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Sumário
iii Prefácio
Capı́tulo 1
1 Introdução
Capı́tulo 2
6 Integração Por Substituição
2.1 Introdução 6
2.1.1 Exemplos 6
Capı́tulo 3
9 Integração Por Substituição Trigonométrica
3.1 Introdução 9
3.2 Exrpressões do tipo a2 − x2 9
3.3 Exrpressões do tipo a2 + x2 11
3.4 Exrpressões do tipo x2 − a2 12
3.5 Exercı́cios 13
Capı́tulo 4
14 Integrais Por Partes
4.1 Introdução 14
4.2 Técnicas em Integração Por Partes 15
4.3 Exercı́cios 15
Capı́tulo 5
16 Integração Por Frações Parciais
5.1 Introdução 16 ˆ
p(x)
5.2 Integrais da forma dx 16
(x − a1 )(x − a2 )...(x − an )
i
ii Sumário
ˆ
p(x)
5.3 Integrais da Forma dx 18
(x − a)n (x − b)
5.4 Exercı́cios 19
Capı́tulo 6
20 Integrais Impróprias
8.1 Introdução 26
8.2 Regiões de Integração 27
8.2.1 Região do tipo I 27
8.2.2 Região do tipo II 27
8.3 Cálculo de Integrais Duplas 28
8.4 Inversão da Ordem de integração 34
8.5 Mudança de Variáveis Em Integrais Duplas 36
8.5.1 Coordenadas Polares 36
8.6 Exercı́cios 41
Capı́tulo 9
42 Aplicações a Economia
Apêndice A
47 Apêndice
É com muita satisfação que eu apresento meu primeiro livro Notas de Integrais.
Este é fruto de muitos anos de experiência em aulas particulares no ensino
supeior e de pesquisa de materiais do mesmo ensino.
iii
Capı́tulo
1
Introdução
1.1 Primitivas da Principais Funções 1
1.2 Propriedades das Integrais 2
1.3 Integrais Definidas 4
1.4 Exercı́cios de Fixação 5
Exemplo 1:
ˆ
x3
x2 dx = +C
3
ˆ
cos(x) dx = sen(x) + C
ˆ
sec2 (x) dx = tg(x) + C
Integral de x−1
ˆ
1
dx = ln|x| + C
x
1
2 Capı́tulo 1. Introdução
1
Integral da função :
1 + x2
ˆ
1
dx = arctg(x) + C
1 + x2
Linearidade
Translação no Eixo OX
Sejam a, b e c ∈ R, então:
ˆ b ˆ b+c
f (x)dx = a f (x)dx
a a+c
Exemplo 2:
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
(2x4 −3x2 +3x+1)dx, usando a linearidade ⇒ 2 x4 dx −3 x2 dx +3 xdx + dx
Exemplo 3:
ˆ
(2cos(x) − 5sen(x)dx
ˆ ˆ
2 cos(x)dx − 5 sen(x)dx = 2sen(x) − (−5cos(x)) + C
ˆ
(2cos(x) − 5sen(x)dx = 2sen(x) + 5cos(x) + C
Exemplo 4:
ˆ
3
2ex −
dx
x
ˆ ˆ
x 1
2 e dx − 3 dx
x
ˆ
3
2ex − + dx = 2ex − 3ln|x| + C
x
Exemplo 4:
ˆ
5
2+ dx
2 + 2x2
Decompondo a integral em duas e aplicando a linearidade temos:
ˆ ˆ
5 1
= 2 dx + dx
2 1 + x2
ˆ
5 5
2+ 2
dx = 2x + arctg(x) + C
2 + 2x 2
4 Capı́tulo 1. Introdução
2
Integração Por Substituição
2.1 Introdução 6
2.1.1 Exemplos 6
2.1 Introdução
que fica ˆ
[f (g(x))]0 dx = f (g(x)) + C
A técnica de solução será chamar de u a função cuja derivada (ou seu múltiplo)
esteja multiplicando dx.
