Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Integral indefinida
Dada uma função f (x), chamamos primitiva dessa função a qualquer fun-
ção f (x) cuja derivada dá f (x). Assim:
F (x) é uma primitiva de f (x) se F´(x) = f (x)
∫
1 1
II) ∫ dx = ln x + c , para x > 0, pois a derivada de 1nx é .
x x
∫
1
Observemos que se x < 0, ∫ dx = ln( − x ) + c . Assim, de um modo geral, podemos
escrever: x
∫
1
∫ x dx = ln x +c c
ln x+
d d d
{ ∫ f1 ( x)dx + ∫ f 2 ( x)dx} = ∫ f1 ( x)dx + ∫ f 2 ( x)dx = f1 ( x) + f 2 ( x)
dx dx dx
Exemplo 6.2
2 2 x3 x2
a) ∫ ( x − 2 x + 5) dx = ∫ x dx − 2∫ xdx + 5∫ dx = 3 − 2 2 + 5 x + c;
∫ ∫
xx33 ++88 22 11 xx33
b) ∫∫ xx dx
dx =
= ∫∫ x
x dx
dx ++88∫∫ xx dx
dx =
= ++88ln
ln xx ++cc c.
lnx+
33
PROBLEMAS
2x
2. Mostre que ∫ 2 x dx = +c
ln 2
3. Mostre que ∫ 2 x dx = 1n(x22 + 3) + c
∫ x 2 + 3 dx = ln( x + 3) + c
4. Mostre que∫ ∫e 1
e 33xx dx
dx == ee33xx ++ cc
3
10
y) = 0,8
pmg
C
( y)
y ) = 0,8
A diferença F(b) – F(a) também costuma ser indicada pelo símbolo[F x)]a .
b
[F((x)]
Essa definição não depende da primitiva considerada, pois, se G(x) for outra pri-
mitiva de f(x), então a diferença entre G(x) e F(x) é uma constante; conseqüentemente
F(b) – F(a) = G(b) – G(a).
5
Exemplo 6.3 Vamos calcular a integral definida ∫ x 2 dx
2
x3
dx == ++ cc, uma das primitivas da função dada é x , assim:
3
2
Como ∫∫xx dx
2
3 3
5
5 5
x3 5 3 2 3 117
∫ x∫2 xdxdx == 3 = 3 − 3 = 3
2
2
2 2
2 1
Exemplo 6.4 Calculemos a integral definida ∫ dx. Temos,
1 x
2 1
dx==[ln
[lnx]|x| ]
2 2
∫ x dx = ln=2ln
1 1
2 –1 =lnln12= ln 2.
− ln
1
O significado geométrico da integral definida é dado a seguir.
Seja f(x) uma função contínua e não negativa definida em um intervalo [a, b]. A inte-
b
gral definida ∫ f (x)dx representa a área da região compreendida entre o gráfico de f(x),
f ( x) dx
a
o eixo x e as verticais que passam por a e b (Figura 6.1).
Para cada x [a, b] consideremos uma função g(x) que é igual a área sob f(x)
desde a até x; nessas condições, g(a) = 0 e g (b) = A.
Consideremos agora um acréscimo ∆x dado a x e seja ∆g o acréscimo sofrido pela
área g(x). Sejam os retângulos de base ∆x e alturas h1 e h2 dados na Figura 6.2. Então
temos,
h1 . ∆x < ∆g < h2. ∆x
ou
∆x → 00, tanto h1 como h2 têm por limite o valor de f no ponto x. Por-
Quando ∆x
tanto,
∆g
lim == ff (x),
( x)
∆x →0 ∆x
∫ f (x)dx
( x)dx ==g(b)
g (b–) g(a)
− g (a)
a
Temos, 3
3
2x3 33 13 26
A = ∫ x dx = = − =
1 3 1 3 3 3
Caso f (x) seja negativa no intervalo [a, b], a área A da região delimitada pelo grá-
fico de f (x), eixo x e as verticais que passam por a e por b, é dada por:
b
AA== –− ∫ ff (dx)
(dx )
a
178
De fato, se considerarmos a função h(x) = –f (x) definida no intervalo [a, b], tere-
mos o gráfico da Figura 6.4
Como os gráficos de f (x) e h (x) são simétricos em relação ao eixo x, a área com-
preendida entre h (x), eixo x e as verticais que passam por a e b, é igual à área compreen
dida entre f (x), eixo x e as verticais que passam por a e b.
