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Newton C. Braga
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
© Newton c. Braga
Apoio
APRESENTAÇÃO
Mais um livro que levamos gratuitamente aos nossos
leitores sob o patrocínio da MOUSER ELECTRONICS. Trata-se
de um livro publicado em 1988, mas que aborda um assunto
que ainda é atual para o caso do funcionamento de circuitos
eletrônicos em geral, componentes e montagens. Mesmo
havendo tecnologias mais modernas para a montagem de
projetos com a mesma finalidade os projetos apresentados
são importantes pela sua finalidade didática. Fizemos
algumas melhorias, alterações e atualizações ao republicar
esse trabalho, esperando que seja do agrado de nossos
leitores. A maioria dos conceitos apresentados em muitos
dos projetos ainda é ainda atual e eles encontram
aplicações práticas. Tudo depende dos recursos,
necessidade e imaginação de cada um. A maioria dos
componentes citados pode ser adquirida na Mouser
Electronics (www.mouser.com). Enfim, mais um presente
que damos aos nossos leitores que desejam enriquecer sua
biblioteca técnica e aprender muito, e sem gastos.
Newton C. Braga
Introdução
Introdução da edição
original
Para os leitores que gostam de realizar montagens
interessantes, econômicas e simples, uma seleção ideal
com placa de circuito impresso universal. É o que
oferecemos nesta edição, em que 11 projetos simples com
componentes acessíveis são selecionados e descritos em
todos os seus detalhes. Os projetos têm principalmente
finalidade didática e recreativa. Os leitores que têm pouca
prática em montagens poderão aprender muito com os
aparelhos que mostramos, enquanto que os que gostam de
fazer as montagens para desfrutar de seus efeitos também
terão um aproveitamento muito grande. A placa de circuito
impresso que oferecemos como brinde (Na edição original
continha uma placa) é o ponto mais importante desta
edição.
Trata-se de uma placa projetada para servir de base para
qualquer uma das montagens descritas. Seus filetes
obedecem uma disposição planejada para receber os
componentes de todas as montagens, facilitando assim a
realização do projeto da escolha do leitor.
Além das 11 montagens, no final da edição temos um
capítulo dedicado à equivalências e substituições de
componentes em que orientamos os leitores que tenham
dificuldades de obtenção de peças em sua localidade. Nesta
seção, equivalentes mais comuns de todos os componentes
são dados assim como indicações de valores próximos que
podem ser usados para resistores e capacitores. As
montagens são divididas em itens para maior facilidade de
entendimento e de realização prática. Na introdução
dizemos para que serve o aparelho e como o leitor poderá
usá-lo indicando se a montagem é recreativa, didática ou de
alguma utilidade doméstica.
No item seguinte descrevemos o princípio de funcionamento
do circuito, numa pequena aula de eletrônica, para que o
leitor saiba exatamente o que está fazendo e, portanto, ter
uma ideia de possíveis modificações no projeto. Temos a
seguir a montagem propriamente em que o diagrama e a
placa de circuito impresso com os componentes são
mostrados em pormenores. Eventualmente, a sugestão de
uma caixa será dada.
A sequência de cuidados que devem ser tomados com os
componentes é mostrada neste item. Vem a seguir o teste
do aparelho em que o procedimento para verificação do
funcionamento é dado. O montador poderá já saber se sua
montagem teve ou não êxito. No item seguinte vem o uso
do aparelho em que todas as indicações para isso são
dadas. Eventuais ajustes e modificações também são
abordados neste item.
Completa cada montagem um item em que as possíveis
falhas são abordadas. Temos então uma relação de pontos
do aparelho mais críticos que devem ser verificados em
caso de anormalidade. Com tudo isso, os leitores não terão
por que temer em qualquer momento, com 100% de
possibilidade de êxito, desde que tudo seja seguido à risca.
Newton C. Braga
Alarme de Chuva
O alto-falante emitirá um som forte quando começar a chover. As gotas de água que
caem disparam este aparelho transistorizado avisando que as roupas que estão secando
devem ser recolhidas.
O leitor montará um oscilador de áudio de dois transistores que é disparado pela queda
das primeiras gotas de chuva. Um sensor muito simples de ser feito é o responsável pela
captação da água que cai e disparo do circuito de ação rápida que emitirá um som de
alarme antes mesmo que a roupa que está secando seja molhada.
Esta montagem experimental usa apenas dois transistores, dois resistores, um capacitor
e um alto-falante além da fonte de alimentação de 3 volts e o sensor que pode ser
improvisado com um pedaço de tela de arame e um pedaço de pano poroso.
Como Funciona
O oscilador de áudio leva dois transistores complementares, ou seja, um do tipo PNP e
outro NPN, acoplados de modo direto, formando um pequeno amplificador.
Quando o sinal de saída do segundo transistor é levado de volta à entrada do
amplificador, temos uma realimentação que o faz oscilar. Nesta oscilação são produzidos
sons no alto-falante cuja frequência justamente depende das condições em que a
realimentação é feita.
No caso deste circuito, mostrado na figura 1, a frequência do som depende tanto do valor
do resistor R como do valor do capacitor C.
O capacitor é fixo, e R pode ser alterado dentro de certos limites. Fora destes limites o
transistor de entrada (NPN) não é polarizado e o oscilador não funciona, ou seja, fica em
silêncio, além do que. O circuito tem a sua corrente muito reduzida.
O sensor fica justamente em lugar deste resistor, de modo que. quando seco ele
apresenta uma resistência muito alta, muito além da faixa em que o oscilador funciona.
Neste caso, ele permanece em silêncio e o consumo de energia das pilhas é mínimo.
No momento em que as primeiras gotas de chuva caem no sensor, sua resistência
diminui acentuadamente, entrando para a faixa em que o oscilador entra em ação.
É neste momento que o oscilador se põe em funcionamento, avisando que a chuva
começou.
O sensor é mostrado na figura 2. Trata-se de um conjunto ou sanduiche de duas telas de
arame fino.(feitas com fio descascado, se o leitor preferir) tendo entre elas um pedaço de
tecido poroso ou mesmo um guardanapo de papel.
No pedaço de tecido ou papel é salpicado um pouco de sal comum,. Seco o tecido com
sal não conduz de modo algum a eletricidade, apresentando, portanto, uma resistência
muito alta.
Quando umedecido, entretanto, a sua resistência cai acentuadamente, caso em que a
corrente elétrica pode passar, fazendo o oscilador funcionar.
tipo de som que o leitor deseja pode ser alterado com a. troca do capacitor C1. Seu valor
pode ficar entre 33 nF (som mais agudo) até 100 nF (som mais grave).
Montagem
O circuito completo do alarme de chuva,é mostrado na figura 3.
Os montadores devem consultar a lista no final do livro que trata da equivalência dos
componentes usados, principalmente os transistores, se tiver dificuldades com sua
obtenção.
A placa usada é a universal dada como brinde, ou então, se o leitor já a usou, feita em
seu laboratório de circuitos impressos.
O desenho dos componentes sobre a placa com as ligações que devem ser feitas é
mostrado na figura 4.
O leitor deve prestar atenção. nos seguintes pontos ao realizar a montagem dos
componentes na placa:
a) coloque os transistores nas posições certas, olhando bem para que lado fica a sua
parte achatada.
b) confira bem os valores dos resistores, olhando a lista de material e confrontando as
cores dos anéis em seu invólucro.
c) Na soldagem do capacitor seja rápido, pois este componente é sensível ao calor.
d) A ligação do sensor pode ser feita com um pedaço de fio paralelo de até 5 metros.
