar.


Portanto: Z 1
tan x
2 4
dx = 0.
−1 1 + x + x

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