2.1.1 Exemplos
ˆ
2
Exemplo 1: Calule a integral 2xex dx
Façamos a substituição u = x2 → du/dx = 2x → du = 2xdx
para aparecer o fator 2xdx e assim cham a-lo de du, que fica:
ˆ
eu du = eu + C
6
2.1. Introdução 7
ˆ
√
Exemplo 2: Calule a integral 3x + 1dx
du
Façamos a substituição u = 3x → = 3 → du = 3dx
dx
1
Note que no integrando temos dx e não 3dx, então fazemos dx = du daı́
3
a integral fica:
ˆ ˆ 3
√ 1 1 1 1 u2
u du = u 2 du = +C
3 3 3 32
2
= (3x + 1) + C.
9
ˆ
3x2
Exemplo 3: Calule a integral dx
2x3 + 7
du du
FaÃğamos a substituição u = 2x3 + 7 ⇒ = 6x2 ⇒ = x2
dx 6
ˆ
4x − 2
Exemplo 4: Calule a integral dx
x2
−x+5
du
Façamos a substituição u = x2 − x + 5 ⇒ = 2x − 1 ⇒ du = (2x − 1)dx
dx
Mas note que: 4x − 2 = 2(2x − 1) (e precisamos que apareça (2x − 1)dx
para fazer a substituição), então vamos escrever a integral num formato mais
amigável: ˆ
2
(2x − 1)dx
x2 − x + 5
ˆ
2
=⇒ du = 2ln|u| + C
u
Voltando para a variável x , finalmente temos:
ˆ
4x − 2
dx = 2ln|x2 − x + 5| + C
x2 − x + 5
8 Capı́tulo 2. Integração Por Substituição
ˆ
Exemplo 5: Calule a integral esen(x) cos(x)dx
du
Fazendo a substituição u = sen(x) ⇒ = cos(x) ⇒ du = cos(x)dx, temos:
dx
ˆ
eu du = eu + C
Portanto, ˆ
esen(x) cos(x)dx = esen (x) + C.
ˆ
1
Exemplo 6: Calule a integral dx
xlnx
du 1 1
Façamos a substituição u = lnx ⇒ = → du = du e, lembrando que
dx x x
podemos escrever a integral acima na forma
ˆ
1 1
dx
lnx x
Então a integral fica:
ˆ
1
du = ln|u| + C = ln|ln|x|| + C.
u
ˆ
3x
Exemplo 7: Calule a integral dx
1 + x4
du du
Fazendo a substituição u = x2 ⇒ = 2x ⇒ = xdx, temos:
dx 2
ˆ ˆ
1 1 du
3 xdx = 3
1 + (x2 )2 1 + u2 2
ˆ
3 1 3
= 2
du = arctg(u) + C
2 1+u 2
Portanto, ˆ
3x 3
4
dx = arctg(x2 ) + C
1+x 2
ˆ
x
Exemplo 7: Calule a integral ex+e dx
3
Integração Por Substituição
Trigonométrica
3.1 Introdução 9
3.2 Exrpressões do tipo a2 − x2 9
3.3 Exrpressões do tipo a2 + x2 11
3.4 Exrpressões do tipo x2 − a2 12
3.5 Exercı́cios 13
3.1 Introdução
9
10 Capı́tulo 3. Integração Por Substituição Trigonométrica
ˆ
Lembrando que para fazer a cot2 ϑdϑ devemos usar a identidade cossec2 ϑ =
1 + cot2 ϑ ˆ
(cossec2 ϑ − 1)dϑ = −cotϑ − ϑ + C
Agora temos que voltar para a variável x. Sabemos que x = 3senϑ , por-
x
tanto = senϑ e pela definição de função trigonométrica inversa temos que
3
x
ϑ = arcsen( )
3
cosϑ
Devemos calcular a cotϑ. Sabemos que cotϑ = , mas senϑ nos ja te-
senϑ
mos,