Demos como sugestão um pedaço de meio metro, para facilitar a montagem e prova.
e) Na ligação dos fios do suporte de pilhas é preciso obedecer a polaridade. O fio do polo
positivo vai ao transistor T2, e o negativo a T1. Não será preciso usar interruptor, pois
estando em espera o consumo de energia é muito baixo. Para desligar é só tirar as pilhas
do suporte.
f) A ligação do alto-falante será feita com dois pedaços pequenos de fio. Não há
polaridade a ser seguida.
O aparelho montado é mostrado na figura 5.
O teste de funcionamento é muito simples. Coloque as duas pilhas no suporte,
verificando se sua posição está certa.
Depois, pingue uma gota ou mais de água no Sensor. O alarme deve soar alto, e tanto
mais grave quanto mais molhado ficar o sensor.
Para usar novamente o alarme será preciso trocar o pedaço de pano do sensor por um
seco com um pouco de sal.
Uso
Um jeito de usar o alarme consiste em colocá-lo dentro de casa, mas com o sensor fora,
de modo que as gotas de chuva possam atingi-lo. As pilhas pequenas podem ficar
permanentemente no suporte,pois o consumo nesta condição será desprezível.
Este alarme também serve para acusar vazamentos, inclusive o de fraldas de crianças
num interessante alarme para a mamãe conforme mostra a figura 6.
Possíveis falhas
Na falta de oscilação do aparelho quando o sensor está molhado verifique:
a) o estado das pilhas e sua polaridade
b) a continuidade da bobina do alto-falante
c) se os transistores não estão trocados ou invertidos
d) se os resistores estão certos
e) se todas as soldas estão firmes.
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
2 metros ou mais de fio
Solda
Pouco de sal
Sirene
Um som diferente, variável como das sirenes de policia será conseguido com este
oscilador transistorizado.. São três transistores e uma alimentação de 6 V para fornecer um
bom som num alto falante comum.
Se o leitor tem filhos, netos ou sobrinhos poderá usar esta sirene em uma bicicleta,
carrinhos de brinquedo ou simplesmente para distraí-los com seu som.
O som variável desta sirene lembra o produzido pelas fábricas e também pelos carros de
polícia. A montagem é simples e compacta. O funcionamento da sirene é muito simples
assim como a montagem porque são usados componentes comuns e em pequena
quantidade. Para fazer o acionamento da sirene basta pressionar por alguns instantes um
botão.
Como Funciona
A base da sirene é um oscilador de áudio do tipo multivibrador com dois transistores.
Esta configuração será encontrada em outras montagens deste livro.
Os dois transistores conduzem alternadamente a corrente de modo que, quando um está
ligado o outro não está. A troca de estado continuamente dos dois transistores é
conseguida graças ao interacoplamento com dois transistores, conforme mostra a figura 1.
São estes capacitores C1 e C2 que, juntamente com R2. e R3 determinam a frequência
ou velocidade da troca dos sons e, portanto, o tipo de som que será produzido.
Se R2 ou R3 foram alterados, teremos também uma alteração do som produzido pelo
multivibrador.
O som de sirene é variável, de modo que temos um circuito adicional justamente
controlando R2 ou R3 para modificar a frequência. Trata-se de um resistor adicional e um
capacitor ligado ao circuito por um interruptor de pressão. (figura 2)
Montagem
O circuito completo da sirene é dado na figura 3.
Testes
Coloque quatro pilhas no suporte e ligue S1. Depois aperte S. O som imediatamente deve
começar grave e ir aumentando para o agudo. Soltando o interruptor S o som deve voltar
até o grave e depois parar.
Importante para se obter boa qualidade de som é o alto-falante. Os alto-falantes que
melhores resultados dão são os de 10 cm, em que a qualidade de som e o volume são
satisfatórios.
A montagem numa caixa de material acusticamente favorável permite aumentar a
intensidade do som.
Uso
Para usar não há segredo: é só apertar S. A fixação numa bicicleta ou outro brinquedo
pode ser feita de diversos modos.
Possíveis falhas
Se a sirene não funcionar, os pontos que devem ser verificados são:
a) a polaridade do suporte de pilhas e o estado das pilhas
b) a ligação e o estado dos transistores
c) a ligação dos capacitores
d) os contactos entre os diversos fios e componentes
e) o estado das soldas que podem estar frias ou espalhadas
Material
S1 - Interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas
1 metro de fio
Solda
Teste de Nervos
Você é calmo? Se você acha que não tem como provar, porque não um teste eletrônico?
Muito mais que um teste, este interessante brinquedo eletrônico lhe divertirá e também os
seus amigos na verificação de quem tem nervos de aço.
Se tremer a lâmpada acende e isso acontecer uma multa ou castigo! Esta é a base deste
teste de nervos que é muito mais um teste de alto-controle e firmeza das mãos.
Totalmente portátil, funcionando com pilhas ele será usada nas rodinhas com seus
amigos para ver quem paga as despesas do dia, ou em uma amigável competição de
crianças. (figura 1)
Como funciona
A base do brinquedo é um transistor que funciona como amplificador de corrente
contínua acionando uma lâmpada.(figura 2)
Quando o arame tortuoso e a argola encostam um no outro o capacitor C se carrega com
a tensão da bateria, que é de 6 V.
Montagem
O circuito completo do teste de nervos é mostrado na figura 3.
Teste
Para testar o seu teste de nervos basta colocar as pilhas no suporte tomando cuidado
com a sua polaridade.
Em seguida, toque momentaneamente o arame tortuoso na argola e separe-os. A
lâmpada deve acender e assim permanecer por alguns segundo. Se achar que o tempo de
acendimento foi muito curto, pode aumentar o valor de C1 para 470 uF ou mesmo 100 uf.
Se quiser tempo mais curto diminua para 100 uF.
Uso
Para usar é muito simples. Aposte com seus amigos que eles não são capazes de fazer a
argola passar pelo arame tortuoso sem encostar um no outro, o que será acusado pelo
acendimento da lâmpada. A cada toque e acendimento da lâmpada será um ponto perdido
e com três o competidor será desclassificado. A multa pelo perdedor será combinada com
antecedência.
Possíveis falhas
Se seu teste de nervos não funcionar você deve verificar:
a) a posição do transistor se está soldado corretamente
b) a ligação da lâmpada, se não existe mal contacto
c) a polaridade das pilhas
d) o contacto dos fios do arame e da argola e se estes fios estão limpos (será
conveniente de tempos em tempos passar uma lixa no arame e na argola para facilitar o
contacto)
Material
Caixa de montagem
1 metro de fio comum.
Solda
Provador Ohmímetro
Este Instrumento mede resistências e verifica a continuidade de componentes com
grande eficiência. Um pequeno auxiliar do montador que tem dúvidas em relação aos seus
circuitos e componentes.
Nada pior para o montador principiante e inexperiente do que ter um componente em
mãos e não saber como testa-lo ou não ter meios para isso. Arriscando a fazer uma
montagem e ela não funcionar, o montador está numa situação desagradável a não ser
que possua um provador em sua bancada.
O que lhes propomos neste artigo é justamente um provador-ohmímetro, um instrumento
muito simples, porém muito eficiente que serve para medir pequenas resistências e
também fazer a prova de continuidade de componentes.
Este instrumento funciona com apenas duas pilhas, portanto é totalmente portátil,
podendo ser instalado numa pequena caixa conforme sugere a figura 1.
