Calculo2 Notas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Departamento de Matemática
DEMAT UFMA
Adecarlos Costa Carvalho
Cálculo Diferencial e Integral
Resumo das notas de aula das disciplinas de

cálculo ofertadas pelo DEMAT-UFMA.
São Luı́s - MA
2022
Sumário
1 Métodos de Integração 1
1.1 Método de Substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1.1 Substituição para integrais Indefinidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1.2 Substituição para integrais Definidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Método da Substituição Inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.1 Substituição Inversa para Integral Indefinida (mudança de variável) . . . 3
1.2.2 Substituição Inversa para Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2.3 Substituição Trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Integração por Partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 Integração por Partes para Integrais Indefinidas . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.2 Integração por Partes para Integrais Definidas . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Integrais de Produtos de Seno e Cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5 Integrais de Potências de Seno e Cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5.1 Fórmulas de Recorrências para Seno e Cosseno . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5.2 Integrais com Produto de Potências de Seno e Cosseno . . . . . . . . . . 8
1.6 Integrais de Potências de Secante e Tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.6.1 Fórmulas de Recorrências para Secante e Tangente . . . . . . . . . . . . . 10
1.6.2 Integrais com Produto de Potências de Secante e Tangente . . . . . . . . 10
1.7 Integrais Usando Frações Parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.8 Estratégias de Integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.9 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Lista de Figuras
Capı́tulo 1
Métodos de Integração
Resumo dos métodos de integração
1.1 Método de Substituição
1.1.1 Substituição para integrais Indefinidas

Z
f (g(x))g 0 (x)dx =?
Faça x = g(u) ; du = g 0 (x)dx
Z Z
0
f (g(x))g (x)dx = f (u)du = F (u) + C = F (g(x)) + C,
onde F é uma primitiva de f , ou seja, F 0 = f
Z
Exemplo 1.1. Calcule x cos x2 dx.
Solução. Fazendo a substituição

u = x2 ; du = 2xdx.
Então
Z Z Z
2 1 2 1 1 1
x cos x dx = cos x 2xdx = cos udu = sen u + k = sen x2 + k
2 2 2 2
Portanto Z
1
x cos x2 dx = sen x2 + k
2
Exemplo 1.2. Verifique que para todo α 6= 0 temos

Z
1
(a) eαx dx = eαx + C
α
Z
1
(b) sen αxdx = − cos αx + C
α
1
Cálculo DEMAT-UFMA (Resumo das notas de aula) Adecarlos Carvalho
Z
1
(c) cos αxdx = sen αx + C
α
Solução. (a) Fazendo a substituição u = αx; du = αdx, obtemos
Z Z
1 1 1
eαx dx = eu du = eu + C = eαx + C
α α α
(b) Fazendo a substituição u = αx; du = αdx, obtemos

Z Z
1 1 1
sen αxdx = sen udu = − cos u + C = − cos αx + C
α α α
(c) Análogo ao anterior.
Exemplo 1.3. Verifique que para todo a, b ∈ R, com a 6= 0, temos

Z
1 1
dx = ln |ax + b| + C.
ax + b a
Solução. Fazendo a substituição u = ax + b; du = adx, vem
Z Z
1 1 1 1 1
dx = du = ln |u| + C = ln |ax + b| + C.
ax + b a u a a
1.1.2 Substituição para integrais Definidas

Z d
f (g(x))g 0 (x)dx =?
c

0
 u = g(x) ; du = g (x)dx


Faça x=c ; u = g(c)


 x=d ; u = g(d)
Z d Z g(d)
f (g(x))g 0 (x)dx = f (u)du
c g(c)
Z 2 p
Exemplo 1.4. Calcule x x2 + 1dx.
1

2 2 0 1
 u = x + 1 ; du = (x + 1) dx = 2xdx ⇒ 2 du = xdx


Solução. Faça x=1 ; u=2


 x=2 ; u=5
Então
" #5
2
1 √ √
Z 5 3/2
√
Z p 1 1 u
x x2 + 1dx = u du = = [5 5 − 2 2].
1 2 2 2 3/2 3
2
2
Proposição 1.5. Seja a > 0 e suponha que f seja contı́nua no intervalo [−a, a].
Z a Z a
(a) Se f é par, isto é, f (−x) = f (x), então f (x)dx = 2 f (x)dx.
−a 0
Z a
(b) Se f é ı́mpar, isto é, f (−x) = −f (x), então f (x)dx = 0.
−a
Demonstração. Dividindo a integral em duas

Z a Z 0 Z a Z −a Z a
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx = − f (x)dx + f (x)dx.
−a −a 0 0 0

 u = −x ; du = −dx


Fazendo a substituição x=0 ; u=0


 x = −a ; u = a
obtemos Z a Z a Z a
f (x)dx = f (−u)du + f (x)dx. (1.1)
−a 0 0
(a) se f for par, então f (−u) = f (u). Substituindo na equação (1.1) segue que
Z a Z a Z a Z a
f (x)dx = f (u)du + f (x)dx = 2 f (x)dx
−a 0 0 0
(b) se f for par, então f (−u) = −f (u). Substituindo na equação (1.1) segue que
Z a Z a Z a
f (x)dx = − f (u)du + f (x)dx = 0
−a 0 0
Z 1
tg x
Exemplo 1.6. Calcule dx.
−1 1 + x2 + x4
tg x
Solução. Note que f (x) = 1+x2 +x4
é uma função ı́mpar, pois
tg(−x) − tg x
f (−x) = 2 4
= = −f (x).
1 + (−x) + (−x) 1 + x2 + x4
Z 1
tg x
Portanto, da proposição anterior, dx = 0
−1 1 + x2 + x4
1.2 Método da Substituição Inversa
1.2.1 Substituição Inversa para Integral Indefinida (mudança de variável)

