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Fı́sica Básica III - Prof. Marcelo Lima - 2022.

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2a. lista de exercı́cios
Capacitância, Dielétricos, Cicuitos e Corrente elétrica.

1. Considere dois capacitores ligados em série (fig.I ) de modo que a parte central, pode se mover rigidamente entre
as placas externas, todas de área A. Mostre que a capacitância equivalente do sistema é dada por
A
Ceq = ε0
a−b

2. Considere o capacitor esférico, constituı́do de duas cascas esféricas (as placas) concêntricas de raios R1 e R2
(com R2 > R1 ). Considerando que a carga acumulada neste capacitor é Q, sendo a casca esférica interna aquela
que está positivamente carregada, (a) qual é a capacitância deste capacitor? (b) mostre que para R2 → ∞
obtemos a capacitância de um condutor esférico isolado de raio conhecido.

3. Qual a capacitância equivalente do sistema de capacitores representado na figura III. Cada capacitor tem
capacitância C. (A sequência segue repetindo o padrão infinitamente)
4. Um capacitor de placas quadradas, de lado a , que formam um ângulo θ entre si (fig. IV ) está carregado e
isolado. Mostre que a capacitância do sistema, para θ pequeno é dada por:

a2  a 
C = ε0 1− θ
d 2d

5. Consideremos um capacitor de placas móveis cuja capacitância é variável (fig.V ), em um total de n placas.
As placas são ligadas alternadamente, um grupo de placas estando fixa e o outro podendo girar em torno de um
eixo. Assumindo então um conjunto de placas de polaridade alternada, cada qual com área A e separadas de
d, qual será a capacitância máxima do sistema ?
6. Considere o capacitor cilı́ndrico de altura h , raio interno a e raio externo b. Calcule então a energia total
armazenada este capacitor, quando carregado, (a) através da relação U = (1/2)CV 2 (b) através da integral
da densidade de energia ue = (1/2)ε0 E 2 .
7. Considere o capacitor esférico do problema (2). Calcule a energia eletrostática total deste sistema (a) através
da relação U = (Q2 /2C) (b) através da integral da densidade de energia ue = (1/2)ε0 E 2 .
8. Seja um capacitor carregado, isolado, cuja capacitância é C0 submetido a uma diferença de potencial V0 , quando
é feito vácuo entre suas placas. Um dielétrico de constante κ, é então inserido, em equilı́brio, preenchendo
totalmente o espaço entre as placas, de modo que a capacitância final é C e a diferença de potencial V .
Mostre que a variação da energia eletrostática do sistema, antes e depois da presença do dielétrico, é
 
1 − κ C0 2
∆U = U − U0 = V .
κ 2 0

Como esta variação é não-nula podemos afirmar que o capacitor realizou trabalho sobre o dielétrico, enquanto
o mesmo era inserido. Foi trabalho motor ou resistente?
9. Suponha que o elétron seja uma casca esférica, uniformemente carregada, de carga e = −1, 6 × 10−19 C, de
raio re . Suponha além disso, que a energia de repouso E = me c2 seja de origem eletrostática (me =
9, 11 × 10−31 Kg, c = 2, 99 × 108 m/s). Calcule qual seria o seu raio (“raio clássico”) re .

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10. Suponha que o núcleo de Urânio (Z = 92) é uma bola uniformemente carregada. Sabendo que o raio do núcleo
é da ordem de 10−15 m, estime qual a energia eletrostática armazenada neste núcleo? Estime qual será a energia
eletrostática armazenada em 238g deste isótopo puro (Dado: Número de Avogadro 6, 02 × 1023 )?
11. Considere um capacitor de placas paralelas com três dielétricos de constantes κ1 , κ2 e κ3 , conforme ilustrado
na figura II, colocados entre as placas. Qual é a capacitância associada à este sistema? (Sugestão: Considere que
cada porção com um dielétrico distinto constitui um capacitor distinto, sendo o arranjo apresentado na figura
uma associação destes.)
12. Considere um capacitor plano paralelo com um dielétrico de constante κ e suscetibilidade χ. Mostre que a
relação entre a densidade superficial de cargas livres (σl ), nas placas do capacitor, e a densidade superficial de
carga de polarização (σp ), na superfı́cie do dielétrico, é
χ
σp = σl .
1+χ

13. Em condições tı́picas definimos o coeficiente de temperatura da resistividade α, de modo que η = η0 (1 + α∆T ),
para uma certa faixa de variação de temperatura. Assumindo que um dado material α seja independente da
temperatura, mostre então que (a) a expressão exata é η = η0 exp(ᾱ ∆T ). (b) Para pequenas variações de
temperatura mostre que esta expressão se reduz à forma linear.
14. Um cabo coaxial consiste de dois cilindros condutores, coaxiais, de raios a e b (b > a), isolados um do outro,
normalmente com um preenchimento de silicone entre eles. Mostre que a resistência radial de um segmento de
comprimento L do cabo é
η
R = ln(b/a) .
2πL
15. Um resistor tem a forma de uma tronco cônico circular reto, conforme a figura VI. Supondo que a densidade
de corrente seja uniforme através da secção transversal mostre: (a) Que a resistência é dada por R = η l/πab
(Note que se reduz a R = η l/A quando a = b).
16. (A) A densidade de corrente através de um fio condutor cilı́ndrico de raio R varia de acordo com a equação
j(s) = j0 (1 − s/R), sendo s a distância ao eixo (< 0 < s < R). Assim, a densidade de corrente tem um máximo
j0 no eixo s = 0 e diminui linearmente até zero na superfı́cie s = R. Qual a intensidade da corrente no fio?
(B) Suponha que em vez disso j(s) = j0 s/R. Qual a intensidade corrente agora?
17. A corrente através de um resistor de resistência R0 varia de acordo com a relação i(t) = i0 e−t/τ0 , sendo τ0
uma constante. Determine (A) A energia dissipada no resistor no intervalo 0 < t < τ0 . (B) τ0 < t < 2τ0 (C)
2τ0 < t < 3τ0 (D) Este é um resistor Ôhmico? Justifique.

18. Determine as correntes em cada ramo do circuito descrito na figura VII.


19. Calcule a resistência equivalente entre os vértices opostos de um circuito em forma de cubo, conforme represen-
tado na figura VIII. As resistências em cada aresta são todas iguais a R.
20. Considere novamente a sequência infinita da figura III, mas colocando resistores de resistência R em vez de
capacitores. Qual é a resistência equivalente?

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