Como Funciona
O princípio de funcionamento deste instrumento é muito simples. Um transistor PNP é
usado como amplificador de corrente continua, tendo em seu coletor um instrumento
medidor de corrente. (figura 2)
O sinal que faz o transistor conduzir a corrente vem de sua base, sendo, portanto,
amplificado. Isso quer dizer que as pontas de prova ligadas na base do transistor
trabalham com correntes muito baixas não havendo qualquer perigo de dano para os
componentes ou circuitos que estão sendo testados.
Este transistor como amplificador permite também um aumento da sensibilidade do
provador que pode acusar a passagem de correntes muito fracas pelos componentes em
prova.
Um potenciômetro ligado em série com o instrumento permite o ajuste do ponto de
máximo. ou fundo de escala do instrumento.
Não será preciso usar interruptor para este provador, pois estando as pontas de prova
separadas o consumo de energia é praticamente nulo.
O instrumento usado neste provador é um VU meter de aparelho de som de baixo custo.
Estes instrumentos podem ser encontrados com facilidade nas casas especializadas a um
custo muito inferior ao de um instrumento pronto. Existe a opção do leitor usar outros tipos
de instrumentos tais como os miliamperímetros de 1 mA de fundo de escala.
Montagem
O circuito completo do provador ohmímetro é dado na figura 3.
Teste
Coloque as pilhas no suporte e encoste uma ponta de prova na outra. A agulha do
instrumento deve mover-se para a direita. Se a agulha mover-se para a esquerda é porque
você inverteu as ligações de M1. Refaça esta ligação.
Ajuste o potenciômetro P1 com as pontas de prova unidas para que a agulha do
instrumento vá até o final da escala. (figura 5)
Se isso não for conseguido, ou seja, o ponteiro não chegar ao fim da escala, reduza o
valor de R2. Se no máximo do ajuste o ponteiro ficar além do final e não voltar, aumente o
valor do P1, trocando-o por um de 22 k ou mesmo 47 k.
Se com as pontas separadas o ponteiro continuar além do final da escala é porque o
transistor usado está com defeito devendo ser trocado.
Uso
Para testar qualquer componente basta encostar as pontas de prova nos seus terminais,
sempre com o cuidado de antes unir as pontas de prova e ajustar o ponteiro do
instrumento para o final da escala.
Uma deflexão de meia escala indica uma resistência da ordem de 47 k.
Possíveis falhas
Se nada acontecer com o seu instrumento ao unir as pontas de prova, o leitor deve
verificar:
a) a posição do transistor
b) a polaridade e o estado das pilhas
c) a continuidade do instrumento
d) os valores dos resistores
e) o estado de PI.
Material
M1 - VU meter de 200 uA
P1 – 10 k - potenciômetro comum
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
PP - pontas de prova
1 metro de fio
Solda
Repelente Eletrônico
O que o leitor pode repelir com este aparelho? É uma boa pergunta! Insetos, pessoas
“chatas”, etc. é a resposta que podemos dar. Evidentemente, a ideia de que aparelhos
eletrônicos possam realmente repelir determinados tipos de insetos precisa ser melhor
pesquisada e o leitor pode perfeitamente lazer isso.
A ideia de que ruídos de certas frequências possam repelir determinados tipos de insetos
como, por exemplo, os mosquitos, muriçocas, pernilongos e outros não é nova. Na
verdade, algumas empresas já até tem lançado no mercado repelentes eletrônicos, que
nada mais são do que circuitos osciladores que produzem um “apito" que segundo se
afirma teria a propriedade de afugentar os insetos.
A comprovação da eficiência de tais repelentes ainda não existe, daí existir muitas
controvérsias a respeito de sua venda ao público, inclusive com reclamações de muitos
que ao comprá-lo verificaram que o seu funcionamento não era o esperado.
Não pretendemos afirmar que este aparelho repele realmente insetos, isso fica por conta
do montador, mas podemos garantir uma coisa: ele apita e isso poderá ser verificado.
É claro que este apito constante e irritante tem realmente algumas propriedades
repelentes que o leitor não pode negar. Deixe-o ligado durante horas ao seu lado e veja se
você consegue ficar perto dele...
Deixe-o junto a um amigo “chato" que você verá que facilmente o ruído o perturbará a
ponto dele se afastar dali...
A montagem do repelente (seja lá do que for...) é muito simples.
Como Funciona
Se apitos contínuos repelem não sabemos, o que sabemos é como produzir apitos
contínuos e é isso que explicaremos ao leitor.
Para produzir um som contínuo num pequeno cristal o que precisamos é de um oscilador,
conforme mostra a figura 1.
Este oscilador leva um transistor NPN que é seu elemento ativo, e mais alguns
componentes que determinam as suas condições de funcionamento.
Assim, o transformador Tx determina juntamente com C2 a frequência do som que deve
ser produzido.
Esta frequência pode também ser ajustada no trimpot P1 cuja finalidade é obter um som
agudo que seja irritante à quem se deseja repelir.
O som sai num cristal de microfone que pode ser comprado com facilidade nas casas
especializadas. O uso deste cristal é explicado pelo tipo de som que se deseja. O cristal é
mais apropriado a produzir um som agudo, e também tem menores dimensões que um
alto-falante comum.
Importante é observar que este cristal apresenta certa sensibilidade ao calor e umidade
devendo ser protegido contra isso.
O aparelho é alimentado com 2 pilhas pequenas e não precisa de interruptor geral. Basta
tirar as pilhas do suporte quando fora de uso.
Montagem
O circuito completo do repelente é mostrado na figura 2.
Teste
Para testar o repelente basta colocar as pilhas no suporte prestando atenção a sua
posição.
Ajustando o trimpot P1 deve-se obter um apito contínuo no cristal. A tonalidade deste
som poderá ser modificada pela troca de C1 ou de C2.
Para desligar o aparelho basta retirar as pilhas do suporte.
Uso
Para usar o aparelho, basta deixa-lo ligado. O som contínuo do apito deve espantar o que
ou quem estiver nas proximidades. Escolher o som próprio para cada tipo de “praga" é
uma tarefa que cabe ao montador pesquisar.
Possíveis falhas
Se seu repelente não apitar as possíveis causas podem ser:
a) transistor ligado errado
b) inversão das pilhas ou seu mau estado
c) problemas com o cristal
d) falta de continuidade do transformador
Material
B1 - 3V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
1 metro de fio
Solda
Como Funciona
O que temos neste circuito é um multivibrador astável com dois transistores PNP,
conforme mostra a figura 1.
Neste circuito os dois transistores ligam a desligam alternadamente numa velocidade
que depende tanto dos capacitores C1 e C2 como dos resistores R1 e R2.
No nosso caso, estes resistores são calculados para que as piscadas sejam da ordem de
1 a cada um ou dois segundos ou pouco mais.
Os leitores que quiserem podem aumentar a velocidade das piscadas com a redução de
C1 e C2 para 22 ou 47 uF ou então diminuir com o aumento destes componentes para 220
ou mesmo 470 uF.
Os resistores em série com os LEDs determinam seu brilho. Seus valores também podem
ser alterados desde que se mantenham na faixa de 220 ohms até 1 k.
Importante neste circuito são os LEDs que funcionam como pequenas lâmpadas de
estado sólido emitindo luz vermelha na condução de corrente.
Estes componentes são polarizados o que quer dizer que sua ligação no aparelho precisa
obedecer a polaridade.
Novamente não usamos interruptor geral pois o consumo de energia não é muito alto, e
quando fora de uso as pilhas são simplesmente retiradas de seu suporte.
Os LEDs mais comuns são os vermelhos, de baixo custo, mas se o leitor quiser um efeito
mais colorido poderá usar LEDs verdes ou mesmo amarelo.
Observamos também que este circuito funcionará bem também com uma tensão de
alimentação de 6V. Com maior tensão os resistores R1 e R4 devem ser aumentados.