Z
f (x)dx =?
x = g(u) ; dx = g 0 (u)du
Z Z
f (x)dx = f (g(u))g 0 (u)du
3
Observação 1.7. Notemos que
• A função g deve ser invertı́vel.
• Após a integração na variável u, deve-se voltar à variável x por meio da inversa de g

√
x2 x + 1dx
R
Exemplo 1.8. Calcule
Solução. Mudando a variável
u = x + 1 ⇔ x = u − 1; dx = du.
Então
√ √
Z Z Z
x2 x + 1dx = (u − 1)2 udu = (u2 − 2u + 1)u1/2 du
u7/2 2u5/2 u3/2

Z
= (u5/2 − 2u3/2 + u1/2 )du =− + +C
7/2 5/2 5/2
2p 2p 2p
= (x + 1)7 + (x + 1)5 + (x + 1)3 + C
7 5 3
1.2.2 Substituição Inversa para Integral Definida

Z b
f (x)dx =?
a

0
 x = g(u) ; dx = g (u)du


Faça x=a ; u = c, onde g(c) = a


 x=b ; u = d, onde g(d) = b
Z b Z d
f (x)dx = f (g(u))g 0 (u)du
a c
Z 2
Exemplo 1.9. Calcule (3x + 1)4 dx
1



 3x + 1 = u ⇔ x = u−1 3

 dx = ( u−1 )0 du = 1 du ⇒ 1 du = dx

3 3 3
Solução. Façamos


 x = 1; u = 4

 x = 2; u = 7

Então
2 7 7 7
u5
Z Z Z
4 41 1 4 5261
(3x + 1) dx = u du = u du = =
1 4 3 3 4 15 4 5
4
1.2.3 Substituição Trigonométrica
O método de substituição trigonométrica é um caso particular do anterior. Ele é utilizado para

√
o cálculo de integrais envolvendo expressões da forma ±x2 ± a2 . Usaremos as substituição
conforme a tabela seguinte
Expressão substituição Identidade

√
a2 − x2 x = a sen θ, − π2 ≤ θ ≤ π
2 1 − sen2 θ = cos2 θ
√
a2 + x2 x = a tg θ, − π2 < θ < π
2 1 + tg2 θ = sec2 θ
√ π 3π
x2 − a2 x = a sec θ, 0 ≤ θ < 2 ou π ≤ θ < 2 sec2 θ − 1 = tg2 θ
Z √
9 − x2
Exemplo 1.10. Calcule dx
x2



 x = 3 sen θ; − π2 ≤ θ ≤ π2


 dx = 3 cos θ dθ
Solução. Façamos
sen θ = x3 ⇔ θ = arcsen x3


√
 √9 − x2 = √9 − 9 sen2 θ = 9 cos2 θ = 3| cos θ| = 3 cos θ.




Na última igualdade usamos que
π π
− ≤ θ ≤ ⇒ cos θ ≥ 0 ⇒ | cos θ| = cos θ.
2 2
Assim, da regra da substituição inversa, segue que
Z √
9 − x2 cos2 θ
Z Z Z
3 cos θ
dx = 3 cos θ dθ = dθ = cotg2 θ dθ
x2 9 sen2 θ sen2 θ
Z
= (cossec2 θ − 1) dθ
= − cotg θ − θ + C
x
Agora, basta recuperar a variável inicial “x”. Para isso, notemos que cos θ ≥ 0 e sen θ = 3
implicam r √
p x 2 9 − x2
cos θ = 1 − sen2 θ = 1− =
3 3
e √
cos θ 9 − x2
cotg θ = = .
sen θ x
Portanto Z √ √
9 − x2 9 − x2 x
dx = − cotg θ − θ + C = − − arcsen + C.
x2 x 3
5
1.3 Integração por Partes

Suponhamos que f e g sejam deriváveis. Então, derivando o produto, segue
[f (x)g(x)]0 = f 0 (x)g(x) + f (x)g 0 (x)
ou
f (x)g 0 (x) = [f (x)g(x)]0 − f 0 (x)g(x) (1.2)
1.3.1 Integração por Partes para Integrais Indefinidas
Supondo que f 0 (x)g(x) admita uma primitiva, segue da equação (1.2)

Z Z
f (x)g (x)dx = f (x)g(x) − g(x)f 0 (x)dx
0
ou, fazendo u = f (x), v = g(x), du = f 0 (x)dx e dv = g 0 (x)dx,

Z Z
udv = uv − vdu
Z
Exemplo 1.11. Calcule x cos xdx.
(
u=x ; du = dx
Demonstração. Para aplicarmos integração por partes, façamos
dv = cos xdx ; v = sen x
Então Z Z
x cos xdx = x sen x − 1 · sen xdx = x sen x − (− cos x) + k.
Portanto Z
x cos xdx = x sen x + cos x + k
1.3.2 Integração por Partes para Integrais Definidas
Supondo que f 0 (x)g(x) admita uma primitiva, segue da equação (1.2)

Z b Z b
0 b
f (x)g (x)dx = f (x)g(x)|a − g(x)f 0 (x)dx
a a
ou, fazendo u = f (x), v = g(x), du = f 0 (x)dx e dv = g 0 (x)dx,

Z b Z b
udv = uv|ba − vdu
a a
Z 1
2
Exemplo 1.12. Calcule arcsen xdx.
0
6
(
u = arcsen x ; du = √ 1 dx
Solução. Para aplicarmos integração por partes, façamos 1−x2
dv = 1.dx ; v=x
Então 1
Z Z 1/2
2 1/2 x
arcsen xdx = [x arcsen x]0 − √ dx.
0 0 1 − x2