Logo, indicando por A a referida área, teremos:
b bb b bb bb b
()dx)dx==A∫=–=−−∫f∫hf (x)dx
( x)dxA== ∫ −h–(fxf (x)dx
AA== ∫ hh(x)dx (f(x(x)x)dxd)xdx ==−∫∫−f f( x( )xdx)dx = − ∫ f ( x)dx
a aa a aa aa a
Capítulo 6 Integrais 179
Temos,
3 3
33 x3 x 3 3 x 23x 2 33 33.3
3 2
3.3 92 9
(xx222–−−3x)dx
∫∫ ((x 33xx))dx== −
dx = 3 −2 3 = 2− = − = − =−
2
0
0
3 20 0 3 2 2
Logo, a área destacada A vale:
9 9
A ==− (− ) =
2 2
d) ∫ xx2dx
dx
2
c) ∫ −– 3xdx
3xdx
0
1
8 5
2
e) ∫ ((xx2 –−6x)dx
6 x) dx ( x22–−5x)dx
f) ∫ (x 5 x) dx
6 0
4 4 1
g) ∫ ((xx22–−3x
3 x++2)dx
2) dx h) ∫ ( x + ) dx
1 1 x
2 x3 − x 2 + 2 3
i) ∫ ( ) dx j) dx
x
∫ exdx
1 x2 0
23. Calcule a área delimitada pelos gráficos das funções nos seguintes casos:
a) f (x) = x e g (x) = x3 (com x > 0) b) f (x) = 3x e g (x) = x2
c) f (x) = x2 egg (x)
( x) = x
k
1
= lim −
k →∞ x
2
1 1 1
= lim − + =
k →∞ k 2 2
Analogamente, definem-se,
bb b b
f((xx) )dxdx
∫∫ ff (x)dx == =lim f∫( xf )(dx
lim∫ f (x)dx x) dx
k →−∞
k →−∞
−∞
−∞ k k
(desde que o limite seja finito)
∞∞ ∞ cc c ∞∞ ∞
∫ ∫ f∫f(f (x)dx
x(fx)()dx
xdx===∫=∫ f∫ff (x)dx
) dx ( x(fx)()dx
xdx
)+dx f∫( x(fx)()dx
+∫ +∫ff (x)dx xdx
) dx
−∞−∞−∞ −∞−∞−∞ cc c
(desde que existam as integrais do segundo membro para o valor c considerado).
PROBLEMAS
1
x
c) ∫ eexdxdx
−∞
Capítulo 6 Integrais 183
∆A ≈ f (x) . ∆x
∆A ≈ f (x + ∆x) . ∆x
∆A ≈ f (x0). ∆x
Vimos também que a área sob o gráfico de f (x), desde a até x, é dado por
x
AA(x)
( x ) == ∫ ff(x)dx
( x )dx
a
Podemos calcular a área da região limitada pelo gráfico de f (x) e o eixo x, desde
a até b, da seguinte forma: dividimos o intervalo [a,b] em um certo número de subin-
tervalos de amplitude ∆x e obtemos a área desejada, aproximadamente, pela soma das
áreas dos retângulos determinados. Para tanto, podemos usar o método descrito em (a).
Consideremos, por exemplo, a região da Figura 6.7.
184 Introdução ao cálculo para administração, economia e contabilidade
b
Figura 6.7 Aproximação de ∫ f (x)dx
a
Temos,
A ≈ f (x0)∆x + f (x1) ∆x + f (x2) ∆x + f (x3) ∆x,
ou seja,
n −1
A ≈≈ ∑ f (x
A f ( xi)i ∆x
)∆x
i =0
b−a .