Montagem
Na figura 2 damos o circuito do pisca-pisca sinalizador.
Dificuldades com a obtenção dos componentes podem ser facilmente resolvidas após a
consulta à seção de equivalências no final desta edição.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde nesta edição. Se já foi
usada em outra aplicação o leitor deve preparar outra usando para isso seu laboratório de
circuitos impressos.
Na figura 3 mostramos a colocação dos componentes nesta placa assim como os
componentes externos.
Os principais cuidados que o montador deve tomar durante a montagem para que seu
aparelho funcione satisfatoriamente são:
a) Veja bem a posição dos dois transistores. Cuidado para não invertê-los, pois isso
afetará o funcionamento do pisca-pisca.
b) Os valores dos resistores são dados pelas cores das faixas que devem ser
confrontadas com a lista de materiais.
e) Os capacitores eletrolíticos têm polaridade que deve ser seguida na sua colocação na
placa. Cuidado para não invertê-los.
d) Os LEDs (diodos emissores de luz) também têm polaridade que é dada pelo pequeno
achatamento em sua parte plástica. Veja bem a posição em que ficam na montagem.
e) Ao ligar o suporte das pilhas observe bem sua polaridade. Se houver inversão o
aparelho não funciona.
Complete a montagem com a verificação das soldas e a instalação do aparelho na caixa.
(figura 4)
Teste
Para testar o aparelho é só colocar as pilhas no suporte seguindo sua posição e verificar
se os LEDs piscam alternadamente. Se isso acontecer é porque tudo está em ordem.
Uso
Não há o que dizer em relação ao uso. Como sinalizador basta deixar os LEDs piscando
onde possam ser bem vistos.
Uma sugestão é como lembrete. Deixe-o piscando junto ao bloco de recados e ninguém
deixará de vê-lo.
Possíveis falhas
Se os LEDs não piscarem como o esperado você deve verificar:
a) as posições dos transistores se não estão invertidos.
b) as posições dos LEDs. Cuidado, não teste os LEDs em pilhas, pois ligados diretamente
eles queimam. Para testar os LEDs, interligue os terminais do coletor e de emissor de cada
transistor. O LED correspondente deve acender.
c) a polaridade das pilhas e seu contacto no suporte.
d) as soldagens de todos os componentes.
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
1 metro de fio
Solda
Alarme
Se alguém tocar no fio sensor Interrompendo a circulação da corrente uma campainha
tocará com torça avisando-o do ocorrido. Um aparelho experimental mas também útil pois
serve para proteger objetos, sua casa e veículos.
Este alarme funciona com pilhas e praticamente não consome energia na condição de
armado o que significa que um conjunto dessas pilhas pode durar muito mesmo ficando
noites inteiras ligado.
O princípio de funcionamento deste alarme está num arame ou conjunto de arames finos
que fecham um circuito. Se este circuito for aberto, mesmo que por uma fração de
segundo o alarme dispara e assim permanece até que alguém venha rearmá-lo.
O tipo de barulho produzido pelo alarme depende da vontade do leitor podendo ser
usada uma campainha caseira para a rede de 110 V ou então uma sirene eletrônica
alimentada por pilhas.
Poucos componentes são usados nesta montagem que pode proteger janelas ou portas
como mostra a figura 1.
Como Funciona
O disparo de um relê neste alarme e feito por um componente de estado sólido
denominado SCR ou diodo controlado de silício é uma chave eletrônica que liga ao menor
impulso elétrico, mas não pode ser desligada depois a não ser pela interrupção da corrente
que nela circula. (figura 2)
Mesmo que um impulso de "contradisparo” seja aplicado o SCR não desliga e isso é
importante no caso de um alarme. Isso significa que uma vez disparado o alarme, não
existe jeito de desarmá-lo pela reativação do sensor.
O SCR não controla diretamente a sirene ou outro sistema de aviso, mas sim um relê.
Isso significa um isolamento do circuito de disparo do circuito controlado muito importante
para se evitar choques.
O circuito de disparo consiste num fio de arame fino que é ligado à comporta do SCR,
que é o seu elemento de disparo, evitando que a corrente circule por ela.
Se este fio de arame for retirado, a corrente pode chegar ao SCR provocando o disparo.
Este fio de arame fino consiste num excelente sensor, pois ao mínimo descuido ele
poderá ser interrompido.
Na figura 3 damos o modo de se ligar este sensor em janelas ou portas. A abertura
destas faz com que o arame seja interrompido disparando o alarme.
A corrente de disparo que é curtocircuitada pelo arame fica permanentemente
circulando, mas o gasto de energia é muito pequeno, pois sua intensidade é muito baixa.
Montagem
O circuito completo do alarme é mostrado na figura 4.
Teste
Ligue o sensor nos terminais próprios. Este sensor pode ser um fio esmaltado fino com as
pontas bem raspadas para fazer bom contacto ou então um arame fino de zinco mesmo.
Coloque as pilhas no suporte atendendo para sua polaridade.
Ligue o cabo de alimentação na tomada.
Inicialmente a campainha deve ficar desativada. Se a campainha tocar e você usou o
SCR TIC106 será preciso ligar um resistor de 1 k entre a comporta (G) e o catodo (K)
conforme mostra a figura 6.
Se a campainha não tocar, corte ou arrebente o sensor. O relê deve dar um pequeno
estalido indicando o fechamento dos contactos e a campainha deve tocar.
USO
Para usar o alarme não há segredo. Sua instalação pode ser feita em qualquer parte de
sua casa. Pare rearmar o alarme é só tirar momentaneamente as pilhas do suporte e
depois recolocá-las.
Possíveis falhas
Se seu alarme não disparar ou tocar direto verifique:
a) a posição do SCR
b) a ligação dos contactos do relé e a continuidade de sua bobina
e) a posição do diodo D1
d) o estado do SCR
e) o contacto do sensor
Material
K1 - Relê de 6 V
B1 – 6 V - 4 pilhas médias
Solda
Prova Tudo
Um simples aparelho que prova componentes e circuitos fornecendo um sinal audível
num alto-falante. Pelo “apito” do alto-falante podemos saber se os componentes estão
bons ou não.
Poucos componentes formam este aparelho que não pode estar ausente da mesa de todo
montador de aparelhos eletrônicos, principalmente daqueles que não tenham a
possibilidade de comprar instrumentos profissionais que são caros, e nem sempre simples
de usar.
Este aparelho é um oscilador de áudio que só funciona se houver continuidade no circuito
que está sendo provado, isto é, só apita se a corrente puder passar pelo circuito ou
componente que estiver sendo provado.
Dependendo a resistência que o circuito ou componente provado apresentar teremos um
som diferente. Este som permite “interpretar" o estado deste componente que está sendo
provado.
Transformadores, bobinas, chaves, resistores, potenciômetros, diodos, alto-falantes, etc.
podem ser testados com este provador.
Sua alimentação vem de apenas duas pilhas pequenas o que significa que ele é
totalmente portátil.
Como Funciona
O prova tudo nada mais é do que um oscilador Hartley em que a realimentação que
mantém a oscilação é retirada da derivação do transformador. (figura 1)
Neste oscilador a frequência básica é determinada pela indutância do enrolamento
primário do transformador e pelo capacitor C1.
Podemos, entretanto, controlar a frequência numa certa faixa pela modificação do valor
de P1, ou seja, por um potenciômetro.
Este potenciômetro está no circuito de realimentação que também tem as pontas de
prova. Somente se houver percurso para a corrente pelas pontas de prova e componente
em prova é que o oscilador funcionará.