2
 u = 1 − x ; du = −2xdx


Façamos x=0 ; u=1

 1 3
 x= 2 ; u= 4
Então √
Z 1/2 Z 1/2
x 1 1 3
√ dx = − √ du = − +1
0 1−x 2 2 0 u 2
Assim,
Z 1 √
2 1 1 3
arcsen xdx = arcsen + −1
0 2 2 2
ou seja,
Z 1 √
2 π 3
arcsen xdx = + −1
0 12 2
1.4 Integrais de Produtos de Seno e Cosseno

Para calcularmos a integrais da forma
Z Z Z
sen αx sen βxdx, sen αx cos βxdx, cos αx cos βxdx
podemos utilizar as seguintes identidades trigonométricas
sen A sen B = 12 [cos(A − B) − cos(A + B)]

sen A cos B = 21 [sen(A + B) + sen(A − B)]
cos A cos B = 12 [cos(A + B) + cos(A − B)]
Observação 1.13. Nos 3 casos a acimas devemos fazer a substituição A = αx e B = βx

Z
Exemplo 1.14. Calcule sen 8x cos 5x dx
Solução. Fazendo A = 8x e B = 5x, obtemos

Z Z
1
sen 8x cos 5x dx = [sen(8x + 5x) + sen(8x − 5x)]dx
2
Z Z
1 1
= sen 13x dx + sen 3xdx
2 2
1 1
= − cos 13x − cos 3x + C
26 6
Note que na última igualdade usamos o Exemplo 1.2.
7
1.5 Integrais de Potências de Seno e Cosseno
1.5.1 Fórmulas de Recorrências para Seno e Cosseno
As duas fórmulas a seguir são chamadas fórmulas de recorrência e são verdadeiras para todo
n≥3
n−1
Z Z
1
senn xdx = − senn−1 x cos x + senn−2 xdx
n n
n−1
Z Z
1
cos xdx = cosn−1 x sen x +
n
cosn−2 xdx
n n
Z
Exemplo 1.15. Calcule cos5 xdx
Solução. Pela fórmula de recorrência

Z Z
1 4
cos5 xdx = cos4 x sen x + cos3 xdx
5 5
Z Z
1 2
cos3 xdx = cos2 x sen x + cos xdx
3 3
Z
e como cos xdx = sen x + C1 , temos
Z
5 1 4 4 1 2 2
cos xdx = cos x sen x + cos x sen x + sen x + C
5 5 3 3
1.5.2 Integrais com Produto de Potências de Seno e Cosseno
Para calcular integrais da forma Z

senn x cosm xdx
(a) No caso n ı́mpar.
Faça senn x cosm x = cosm x senn−1 x sen x. Depois use a identidade sen2 = 1 − cos2 x e a
substituição u = cos x
(b) No caso m ı́mpar.
Faça senn x cosm x = senn x cosm−1 x cos x. Depois use a identidade cos2 = 1 − sen2 x e a
substituição u = sen x.
(c) Se m e n forem pares não nulos, use uma das duas possibilidades a seguir
i) Faça cos2 x = 1 − sen2 x, ou sen2 x = 1 − cos2 x e use as fórmulas de recorrências acima.

1 − cos 2x 1 + cos 2x
ii) Faça sen2 x = e cos2 x =
2 2
8
Z
Exemplo 1.16. Calcule sen3 3x cos3 3x dx
Solução. Passo 1: Substituição t = 3x; dt = 3dx. Assim

Z Z
1
sen3 3x cos3 3x dx = sen3 t cos3 t dt
3
Passo 2: Substituição u = sen t. Façamos
(
u = sen t ⇒ du = cos tdt
sen3 t cos3 t = sen3 t cos2 t cos t = sen3 t(1 − sen2 t) cos t
Z Z Z
sen3 t cos3 t dt = sen3 t cos2 t cos t dt = sen3 t(1 − sen2 t) cos t dt
u4 u6
Z
= u3 (1 − u2 )du = − +C
4 6
Como u = sen t e t = 3x, obtemos
1 sen4 3x sen6 3x
Z Z
3 3 1 3 3
sen 3x cos 3x dx = sen t cos t dt = − +C
3 3 4 6
Z
Exemplo 1.17. Calcule sen2 x cos2 xdx
Solução. Método 1
Z
1 − cos 2x 1 + cos 2x
Z Z
2 2 1
sen x cos xdx = dx = (1 − cos2 2x)dx
2 2 4
1 − cos 4x
Como (1 − cos2 2x) = sen2 2x = , temos
2
Z
1 − cos 4x
Z Z
2 2 1 1 1 1
sen x cos xdx = dx = (1 − cos 4x)dx = (x − sen 4x) + C
4 2 8 8 4
Método 2 Fazendo sen2 x = 1 − cos2 x e sen 2x = 2 sen x cos x, segue