p devemos portanto calcular cosϑ. Para isso vamos usar a relação cosϑ =
1 − sen2 ϑ r
x
entao cosϑ = 1 − ( )2 , e após desenvolver a expressão dentro da radical te-
√ 3
9 − x2
mos: cosϑ = e agora finalmente podemos calcuar cotϑ , que fica:
√3 √
9−x2
cosϑ 3 9 − x2
cotϑ = = x = ,portanto
senϑ 3 x
ˆ √ √
9 − x2 9 − x2 x
2
dx = − − arcsen( ) + C
x x 3
ˆ
sec2 ϑ
p dϑ
2tg2 ϑ 4(tg2 ϑ + 1)
e usando a identidade 1 + tg2 ϑ = sec2 ϑ temos:
ˆ ˆ
sec2 ϑ 1 secϑ
√ dϑ = dϑ
2tg2 ϑ 4sec2 ϑ 4 tg2 ϑ
Para calcular cossecϑ vamos levar em conta que 1√ + cot2 ϑ = cossec2 ϑ, logo
x2 + 4
após uma manipulação algébrica temos: cossecϑ = , então:
x
ˆ √
dx x2 + 4
√ =− +c
2 2
x x +4 4x
12 Capı́tulo 3. Integração Por Substituição Trigonométrica
ˆ
1 1 x
Exemplo 4: Deduza a fómula dx = arctg( ) + C.
a2 +x 2 a a
x
Para voltar para a variável x levamos em conta que x = asecϑ → secϑ =
p a
e que tgϑ = sec2 ϑ − 1 então:
r
x x
ln|secϑ + tgϑ| + C se torna ln| + ( )2 − 1| + C então:
a a
ˆ √
dx x x2 − a 2
√ = ln| + |+C
x2 − a 2 a a
4
Integrais Por Partes
4.1 Introdução 14
4.2 Técnicas em Integração Por Partes 15
4.3 Exercı́cios 15
4.1 Introdução
ˆ ˆ
udv = uv − vdu
Vejamos um exemplo:
ˆ
Exemplo 1: Calcule a integral xex dx.
Nesta integral vamos fazer u = x e dv = ex dx , mas por que esta escolha? Mais
a frente veremos um critério de ordem decrescente de preferência das funções
que serão u e dv.
Como u = x , temos
ˆ que du = dx e como
ˆ dv = ex dx , temos que v = ex (basta
observar que v = dv ou seja, v = ex dx = ex ),
Portanto: ˆ
xex dx = xex − ex + C
ˆ
Exemplo 2: Calcule a integral x2 ex dx.
14
4.2. Técnicas em Integração Por Partes 15
ˆ
Mas para calcular xex dx podemos usar o o resultado do intem anterior, que
nos fornece
ˆ
x2 ex dx = x2 − 2(xex − ex + C 0 ) + C = x2 − 2xex − 2ex + 2C 0 + C
Quando temos uma integral a ser resolvida por partes, como escolher qual
função será u e qual o termo que seráo dv? Existe uma regra chamada
LIPTE
5
Integração Por Frações Parciais
5.1 Introdução 16
5.2 Integrais
ˆ da forma
p(x)
dx 16
(x − a1 )(x − a2 )...(x
ˆ − an )
p(x)
5.3 Integrais da Forma dx 18
(x − a)n (x − b)
5.4 Exercı́cios 19
5.1 Introdução
ˆ
p(x)
5.2 Integrais da forma dx
(x − a1 )(x − a2 )...(x − an )
Assim como temos o MMC entre números, també temos para polinômios,
porém neste método para fazer a decomposição, vamos usar o raciocı́nio in-
verso.
x−4
Exemplo 1: Calcule a integral da função racional .