Em funcionamento a corrente de baixa frequência vai ao alto-falante obtendo-se com
isso som.
Montagem
Na figura 2 temos o circuito completo do prova-tudo.
Teste
Coloque as pilhas no suporte obedecendo sua polaridade e encoste uma ponta de prova
na outra. Ajuste o potenciômetro P1 para obter o som mais agudo possível, deixando na
posição em que o som quase para.
Depois disso o aparelho estará pronto para ser usado.
Uso
Para usar o prova tudo é só encostar as pontas de prova nos terminais dos componentes
que devem ser testados.
Os resultados dependem do som, segundo a tabela,:
a) O componente está bom quando o oscilador “apita." nos seguintes casos:
fusíveis
lâmpadas comuns
bobinas
transformadores
alto-falantes
resistências até 1 k
potenciômetro até 1 k
b) O componente está bom quando o apito é um pouco mais grave do que o obtido ao
encostar uma ponta de prova na outra:
resistores de 1 k à 47 k
potenciômetros de 1 à 47 k
bobinas e transformadores com altas impedâncias
d) O componente está bom quando o oscilador apita e depois muda de som até parar.
eletrolíticos de 10 uf até 1000 uf
Possíveis falhas
Se seu oscilador não apitar quando as pontas de prova são encostadas uma na outra,
você deve verificar:
a) A posição do transistor
b) A polaridade da bateria (suporte das pilhas) e o seu contacto
c) a ligação do transformador
d) a continuidade do alto-falante
e) a ligação das pontas de prova e do potenciômetro
f) as ligações em geral
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
Solda
Lâmpada Mágica
Imagine acender uma lâmpada elétrica comum com um fósforo ou com um Isqueiro. Se
você acha Impossível é porque não conhece esta lâmpada mágica. Divirta-se com seus
amigos fazendo apostas e ganhando, evidentemente.
Você aproxima um fósforo aceso da caixinha que tem a lâmpada e ela acende. Depois
disso, mesmo afastando o fósforo, ela permanece acesa.
Como apagar?
Simples. Aproxime sua mão da caixinha e ao mesmo tempo sobre a lâmpada.
Misteriosamente ela apagará. O segredo?
O segredo é simples. Existe um sensor de luz que percebe a aproximação do fósforo
aceso da lâmpada e dispara o circuito acendendo-a.
Depois disso, a própria luz da lâmpada incidindo sobre o sensor faz com que ele
realimente o circuito mantendo-se acesa. (figura 1)
Para apagar, quando sopramos, ao mesmo tempo, fazemos sombra com a mão sobre o
sensor, levando o circuito a sua condição de desligado.
Esta lâmpada funciona com 4 pilhas comuns e servirá para fazer brincadeiras e
demonstrações muito interessantes.
Como Funciona
O sensor de luz que faz o que foi dito na introdução é um LDR (foto-resistor) que é um
componente eletrônico cuja resistência depende da quantidade de luz que incide em sua
face sensível.
Este LDR é ligado a um transistor que, por sua vez controla um pequeno relê. (figura 2)
Quando no escuro ou com pouca iluminação (luz ambiente) o LDR apresenta uma
resistência elétrica elevada, de modo que pouca corrente circula, e esta pouca corrente
não excita o transistor.
Quando iluminado, o LDR tem sua resistência reduzida de modo que uma corrente mais
intensa pode circular. Esta corrente não pode disparar o relê diretamente mas se
amplificada pelo transistor consegue o disparo.
Com o disparo o relê fecha seus contactos ligando a lâmpada de 6 V que então acenderá.
Veja que, mesmo afastando o fósforo que iluminou o LDR, a lâmpada acesa faz sua vez,
de modo e realimentar o circuito. Com isso o relê se mantém fechado.
Para que o relê abra é preciso cortar a corrente de base do transistor ou ainda aumentar
a resistência do LDR. Isso é conseguido fazendo sombra sobre o LDR naquela operação de
“disfarce" em que sopramos e ao mesmo tempo colocamos a mão entre o LDR e a
lâmpada.
Importante para se obter o efeito desejado é a posição relativa do LDR e da lâmpada
conforme mostra a figura 3.
Veja que a luz da lâmpada incide sobre o LDR e que existe facilidade para se colocar a
mão entre ambos.
A posição do LDR deve também ser tal que haja dificuldade para a incidência da luz
ambiente.
Montagem
O circuito completo da lâmpada mágica é mostrado na figura 4.
Se o leitor tiver dificuldades com a obtenção de algum dos componentes usados nesta
montagem deve consultar a seção de equivalências no final desta edição.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde nesta edição. Se o
leitor já a utilizou em montagem deve providenciar uma cópia a partir dos desenhos
disponíveis.
A colocação dos componentes nesta placa assim como as ligações dos componentes
externos é mostrada na figura 5.
Teste
Cubra o LDR com um objeto (pedaço de papelão ou tecido) e coloque as pilhas no
suporte.
Se a lâmpada acender, vá girando P1 até que ela apague. Não avance o potenciômetro
muito além do ponto em que ela apaga.
Se ela já estiver apagada, volte o potenciômetro até obter a posição de acendimento e
depois coloque-os no ponto em que ela se mantém apagada, mas bem próximo do limiar
do acendimento.
Descubra o LDR. A luz ambiente deve acionar o circuito fazendo a lâmpada acender.
Cobrindo novamente o LDR a lâmpada deve apagar.
Uso
Para usar o aparelho é preciso antes procurar uma posição favorável.
Esta posição é a seguinte: não deixe que a luz ambiente incida diretamente no LDR. Esta
luz ambiente deve ser a mais fraca possível para não inferir no funcionamento do aparelho.
As demonstrações devem ser feitas dentro de casa.
Depois ajuste o potenciômetro com o LDR descobre até o ponto em que a lâmpada
acenda. Volte um pouco, cobrindo o LDR para que ela apague. A lâmpada deve
permanecer apagada.
A próxima operação consiste em acender um fósforo nas proximidades do LDR. A
lâmpada deve acender. Verifique se afastando o fósforo a lâmpada se mantém acesa.
Se isso não acontecer a montagem da lâmpada deve ser mais próxima do LDR.
Cobrindo o LDR ou fazendo sombra sobre ele a lâmpada deve apagar.
Retire as pilhas do suporte quando o aparelho estiver fora de uso. Os ajustes deverão ser
feitos antes de cada demonstração em função da iluminação ambiente.
Possíveis falhas
Se sua lâmpada não funcionar como o indicado você devem verificar:
a) a posição do transistor
b) a ligação das pilhas
c) se a lâmpada usada não é fraca demais ou está queimada
d) se o relé está bom e ligado corretamente
e) se o diodo não está invertido
f) se o potenciômetro e o LDR estão ligados e posicionados corretamente
Material
P1 – 47 k - potenciômetro comum
K1 - Relê de 6 V sensível
1 metro de fio
Solda
Detector de Mentiras
Você pode fazer algumas brincadeiras interessantes com este aparelho que acusa
pequenas variações da resistência da pele, as quais acontecem quando a pessoa mente e,
portanto, fica nervosa. O mesmo princípio usado nos detectores de verdade.
Como Funciona
Conforme falamos na introdução, quando uma pessoa mente e se vê diante da tensão de
um interrogatório, pequenas variações da resistência de sua pele podem ocorrer. Estas
pequenas variações é que são acusadas pelo instrumento que descrevemos neste artigo.