Z Z Z
sen x cos xdx = cos xdx − cos4 xdx.
2 2 2
Pela fórmula de recorrência

Z Z
2 1 1 1 x
cos xdx = cos x sen x + dx = sen 2x + + C1
2 2 4 2
e Z Z
4 1 3 3 1 3 3x
cos xdx = cos x sen x + cos2 xdx = cos3 x sen x + sen 2x + + C2
4 4 4 16 8
Portanto, fazendo a subtração das duas últimas igualdades, obtemos
sen 2x cos3 x sen x x
Z
sen2 x cos2 xdx = − + + C.
16 4 8
9
1.6 Integrais de Potências de Secante e Tangente
1.6.1 Fórmulas de Recorrências para Secante e Tangente
As duas fórmulas a seguir são chamadas fórmulas de recorrência para secante e tangente
e são verdadeiras para todo n ≥ 3
tgn−1 x
Z Z
tgn xdx = − tgn−2 xdx
n−1
secn−2 x tg x n − 2
Z Z
secn xdx = + secn−2 xdx
n−1 n−1
Z
Exemplo 1.18. Calcule tg3 xdx
Solução.
tg2 x tg2 x
Z Z
3
tg xdx = − tg xdx = − ln | sec x| + C.
2 2
Z
Exemplo 1.19. Calcule sec xdx
Solução.
Z Z Z
sec x + tg x 1
sec xdx = sec x dx = (sec2 x + sec x tg x) dx.
sec x + tg x sec x + tg x
Fazendo a substituição u = sec x + tg x; du = sec2 x + sec x tg x, obtemos
Z Z
1
sec xdx = du = ln |u| + C = ln | sec x + tg x| + C.
u
Z
Exemplo 1.20. Calcule sec3 xdx
Solução.
Z Z
3 sec x tg x 1 sec x tg x 1
sec xdx = + sec xdx = + ln | sec x + tg x| + C.
2 2 2 2
1.6.2 Integrais com Produto de Potências de Secante e Tangente
Para calcular integrais da forma Z

tgm x secn xdx
(a) se n é par, digamos n = 2k, k ≥ 2, faça

Z Z Z
m 2k m 2k−2
tg x sec xdx = tg x sec x sec xdx = tgm x(sec2 )k−1 x sec2 xdx
2
Z
= tgm x(1 + tg2 x)k−1 x sec2 xdx.
Então faça a substituição u = tg x; du = sec2 xdx
10
(b) se m é ı́mpar, digamos m = 2k + 1, faça

Z Z
tg2k+1 x secn xdx = (tg2 x)k (secn−1 x) tg x sec xdx
Z
= (sec2 x − 1)k (secn−1 x) tg x sec xdx.
Então faça a substituição u = sec x; du = tg x sec xdx.
(c) se m é par, digamos m = 2k, faça

Z Z
tg2k x secn xdx = (tg2 x)k (secn x)dx
Z
= (sec2 x − 1)k (secn x)dx.
Então utilize as fórmulas de recorrência para secante, dadas acima.
Observação 1.21. Nos três itens acima utilizamos as identidades trigonométricas
sec2 x = 1 + tg2 x ou tg2 x = sec2 x − 1.

Z
Exemplo 1.22. Calcule sec5 x tg3 xdx
Solução.
Z Z Z
sec5 x tg3 xdx = sec4 x(sec2 x − 1) sec x tg xdx = (sec6 x − sec4 x) sec x tg xdx.
Fazendo a substituição u = sec x; du = sec x tg x, vem
u7 u5 sec7 x sec5 x
Z Z
sec x tg xdx = (u6 − u4 )du =
5 3
− +C = − +C
7 5 7 5
Z
Exemplo 1.23. Calcule sec x tg2 xdx
Solução.
Z Z Z Z
2 2 3
sec x tg xdx = sec x(sec x − 1)dx = sec xdx − sec xdx
sec x tg x 1
= + ln | sec x + tg x| − ln | sec x + tg x| + C
2 2
sec x tg x 1
= − ln | sec x + tg x| + C.
2 2
Note que já tı́nhamos calculado as duas últimas integrais nos exemplos 1.19 e 1.20.
11
1.7 Integrais Usando Frações Parciais

Z
Estamos interessados em calcular integrais f (x)dx, onde f é uma função racional (isto
é, o quociente de duas funções polinomiais).
p(x)
Suponhamos que f (x) = , onde grau(p(x)) < grau(q(x)). Temos 4 casos possı́veis:
q(x)
1. q(x) é o produto de fatores lineares distintos.
Se q(x) é da forma q(x) = (a1 x + b1 )(a2 x + b2 ) · · · (ak x + bk ), então existem A1 , A2 , · · · Ak ,

tais que
p(x) A1 A2 Ak
= + + ··· + (1.3)
q(x) a1 x + b1 a2 x + b2 ak x + bk
2. q(x) é o produto de fatores lineares, e alguns do fatores repetidos
Caso um fator (ax + b) seja repetido r vezes, então a decomposição em frações parciais de
p(x)
q(x) terá a expressão
B1 B2 Br
+ + ··· +
ax + b (ax − b)2 (ax − b)r
Suponhamos, por exemplo, que (a1 x + b1 ), (a2 x + b2 ), · · · , (ak x + bk ), (ax + b) sejam fatores
lineares dois a dois distintos. Se que q(x) é da forma
q(x) = (a1 x + b1 )(a2 x + b2 ) · · · (ak x + bk )(ax + b)r ,
então
p(x) A1 Ak B1 B2 Br
= + ··· + + + 2
+ ··· + (1.4)
q(x) a1 x + b1 ak x + bk ax + b (ax − b) (ax − b)r
3. q(x) contém fatores quadráticos irredutı́veis, nenhum dos quais se repete
Se q(x) tiver um fator ax2 + bx + c, onde b2 − 4ac < 0, então, além das frações parciais
p(x)
nas equações (1.3) e (1.4), a expressão para q(x) terá um termo da forma
Ax + B
(1.5)
ax2 + bx + c
4. q(x) contém fatores quadráticos irredutı́veis repetidos
Se q(x) tiver um fator (ax2 + bx + c)r , onde b2 − 4ac < 0, então, em vez de uma única
fração parcial do tipo da equação (1.5), a soma
A1 x + B 1 A2 x + B2 Ar x + Br
2
+ 2 2
+ ··· + (1.6)
ax + bx + c (ax + bx + c) (ax2 + bx + c)r
p(x)
ocorre na decomposição de q(x) .
Observação 1.24. Algumas observações:
12
1. Em cada item, o cálculo da integral usando a função escrita como no segundo membro é
mais fácil do que a forma do primeiro membro. Assim, devemos encontrar os coeficientes
A, B, Aj , Bj (de acordo com o caso) e calcular a integral do segundo membro. Veja os
exemplos a seguir
mx+n
2. Para o cálculo da integral dos fatores da forma ax2 +bx+c
, onde b2 − 4ac < 0 notemos que
mx + n mx + n
= ,
2
ax + bx + c b 2 ∆