x2 − 5x + 6
16
ˆ
p(x)
5.2. Integrais da forma dx 17
(x − a1 )(x − a2 )...(x − an )
Logo,
x−4 (A + B)x + (−3A − 2B)
=
x2 − 5x + 6 x2 − 5x + 6
Para que esta igualdade aconteça, é óbvio que A + B = 1 e −3A − 2B = −4,
o que nos dá o seguinte sistema
A+B =1
−3A − 2B = −4
Cuja solução é A = 2 e B = −1, portanto,
x−4 2 1
= −
x2 − 5x + 6 x−2 x−3
Sendo assim, para resolvermos a integral
ˆ
x−4
2
dx
x − 5x + 6
Podemos escrevê-la na forma
ˆ
x−4 2 1
2
= − dx
x − 5x + 6 x−2 x−3
Cujo Resultado é
2ln|x − 2| − ln|x − 3| + C 0
Usando a propriedade dos logaritmos e o fato de que a constante C 0 ´o
logaritmo de uma constante C, ou seja, C 0 = lnC, então:
ˆ
(x − 2)2
x−4
dx = ln C
x2 − 5x + 6 x−3
Vejamos mais um exemplo:
ˆ
3x
Exemplo 2: Calcule a integral de uma função racional dx.
x2 − 2x − 2
3x A B
= +
x2 − 2x − 2 x+1 x−2
ˆ
p(x)
5.3 Integrais da Forma dx
(x − a)n (x − b)
ˆ
p(x)
Vejamos um exemplo da forma dx
(x − a)2 (x − b)
Neste caso a fração do integrando acima terá a seguinte decomposição:
p(x) A B c
= + +
(x − a)2 (x − b) x − a (x − a)2 x−b
ˆ
x+7
Exemplo 3: Calcule a integral dx.
x2 (x + 2)
Solução:
A B C
+ 2+ (a = 0 , b = −2 e p(x) = x + 7)
x x x+2
Reduzindo as frações ao mesmo denominador temos:
A + C = 0 , 2A + B = 1 e 2B = 7
6
Integrais Impróprias
6.1 Integrais Sobre Intervalos Infinitos 20
6.2 Integrais de Funções Com Assı́ntotas Verticais 21
6.3 Exercı́cios 22
Nesta seção vamos analisar dois tipos de inegrais impróprias, as integrais sobre
intervalos ifinitos e as integrais de funções com assı́ntotas verticais.
Quando o valor da integral é um número real dizemos que a integral converge
e quando a integral dá infinito, dizemos que a integral diverge.
Solução:
[ 1 1
lim [− x]t1 = lim [(− − (−1)] = lim [1 − ] = 1
x→∞ 1 x→∞ t x→∞ t
20
6.2. Integrais de Funções Com Assı́ntotas Verticais 21
ˆ ∞
ln(x)
Exemplo 2: Calcule a Integral dx
1 x3
Solução:
1 1 1
Fazendo dv = 3
e u = ln(x) temos que v = − 2 e du = dx de forma que
x 2x x
ˆ t ˆ t
ln(x) ln(x) t 1
lim dx = lim [− | − − 3 dx
x→∞ 1 x3 x→∞ 2x2 1 1 2x
ln(x) 1 ln(t) 1 ln(1) 1 1
= lim [− − 2 ]t1 = lim [− 2 − 2 − (− − )] =
x→∞ 2x2 4x x→∞ 2t 4t 2 4 4
Este ipo de integral imprópria trata-se da intgral das funções que tendem a
infinito quando a variável x tende para um determinado número, portanto as
integrais dessas funções podem tender a infinito. Vejamos um exemplo.