Temos então dois transistores que amplificam as pequenas variações de corrente devidas
à variação da resistência da pele, ob tendo-se então uma corrente muito mais intensa que
pode acionar o instrumento. (figura 1)
Os eletrodos que podem ser duas pontas de prova ou duas chapinhas de metal em que a
pessoa apoia as mãos são ligados à base do primeiro transistor. O emissor deste primeiro
transistor é ligado à base do segundo obtendo-se uma etapa. Darlington de grande
amplificação.
No coletor do segundo transistor será ligado o instrumento que acusam as variações da
resistência. Este instrumento é um VU comum de baixo custo já que o que interessa no
nosso caso não é a escala mas sim o movimento da agulha.
Para encontrar o ponto de funcionamento ideal do aparelho, conforme a resistência
normal da pele de cada um existe um ajuste.
Este ajuste e um potenciômetro comum P1 que equilibra a posição da agulha do
instrumento.
A alimentação do circuito vem de duas pilhas comuns e seu consumo de energia é
bastante baixo, daí a eliminação do interruptor geral.
Na figura 2 damos uma sugestão de eletrodo que pode ser feito com uma placa de
circuito impresso. Esta placa será cortada em dois e fixada cada parte em uma base de
madeira na qual o interrogado apoiará as mão.
Montagem
O circuito completo do simples detector de mentiras é dado na figura 3.
Para os leitores com problemas de obtenção de material sugerimos uma consulta à seção
no final desta edição em que tratamos de equivalências.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde nesta edição. Se o
leitor já a usou em outra aplicação deve providenciar uma cópia, tomando por base os
desenhos dados.
Na figura 4 temos a disposição dos componentes nesta placa.
Alguns cuidados devem ser tomados com a colocação e manuseio dos componentes para
que o aparelho funcione. Estes cuidados são:
a) Observe com atenção as posições dos transistores na placa tomando por referência a
parte achatada de seu invólucro. Cuidado para não invertê-lo.
b) Os resistores têm valores que são dados pelas faixas coloridas. Confira com cuidado
estas faixas confrontando com a lista de material.
c) O potenciômetro P1 que fica no painel da caixa é ligada à placa por meio de 3 pedaços
de fios de 10 à 15 cm de comprimento.
d) Para ligação dos eletrodos ou pontas de prova use dois pedaços de fios de 30 cm de
comprimento.
e) O instrumento M1 será fixado no painel da caixa. Ligue-o ao circuito com dois pedaços
de fio de uns 10 ou 15 cm. Nesta montagem não será preciso observar sua polaridade.
f) A ligação do suporte de pilhas deve ser feita com atenção. Cuidado para não inverter
sua polaridade.
Terminada a montagem, confira tudo e depois instale o aparelho definitivamente em uma
caixa.
A próxima etapa da montagem consiste em se fazer o teste de funcionamento.
Teste
Coloque as pilhas no suporte atentando para sua posição. As pilhas devem ser novas.
Em seguida, apoie as mãos nos eletrodos ou sempre as pontas de prova conforme
mostra a figura 5.
Ajuste o potenciômetro P1 para que a agulha fique aproximadamente no meio da escala
do instrumento.
Uso
Para usar o detector basta fazer o interrogado segurar os eletrodos ou apoiar suas mãos
neles e depois ajustar o ponteiro para uma posição central na escala.
O interrogado deve ficar firme para que a agulha não mexa. Você deve fazer com que ele
se esforce em manter a agulha no meio da escala.
Depois é só fazer as perguntas e observar qualquer movimento anormal da agulha do
instrumento.
Possíveis falhas
Se algo de anormal acontecer com seu detector você deve verificar:
a) as posições dos transistores e suas ligações
b) a ligação do suporte de pilhas e os contactos do suporte
e) a conexão dos eletrodos
d) a ligação de P1
e) a ligação dos demais componentes.
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
1 metro de fio
Solda
Órgão de 7 Notas
Um Instrumento musical de brinquedo era o que faltava na nossa seleção de montagens.
Os 5 leitores que gostam desta tipo de montagem não precisam mais preocupar-se aqui vai
um interessante e simples brinquedo musical eletrônico para você tirar músicas simples.
Veja que existem diversas possibilidades para o teclado, sendo a melhor a que faz uso de
pequenos interruptores de pressão. Estes interruptores devem ser moles para facilitar a
execução de qualquer peça sem esforços do músico e evitando-se assim falhas.
Como Funciona
A nota de um órgão eletrônico depende da sua frequência, ou seja, do número de
vibrações em cada segundo.
Para produzir eletronicamente estas notas temos de gerar sinais elétricos cujas
frequências correspondam. Isso é conseguidos através de um circuito denominado
oscilador de áudio.
O nosso oscilador leva apenas dois transistores complementares numa configuração já
usada em outras montagens. (figura 2)
Os dois transistores são acoplados diretamente de modo a formar um pequeno
amplificador em que a entrada é na base do primeiro transistor e a saída no coletor do
segundo.
Entre estes dois pontos existe um circuito de realimentação cujo componente principal é
o capacitor C1.
Este capacitor juntamente com o resistor R1 determina a frequência do oscilador e,
portanto, a nota que ele produz.
Para termos todas as notas da escala, ou pelo menos de uma oitava que são 7, o que
fazemos é manter C1 a fixo e trocar R1.
Para isso fazemos um teclado com 7 chaves cada uma podendo colocar num instante um
R1 diferente.
Este R1 de cada chave na verdade são trimpots, ou seja, resistores que podem ter seus
valores alterados. Com isso, mexendo em cada trimpot podemos ajustar a resistência para
nota. Este é o processo de afinação.
Veja o leitor que, como temos apenas um oscilador, trocando apenas o resistor em cada
tecla, não podemos apertar duas teclas ao mesmo tempo. Se isso for feito não teremos
duas notas mas uma só que não corresponde a nem uma e nem outra.
Este órgão de brinquedo não serve para dar acordes, portanto.
A alimentação do circuito é feita com duas pilhas e o som sai bastante alto num alto-
falante.
Teste
Para testar o órgão de brinquedo de 7 notas basta colocar as pilhas no suporte.
Depois aperte uma das teclas e ajuste o trimpot correspondente até ter som contínuo no
alto-falante.
Veja se apertando todas as teclas e mexendo nos trimpots correspondentes ha a emissão
de som.
Uso
Antes de usar seu órgão de brinquedo de 7 notas você deve afina-lo. Para isso ajuste
cada nota apertando o interruptor e mexendo no trimpot. Será conveniente que alguém
que toque algum instrumento faça isso.
Depois é só tocar. A habilidade de cada um na execução de músicas dependerá de
muitos fatores como, por exemplo, o treinamento, a facilidade em tocar outros
instrumentos, etc.
Possíveis falhas
Se nenhum som for obtido de seu órgão de 7 notas verifique:
a) a posição dos transistores e se não houve sua troca
b) a polaridade e o estado das pilhas
c) As ligações do teclado se não estão erradas ou soltas
d) a continuidade do alto-falante
e) as ligações de todos os componentes.
Material
1 metro de fio
Solda
O rádio que levamos aos leitores é do tipo de amplificação direta. liste rádio tem uma
etapa detectora simples que extrai o sinal de áudio das “ondas” captadas e o leva
diretamente a um amplificador de alto-ganho.
Este amplificador é de 4 transistores com saída em simetria complementar permitindo
com isso termos uma alta qualidade de som.
A sensibilidade deste rádio permite a audição das estações de ondas médias locais com
apenas um pedaço de fio de 2 ou 3 metros usado como antena, e das estações mais fracas
com uma antena externa ou maior.
Montado numa caixinha de madeira ou plástico, o rádio pode adquirir uma aparência que
lembra muito a de um modelo comercial, dependendo isso da habilidade de cada um na
escolha do material de acabamento.