a x + 2a − 4a
b
onde ∆ = b2 − 4ac < 0. Então faça a substituição u = x + 2a e du = dx
Z
r(x)
3. Se quisermos calcular dx, onde r(x) e q(x) são funções polinomiais com
q(x)
grau(r(x)) ≥ grau(q(x)), é necessário um passo preliminar. Devemos escrever
r(x) p(x)
= s(x) + ,
q(x) q(x)
onde grau(p(x)) < grau(q(x)) (ver exemplo 1.25). Assim

Z Z Z
r(x) p(x)
dx = s(x)dx + dx,
q(x) q(x)
ou seja, a soma de uma integral de uma função polinomial com uma integral de uma função
racional já tratada nos quatro casos acima. Desta forma, aplicamos o método em todas as
funções racionais.
x3 + x
Exemplo 1.25. Seja f (x) = . Note que o grau(x3 + x) = 3 e grau(x − 1) = 1, logo o
x−1
grau do numerador é maior que o grau do denominador. Escreva f na forma
p(x)
f (x) = s(x) + ,
q(x)
onde grau(p(x)) < grau(q(x)).
Solução. O diagrama a seguir mostra todos os passos

x3 + 0x2 + x + 0 x−1
−x3 + x2 x2 + x + 2
x2 + x + 0
−x2 + x
2x
−2x + 2
4
Assim,
x3 + x = (x − 1)(x2 + x + 2) + 4
13
ou, dividindo por (x − 1),

x3 + x 2
= x2 + x + 2 +
x−1 x−1
x3 + x
Z
Exemplo 1.26. Calcule dx.
x−1
Solução. Dos exemplos 1.25 e 1.3, temos
Z 3
x3 x2
Z Z
x +x 2
dx = (x2 + x + 2)dx + dx = + + 2x + 2 ln |x − 1| + C.
x−1 x−1 3 2
Z
x+3
Exemplo 1.27 (Exemplo sobre o caso 1). Calcule dx.
x2 − 3x + 2
Solução.
x2 − 3x + 2 = (x − 1)(x − 2)
Como o grau do numerador é menor do que o grau do denominador, podemos usar Frações
Parciais. Pelo caso 1, existem constantes A e B tais que
x+3 A B
= +
x2 − 3x + 2 x−1 x−2
ou
x+3 A(x − 2) + B(x − 1)
= .
x2 − 3x + 2 (x − 1)x − 2
Para todo x
x + 3 = A(x − 2) + B(x − 1).
Fazendo x = 1
1 + 3 = A(1 − 2) + B(1 − 1) ⇒ 4 = −A ⇒ A = −4.
Fazendo x = 2
5 = B(2 − 1) ⇒ B = 5.
Assim,
−4
Z Z Z
x+3 5
2
dx = dx + dx = −4 ln |x − 1| + ln |x − 2| + C.
x − 3x + 2 x−1 x−2
Note que usamos o exemplo 1.3 para calcular as duas últimas integrais.
Z 4
x − 2x2 + 4x + 1
Exemplo 1.28 (Exemplo sobre o caso 2). Calcule dx.
x3 − x2 − x + 1
Solução. Como o grau do numerador é maior que o grau do denominador é necessário uma etapa
preliminar, conforme vimos na observação 1.24. Seguindo os passos do exemplo 1.25, obtemos
x4 − 2x2 + 4x + 1 4x
3 2
=x+1+ 3 2
.
x −x −x+1 x −x −x+1
14
Assim
x4 − 2x2 + 4x + 1
Z Z Z
4x
dx = (x + 1)dx + dx
x3 − x2 − x + 1 x3 − x2 − x + 1
x2
Z
4x
= +x+ 3 2
dx.
2 x −x −x+1
Usaremos Frações Parciais para calcular a última integral. Note que
x3 − x2 − x + 1 = (x − 1)2 (x + 1),
ou seja, temos um exemplo do caso 2. Então existem constantes A, B, C, tais que