Exemplo 3:
ˆ +∞
1
dx
0 x − 2
1 1
Note que o lim− = −∞ e lim+ = +∞ . Assim sendo,
x→2 x−2 x→2 x−2
como fica o cálculo da integral com a função tendo esta discontinuidade? Para
isso devemos decompor a integral numa soma de integrais onde um dos limites
de integração seja o ponto de descontinuidade. Veja como fica a integral deste
exemplo:
ˆ +∞ ˆ 2 ˆ +∞
1 1 1
dx = dx + dx
0 x − 2 0 x − 2 2 x − 2
Como em x = 2 a função explode, entã transformemos as integrais no segundo
membro da equação ascima em limites pela esquerda e pela direita respectiva-
mente:
ˆ ∗∞ ˆ 2−ε ˆ N
1 1 1
dx = lim dx + lim lim dx
0 x−2 ε→0 0 x−2 N →+∞ ε→0 2+ε x − 2
⇒ lim [ln(ε)−ln(2)]+ lim [lim (ln|N −2|−lnε)] = lim ln(ε)−ln(2)+ lim (ln|N −2|)−lim lnε
ε→0 N →+∞ ε→0 ε→0 N →+∞ ε→0
7
Teorema Fundamental do Cálculo
7.1 Introdução 23
7.2 Exercı́cios 25
7.1 Introdução
Algumas funções são definidas a partir de integrais, por exemplo, a função área
sob a curva de f (x) , entre as retas s = a e s = x
ˆ x
A(x) = f (s)ds.
a
Daı́ perguntamos: como ficaria a derivada de uma função escrita como uma
integral? A reposta é dada pelo
Seja
ˆ x
dF
F (x) = f (t)dt, então = f (x)
a dx
Solução:
dF (x) 2
= e−x
dx
23
24 Capı́tulo 7. Teorema Fundamental do Cálculo
ˆ x
Exemplo 2: Calcule a derivada de F (x) = tcos(t3 + 1)dt
1
Solução:
dF (x)
= xcos(x3 + 1)
dx
Obs.: Esta fórmula é uma espécie de regra da cadeia para a derivada de F (x).
Após ”cancelar” a integral, substituı́mos h(x) e g(x) no lugar de t e
multiplicamos por suas derivadas.
ˆ cosx
t−a
Exemplo 3: Calcule a derivada de F (x) = dt
x2 t−b
Solução:
2
dF (x) cosx − a x −a
= (−sen(x) − 2x
dx cosx − b x2 − b
2
dF (x) −cosx + a x −a
= sen(x) − 2x
dx cosx − b x2 − b
ˆ 2x
3
Exemplo 4: Calcule a derivada de F (x) = x ln(x2 + 1)dt
1
Solução:
b) lim 1 + 2t + 5t2
u→0 u 2
Capı́tulo
8
Integrais Duplas
8.1 Introdução 26
8.2 Regiões de Integração 27
8.2.1 Região do tipo I 27
8.2.2 Região do tipo II 27
8.3 Cálculo de Integrais Duplas 28
8.4 Inversão da Ordem de integração 34
8.5 Mudança de Variáveis Em Integrais Duplas 36
8.5.1 Coordenadas Polares 36
8.6 Exercı́cios 41
8.1 Introdução
26
8.2. Regiões de Integração 27
g(x) ≤ y ≤ h(x)
a≤x≤b
g(y) ≤ x ≤ h(y)
a≤y≤b
ˆ 2
"ˆ
x2
# ˆ 2
2
= xdy dx = xy|x0 dy
0 0 0
ˆ 2 ˆ 2
= (x.x2 − x.0)dx = x3 dx =
0 0
4 4 4
x 2 2 0
| = − = 4.
4 0 4 4
8.3. Cálculo de Integrais Duplas 29
x2 = x + 2 ⇒ x = −1 ou x = 2
ˆ 2 ˆ x+2 ˆ 2
y|x+2
dy dx = x2 dy dx
−1 x2 −1
ˆ 2 ˆ 2
= [(x + 2) − x2 ]dx = (x + 2 − x2 )dx =
−1 −1
x2 x3 22 23 (−1)2 (−1)3
( + 2x − )2−1 = ( + 2.2 − ) − ( + 2.(−1) − )=
2 3 2 3 2 3
8 1 1 8 1 1 9
2+4− − −2− − =6− − +2− = .