Como funciona
O sinal captado pela antena passa pelo circuito de sintonia formado por um capacitor
variável e uma bobina.
Neste circuito, os sinais das estações que não queremos ouvir são refugados, enquanto
que o sinal desejado passa para a etapa seguinte. Este circuito faz a seleção das estações,
devendo então ser montado com cuidado para que toda a faixa seja coberta. Esta
cobertura é dada pelas características da bobina que será enrolada pelo próprio montador.
Do circuito de sintonia o sinal da estação que desejamos ouvir passa para o detector.
Este detector nada mais é do que um diodo de germânio do tipo 1N34 ou 1N60 que retifica
a alta frequência deste sinal, de modo a extrair-lhe a envolvente que é o sinal de áudio que
modula a onda da estação.
A partir do diodo já temos um sinal de áudio, de baixa frequência e que, portanto,
corresponde a um som. Este sinal é muito fraco para poder ser aplicado a um alto-falante,
precisando de uma boa amplificação que será feita nas etapas seguintes.
Começamos pela primeira etapa de amplificação de áudio que tem o transistor Q1 por
coração. Este transistor amplifica o sinal de áudio certo número de vezes
(aproximadamente 200 vezes) já adquirindo uma boa intensidade.
A saída deste transistor tem um elemento importante do rádio que é o seu controle de
volume, representado por P1.
Este potenciômetro faz a retirada dosada do sinal da etapa anterior, conforme a posição
de seu cursor. Se o cursor estiver mais próximo do coletor de Q1 , a quantidade de sinal
que passa é total. Se estiver na posição média, passa aproximadamente metade do sinal, e
finalmente se estiver próximo do lado positivo da alimentação nada passa e o volume será
nulo.
Do cursor do potenciômetro o sinal vai para a entrada da segunda etapa de amplificação
que tem no transistor Q2 seu elemento central.
Novamente o sinal é amplificado, aumentando de intensidade, mas ainda de modo
insuficiente para excitar o alto-falante.
Mais dois transistores formam o circuito final de amplificação. Estes dois transistores são
complementares, isto e, um NPN e um PNP, cada qual amplificando metade dos semiciclos
do sinal, dividindo assim o serviço.
Estes transistores já permitem obter um bom volume de som caso em que o alto falante
será ligado diretamente em sua saída.
Para que todas as etapas do rádio funcionem é preciso um fornecimento externo de
energia que é proporcionado por 4 pilhas pequenas, ou se o leitor preferir uma fonte, esta
fonte deve ter uma tensão de 6 V e ser capaz de dar uma corrente de pelo menos 100 mA.
Montagem
Soldas bem feitas e ligações curtas são importantes para a montagem deste rádio ser
satisfatória. Ligações longas provocam oscilações, instabilidades e realimentações que
prejudicam o funcionamento do rádio.
Na figura 1 é dado o circuito do rádio onde os componentes são representados por
símbolos tendo ao lado as principais indicações para sua identificação.
A placa de circuito impresso juntamente com as ligações dos componentes que ficam
fora é dada na figura 2.
Os componentes que ficam fora da placa são a bobina, o capacitor variável onde é feita a
sintonia, o potenciômetro de volume, o Interruptor geral, o alto-falante e a bateria.
A colocação dos componentes na placa e a ligação dos externos não traz problemas ao
leitor, mas algumas observações precisam ser feitas em relação a sua obtenção para maior
garantia de sucesso.
Começamos pela bobina L1 que deve ser fabricada pelo próprio montador conforme está
ilustrado na figura 3.
Num bastão de ferrite cilíndrico (que pode ser comprado em casas especializadas em
artigos eletrônicos) enrolamos primeiro 65 voltas de fio esmaltado 28 ou 28, e fazemos um
“laço” que corresponde ao terminal 2.
Depois enrolamos mais 25 voltas de fio e terminamos a bobina.
Podemos fixar as pontas dos fios com a ajuda de um pouco de esmalte ou ainda usar fita
isolante comum.
Raspando depois as pontas dos fios nos locais de ligação com uma gilete, estaremos com
a bobina pronta para ser usada.
O capacitor variável recomendado é do tipo miniatura de plástico encontrado nos rádios
portáteis comuns. Este variável é de maior capacitância que os sados em FM que são
diferentes. O montador deve ter cuidado, exigindo um tipo para AM, pois os de FM que têm
menos placas não darão cobertura a todas as estações se usado no rádio.
O tipo de alto-falante a ser usado não importa, desde que tenha uma impedância de 4 ou
8 ohms. Recomendamos que o alto-falante seja de pelo menos 4 polegadas para se
garantir uma boa qualidade de som. Os alto-falantes de imãs pesados também fornecem
melhor qualidade de som e até mais rendimento com aumento do volume.
As pilhas precisam de suporte especial. Este suporte de 4 pilhas tem diversos formatos. A
escolha fica a cargo do montador.
O potenciômetro de controle de volume é comum, tendo o interruptor geral conjugado
(como todos os controles de volume de rádios). O valor de 10 k deste potenciômetro é
muito importante, se o montador pretender aproveitá-lo de algum aparelho em de uso.
Valores maiores causarão forte distorção do sinal e o rádio não funcionará perfeitamente
ou mesmo nada emitirá.
A fixação dos componentes será vista posteriormente.
Os resistores e capacitores são componentes de valores comuns. Para os resistores
podem ser usados os de 1/8 ou ¼ W e os capacitores são os cerâmicos disco.
Na soldagem dos transistores tenha o máximo de cuidado com sua posição.
Veja nos desenhos de que modo é colocada a sua parte achatada.
Tome também muito cuidado com os tipos dos transistores. Eles são iguais na aparência,
mas não devem ser trocados. Veja bem a identificação do seu tipo antes de fazer sua
soldagem.
Os diodos também são de dois tipos diferentes e têm polaridade certa para ligação. Veja
a faixa que identifica o terminal de catodo e coloque- os segundo o modo indicado no
desenho da placa. Se houver inversão o rádio não funcionará.
Para o potenciômetro P1 é preciso tomar cuidado com a posição dos fios de ligação. Se
os fios extremos forem invertidos o controle de volume poderá funcionar ao contrário,
aumentando o volume quando deveria diminuir e vice-versa. Neste caso é só desinvertê-
los.
Finalmente temos a posição do suporte das pilhas cujos fios devem ter sua polaridade
obedecida. Normalmente, o fio do polo positivo é de coloração vermelha e o do polo
negativo de coloração preta.
Na figura 4 temos a sugestão de fixação dós componentes principais na parte frontal da
caixa.
Parafusos apropriados são utilizados. Veja bem que no capacitor variável apenas 2
terminais são usados na ligação.
A bobina será fixada na parte traseira, pelo lado de dentro da caixa, com a ajuda de
abraçadeiras feitas com elásticos ou pedaços de fios comuns.
Para a fixação da placa de circuito impresso existem muitas alternativas sendo a mais
comum a que faz uso de separadores feitos com tubos plásticos e parafusos com porcas de
1/8”.
Para a ligação da antena e terra, um par de terminais deve ser fixado na parte posterior
da caixa.
Colocando em funcionamento
Terminando de montar seu rádio, o leitor deve conferir todas as ligações, e depois, ligar
uma antena e terra para a prova.
Se na sua localidade houver estação forte, como antena basta usar um pedaço de fio de
2 a 3 metros. a Ligação à terra é muito importante, podendo ser feita num objeto grande
de metal qualquer, numa torneira ou cano de água de metal, ou ainda no polo neutro da
tomada de força.