4x A B C
= + + .
x3 − x2 − x + 1 x − 1 (x − 1)2 x + 1
Usando o MMC (mı́nimo múltiplo comum), (x − 1)2 (x + 1), temos
4x = A(x − 1)(x + 1) + B(x + 1) + C(x − 1)2
Fazendo x = 1
4 = B(1 + 1) ⇒ B = 2
Fazendo x = −1
−4 = C(−1 − 1)2 ⇒ C = −1
Fazendo x = 0, B = 2 e C = −1
0 = A(0 − 1)(0 + 1) + 2(0 + 1) − (0 − 1)2 ⇒ 0 = −A + 2 − 1 ⇒ A = 1
Então
x4 − 2x2 + 4x + 1 x2
Z Z
4x
dx = +x+ dx
x3 − x2 − x + 1 2 3 2
x −x −x+1
x2 −1
Z Z Z
1 2
= +x+ dx + 2
dx + dx
2 x−1 (x − 1) x+1
x2 2
= + x + ln |x − 1| − − ln |x + 1| + C.
2 x−1
Note que na penúltima integral usamos a substituição u = x − 1; du = dx, de forma que
Z Z
1 1 1 1
2
dx = 2
du = − + C = − +C
(x − 1) u u x−1
x5 + x + 1
Z
Exemplo 1.29 (exemplo sobre o caso 3). Calcule dx
x3 − 8
Demonstração. Como o grau do numerador é maior que o grau do denominador, usamos a
observação 1.24 e o exemplo 1.25, obtendo
15
x5 + x + 1 2 8x2 + x + 1
= x + .
x3 − 8 x3 − 8
Desta forma,
x5 + x + 1 8x2 + x + 1
Z Z Z
2
dx = x dx + dx
x3 − 8 x3 − 8
x3 8x2 + x + 1
Z
= + dx. (1.7)
3 x3 − 8
Para o cálculo da última integral notemos que x3 − 8 = (x − 2)(x2 + 2x + 4) com x2 + 2x + 4
irredutı́vel, ou seja, estamos tratando de um exemplo do caso 3. Então existem A, B, C tais que
8x2 + x + 1 A Bx + C
3
= + 2
x −8 x − 2 x + 2x + 4
e
8x2 + x + 1 = A(x2 + 2x + 4) + (Bx + C)(x − 2).
Fazendo x = 2, temos
35
8 · 22 + 2 + 1 = A(22 + 2 · 2 + 4) ⇒ 35 = 12A ⇒ A = .
12
35
Fazendo x = 0 e A = 12 , temos
35 2 35 16
8 · 02 + 0 + 1 = (0 + 2 · 0 + 4) + (B · 0 + C)(0 − 2) ⇒ 1 = − 2C ⇒ C = .
12 3 3
35 16
Fazendo x = 1, A = 12 eC= 3 , temos
35 16 61
10 = 7 · −B− ⇒B= .
12 3 12
Assim,
35 61 16
8x2 + x + 1 12 x + 3
Z Z Z
12
dx = dx + dx
x3 − 8 x−2 x2 + 2x +
4
Z
35 1 61x + 64
= ln |x − 2| + dx. (1.8)
12 12 x2 + 2x + 4
Para o cálculo dessa última integral utilizaremos a observação 1.24. Ou seja, completamos o
quadrado perfeito no denominador,
61x + 64 61x + 64
= ,
x2 + 2x + 4 3 + (x + 1)2
depois fazemos a substituição u = x + 1; du = dx. Dessa forma,
61(u − 1) + 64
Z Z Z
61x + 64 61x + 64
2
dx = 2
dx = du
x + 2x + 4 3 + (x + 1) 3 + u2
Z Z
u 1
= 61 2
du + 3 du
3+u 3 + u2
61 3 u
= ln(3 + u2 ) + √ arctg √ + C1
2 3 3
61 3 x+1
= ln(x2 + 2x + 4) + √ arctg √ + C1 (1.9)
3 3 3
16
Combinando as equações (1.7), (1.8), (1.9), concluı́mos

Z 5 √
x +x+1 x3 35 61 2 3 x+1
dx = + ln |x − 2| + ln(x + 2x + 4) + arctg √ + C.
x3 − 8 3 12 24 12 3
Cálculos auxiliares
1)
Z Fazendo a substituição
Z t = 3 + u2 ; dt = 2udu, obtemos
u 1 1 1 1
2
du = dt = ln |t| + C2 = ln |3 + u2 | + C2
3+u 2 t 2 2
2) Fazendo a substituição t = √u3 ; dt = √13 du, obtemos
Z Z √ Z √
1 1 1 3 1 3 1 u
2
du = 2 du = 2
dt = arctg t + C3 = √ arctg √ + C3
3+u 3 3 1+t 3 3 3
1 + √u3
1 − x + 2x3 − x3
Z
Exemplo 1.30 (exemplo sobre o caso 4). Calcule dx
x(x2 + 1)2
Solução. Como o integrando contém o fator x2 +1 (de segundo grau irredutı́vel) repedido estamos
tratando de um exemplo do caso 4. Existem A, B, C, D, E tais Queremos
1 − x + 2x3 − x3 A Bx + C Dx + E
2 2
= + 2 + 2 .
x(x + 1) x x +1 (x + 1)2
Então, para todo x,
−x3 + 2x3 − x + 1 = A(x2 + 1) + (Bx + C)x(x2 + 1) + (Dx + E)x
ou
−x3 + 2x3 − x + 1 = (A + B)x4 + Cx3 + (2A + B + D)x2 + (C + E)x + A.
Se igualarmos os coeficientes, teremos o sistema
A + B = 0, C = −1, 2A + B + D = 2, C + E = −1, A = 1,
que temo solução A = 1, B = −1, C − 1, D = 1 e E = 0. Logo

1 − x + 2x3 − x3 −x − 1
Z Z Z Z
1 x
2 2
dx = dx + 2
dx + dx
x(x + 1) x x +1 (x + 1)2
2
Z Z Z Z
1 1 x x
= dx − 2
dx − 2
dx + dx
x x +1 x +1 (x + 1)2
2
1 1
= ln |x| − arctg x − ln(x2 + 1) − +C
2 2(x2 + 1)
Cálculos auxiliares
Fazendo
Z a mesmaZ substituição u = x2 + 1; du = 2xdx, obtemos
x 1 1 1 1
2
dx = du = ln |u| + C1 = ln(x2 + 1) + C1
x +1 2 u 2 2
eZ Z
x 1 1 1 1
2 2
dx = 2
du = − + C2 = − 2
+ C2 .
(x + 1) 2 u 2u 2(x + 1)
17
1.8 Estratégias de Integração