3 2 3 3 2 3 2
30 Capı́tulo 8. Integrais Duplas
¨
Exemplo 3: Calcule (x − y) dy dx, se D é a região do R2 limitada
D
pelas curvas y = 4 − x2 e y = x − 2..
Resolvendo
ˆ 2
"ˆ
4−x2
# ˆ 2 4−x2
y2
(x − y)dy dx = xy − dx =
−3 x−2 −3 2 x−2
ˆ 2
(4 − x2 )2 (x − 2)2
2
x(4 − x ) − − x(x − 2) − dx =
−3 2 2
ˆ 2
16 − 8x2 + x4 x2 − 4x + 4
3 2
4x − x − − x − 2x − dx =
−3 2 2
Que após efetarmos algumas operações e fazer algumas manipulações algébricas
chegamos a:
ˆ 2
1 2
5
4 3 2 1 x x4 x3 x2
(−x − 2x + 7x + 8x − 12)dx = − − 2 + 7 + 8 − 12x
2 −3 2 5 4 3 2 −3
5
24 23 22 (−3)5 (−3)4 (−3)3 (−3)2
1 2
= − − 2 + 7 + 8 − 12.2 − − −2 +7 +8 − 12.(−3)
2 5 4 3 2 5 4 3 2
125
=− .
12
8.3. Cálculo de Integrais Duplas 31
y2 − 6
= y + 1 ⇒ y 2 − 2y − 8 = 0, cujas raı́zes são: yI = −2 e yII = 4
2
Logo a área pedida é:
ˆ 4 ˆ y+1
dxdy
y 2 −6
−2 2
ˆ 4 ˆ 4
y2 − 6
x|y+1
y 2 −6
dy = y+1− dy
−2 2 −2 2
ˆ 4 3 4
1 2 1 y y2
= (−y + 2y + 8)dy = − + 2 + 8y
2 −2 2 3 2 −2
32 Capı́tulo 8. Integrais Duplas
43 (−2)3
1 1 64 8
= − + 42 + 8.4 − − + (−2)2 + 8.(−2) = − + 48 − + 12
2 3 3 2 3 3
1 64 8 72
= − + 48 − − 12 = − + 36 = −24 + 36 = 12.
2 3 3 3
¨
Exemplo 5: Calcule a integral (x−y) dy dx, onde D = {(x, y) ∈ R2 |0 ≤
D
x ≤ lny , 1 ≤ y ≤ ln8}. Solução:
ˆ ln8 ˆ lny
(x − y)dxdy
1 0
Estas intgrais com logaritmos se resolvem por partes. Vamos resolvê-las sepa-
radamente. ˆ
lny
Na integral (lny)2 dy fazemos u = (lny)2 ⇒ du = 2 dy e dv = dy ⇒
y
v = y, então, usando a fórmula de integral por partes, temos:
ˆ ˆ ˆ
2 2 lny
(lny) dy = y · (lny) − y · 2 dy == y · (lny)2 − 2 lnydy
y
8.3. Cálculo de Integrais Duplas 33
ˆ
A integral lnydy també éresolvida por partes, onde fazemos u = lny ⇒
1
du = dy e dv = dy ⇒ v = y, portanto:
y
ˆ ˆ
1
lnydy = y · lny − y · dy = y · lny − y
y
portanto,
ˆ
(lny)2 dy = y · (lny)2 − 2 (y · lny − y) = y · (lny)2 − 2y · lny + 2y
ˆ ln8
1
E na integral ylnydy fazemos u = lny ⇒ du = dy e dv = y ⇒ v =
1 y
ˆ ln8 ˆ 2
y2 y2 y 1 y2 y2
, então ylnydy = · lny − · dy = · lny −
2 1 2 2 y 2 4
inversão vamos interpretar a região de integração como uma região do tipo II,
portanto vamos erxpressar os limites de integração na seguinte forma:
g(y) ≤ x ≤ h(y), a < y < b
Vamos olhar a região de integração na direcao horizontal da esquerda para a
~
direita (sentido do eixo OX). Note que ao fazermos isto, a primeira função
√
~
que aparece é x = 0 (OY ) e a segunda função é y = x, mas que vamos ter
que representar na forma x = y 2 . Também do gráfico obtemos que os limites
para y s ao 0 < y < 2, portanto, alterando os limites de integração, podemos
escrever a integral acima na seguinte forma:
ˆ 2 ˆ y2
ydxdy.