em que consideramos intervalos de amplitudes iguais, isto é, ∆x∆x ==
4
Genericamente, podemos tomar n pontos x0, x1, x2 ... xn-1 com ∆x b − a , de
∆x =
=
modo que a área A é dada por n
n −1
A ≈≈ ∑ f (x
A f ( xi)i ∆x
)∆x
i =0
dizemos que tal limite é igual à integral definida de f (x), entre os extremos a e b. Ou
seja,
n −1n −1 b b
AA lim∑∑f (f (x
= =lim
n →∞
fx(i )ix)∆x
∆
i ) x
∆ =
=
x ∫ ff (x)dx
= ∫ (fx()xdx)dx
n →∞
i = 0i = 0 a a
2
∆x == . A área
Dividamos o intervalo [0,2] em n subintervalos de amplitudes iguais a ∆x
em questão será aproximada pela soma n
n −1 n −1 n −1
n −1 n −1 n −n1−1 n −1 n −1n −1n −1 n −1
∑i∑ f( x(f (x
fx)∆
i()∆ x== =xx∑ xxx=
∆ x∆=x=x∑∆i∑
∆=x∆ ∑x0 xi∑
2 2 2
f∑
=0 i =0 i i i
x)∆x
x)∆=x∑∑ f2 ∆
i(∆x=
ii ==00 ii = 0 ii
)∆ ∆x =
xi i x∆i x = ∆x ∑ xi2
2 2 2
i = 0i = 0 i =0
i =0 i =0 i =0
Capítulo 6 Integrais 185
Logo,
A ≈ ∆x [02 + (∆x)2 + (2∆x)2 + ... + ((n – 1)∆x)2]
isto é,
A ≈ (∆x)3 + 4(∆x)3 + ... + (n – 1)2 (∆x)3 =
3
2 1 + 4 + 9 + ... + (n − 1) 2
n
Como a soma entre colchetes dos quadrados dos primeiros (n – 1) números intei-
ros positivos pode ser expressa por (n − 1) n (2n − 1) , vem que
6
8 (n − 1)n(2n − 1) 4 1 1 8
A = lim 3 . = lim (1 − ) (2 − ) =
n →∞ n 6 3 n→∞ n n 3
2
Observemos que
2
x3 8
∫ x dx = 3 = 3 , isto é, o exemplo mostrou a igualdade dos
2
0 0
resultados, usando o limite e o cálculo de uma integral definida.
Capítulo 6 Integrais 191
∫ du
du
∫∫ff (u)
f ((uu)..). dx
dx
dx
dx
dx=
==∫∫ f∫ f(u)du
f((uu))du
du (6.1)
cuja justificativa é a seguinte: seja g uma primitiva de f.
Logo,
d g(u) = f (u) ou ainda ∫ f (u)du = g (u) + c (6.2)
g (u ) = f (u )
du
Admitindo u como função diferenciável em relação a x, segue-se pela derivada da
função composta que:
d d ddd d dudd dududu du du du du
[g (u )] = [g [([gu[g)g(u)
g(](uu(=)u])]]).]=== [g=([u[g[fg(u)
)g](u(.u])).])]. . = =f =f(u)
(=uf).
f(u(u).).
dx dxdu
dx
dx dudxdu
du dxdxdx
dx dx dx
dx
conseqüentemente,
∫
dudu
∫ ∫f(f(u). dxdx= =g (gu()u+) c+ c
fu().u ). dx = g (u) + c (6.3)
dxdx
Das relações (6.2) e (6.3) segue-se que:
∫
dudu
∫ ∫f(f(u). dxdx= =g (gu()u+) c+ c
fu().u ). dx
dx
= ∫ f (u) du
dx
∫ ( )
1 du
Assim, a integral pode ser escrita sob a forma ∫ ( . dx.
) dx
u dx
∫
2 x dx = 1n (1 + x22) + c
∫ 1 + x 2 dx = ln (1 + x ) + c
du
= 22xx e du = 2xdx
dx
Substituindo esses valores na integral dada, obtemos
2x du
∫
∫ 1 + x 22 dx ∫
dx == ∫ ln u|u|++c c==ln1n(1(1
= 1n + +x 22x) )++c c
2
=
u
+c
33
PROBLEMAS
x2 x
g)
∫
∫ 3
x +1
dx
∫
h) ∫
2
x +1
dx
dx
Capítulo 6 Integrais 193
∫
i) i ) 1+ ln x dx
∫ x
j) ∫(x2 + 3)4 2xdx
∫∫ x
1 x 1
1 e
∫
a) dx
∫ (1 + e x )3 dx b) x 2 + 1dx
0 0
0
0
e, conseqüentemente,
U(x).V´(x) = [U(x).V(x)]´ – U´(x).V(x)
V ′V´(x)
( x ) ==eexx ⇒ V ( x )==exe x
V (x)
PROBLEMAS