Sugestão de passos a seguir para resolver uma integral. Lembre-se que existem basicamente dois
métodos de integração: substituição e integração por partes.
1. Tente as integrais básicas. A seguir temos uma tabela de integrais básicas. As constantes
de integração foram omitidas.
xn+1
Z Z
1
1. xn dx = (n 6= −1) 2. dx = ln |x|
Z n+1 Z x
a
3. ex dx = ex 4. ax dx =
Z Z ln a
5. sen xdx = − cos x 6. cos xdx = sen x
Z Z
7. sec2 xdx = tg x 8. cossec2 xdx = − cotg x
Z Z
9. sec x tg xdx = sec x 10. cossec x cotg xdx = − cossec x
Z Z
11. sec xdx = ln | sec x + tg x| 12. cossec xdx = ln | cossec x − cotg x|
Z Z
13. tg xdx = ln | sec x| 14. cotg xdx = ln | sen x|
Z Z
15. senh xdx = cosh x 16. cosh xdx = senh x
Z Z
dx dx
17. = arctg x 18. √ = arcsen x
1 + x2 1 − x2
2. Simplifique o integrando, se possı́vel.
3. Procure por uma substituição simples.
4. Classifique o integrando de acordo com sua forma
(a) Integração por partes

(b) Funções trigonométricas
√
(c) Radicais da forma ±x2 ± a2
(d) Funções racionais
18
1.9 Exercı́cios
1. Calcule a integral e depois verifique,por derivação, que a solução encontrada está correta
Z Z
1 1 1
(a) − cos 2x dx (b) + 4 sen 3x dx
2 2 x
Z Z
sen 2x 1 3x
(c) dx (d) e + sen 3x dx
cos x 3
2. Calcule a integral indefinida.
R √ 1
(a) (4x5 − 2x4 + 1)dx e2x dx
R R
(b) ( x + x3
)dx (c)
1
+ sen x3 )dx
R R
(d) (sen 3x + cos 5x)dx (e) ( e3x
3. Seja α 6= 0 um número real fixo. Verifique que

(a) sen(αx)dx = − α1 cos(αx) + C (b) cos(αx)dx = 1
R R
α sen(αx) + C
eαx dx = α1 eαx + C 1
R R
(c) (d) x dx = ln |x| + C.
4. Calcule a integral.
R2 R5 R1
(a) −1 (x3 − 2x)dx (b) −2 6dx (c) 0 x3/7 dx
R1 R2 R 2π
(d) 0 (1 + 21 u4 − 52 u9 )du (e) 3
1 t4 dt (f) π cos θdθ
R2 R π/4 R π/4
(g) 0 x(2 + x5 )dx (h) 0 sec2 tdt (i) 0 sec θ tg θdθ
5. Calcule a integral fazendo a substituição dada.

R √
(b) x2 1 + x3 dx, u = x3 + 1
R
(a) cos 3xdx, u = 3x
√ x
ex 1 + ex dx, u = 1 + ex u = x2
R R
(c) (e) 1+x4
dx,
6. Use uma substituição adequada para calcular a integral.

R2 R7√ R2 √
(a) 0 (x − 1)25 dx (b) 0 4 + 3xdx (c) 1 x x − 1dx
R0 π π
2 x 3
sen x(1 − cos2 x)dx
R 3
R 2
(d) −1 x e dx (e) 0 cos 2xdx (f) π
3
1
2x cos x2 dx cos3 x sen xdx
R R R
(g) (h) (f) 2+5x dx
7. Calcule as integrais.
19
π
1+x2
R2 R1 3
cos x(1 − sen2 x)dx
R 2
(a) 1 x4 dx (b) −2 4+x dx (c) π
3
5
R π/2
tg x sec2 xdx
R R
(d) 4+x2
dx (e) 0 cos x sen(sen x)dx (f)
R x
R 1/2 arcsen x R 3π/2
(g) 1+x4
dx (h) 0
√ dx (i) 0 | sen x|dx
1 − x2
R1 √
(j) −1 x x4 + 3dx
8. Calcule
Z Z Z
(a) tg2 xdx (b) sec 3xdx (c) 3x dx
Z Z Z
5 cos x + sec x
(d) √ dx (e) (1 + sec x)2 dx (f) dx
1 − x2 cos x
9. Calcule
Z Z
(a) sen 3x cos 2xdx (b) cos 5x cos xdx
Z π Z π
2 2
(c) cos x sen 3xdx (d) sen 3x sen 4xdx
− π2 − π2
Sugestão: Use as identidades trigonométricas a seguir
1
sen a cos b = [sen(a + b) + sen(a − b)]
2
1
sen a sen b = [cos(a − b) − cos(a + b)]
2
1
cos a cos b = [cos(a + b) + cos(a − b)]
2
10. Calcule
√
Z Z Z
x2
(a) (3x − 2)3 dx (b) xe dx (c) ex 1 + ex dx
Z Z Z
p 5
(d) tg3 x sec2 xdx (e) sen 2x 1 + cos2 xdx (f) √dx
4 − x2
x3
Z Z Z
x 1
(g) √ dx (h) cos(ln x)dx (i) dx
4 − x2 x 1 + x8
11. Calcule
Z (integração por partes)
Z Z
(a) xex dx (b) x ln xdx (c) x2 ln xdx
Z Z Z
(d) (ln x)2 dx (e) x2 sen xdx (f) e−x cos 2xdx
Z 1 Z 2 Z π
2
(g) xex dx (h) ln xdx (i) ex cos xdx
0 1 0
12. Calcule a integral
20
Z Z Z π/6 p
5 2
(a) sen (2t) cos (2t)dt (b) sen(8x) cos(5x)dx (c) 1 + cos(2x)dx
0
Z Z Z
cos x + sen x dx
(d) dx (e) (f) cossec4 x cotg6 xdx
sen 2x cos x − 1
Z Z π/2 Z
4 2
(g) cos (2t)dx (h) (2 − sen θ) dθ (i) tg4 x sec6 xdx
0
Z π/4 Z π/4
6
13. Se tg x sec xdx = I, expresse o valor de tg8 x sec xdx em termos de I.
0 0
14. Calcula a integral (utilizando substituição trigonométrica, se necessário)