0 0
0≤x≤y e0≤y≤1
ˆ 1 ˆ 1
2 2
= e−y x|y0 dy = ye−y dy
0 0
du
que resolvemos usando asubstituição u = −y 2 ⇒ du = −2ydy ⇒ ydy = −
2
ˆ 1 ˆ ˆ
2 du 1
ye−y dy = eu · − = − eu du =
0 2 2
1
= − eu desfazendo a substituição (voltando para a variável x), temos:
2
2
!1 2 2
!
e−y e−1 e−0
= − = − − −
2 2 2
0
1 − e−1
= .
2
36 Capı́tulo 8. Integrais Duplas
y
r 2 = x2 + y 2 e θ = arctg
x
x = rcosθ e y == rsenθ.
dxdy = rdrdθ.
Obs.: Pode-se demonstrar a relação acima mas isto foge aos objetivos desta
nota de aula.
Vamos usar estas relações tanto para expressar regiões no plano XY como
para calcular algumas integrais duplas.
8.5. Mudança de Variáveis Em Integrais Duplas 37
Note que para descrever tal região, devemos tomar todos os pontos cuja coor-
denada r perentece ao inter valo [r0 , r1 ] e girá-los desde a posição angular
θ0 atéa posição angular θ1 , assim vamos descrever o setor.
π
Note que para descrever essa região devemos girar de rad todos os raios
2
percentes ao intervalo [0, R], portanto, os intervalos para as variáveis r e θ
são:
π
0 ≤ r ≤ R, 0 ≤ θ ≤
2
ˆ
Exemplo 2 (ANPEC - 2019): Seja V = f (x, y)dxdy, onde D =
D
100
{(x, y) in R2 : x2 + y 2 ≤ 1 e y ≤ 0} e f (x, y) = 1 − x2 − y 2 . Calcule V.
π
Solução:
0 ≤ r ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ π
8.5. Mudança de Variáveis Em Integrais Duplas 39
ˆ π ˆ π
12 14 02 04
1
V = − − − dθ ⇒ V = dθ
0 2 4 2 4 0 4
θ π π 0 π
V = k = − =
4 0 4 4 4
100 π
100
Logo o valor de V = = 25.
π π
4
ˆ b ˆ b ˆ
ˆ d d
Exemplo 1: Use o fato que f (x)g(y)dxdy = f (x)dx g(y)dy
a c ˆ +∞ a √ c
2 π
para mostrar que o valor da Integral de Poisson e−x dx = .
0 2
Obs.: Note que este é um exemplo de integral imprópria. e como vamos fazer
o uso de integrais duplas, será um exemplo de integrais duplas impróprias.