Ligue o rádio e veja se o som sai claro, sintonizando alguma estação em Cv.
Se o som for fraco aumente a antena e verifique a ligação à terra.
Se apenas ouvir ronco no alto-falante, verifique as ligações da bobina que podem estar
mal feitas. Raspe novamente os fios.
Se houver distorção no som do rádio, verifique se os diodos D2 e D3 estão ligados certos
e também altere o valor de R1 que pode ser reduzido para 1M5.
Outro componente que altera o rendimento do rádio melhorando a qualidade de som em
caso de problemas de ganho dos transistores de saída e de Q2 é o resistor R3. Este resistor
pode ser aumentado experimentalmente para até 470 k ou diminuído para até 120 k.
Depois de comprovar o funcionamento é só fazer a instalação definitiva, com ou sem
antena externa, conforme o seu caso.
Material
Cv - capacitor variável
R1 - 2M2 - resistor
R2 – 1 k - resistor
R3 – 220 k - resistor
R4 – 1 k - resistor
Equivalências e Substituições
Os componentes usados nas montagens deste livro são comuns no nosso mercado, ou
seja, nas lojas das grandes cidades. Entretanto, em alguns casos os leitores de localidades
mais afastadas podem ter dificuldades na obtenção de algumas das peças recomendadas.
Para estes casos existem duas alternativas:
a) aproveitar a peça de aparelhos já montados, fora de uso, retirando-se e usando-as nas
montagens descritas.
b) comprar componentes equivalentes, que tenham especificações semelhantes a dos
tipos pedidos.
Nos dois casos, em se tratando de componentes de indicações diferentes das originais é
muito importante que o leitor saiba se eles podem ou não ser usados com os mesmos
resultados finais.
Nesta seção damos então algumas especificações dos componentes usados e também os
equivalentes mais comuns que podem ser usados.
Transistores
Nas nossas montagens usamos basicamente dois tipos de transistores. Os NPN de silício
de uso geral e os PNP de silício de uso geral. Na maioria das aplicações qualquer transistor
das mesmas características funcionará, mas alguns são preferidos.
Assim, em lugar do NPN de silício BC237 que é o básico, o leitor pode usar os seguintes
que têm a mesma disposição dos terminais: BC238, BC239, BC547, BCS48, BC549, BC337
e BC338. Estes últimos dois com maior potência.
Em lugar dos PNP de uso geral com tipo básico o BC557 temos os BC558, BC307 , BC308,
BC327 e BC328 estes últimos dois com maior potência.
Equivalentes de terminais diferentes também existem mas neste caso o montador deve
proceder a sua identificação.
Em lugar do BC237 temos o BC107, BC108, BC109 e em lugar do BC557 temos o BC177
e BC178.
SCRs
Para os SCRs sempre podemos usar um equivalente de maior tensão que o original o que
o MCR106 de 100 V substitui o de 50 V. Como todas as montagens são de baixa tensão o
leitor pode usar qualquer um. Os tipos básicos de SCRs que existem na praça e que podem
ser usados nas nossas montagens são os MCR106, IR106 C106 e TIC106.
Diodos
Os diodos não são componentes críticos. Nas montagens em que recomendamos o 1N34
ou qualquer outro de germânio, realmente qualquer diodo de germânio pode ser usado
como o 1N60, AA199, OA9O e OA95.
No caso do diodo de silício com tipo básico no 1N4148 temos como equivalentes os
1N914, BA317, BA318 e BA319.
LDRs
Os LDRs redondos são os mais comuns. Estes podem ser de qualquer tipo e inclusive
aproveitados de velhos televisores. Alguns aparelhos no painel têm um LDR que é usado
como controle automático de luminosidade. Este LDR pode ser aproveitado pelo leitor.
LEDs
Os LEDs vermelhos de qualquer tipo podem ser usados em nossas montagens. O
formato, e o custo variam bastante devendo é claro o leitor fazer uma escolha cuidadosa
se houver possibilidade. Já os LEDs de outras cores também podem ser usados se bem que
se custo mais elevados.
Resistores
Os resistores pedidos em todas as montagens são de ¼ W mas resistores do mesmo
valor da lista com potências de 1/8 ou ½ W também funcionarão já que não temos
aplicações de correntes elevadas.
Até mesmo os valores admitem uma certa flexibilidade. Na falta do valor original, valores
imediatamente inferiores. ou imediatamente superiores podem ser usados. Por exemplo,
na falta de um resistor de 1k2 na sua localidade o leitor pode perfeitamente usar um de 1K
ou mesmo 1k5.
Capacitores eletrolíticos
Todas as montagens são alimentadas por pilhas, com tensão que são superam os 6 V.
Esta deve, portanto, ser a tensão mínima de trabalho dos capacitores que recomendamos
e que aparece na lista de material de cada montagem. Entretanto, na falta de um capacitor
com esta tensão de trabalho pode usar um com tensão maior, isso até SSV
aproximadamente. Veja que, o capacitor de tensão maior funciona do mesmo modo com a
única diferença que custa um pouco mais caro e também é um pouco maior.
Trimpots
Na falta do trimpot do valor pedido no projeto pode-se sempre usar um de valor próximo
desde que maior. Por exemplo, podemos usar um de 100 k na falta de um de 47k.
Podemos usar um de 220 k na falta de um de 100k.
Do mesmo modo, um potenciômetro substitui um trimpot de mesmo valor.
Potenciômetros
Valem as mesmas recomendações feitas no caso dos trimpots.
Alto-falantes
Em todas as montagens recomendamos o uso de alto-falantes de 8 ohms de 5 ou 10 cm
de diâmetro. Em algumas montagens os alto-falantes de 4 ohms também funcionarão mas
com menor rendimento. O leitor deve fazer experiência.
A prova de um alto-falante é feita com o medidor de continuidade ou prova tudo.
Relés
Importante nos relés é a sensibilidade. Reles para 6 V com sensibilidade que permite seu
acionamento com correntes de no mínimo 50 mA são os recomendados. O leitor pode fazer
experiências com diversos tipos de relés existentes no mercado.
Pilhas
Todos os aparelhos usam pilhas pequenas ou médias em número que varia entre 2 e 4
conforme a tensão seja de 3 ou 6 V. O uso de pilhas grandes também é possível caso em
que se obtém maior durabilidade. Ou mesmo eliminadores de pilhas que tenham
regulagem de tensão por diodo zener e boa filtragem podem ser usados em todos os
casos. O uso de pilhas alcalinas também é recomendado já que estas tem durabilidade
muito maior que as pilhas comuns.
Transformadores
Dois tipos de transformadores são usados nas nossas montagens. primeiro é o de saída
para transistores. O leitor pode aproveitar este componente de velhos rádios portáteis.
Ele deve ter uma impedância de primário entre 400 e 2000 ohms e um secundário de 8
ohms. Os tamanhos variam entre 1 ou 2 em até no máximo 5 cm.
O outro tipo de transformador é o de força com 6 V de secundário e primário de 110 V ou
220 V. Este transformador pode ter correntes entre 100 e 250 mA para as nossas
montagens.
Variável
Os (capacitores) variáveis miniatura são encontrados em diversos tamanhos com 3 ou 6
terminais. O leitor pode experimentar qualquer tipo no rádio, fazendo as ligações nos
terminais combinados até encontrar o par que permite variar a frequência na faixa
desejada. Até mesmo variáveis grandes de velhos rádios podem ser usados, verificando-se
antes se suas placas não estão em curto.
Bobinas
As bobinas usadas em nossas montagens podem ser enroladas pelo montador mas nada
impede que bobinas feitas sejam experimentadas.