Z Z 3 Z
1 x dx
(a) √ dx (b) √ dx (c) √
2
x x −9 2 36 − x 2 2
x + 2x + 5
0
Z Z π/2 Z 1
p
2 cos t dx
(d) x 3 + 2x − x2 dx (e) √ dt (f)
0 1 + sen2 t 0 (x2 + 1)2
15. Calcule as integrais (usando frações parciais, se necessário)
Z 1 3
x − 4x − 10
Z Z
x 10
(a) dx (b) dx (c)
x−6 0 x2 − x − 6 (x − 1)(x2 + 9)
3
x(3 − 5x) 5x4 + 7x2 + x + 2 3x2 + x + 4
Z Z Z
(d) dx (e) dx (f)
2 (3x − 1)(x − 1)2 x(x2 + 1)2 x4 + 3x2 + 2
16. Faça uma substituição para expressar o integrando como uma função racional e então
calcule a integral
Z Z Z 1
dx dx 1
(a) √ (b) √ (c) √ dx
x x−1 2 x+3+x 0 1+ 3x
17. Use integração por partes, juntamente com frações parciais, para calcular a integral
Z Z
2
(a) ln(x − x + 2)dx (b) x arctg xdx
18. A mudança de variável u = tg x2 é recomendável sempre que o integrando é uma função

racional de sen x e cos x.
(a) Verifique as identidades trigonométricas

x x
2 tg 1 − tg2
sen x = 2 e cos x = 2
2 x 2 x
1 + tg 1 + tg
2 2
x
(b) Use a mudança de variável u = tg 2 e as identidades acima para calcular as integrais
Z Z Z
1 1 cos x
(i) dx (ii) dx (iii) dx
cos x 1 − cos x + sen x 4 − sen2 x
21

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Adecarlos Costa Carvalho

Cálculo Diferencial e Integral

Resumo das notas de aula das disciplinas de

Resumo dos métodos de integração

1.1 Método de Substituição

1.1.1 Substituição para integrais Indefinidas

Solução. Fazendo a substituição

Exemplo 1.2. Verifique que para todo α 6= 0 temos

(b) Fazendo a substituição u = αx; du = αdx, obtemos

(c) Análogo ao anterior.

Exemplo 1.3. Verifique que para todo a, b ∈ R, com a 6= 0, temos

1.1.2 Substituição para integrais Definidas

Demonstração. Dividindo a integral em duas

1.2 Método da Substituição Inversa

1.2.1 Substituição Inversa para Integral Indefinida (mudança de variável)

Observação 1.7. Notemos que

• A função g deve ser invertı́vel.

• Após a integração na variável u, deve-se voltar à variável x por meio da inversa de g

Solução. Mudando a variável

u7/2 2u5/2 u3/2

1.2.2 Substituição Inversa para Integral Definida

1.2.3 Substituição Trigonométrica

O método de substituição trigonométrica é um caso particular do anterior. Ele é utilizado para

Expressão substituição Identidade

1.3 Integração por Partes

[f (x)g(x)]0 = f 0 (x)g(x) + f (x)g 0 (x)

1.3.1 Integração por Partes para Integrais Indefinidas

Supondo que f 0 (x)g(x) admita uma primitiva, segue da equação (1.2)

ou, fazendo u = f (x), v = g(x), du = f 0 (x)dx e dv = g 0 (x)dx,

1.3.2 Integração por Partes para Integrais Definidas

Supondo que f 0 (x)g(x) admita uma primitiva, segue da equação (1.2)

ou, fazendo u = f (x), v = g(x), du = f 0 (x)dx e dv = g 0 (x)dx,

1.4 Integrais de Produtos de Seno e Cosseno

podemos utilizar as seguintes identidades trigonométricas

sen A sen B = 12 [cos(A − B) − cos(A + B)]

Observação 1.13. Nos 3 casos a acimas devemos fazer a substituição A = αx e B = βx

Solução. Fazendo A = 8x e B = 5x, obtemos

1.5 Integrais de Potências de Seno e Cosseno

1.5.1 Fórmulas de Recorrências para Seno e Cosseno

Solução. Pela fórmula de recorrência

1.5.2 Integrais com Produto de Potências de Seno e Cosseno

Para calcular integrais da forma Z

(a) No caso n ı́mpar.

(b) No caso m ı́mpar.

i) Faça cos2 x = 1 − sen2 x, ou sen2 x = 1 − cos2 x e use as fórmulas de recorrências acima.

Solução. Passo 1: Substituição t = 3x; dt = 3dx. Assim

Método 2 Fazendo sen2 x = 1 − cos2 x e sen 2x = 2 sen x cos x, segue

Pela fórmula de recorrência

1.6 Integrais de Potências de Secante e Tangente

1.6.1 Fórmulas de Recorrências para Secante e Tangente

1.6.2 Integrais com Produto de Potências de Secante e Tangente

Para calcular integrais da forma Z

(a) se n é par, digamos n = 2k, k ≥ 2, faça

Então faça a substituição u = tg x; du = sec2 xdx

(b) se m é ı́mpar, digamos m = 2k + 1, faça

Então faça a substituição u = sec x; du = tg x sec xdx.

(c) se m é par, digamos m = 2k, faça

Então utilize as fórmulas de recorrência para secante, dadas acima.

Observação 1.21. Nos três itens acima utilizamos as identidades trigonométricas

sec2 x = 1 + tg2 x ou tg2 x = sec2 x − 1.

Fazendo a substituição u = sec x; du = sec x tg x, vem