Solução:
Sabemos que
ˆ +∞ ˆ +∞ ˆ +∞ ˆ +∞
2
+y 2 ) 2 2
e−(x dxdy = e−x dx · e−y dx
−∞ −∞ −∞ −∞
ˆ +∞ ˆ +∞
2 2
Mas e−y dx = e−x dx pois a variável de integração é muda neste
−∞ −∞
caso, então
ˆ +∞ ˆ +∞ ˆ +∞ 2
−(x2 +y 2 ) −x2
e dxdy = e dx
−∞ −∞ 0
onde D é o disco de raio infinito, pois não há diferença entre um plano infinito
e um disco de raio infinito. Um disco de raio R é descrito em coordenadas
40 Capı́tulo 8. Integrais Duplas
ˆ R
2 du
Na integral e−r rdr fazemos a mudança de variável u = −r2 ⇒ − =
0 2
rdr, portanto temos:
ˆ R ˆ −R2
−r 2 1
e rdr = − eu du =
0 2 0
−R2
1 1 2
= − eu = (1 − e−R )
2 0 2
Então: ˆ ˆ ˆ
2π R 2π
2 1 2
e−r rdrdθ = (1 − e−R )dθ =
0 0 0 2
1 2 1 −R2 2
= (1 − e−R ) · θ|2π
0 =2π · (1 − e ) = π(1 − e−R )
2 2
Tomando agora o limite com R → ∞, temos:
2
lim π(1 − e−R ) = π
R→∞
Então, finalmente,
ˆ +∞ 2 ˆ +∞ ˆ +∞ ˆ 2π ˆ R
−x2 2
+y 2 ) 2
e dx = e−(x dxdy = e−r rdrdθ = π
−∞ −∞ −∞ 0 0
Logo, ˆ +∞ √
2
e−x dx = π
−∞
2
Mas a função e−x é uma função par, então,
ˆ +∞ ˆ +∞
−x2 2
e dx = 2 e−x dx
−∞ 0
Então, finalmente, ˆ √
+∞
−x2 π
e dx = .
0 2
8.6. Exercı́cios de Fixação 41
9
Aplicações a Economia
9.1 Função Marginal e Função Total 42
9.2 Valor Presente de um Fluxo de Dinheiro 44
Este tipo de exemplo é o mais básico das aplicações do cálculo integral à eco-
nomia.
Dada uma função marginal (por exemplo, custo marginal, recita marginal), o
processo de integração gera o a função total. A seguir vamos apresentar alguns
exemplos de funções totais a partira de suas funções marginais.
42
9.1. Função Marginal e Função Total 43
Solução:
ˆ
Sabemos que R(x) = RM g (x)dx, então
ˆ
√
R(x) = 1.3(32 − x + 10)dx
Obs.: Note que não obtemos completamente a função receita total pois não
determinamos o valor da constante C. Para determinar esta constante preci-
samos de alguma condição, ou seja , o valor da recita total para uma detrminada
quantidade do produto.
Suponha agora, que a receita total devido a venda de 26 unidades seja conhe-
cida, e igual a R$ 1388. Calcule a constante C.
2 3
R(26) = 1.3 32.26 − (26 + 10) 2 + C = 1388
3
2 3
1.3 832 − (36) 2 + C = 1388
3
2
1.3(832 − 216) + C = 1388 ⇒ 1.3.760 + C = 1388
3
⇒ 988 + C = 1388 ⇒ C = 400.
44 Capı́tulo 9. Aplicações a Economia
Sabemos que o valor presente de um único valor futuro V , supondo uma taxa
i de juros, conduz-nos à fórmula de desconto
A = V (1 + i)−t
Solução:
10
Exercı́cios Propostos
46
Apêndice
A
Apêndice
Apêndice A
47 Apêndice
am · an = am+n (A.1)
am
= am−n (A.2)
an
• Potência de Uma Exponencial
• Potência de Frações
a k ak
= (A.4)
b bk
a
logb (a) − logb (c) = logb ( ) (A.6)
c
• Logaritmo de Uma Potência
47
48 Apêndice A. Apêndice
1
logbk (a) = .logb (a) (A.8)
k
Relações Fundamentais
• Relação Fundamental da Trigonometria
• Relação II
• Relação III
Arco Dobro
2tgα
tg2α = (A.14)
1 − tg2 α
Soma de Arcos
tgα + tgβ
tg(α + β) = (A.19)
1 − tgαtgβ
tgα + tgβ
tg(α − β) = (A.20)
1 + tgαtgβ
A.3. Principais Identidades Trigonométricas 49
sen(α + β) + sen(α − β)
senαcosβ = (A.25)
2
cos(α − β) + sen(α + β)
cosαcosβ = (A.26)
2
cos(α − β) − sen(α + β)
senαsenβ = (A.27)
2